domingo, 30 de janeiro de 2022

Conquista histórica, em jogo épico, inscreve na história do esporte um fenômeno como atleta e um exemplo como cidadão

Acordei, neste domingo (30), às 6 da matina. Com o despertador berrrando ao meu lado.

Acordei no berro especialmente para ver a final do Australian Open. Ou melhor, pra ver o espanhol Rafael Nadal disputar a última partida do torneio contra o russo Daniil Medvedev.

Eu não faria tanta questão de assistir à final se o adversário de Medvedev fosse outro; mas, sendo Nadal, fiz questão. E ganhei o domingo. Eu, o domingo; Nadal, o título do AO.

Rafael Nadal provou que, mesmo já entrando no cartel dos velhinhos do Grand Slam, ele é um dos maiores da história do tênis. Com uma virada espetácular sobre Daniil Medvedev, em 5h24 de jogo, e parciais de 2/6, (5)6/7, 6/4, 6/4 e 7/5, o espanhol sagrou-se bicampeão do Australian Open e se tornou o maior vencedor de Grand Slams no masculino. Agora são 21 troféus de Majors.

Foi a final mais emocionante que já vi. Sobretudo por premiar um atleta como Nadal, que já superou várias e incômodas lesões durante sua carreira e precisou remover muitos obstáculos para chegar ao AO.

A conquista de Nadal premia, além do mais, um cidadão exemplar. Atualmente, ele é o quinto do mundo no ranking, mas, seguramente, é o primeiro, ou um dos primeiros, quando se levam em conta as qualidades morais que o distinguem como um grande cidadão.

Em tudo e por tudo, Nadal é o contrário do primeiro no ranking, Novak Djokovic - sem dúvida um atleta magistral, mas um cidadão pleno e prenhe de exemplos de negacionismo, de imbecilidade, de idiotice e mentiras, como demonstrado recentemente, quando foi deportado da Austrália por não ter se vacinado e, pior, por ficar demonstrado que fraudou documentos para tentar participar do AO.

O próprio Nadal disse há pouco, no pronunciamento durante a cerimônia de premiação, que nem ele acreditava fosse possível participar desse Austrália Open. Pois participou.

Por isso, foi marcante a imagem de Rafael Nadal logo após cravar o match point: largou a raquete, mante-se estático, de pé, com as duas mãos encobrindo o rosto, como se pensasse: Não acredito! (Vejam acima, na imagen que capturei).

Realmente, inacreditável a superação de Rafael Nadal, que agora consolida sua condição de um dos gigantes da história do tênis. E do esporte em geral.

Um comentário:

Pedro do Fusca disse...

Ser a favor da vacina não quer dizer que seja mais cidadão. Realmente Nadal é um grande jogador de tenis.