Em O GLOBO:
Portador de uma emblemática ficha de antecedentes, que inclui dois processos por homicídio e uma condenação em primeira instância por porte de arma, Evandro José dos Passos Júnior está livre para disputar uma vaga pelo PPS na Câmara dos Vereadores de Nilópolis, na Baixada Fluminense. O direito foi devolvido ontem por unanimidade a Evandro, pelo plenário do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), mas não sem protestos.
O julgamento do recurso apresentando pelo candidato, o primeiro depois da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de liberar as candidaturas dos fichas-sujas, se transformou em um manifesto contra a liberação desses candidatos. A relatora do caso, desembargadora federal Maria Helena Cisne, foi enfática:
"De fato, a inapetência legislativa no trato da matéria está a demonstrar, no mínimo, um descaso para com o eleitor e para com o estado democrático de direito, este que, inquestionavelmente, a todo momento prestigia a moralidade", sustentou a desembargadora, para quem "o entendimento de que a vida pregressa do candidato — por mais alentada que seja a sua folha penal — não possa ser usada para impedir sua candidatura confronta com diversas normas constitucionais, e afronta, inquestionavelmente, o bom senso e o sentimento do povo brasileiro".
A vida pregressa de Evandro, que tivera a candidatura indeferida em primeira instância pela juíza Paloma Douat Pessanha, da 201 Zona Eleitoral, inclui, além dos processos criminais, uma condenação por porte ilegal de armas e outras sete anotações penais.
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Um comentário:
Para o STF o candidato pode matar à vontade, assim como Duciomar pode fraudar e roubar à vontade, desde que não seja condenado em última instância. Então, pergunto: não sairia mais barato ao País se eliminássemos as instâncias intermediárias? Todos seriam julgados pelo STF, que, por tradição, de início faria uma triagem imediata: ladrões da galinha para a cadeia, sem apelação; os de melhor poder aquisitivo seriam julgados de acordo com a conta bancária; os de grande poder aquisitivo teriam seus processos imediatamente arquivados, e nem haveria mais necessidade de propinas, porque, com a economia com a eliminaçao das instâncias intermediárias - imaginaram quantos bilhões permaneceriam nos cofres da Nação? - haveria dinheiro de sobra para satisfazer suas meretríssimas excelências.
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