quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Por que caiu o helicóptero que matou Kobe Bryant e mais oito pessoas?

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O mundo – sobretudo o do esporte, e mais especificamente o da NBA – ainda está chocado e lamentar o trágico acidente que ceifou a vida de Kobe Bryant e de outras oito pessoas, inclusive Gianna, uma das filhas dele.
Bryant, mais do que um superatleta, um dos gênios do basquete em todos os tempos, era um cidadão com qualidade acima da média.
Daí a consternação não apenas entre os que o conheciam como atleta, mas que o tinham como amigo e por isso ainda agora choram (em certos casos, copiosamente) o prematuro e súbito desaparecimento de Bryant.
Mas, afinal, por que, num país como os EUA, onde se presume que as regras aeronáuticas são cumpridas mais à risca do que em outros, com fiscalização mais frouxa, por que, então, o helicóptero que conduzia nove pessoas a bordo voava tão baixo, a ponto de ser alertado pela torre de controle?
O que aconteceu depois desse alerta, para que o aparelho perdesse mais altura e acabasse se espatifando no solo?
Helicópteros como o da marca e modelo de Bryant têm caixa preta, cujos dados são de enorme e, às vezes, de decisiva valia para esclarecer as causas de acidentes aéreos?
Especialista ouvido na manhã desta quarta-feira (29), pelo Espaço Aberto, explica que nem sempre helicópteros têm caixa preta, porque a legislação muda de um país para outro, ainda que, em muitos casos, sejam bem semelhantes.
No caso, diz o especialista, é possível que a aeronave sinistrada na Califórnia dispusesse da caixa preta só de voz, um equipamento que atende pela sigla de CVR (Cokpit Vice Recorder), e não aquela outra caixa preta que grava dados de voo, entre os quais os indicadores de potência dos motores.
O acidente que tirou a vida de Bryant e mais oito pessoas, lembra o especialista, tem indícios de ser bem parecido com o que matou o ministro do Supremo Teori Zavask, em Paraty (RJ), em 2017. E também é parecido com o que resultou na morte em 2014, em Santos (SP), do então candidato a presidente da República Eduardo Campos, passageiro de um Cessna Citation 560XLS que só tinha o CVR.
No Brasil, segundo o especialista, as exigências de segurança a serem observadas por aeronaves civis, de grande porte ou mesmo as de menor porte, como helicópteros, estão reguladas em dispositivos constantes do Regulamento Brasileiro de Homologação  Aeronáutica (RBHA), que prevê claramente, nos dois itens marcados na imagem abaixo, as situações em que as aeronaves devem dispor de gravadores de dados de voo e de voz na cabine.


Agora, é esperar pelo resultado das investigações.
E exaltarmos a memória de Kobe Bryant como uma as lendas do esporte que continuarão, elas sim, imorredouras.

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