segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Por que fazer tanto escândalo com a “mala branca”?

Incrível.
No sábado, o Flamengo passou pelo Santos, sábado, no Maracanã, por 1 a 0.
Mas o incrível não é isso, não.
O incrível é que Bruno, o goleiro do Mengo, defendeu dois pênaltis.
E num deles, o segundo, ele literalmente agarrou a bola. Não a rebateu, não. Agarrou-a. Bem agarradinha. E sabem outra coisa incrível?
Com a vitória do Flamengo, a Globo parou de insistir nesse negócio de mala branca.
É isso mesmo.
Quando o Flamengo perdeu para o Barueri por 2 a 0, na quarta-feira passada, os programas de esporte da Globo destacaram menos a vitória do Barueri – incontestável – do que a tal e suposta mala branca.
Para quem não acompanha esporte, a mala branca ocorre quando um terceiro time interessado em determinado placar oferece dinheiro, como estímulo para outra equipe vencer o jogo.
No caso, o Cruzeiro teria oferecido dinheiro para o Barueri derrotar o Flamengo.
Cabe logo, de saída, uma questão: a tal mala branca é antiética?
Por que configuraria uma conduta antiética?
O objetivo de qualquer jogo não é a vitória?
Se a vitória é lícita, absolutamente lícita, e se o time que ganhou deixou-se motivar por uma recompensa financeira, qual é a ilegalidade que haveria nisso?
A mala preta, sim, configura crime, porque o dinheiro é oferecido para que determinada equipe seja derrotada.
Mas se alguém é estimulado a ganhar, é crime?
Por que, então, dar mais importância à suposta mala branca do que à vitória do Barueri?
Só porque a vitória foi do Barueri contra o Flamengo.
Mas tudo já esqueceu, não é?
Com a vitória incrível do Flamengo sobre o Santos, tudo já se esqueceu.
Ainda bem.

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