quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

E se Rita Lee fosse assaltada, chamaria os "cachorros"?

Do leitor Artur Dias, sobre a postagem "Perdoe Rita, ela não é uma ameaça ao povo do nosso país":

Essa argumentação de que é mais importante correr atrás dos ladrões do erário público é falsa. Assim como é preciso combater a corrupção, é preciso defender o Estado de Direito.
Os agentes da segurança pública devem fazer aquilo que o seu nome mesmo diz. A Rita Lee, anarquista ou revolucionária do ar-condicionado, ao ofender a Polícia Militar, acha-se no direito de sugerir o afrouxamento da segurança para as pessoas comuns - e a liberação de criminosos.
Obviamente, ela não faria outra coisa além de acionar os mesmos órgãos de segurança que ela tacha de "cavalos" e "cachorros", caso fosse assaltada ou coisa parecida. Ou seja, para efeito de proselitismo político, o Estado pode ser tachado de "autoritário", mas na hora de garantir o seu direito, é ao Estado que ela recorre.

4 comentários:

Anônimo disse...

Até o governador, que estava no show de Rita, baixou a bola. Se a intenção era prender drogas, que a revista fosse feita na entrada. A Rita não precisa aparecer mais do que apareceu em todos esses anos de carreira, mas um estado lindo com um IDH péssimo, sempre lucra quando os holofotes da mídia se voltam para lá. No caso do show da Rita ( e não da PM) ficou feio para a PM. Se Rita for assaltada tem o direito de chamar a POLIÇA, ela paga impostos pesados como eu e todos nesse país.
Como disse o anônimo antenado: "Rita não ameaça o povo do nosso país", tem bandido de toga e gravata que com uma canetada faz coisa muito pior.

Artur Dias disse...

É legítima a ação do Estado em reprimir as drogas. Por conta de uma visão deformada, herdada do romantismo político, muita gente apóia a quebra do direito argumentando que se os crimes grandes não são punidos, os pequenos têm que ser liberados. Não faz sentido achar que é crime usar drogas fora do local do show, mas não dentro. Usar droga é crime em qualquer circunstância. Além disso, se você, anônimo, no exercício honesto do seu trabalho fosse xingado por uma pessoa histérica, teria todo o direito de processá-la, por mais famosa que ela fosse.

Anônimo disse...

Meu caro, sem levar em conta os fatos, seu discurso "racional" e ponderado cai no lugar-comum dos bachareis em direito. Pior. Daqueles que nem passar na prova da OAB conseguem... Então, nos diga onde ficou a discricionariedade, a razoabilidade, a proporcionalidade quando os agentes públicos acharam uma boa ideia "fazer o seu trabalho" no meio do show da Rita?
Outra coisinha, meu caro. Se eu tachar o Estado do que eu quiser eu, ainda assim, recorrerei a ele para garantir meus direitos. Não é por hipocrisia ou preguiça, mas por pura obrigação civil, como você deve bem saber. Se conhecer alguém que não estiver sujeito à Soberania estatal avise aqui no blog, por favor.

Artur Dias disse...

Eu posso imaginar o que pretende alguém que desqualifica graduados em Direito (e não cursei Direito). Vamos então deixar que leigos também façam o cálculo da estrutura dos prédios, por exemplo. Quanto ao local do show, assim como qualquer outro no país, o porte, uso ou venda de drogas é crime. É uma estupidez ironizar o trabalho da polícia durante a apresentação! Quer dizer então que os traficantes podem "trabalhar" nesse período, mas a polícia não?? E você, anônimo, ao invés de fazer sugestões tolas, responda a minha última pergunta.