quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Às vezes, Joaquim e Gilmar têm razões para dormir

Grandes julgamentos em tribunais não são marcados apenas pelo voto de ministros.
Não só.
Advogados, grandes advogados, é que engrandecem, principalmente eles, muitos julgamentos.
Agora, no julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal, o país assiste a um desfile de grandes advogados na tribuna do Supremo.
Outros tantos, porém...
É de fazer qualquer Joaquim Barbosa ou qualquer Gilmar Mendes dormirem a sono, como as lentes os flagraram na semana passada.
Quem tem acompanhado o julgamento pela TV Justiça consegue distinguir plenamente os bons adogados daqueles nem tanto.
Quando os bons - ou muitíssimo bons - estão na tribuna e a câmera foca alguns dos ministros, percebe-se que Suas Excelências nem piscam.
Literalmente, nem piscam.
Ficam atentos, vidrados, de olhos postos e olhares fixos no defensor que está na tribuna.
Asssim foi, por exemplo, como Luiz Francisco Corrêa Barbosa, que acusou o ex-presidente Lula de ter sido o mandante do mensalão.
Quando, no entanto, os advogados nem tão bons assim é que estão expondo seus argumentos, é visível como os ministros ficam longe, desatentos, dispersivos.
E o pior é quando, além dos advogados não serem tão bons, ainda lhes faltam argumentos mínimos para contestar as acusações da Procuradoria Geral da República.
O que, não raro, tem acontecido.

4 comentários:

Anônimo disse...

Dá razão à frase inserida nas alegações finais do MPF:

"Dormia
A nossa pátria mãe tão distraída
Sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações"

Luiz Mário de Melo e Silva disse...

Pois é: contra fatos não há argumentos...

Anônimo disse...

Hoje começou o festival de impunidades no STF.

Um dos réus do mensalão teve o processo remetido à primeira instância em virtude de uma nulidade processual atribuída a um erro do STF.

Até posso entender a nulidade, mas como determinar que em função dela o processo possa retornar à primeira instância, quando se sabe que o plenário, nesse julgamento, já disse que era competente para julgar pela conexão todos os réus?

Anônimo disse...

Pela ótica do jornalista o critério de competencia do advogado está vinculado a acusação sobre a participação do ex presidente Lula como mandante do mensalão.Realmente meu caro,vc. não consegue ser imparcial e isento como todo bom jornalista deveria ser.