segunda-feira, 22 de julho de 2019

A selvageria num estádio é o retrato deste Brasil - generoso e acolhedor



Vocês já viram essas imagens?
Se não, tirem as crianças da sala quando forem ver.
Porque envolve criança.
E as imagens são um horror.
São verdadeiramente horrorosas.
São horrorosas porque oferecem a dimensão exata sobre o grau de imbecilidade e de insensatez a que as paixões podem levar.
Inclusive as paixões clubísticas.
A cena ocorreu no Grenal de sábado, que terminou empatado em 1 a 1 no estádio Beira-Rio, arena do Inter.
Mãe gremista, que comprara ingresso para assistir ao jogo na zona mista das cadeiras, juntamente com o marido e o filho, foi parar na área reservada à torcida colorada.
Terminado o jogo, resolveu comemorar desfraldando uma camisa do Grêmio.
E despertou a fúria, a selvageria da torcedora colorada, acompanhada de mais dois homens.
E toda essa cena de violência, selvageria, imbecilidade e irracionalidade dos torcedores do Internacional transcorreu sob a vistas do garoto.
A torcedora gremista errou?
Sim. Errou.
Se estava na área destinada à torcida adversária, nunca, jamais, em tempo algum deveria ter feito o que fez.
Deveria, ao contrário, manter-se quieta e comemorar em outra área – das cadeiras, das arquibancadas, fora do estádio, onde fosse.
Cometeu, portanto, uma insensatez.
Mas isso justificava esse grau de violência?
Não.
Nunca, jamais, em tempo algum.
Sobretudo diante de uma criança- indefesa, apavorada e, quem sabe, agora traumatizada por tudo a que assistiu.
Mas é que estamos no Brasil, né?
Este país acolhedor, generoso, amistoso e hospitaleiro.
Pois é.

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