No AMAZÔNIA:
Os portadores de HIV pacientes da Unidade de Referência Especializada em Doenças Parasitárias e Infecciosas (Ure-Dipe) estão sem acesso ao coquetel anti-aids desde segunda, quando os funcionários da unidade, única referência estadual para esse atendimento, entraram em greve. Sem os remédios, que devem ser tomados diariamente, os pacientes correm o risco de ter aumentada a carga viral, ficar sujeitos às doenças oportunistas e até risco de morte.
No quarto dia de paralisação, nenhum dos serviços da Ure-Dipe funcionou, nem consultas, exames e nem a distribuição de medicamentos. 'O objetivo da unidade não é distribuir medicamentos, é fornecer atendimento a essas pessoas e a situação da unidade hoje não nos permite fazer isso com qualidade. É por isso que estamos em greve', declarou Fátima Rodrigues, assistente administrativa da Ure-Dipe e coordenadora do Sindicato dos Servidores em Saúde do Estado do Pará (Sindsaúde) para a região metropolitana de Belém. Ela afirma que a intenção dos grevistas é pressionar a Secretaria de Estado de Saúde (Sespa) pela resolução dos problemas, por isso decidiu-se não manter nem os 30% de funcionamento definidos por lei para serviços essenciais, em caso de paralisação, inclusive paralisando a distribuição dos medicamentos que compõem o coquetel anti-aids.
'Em experiências anteriores, quando garantimos a distribuição dos remédios, nada mudou, por isso resolvemos não fazer. Não é uma greve abusiva. Mais abusivo do que não manter o mínimo do atendimento é o Estado não cumprir a determinação do Ministério Público, que já declarou que o prédio em que estamos não tem condições de funcionamento', declarou.
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