Vejam como são os conceitos no Brasil.
Vejam os conceitos cultivados por governantes –
em todos os escalões de nossa imaculada República, vale dizer – em relação a
desregramentos éticos de toda ordem.
Ao apresentar sua defesa à augusta Câmara dos
Deputados, Michel Temer, esse bastião da transparência que ocupa a Presidência
da República, soltou as amarras e deixou que os adjetivos jorrassem à vontade.
E o alvo dos jorros foi o ex-procurador-geral da
República Rodrigo Janot, que apresentou a denúncia no apagar das luzes de sua
gestão.
De acordo com o texto dos criminalistas Eduardo
Carnelós e Roberto Garcia, aprovado pelo presidente, “a obsessão de Rodrigo
Janot, seu mal agir, foi antiético, imoral, indecente e ilegal!”.
E Rocha Loures, o amigo de Temer, esgueirando-se
com mala de R$ 500 mil em espécie?
Essa conduta não foi antiética, imoral,
indecente e ilegal?
Mas quando vocês já viram Temer falar assim do
amigo, que se encontra preso em regime domiciliar?
E Geddel Vieira Lima, outro amigão de Temer,
responsável por um apartamento onde foram encontrados R$ 51 milhões (na imagem) em espécie?
Essa conduta não foi antiética, imoral,
indecente e ilegal?
Mas quando vocês já viram Temer falar assim do
amigo, que se encontra preso na Papuda, em Brasília?
Vou-me embora pra Pasárgada,
gente.
Mas só depois do Círio, é claro.
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