Imaginem só.
Em artigo que assina em “Veja” desta semana,
Roberto Pompeu de Toledo lembra episódio recente em que emissoras de TV
flagaram imagens de convescote na casa do presidente da Câmara, o deputado
Rodrigo Maia (DEM-RJ), em que Sua Excelência despede-se do também Excelência
ministro do Supremo, Gilmar Mendes, dando um tapinha nas costas.
E pergunta Toledo: “Pode um ministro da Suprema
Corte permitir um tapinha do presidente da Câmara? O colunista, que é ingênuo,
acham que não.”
Este repórter também acha que não.
Mas, afinal, por que a estupefação de Toledo
(com todo o respeito)?
Gilmar Mendes já funcionou como uma espécie de
conselheiro ad hoc do presidente
Temer. Nessa condição, foi flagrado duas ou três vezes entrando no Palácio doJaburu, para conversas, como se diz, fora da agenda.
Depois, Gilmar disse que foi tratar de temas
institucionais com o presidente.
Mais recentemente, Gilmar Mendes esteve no
centro de outra grande e inacreditável polêmica, ao mandar relaxar a prisão de Jacob Barata, barão dos transportes coletivos no Rio, ainda que ele, Gilmar, tenha sido padrinho de casamento de um filha do
acusado, que casou com um sobrinho da mulher do ministro (mamãããããeeeeee!).
E Gilmar disse não ter visto nenhum impedimento
ético-processual para continuar no caso.
Então, caro Toledo, diante de ocorrências que tais, não será café pequeno
despedir-se do presidente da Câmara recebendo um tapinha nas costas?
3 comentários:
Lastimável.
Triste, lastimável, vergonhoso, constrangedor, desrespeitoso, mas....intocável na sua redoma de cristal e pedestal da vergonha alheia e da promiscuidade.
:(
Antes era escondido (Dilma com Janot e Lewandowvski). Agora é às claras mesmo.
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