terça-feira, 5 de agosto de 2008

A China não cospe no chão. Cospe nas liberdades.

Do Comunique-se:

 

Dois jornalistas japoneses foram presos e agredidos por forças paramilitares em Kashgar, no oeste da China. O fotógrafo Masami Kawakita, do Chunichi Shimbun, e o repórter Shinji Katsuta, da Nippon Television Network, foram detidos e levados para um quarto de hotel onde foram espancados. Depois de duas horas, foram liberados.

Os jornalistas estavam no local para cobrir o suposto ataque terrorista em que 16 policiais morreram. Além da agressão física, os equipamentos também foram destruídos.

Em entrevista ao Clube de Correspondentes Estrangeiros da China (FCCC), Kawakita, que ainda sente dores no braço e nas costelas, afirma que em 15 anos de jornalismo nunca viveu uma situação como essa.

"Imagina como eu me senti sendo cercado por paramilitares", disse o fotógrafo ao FCCC.

 

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Do Espaço Aberto:

O governo chinês – ditatorial, ressalte-se – ensinou, fez campanha e até compeliu, obrigou os chineses a assumir bons hábitos. Como não cuspir no chão, por exemplo.

Tudo pelas Olimpíadas.

Tudo pela boa impressão que o País quer causar.

Falta fazer campanha pela liberdade. Aliás, pelas liberdades.

A China que bate em jornalistas é o que é.

É a China que deixa de cuspir no chão, mas ainda cospe nas liberdades.

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