Duciomar Costa: ele coleciona processos e, presume-se, começa a colecionar condenações. Mas não deve estar nem aí. |
Duciomar foi condenado.
Acreditem, meus caros, Duciomar deve estar dizendo a estas horas: "Isso é mesmo comigo?".
Duciomar, é de sabença (toma-te!) geral, é o Gomes da Costa, o huno.
Duciomar é o pior prefeito de Belém em oito séculos - os quatro que estão por se completar e os quatro do porvir.
Sentença proferida na última terça-feira pelo juiz federal substituto da 5ª Vara, Bruno Teixeira de Castro, condenou o dotô por improbidade administrativo, acolhendo argumentos e provas apresentadas em juízo pelo Ministério Público Federal, por meio de ação civil pública (veja os detalhes na postagem abaixo) .
Como decorrência da pena, o juiz também decretou-lhe a suspensão dos direitos políticos por cinco anos.
"Ele agora não deve nem estar tomando conhecimento disso. Está é em Miami, aproveitando", ouviu o poster, ontem à noite, de dois ou três amigos de redação.
É isso mesmo.
Duciomar, em Miami, em Belém, em Jaguaré ou no Afeganistão - não necessariamente nesta ordem -, não deve estar nem aí.
Ele deve estar convicto, a esta altura do campeonato, de que uma condenação a mais, outra a menos, um processo a mais, outro a menos, não vai fazer a menor diferença.
Está certo de que o eleitorado paraense vai tratá-lo como o tratou quando ele concorreu ao cargo de prefeito de Belém, em 2004.
Àquela altura, a campanha dos adversários de Duciomar foi centrada, em grande parte, no fato - incontestável, indesmentível, irretorquível - de que ele fora condenado anos antes, pelo então juiz federal Edison Messias de Almeida, hoje um dos mais notáveis advogados do Pará.
Duciomar foi condenado pelo crime de charlatanismo, eis que prescrevia lentes de grau, como se fosse oftalmologista.
O que aconteceu com Duciomar, mesmo sob uma saraivada de acusações?
Recebeu um prêmio da população de Belém: foi escolhido prefeito da cidade.
Eleito, começou a colecionar processos.
Eleito, começou a protagonizar lances que tornaram sua administração a mais inoperante, a mais desastrada, a mais desorientada em toda a história da capital paraense.
"Isso é mesmo comigo?", deve ter começado a perguntar-se o dotô, tão logo oficiais de justiça começaram a bater às portas da prefeitura.
Seu ceticismo em relação a conceitos morais firmados pelos outros em relação a ele próprio tinha razão - toda a razão - de ser.
Porque o eleitorado de Belém, complacente, tolerante, quase mesmerizado por sentimentos os mais benemerentes, concedeu a segunda premiação a Duciomar: garantiu-lhe o segundo mandato.
E agora?
E agora que Duciomar continuará o mesmo.
Olimpicamente, fará de conta que condenações não são com ele.
Olimpicamente, fará de conta que não é o prefeito mais processado de toda a história de Belém.
Olimpicamente, estufará o peito, empinará a caratonha e vai partir para uma candidatura ao Senado.
E Belém?
E o Pará?
Olimpicamente, vão permitir que Duciomar retorne ao exercício de um mandato eletivo?
SIGA O ESPAÇO ABERTO NO TWITTER
2 comentários:
Penso que esta condenação não vai fazer nem cocegas ao nosso "oftalmologista" Duciomar. Quando Prefeito ele nunca foi importunado e isto mostra como ele se armava para nada vir a tona sobre suas barbalhidades. Porque a justiça nunca viu isto quando o mesmo estava na Prefeitura?
Olimpicamente? Vão.
Postar um comentário