Do Comunique-se
O rádio contou com um novo aliado na cobertura do blecaute que atingiu o Brasil na noite de terça-feira (10/11): o Twitter, além dos já tradicionais celulares e telefones fixos. Em poucos minutos, os usuários do microblog confirmaram que o apagão era bem maior do que se imaginava.
“O Twitter foi um diferencial porque tivemos uma dimensão do apagão muito mais rápido. Cada vez mais temos colaboração dos ouvintes pela internet”, afirmou Zallo Comucci, gerente executivo da CBN.
O mesmo aconteceu na rádio Bandeirantes. “Os repórteres entraram e os ouvintes perceberam que tinham o apoio da rádio. Foi uma grande cadeia de solidariedade. A medida em que o tempo passa e a tecnologia avança, essa colaboração fica maior”, destacou José Carlos Carboni, diretor de jornalismo da rádio Bandeirantes.
Não foi só para a colaboração dos ouvintes que o Twitter serviu. A Jovem Pan, por exemplo, após várias tentativas para falar com a assessoria de imprensa do governador José Serra, conseguiu que o político entrasse no ar depois de conversar com ele pelo microblog. “Um repórter escreveu no Twitter de Serra que a rádio queria falar com ele, e deixou o telefone. Depois disso ele nos ligou”, contou André Guilherme Vieira, repórter da emissora, que também informou que a cobertura mobilizou mais de 18 jornalistas que estavam fora da redação. Além disso, a rádio disponibilizou um número gratuito para a ligação dos ouvintes.
O Twitter virou ferramenta até mesmo da área de comunicação da usina Itaipu, maior geradora de energia do mundo, que poucas horas depois do incidente criou uma conta para esclarecer o que havia acontecido.
As rádios também contaram que mesmo os jornalistas que estavam fora do horário de expediente se envolveram totalmente na cobertura, de qualquer lugar onde estivessem. “Naquele horário nós tínhamos três repórteres de plantão, mas 15 repórteres entraram no ar, os que estavam em casa ou na rua. Eles se autoconvocaram”, contou Carboni.
Na CBN os profissionais de várias partes do Brasil também procuraram a rádio para informar. “Tinha pouca gente na redação naquele horário, mas os próprios profissionais que estavam fora da redação ligavam para nós. Os âncoras também se envolveram, em vários estados do Brasil”, explicou Comucci.
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