domingo, 10 de agosto de 2008

Discriminação será combatida

No AMAZÔNIA:

A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Pará (Sejudh) vai combater a discriminação, que estaria sendo praticada por empresas de Recursos Humanos na hora de selecionar candidatos para ocupar vagas no mercado de trabalho. A prática, que a principio não configura como crime, tem sido alvo de denúncias na Secretaria, que questiona o critério usado pelas empresas para chegar ao candidato certo. As coordenadorias de Proteção à Livre Orientação Sexual e de Promoção dos Direitos das Pessoas com Deficiência e Sofrimento Psíquico já estão orientadas para receber denúncias e tentar corrigir as falhas.
Nas empresas de recrutamento, porém, a nova orientação da Sejudh ainda não chegou. A gerente de recrutamento e seleção da empresa Gelre, Gerusa Mengarda, explica que as habilidades para o trabalho apresentadas pelo candidato são os únicos critérios aceitáveis na seleção, 'o resto seria considerado discriminatório', diz a gerente, que ressalta ainda que cada vaga requer uma pessoa com determinado perfil, dando ênfase aos requisitos da natureza da função.
'Todas as empresas que usam nossos serviços sabem que só nos pautamos pelo perfil da vaga e o que a pessoa vai exercer. Se for necessário alguém extrovertido e simpático, o tímido não pode se sentir discriminado. Nem a ‘boa aparência’, antes comum nos classificados de jornais, pode ser exigida', explica Gerusa.
Na avaliação da gerente, as grandes cidades são ambientes mais propícios para a inserção de homossexuais e deficientes físicos no mercado de trabalho, pois são locais com maior concentração de empresas com programas de diversidade para orientação sexual diferenciada. Além do mais, é onde o Ministério do Trabalho tem mais força para fiscalizar o cumprimento da lei 8.213, de 1991, pela qual as empresas são obrigadas a ter um percentual de deficientes no seu quadro funcional.
Para Gerusa, há 10 anos era muito mais complicado para um transexual conseguir emprego em qualquer empresa. Hoje em dia, porém, há um movimento da sociedade contra o preconceito. 'Empresa perde mercado se fizer esse marketing negativo', diz.

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