sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Alunos da Unama fazem novo protesto

No AMAZÔNIA:

Embora a maioria dos professores não tenha liberado os alunos, cerca de 600 estudantes dos campi da BR e da Alcindo Cacela da Unama se reuniram no átrio do Campus BR para protestar contra o anúncio da possível venda da instituição para um grupo estrangeiro. A negociação foi levada a público pelo ex-reitor Edson Franco, um dos acionistas e mantenedores da universidade. Ele renunciou ao cargo na semana passada, em protesto contra a venda da instituição. A audiência foi encerrada com um ato público em frente ao prédio da Unama na BR e com a instalação de uma assembléia geral de mobilização permanente, para que as reivindicações dos estudantes sejam atendidas pela direção da universidade. 'Vamos manter assembléias em todos os cursos para garantir que a pauta discutida na audiência seja cumprida', declarou Dênis Melo, coordenador do DCE (Diretório Central dos Estudantes) da Unama.
Durante a audiência, que recebeu apoio de representantes do DCE da UFPA (Universidade Federal do Pará) e do Sindicato dos Servidores Públicos Federais, estudantes de diversos cursos da Unama se manifestaram para cobrar informações e clareza na gestão da instituição. A exigência se manteve, mesmo depois de os mantenedores e acionistas voltarem atrás e garantirem que, apesar de terem recebido várias propostas, a Unama não está à venda e tampouco foi oferecida a um possível comprador. O argumento foi levantado pelo professor Ilmar Soares, que representou a reitoria e é diretor do Centro de Estudos Sociais Aplicados (Cesa), onde foi realizada a audiência. Ele garantiu que a maioria das reivindicações dos alunos será discutida e atendida conforme as necessidades, a capacidade e o orçamento da Unama. O representante se comprometeu a aumentar os investimentos em pesquisa e bolsas para os estudantes, assim como realizar seminários para esclarecer aos alunos como participar da iniciação científica e de pesquisa dentro da Unama.
Mas as principais reivindicações dos estudantes, enviadas em documento enviado à direção e também entregue ao representante da reitoria, ficaram sem reposta na audiência. Os estudantes ratificaram o pedido de congelamento das mensalidades; aumento para 5% dos recursos para pesquisa e extensão; construção de restaurante universitário; manutenção de todos os cursos; reabertura de espaço para artes cênicas, memória e balé com crianças do bairro da Pedreira e o coral; eleição direta e paritária para reitor e em todos os níveis de direção; abertura dos livros e caixas e acesso ao orçamento da Unama; a suspensão da taxa de estacionamento; além de outras reivindicações. Os estudantes querem que a direção da Unama se manifeste de forma oficial sobre a suspensão da venda e o cumprimento da pauta de reivindicações.

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