sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Norte-Sul

No Blog do Alencar, sob o título acima:

Lenta e gradualmente vai se consolidando uma matriz energética e uma matriz de transportes que tornam o Pará uma província mineral e energética, cuja sorte - ou azar - e destino é decidido fora de seus limites.
Decreto publicado no Diário Oficial da União de ontem [quarta-feira] diz o seguinte:

Ficam declarados de utilidade pública, para fins de desapropriação, total ou parcial, de instituição de servidão de passagem, em favor da VALEC - Engenharia, Construções e Ferrovias S.A., os imóveis constituídos de terras, benfeitorias, acessões e outros bens de propriedade particular, bem como o domínio útil dos terrenos, porventura, foreiros, situados nos Municípios de Ouro Verde de Goiás, Damolândia, Nova Veneza, Brazabrantes, Goianira, Trindade, Santa Bárbara de Goiás, Campestre de Goiás, Palmeiras de Goiás, Indiara, Jandaia, Edéia, Acreúna, Turvelândia, Santa Helena de Goiás, Rio Verde, Aparecida do Rio Doce, Quirinópolis, Paranaiguara e São Simão, no Estado de Goiás; nos Municípios de Santa Vitória, Limeira do Oeste, União de Minas e Iturama, no Estado de Minas Gerais; e nos Municípios de Ouroeste, Guarani d’Oeste, Fernandópolis, Populina, Turmalina e Estrela d’Oeste, no Estado de São Paulo, necessários à execução das obras de prolongamento da Ferrovia Norte-Sul (EF-151), entre Ouro Verde de Goiás/GO e Estrela d’Oeste/SP.

Trata-se do prolongamento da Ferrovia Norte-Sul, que cresce apenas em direção ao Sul, tal como a Vale sempre quis, desde os tempos em que ela era estatal e o então presidente José Sarney surpreendeu o país com o projeto dessa ferrovia. Passadas duas décadas, a ferrovia segue seu trajeto no rumo Sul. Logo logo, ela vai interligar o Sistema Norte com o Sistema Sul da Vale.
O ramal Norte em direção a Belém não passou de promessa que, a bem da verdade, nunca foi feita para valer. Sempre foi um jogo de cena para aplacar uma surda ira santa dos paraenses. Mas isso foi no tempo em que os paraenses ainda se preocupavam com isso, nem que fosse para fazer figuração. Agora nem isso. A ira não existe e se existe é além de surda muda.
O tema não pertence à agenda dos paraenses, inclusive suas elites, governantes ou dirigentes. Ou nem uma coisa nem outra, tanto faz.

3 comentários:

Anônimo disse...

Quando o MST fecha a estrada de ferro de carajás, todos se revoltam com razão.
Mas notícias como essa, revoltam do mesmo jeito.Pior, todos sabemos que este tipo de atitude dissimulada da 'Maior Empresa de Mineração do Mundo", a VERDE E AMARELA tem a colaboração dos políticos brasileiros e a passividade dos paraenses.Aí da vontade de se aliar ao MST.
Um dia a casa cai.

Anônimo disse...

Quem sai prejudicado eh o povo, sem um otima opçao de transporte de mercadorias a preços bem mais em conta!!!! Quem fica isolado e paga a conta somos todos nós, paraenses, burros, que elegemos sempre pessoas despreparadas e sem interesse de desenvlover nosso estado, um dos mais ricos em recursos, mais um dos mais pobres em recursos financeiros!!!!

Anônimo disse...

De um tempo para cá me tornei adepto da poesia do Taiguara: Eu desisto, não existe essa manhã que eu perseguia ... Uma pena!