sexta-feira, 20 de outubro de 2017

"Você só se vê nos atentados dos EUA ou da Europa"



Olhem só.
Na última terça-feira (17), o blog publicou a postagem Uma tragédia na Somália. Mas por que ninguém dá bola pra isso?

Por que mais de 300 mortos não comovem, por exemplo, a Europa, sempre tão visada pelo terrorismo e tão alarmando diante de tantas atrocidades que recentemente têm sido cometidas contra inocentes?
Por que nas ruas de grandes metrópoles europeias e de países de outros continentes não se veem passeatas e grandes manifestações em solidariedade às vítimas inocentes da Somália?
Por que clubes de futebol do mundo inteiro não fazem um minuto de silêncio, a exemplo do que costumam fazer depois de atentados como os que têm ocorrido em países europeus, mas com número de mortos muito inferior ao produzido pelo ataque terrorista no país africano?
Por que grandes jornais do mundo inteiro não estampam esse horror em suas primeiras páginas?

Agora, assistam a esses cinco minutos de vídeo, extraído do programa Pânico, da Rádio Jovem Pan.
Este repórter, saibam, é ouvinte assíduo das entrevistas. Porque são feitas por humoristas que, mesmo sem perder o humor - às vezes até escrachado, vá lá -, prestam um ótimo serviço ao jornalismo, eis que abordam, com inteira liberdade, temas polêmicos dos mais variados e de grande interesse público.
Nesta quinta-feria (19), uma atriz foi a entrevistada.
E a conversa chegou, acreditem, a essa tragédia na Somália. Ela mesma, a entrevista, foi sincera a dizer que não sabia disso.
Observem o posicionamento de Amanda Ramalho.
Vejam que lucidez.
Essa lucidez é um alento. E nos estimula a não perder as esperanças de que jovens, como ela, percebem claramente nossos vieses preconceituosos, que nós mesmos tentamos muitas vezes disfarçar.
Mas em vão.
Completamente em vão.

3 comentários:

Anônimo disse...

A J Pan vem surpreendendo no defasado jornalismo brasileiro.

Ramon Bentes disse...

Verdade, sou ouvinte assíduo do Pânico. Ouvi a entrevista. Coaduno com o pensamento da entrevistada e da Amanda Ramalho.

Anônimo disse...

O Emilio Surita, não vê racismo!! Claro que não vê.