Dias é um senador atuante.
Fala bem, ainda que imprima, às vezes, um ritmo meio arrastado às suas alocuções.
Tem uma boa dicção.
Foi, reconhecidamente, um bom gestor quando governou o Paraná.
Tem mais de 30 anos de estrada na política.
Com essas credenciais, impunha-se-lhe ter uma performance melhor no debate.
Mas não.
Já na primeira intervenção, quando todos os candidatos deveriam falar de suas propostas sobre emprego, ele se apresentou ao eleitor. E fez isso durante o minuto e meio que tinha à disposição.
Depois, não foi objetivo na apresentação de propostas.
E caiu no ridículo ao insistir nessa bobagem de dizer que vai convidar o juiz federal Sérgio Moro para ser seu ministro da Justiça e manter o ritmo de combate à corrupção.
Álvaro Dias, com isso, constrange Moro, que já disse, repetidas vezes, não ter a menor intenção de ingressar na vida pública.
Mas o senador continua a repetir que vai, ainda, convidá-lo.
Por que, então, não o convida logo?
Se convidá-lo, vai ouvir um "não" e, presume-se, acabará com essa insistência constrangedora.
No mais, a campanha segue.
E Dias ainda pode, se quiser, melhorar.
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