Amigos, quando nos deixam, não é apenas um vazio - um grande vazio - que fica.
Ficam também estupefações.
Ficam também os porquês.
Fica a certeza de que o fim da vida é tão inexorável quanto inalcançável pela compreensão humana.
Afonso Araken era um amigo aqui do repórter.
Um grande amigo.
Afonso nos deixou ontem, quando a noite chegava.
Ele se foi aos 46 anos. Apenas 46 anos.
Era designer gráfico de O LIBERAL.
Sofria de câncer há vários anos.
Começou primeiro na pele de um dos braços.
Estancou.
Há uns dois anos, voltou. E voltou de forma avassaladora, infelizmente, atingindo outros órgãos.
Mesmo assim, Afonso jamais se entregou.
Quando as forças lhe permitiam, ainda chegou a fazer alguns serviços que o ajudaram a mantê-lo e à sua família - mulher e cinco filhos, quatro deles de um relacionamento anterior.
Uma família que ele sempre amou, cuidou, prezou e respeitou.
Uma família à qual ele foi um eterno devotado.
Afonso vivia para o seu trabalho, para sua mulher e para seus filhos.
Um grande cara.
Muitas vezes, foi nosso carona, nas voltas pra casa, depois de mais uma edição fechada.
No trajeto entre o jornal e sua casa, ali por perto do Yamada Plaza, falávamos de tudo.
Falávamos do Remo.
Do jornal.
De jornalismo.
De Monte Alegre, terra onde nasceu e com a qual sempre manteve vínculos.
Falávamos, enfim, da vida.
Devemos um pedido de desculpas ao Afonso: não tivemos coragem de vê-lo depois que seu estado de saúde entrou num processo quase irreversível de degenaração.
Às desculpas que pedimos, somem-se as lições de vida que Afonso nos deixa.
Lições que ficarão impregnadas em nossos corações.
Sempre e sempre.
Grande exemplos que continuarão vivos.
Eternamente.
5 comentários:
Bom dia, caro Paulo:
perder amigos é perder pedaços e conviver com os ôcos que ficam dentro da gente. Sei o que é isso.
Não conheci o Afonso, mas mando meu araço fraterno pra você, ainda que sabendo que isso não ameniza a tristeza. Mas, abraço nunca é demias.
Abração
Obrigado, amiga.
Com isso, esteja certa, você abraça um grande cara, mesmo sem tê-lo conhecido.
Abs.
Vi Afonso na semana passada, muito abatido saindo do Saúde da Mulher, com exames nas mãos. Nos cumprimentamos sem dizer muita coisa.
Ele lutou bastante. Espero que agora tenha encontrado descanso e que a família dele saiba caminhar nessas horas difícieis.
Muito bacana da tua parte escrever um post sobre nosso amigo Afonso.
Abraços.
Afonso era ídolo em Monte Alegre.. Ídolo mesmo, de ser parado na rua, festejado por todos. E não só porque era um craque de bola, uma lenda do futebol local... Era porque era um craque da vida. Uma pessoa de coração imenso, de uma doçura incomparável, que aquecia todos em sua volta. E de um humor maravilhoso, que não perdeu nem em face da terrível doença. Deixa um vazio imenso, mas também deixa lembranças que nos acalentam e uma valiosa lição de vida para todos que tiveram a sorte de conviver com ele.
Muito obrigado pelo registro, Mano.
Fique em paz, amigo Afonso. Fique na luz.
-Antônio Darwich
fico feliz pelas coisas boas que falaram do meu irmao, realmente ele era tudo isso mesmo uma pessoa maravilhosa sempre de bem com a vida mesmo nos momento mais dificeis ele nunca perdeu o humor e nao reclamava da vida, todas as vezes que eu falava com ele dizia que estava bem tinha muita fe em deus que ia vencer mas essa.ele se foi deixando muitas saudades, meu irmao nao pode ir ai pra da um abraço nele mais fiquei com boas lembraças suas e ficarão para sempre guardadas em meu coração e sei que vc esta bem ao lado de Deus nosso eterno pai!!!!!!!!!!!!!
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