No AMAZÔNIA:
A avenida João Paulo II e as travessas Perebebuí e Alferes Costa são péssimos exemplos de limpeza urbana. Nessas vias, a circulação de pessoas e carros fica restrita. O mau cheiro e o lixo espalhado pelas ruas são as causas dessa situação.
'Os cachorros morrem o tempo todo aqui e aí são jogados nessa fossa. O cheiro fica insuportável. Tem pessoas que jogam até sofá e depois queimam. Não conseguimos passar pelo local', conta a moradora da passagem Marçal, próxima a avenida João Paulo II, Lea Mesquita.
Lea revela que as queimadas de lixo são constantes e a falta de fiscalização por parte da Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) reforçam a situação. Com as queimadas, segundo a moradora, as crianças acabam adoecendo e há risco de acidentes.
Para Ruth Vaz, que mora perto do cano da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), na João Paulo II, a falta de conscientização da população é um dos fatores para o constante acúmulo de lixo. Ela diz que no muro onde fica o cano adutor foi até pintado com um pedido à população que não se coloque lixo no local. E os os moradores fizeram um cesto de madeira para evitar que as sacolas com dejetos ficassem no chão, uma medida simples que já evitaria a proliferação de animais. 'Nada disso adiantou. As pessoas continuam jogando o lixo no chão. No mesmo dia em que o muro foi pintado as pessoas jogaram entulhos no local', conta.
Outro problema são os dias de recolhimento do lixo. Ruth informa que a coleta é feita às terças e quintas-feiras e aos sábados. Porém, muitos moradores se esquecem de colocar os sacos para fora no horário que passa o caminhão. Com isso, o lixo se acumula e ela não sabe como pedir para a prefeitura ir ao local retirar o entulho.
Nas travessas Perebebuí e Alferes Costa a cena de lixo no meio da pista se repete. Segundo Raimundo Frazão, que mora em frente a uma praça na Perebebuí, o local fica cheio de entulho e várias pessoas já tropeçaram e se machucaram ao passarem pelo local. Ele reclama do mau cheiro, mas diz já estar acostumado.
Já na travessa Alferes Costa, é possível enxergar o lixo como fonte de renda. O catador Manoel diz que todo dia passa na rua para selecionar o que pode ser usado para vender. Segundo ele, a seleção é feita com cuidado e sem espalhar os objetos na via.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) informou que a coleta domiciliar é regular e feita diariamente. Mas a passagem Marçal e a travessa Perebebuí 'são pontos críticos de entulhos, o que prejudica a limpeza da cidade. Mas a Sesan informa que a coleta será feita ainda hoje (ontem)'.
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