Deus, nos livre da lei da selva!

Deus, nos livre da lei da selva!
Deus nos livre da lei da selva!
Com vírgula ou sem vírgula, o sentido da frase é o mesmo: o de uma súplica.
Uma súplica a propósito de uma demonstração explícita de lei da selva.
A lei da justiça pelas próprias mãos.
Aconteceu em mais um caso.
O que teve como vítima o perueiro Carlindo da Cruz Dornelas, assassinado por assaltantes em Ananindeua.
Colegas dele foram atrás de dois suspeitos. Mataram um na hora. O outro, de tanta pancada, está com morte cerebral declarada. Está morto, portanto.
A morte do perueiro foi uma selvageria. Porque o latrocínio sempre é selvagem.
A caçada empreendida pelos colegas da vítima também é uma selvageria.
É temerário que, cada vez mais, fiquemos submetido aos riscos desses justiçamentos.
Justiçamentos que contrariam qualquer racionalidade, um privilégio, ao que se presume, apenas dos humanos.
E quando humanos agem como bichos, como é que é?
Deus, nos livre da lei da selva!
Deus nos livre da lei da selva!