sexta-feira, 9 de abril de 2010

A desistência de Paulo Rocha: uma possibilidade?

Alguns segmentos do PT estão assanhados – assanhadíssimos – diante de uma eventualidade que consideram das mais plausíveis, das mais prováveis.
Jogam, tais segmentos, com a possibilidade de que, à undécima hora, aos 35 minutos da prorrogação, na última volta do ponteiro da partida eleitoral, Sua Excelência o presidente Lula chame às falas o deputado federal Paulo Rocha (na foto) e diga mais ou menos assim:
- Paulinho, nós precisamos da sua colaboração, companheiro. Precisamos que você desista de sua candidatura ao Senado lá no Pará e concorra à reeleição.
Sim, se tal acontecer, não será um pedido, mas uma ordem, evidentemente.
Partindo de Lula, é uma ordem.
Foi mais ou menos assim que aconteceu com Mário Cardoso, que já havia sido escolhido formalmente candidato do PT ao governo do Estado, em 2006, mas teve que desistir em favor de Ana Júlia, que, justiça se faça, não queria enfrentar a parada.
Por que alguns segmentos do PT acham isso possível?
Porque seria uma última tentativa de deixar a vaga ao Senado livre para ampliar o raio de alianças que poderiam incluir, quem sabe, o PMDB de Jader Barbalho.
Mas o blog, depois de ouvir esse lado do PT, ouviu os outros lados.
E ouviu o seguinte: a possibilidade de Paulo Rocha desistir de sua candidatura ao Senado ou mesmo de Lula fazer esse tipo de apelo é tão provável quanto o Íbis, pior time do mundo, dar uma goleada no Manchester.
Ou seja: é até possível acontecer, mas aconteceria uma vez em cada 100 milhões.
Aliás, quem sustenta essa impossibilidade até se permitiu acrescentar o seguinte: a rigor, a rigor mesmo, a Unidade na Luta, corrente que no Pará tem Paulo Rocha como um de seus líderes, já está preferindo mesmo é que o PMDB saia com chapa própria.
Por quê?
Para que se negocie no segundo turno.
Igualzinho como aconteceu em 2006, quando José Priante disputou no primeiro turno pelo PMDB, que no segundo se aliou a Ana Júlia, uma composição que foi decisiva para a vitória da hoje governadora, que destronou doze anos corridos de tucanato.
Pelo sim, pelo não, convém esperar.
Porque as negociações continuam.
E como!

Um comentário:

Humberto Lopes disse...

Para o Paulo Rocha e a Unidade na Luta o melhor dos mundos é o Jáder candidato ao governo. Limpa o campo para o Paulo.

Se o Jáder ganhar o governo? Se não houver atrito forte entre o PT e PMDB na campanha, o campo majoritário compõe o governo barbalhista.