Da leitora Adelina Bia Braglia, sobre a postagem Advogados do PT querem banir "mensalão" da mídia:
Somos o país dos “ajustes” metodológicos, filosóficos e línguísticos, já que somos incapazes de mudar a realidade antes que as pessoas morram de fome, de indignação ou, pior, de anestesia geral das consciências. Exemplos?
Lá vão: trocamos o conceito de cidadania pelo de consumo e com isto guindamos metodologicamente à classe média os que ganham acima de R$ 1.000,00. Com isso anulamos qualquer discussão sobre acesso a direitos. Ponto para a metodologia!
Historicamente, somos mestres na linguística: o que jamais conquistamos, resolvemos com adjetivação ou acréscimos. Reforma agrária “ampla”, Desenvolvimento “social” “ambientalmente” sustentável, ensino público “de qualidade”, e por aí vamos.
Agride olhos e ouvidos sensíveis o termo Mensalão? Pois não, que venha a pugna para que ele deixe a mídia. Mudando a palavra alivia-se o crime e o cinismo. e depois a gente vê no que dá?
Enquanto escrevia, pensei em sugerir, já que parece incomodar o fato de que “mensalão” pressupõe um “juízo de valor equivocado”: que tal cuecão? Afinal, cuecão só embute juízo de valor para os gordos que usam cuecas grandes. Eles que tratem de protestar depois!
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