O que queremos com o julgamento do mensalão?

"Esse julgamento [do mensalão] já é uma etapa nova de nossa evolução democrática", diz Arnaldo Jabor, no comentário acima, na Rádio CBN.
É?
É verdade.
Mas parece que o julgamento de que se fala não é propriamente o julgamento em si mesmo, mas a condenação de todos os réus.
Todinhos.
Sem escapar um qualquer.
E do outro lado?
Do outro lado, a democracia, a República brasileira, as instituições, tudo isso, enfim, só estará aperfeiçoado se o Supremo absolver todos os réus.
Todinhos.
Sem escapar um qualquer.
Esse julgamento, ou melhor, a expectativa que ele deflagra virou um Fla x Flu.
Um Re x Pa.
Um Rai x Fran (São Raimundo x São Francisco), o clássico santareno, o maior clássico de toda a região oeste do Pará.
Afinal, queremos o aperfeiçoamento de nossas instituições, de nossa República, de nossa democracia ou queremos, no fundo do fundão, absolvições ou condenações custe o que custar, independentemente do que está naquilo que nossos dotôres chamam de mundo dos altos?
Afinal, o que queremos?