segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Professores do Estado fazem nova paralisação


No AMAZÔNIA:

Grande parte dos aproximadamente 500 mil estudantes das 400 escolas públicas estaduais da região metropolitana de Belém ficarão sem aulas hoje. Os trabalhadores em educação fazem hoje a primeira paralisação do segundo semestre nos estabelecimentos de ensino do Estado a fim de pressionar a reabertura das negociações por salários e outros itens com o Governo. A suspensão das aulas será marcada por um ato público em frente ao Centro Integrado de Governo (CIG), às 9h, nesta segunda-feira.
Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Pará (Sintepp) afirmam que o Governo do Estado fechou os canais de negociação depois que foi encerrada a greve da categoria no primeiro semestre. Na semana passada, vários boatos começaram a surgir de que as negociações seriam feitas diretamente nas escolas, o que levou a reação das lideranças sindicais, uma vez que qualquer acordo deve ser feito através da entidade de classe e se estender a todos os profissionais.
A paralisação de hoje foi anunciada na quinta-feira passada, dia 14, e já houve uma reaproximação da alta cúpula da Secretaria de Estado de Educação para voltar às rodadas de negociação com o Sintepp. A ida ao CIG também vai forçar mais uma audiência com representantes do Governo Estadual para acolher às reivindicações. A greve passada foi suspensa pela categoria mesmo sem haver um acordo. O Estado também concedeu reajustes diferenciados bem antes dos educadores decidiram retomar as aulas paralisadas com o movimento grevista. Na ocasição, foram conceidos pouco mais de 9% aos trabalhadores de nível fundamental; 10,07% para os de nível médio; e cerca de 6% para os de nível superior.
O Sintepp reivindica principalmente um plano de cargos e salários unificado para os trabalhadores da educação. A entidade quer o mesmo planejamento para professores, técnicos em educação e todos os profissionais que movem o sistema público estadual de ensino. No bojo das reivindicações a serem reapresentadas, o Sindicato vai exigir novamente um reajuste de 30% para a categoria. Está previsto ainda neste semestre novas manifestações contrárias ao piso nacional para os professores, estipulado em R$ 950 e aprovado recentemente pelo Congresso Nacional. A briga será para elevar o valor nas escolas paraenses.

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