terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Índice de inadimplência na Cosanpa supera os 50%

Leitores do Espaço Aberto, e não são poucos, reclamam frequentemente da interrupção no fornecimento de água nos bairros onde residem, em Belém e sua região metropolitana.
As rotineiras faltas d'água representam um caso sem solução. Porque, convenhamos, a Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), na prática, não existe mais. O que existe é um arremedo de empresa escalada para prestar um serviço essencial que, no final das contas, não é prestado porque o sucateamento se sobrepõe a qualquer esforço e a qualquer boa intenção.
A inadimplência da Cosanpa, ultrapassa os inacreditáveis 50%, segundo afirmam fontes bem informadas ao blog. Por isso é que a empresa foi incluída no de concessões em saneamento do governo federal, capitaneado pelo BNDES, que deve ter a sua primeira onda de licitações ainda neste semestre.
Na Cosanpa, continuam os estudos técnicos que pretendem definir a modelagem mais adequada para que a empresa sejam mandada ao pregão. O BNDES já publicou aviso de licitação em sua página na internet para os primeiros seis editais, referentes a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa), Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) e Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal).
Aliás, no Rio o projejeto de lei que autoriza a privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) foi aprovado nesta segunda-feira (20), pelo plenário da Assembleia Legislativa (Alerj).
O texto aprovado permite a venda da empresa como forma de viabilizar um empréstimo para o estado de R$ 3,5 bilhões da União. A venda é tratada pelo governo do RJ como prioritária para conseguir resolver a crise financeira que afeta o estado e tem comprometido o pagamento dos servidores e de fornecedores.
A venda da companhia é uma das condições do Plano de Recuperação Fiscal, segundo acordo firmado em janeiro com a União, que prevê a suspensão do pagamento da dívida do estado com o Governo Federal. Segundo o executivo estadual, as medidas do plano trarão um alívio de R$ 62 bilhões em três anos.
É assim.

Esse também será o destino da Cosanpa.

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