sexta-feira, 8 de agosto de 2008

O julgamento soberano do eleitor

Na coluna “Coisas da Política” de hoje, da jornalista Dora Kramer, sob o título "Simplificar é impreciso"

Se de um lado há um pretendente a eleito que carrega consigo deformações de biografia, de outro há um eleitor que, devidamente informado sobre os questionamentos que pesam contra esse ou aquele candidato, tem a chance de escolher alguém de ficha limpa. O exercício da subjetividade é inerente à escolha. Não fere direitos nem garantias de ninguém. Por isso, convém aos de folhas corridas mais fornidas não comemorarem com antecedência, como tampouco é conveniente a opinião pública se voltar contra o Supremo, revelando-se, assim, incapaz de impor balizas sem tutela, só pela aplicação do princípio de probidade.

No Espaço Aberto, ontem, sob o título O eleitor é o juiz. Com mais autoridades que ministro do STF:

Mais do que qualquer ministro da mais alta Corte de Justiça do País, mais do que a autoridade de maior sabedoria jurídica do Brasil, o eleitor é que será o juiz. Ele, o eleitor, é que mais uma vez tem a chance de escorraçar da vida pública os que a maculam.

2 comentários:

Anônimo disse...

Infelizmente, caro Poster, na prática as coisas não funcionam como deveriam.
Desinformados, desplugados, sem leitura, muitos semi-analfabetos, muitos analfabetos-funcionais, a grande maioria necessitados, os eleitores principalmente da periferia não farão essa necessária "assepsia" dos candidatos-sujos.
Não é a toa que essas "bactérias" começam suas caminhadas e passeatas pelos bairros mais pobres. Os desassistidos infelizmente se rendem , ainda, a promessas,cestas de alimentos, camisetas, bonés e outros "balangandãs". A fome e a necessidade de assistência os fazem
esquecer que seus votos valem tanto quanto os votos dos esclarecidos e alfabetizados.

São dessas "proteínas da necessidade" que se alimentam e se elegem essas "fichas-sujas" figurinhas repetidas dos albuns eleitoreiros.
Somados a eles, os votos dos futuros aspones, puxa-sacos e interesseiros de plantão por uma boquinha.

Já não sei nem se existem as honrosas excessões...

Sòmente décadas de educação e cultura maciças para mudar essa mentalidade.

Poster disse...

Certamente, Anônimo.
Mas, você sabe, educação não dá voto. Cultura também
E aí ficamos sempre nessa toda.
Abs.