quinta-feira, 1 de agosto de 2013

PEC prevê novas regras para escolha de ministros do STF

Do site Migalhas
Proposta pelo senador Fernando Collor, a PEC 3/13 prevê alterações na escolha e aposentadoria dos ministros do STF. A proposta, que aguarda apresentação de relatório na CCJ da Senado, propõe que o Supremo passe a ter 15 ministros, em vez dos 11 atuais, e que a idade mínima para indicação - hoje de 35 anos - mude para 45 anos. A ideia de aumentar o número de ministros decorre da crescente demanda na mais alta corte, afirmou Collor.
A PEC, que tem como relator na CCJ o senador José Pimentel, também discute a forma de aprovação do nome indicado. A CF determina que o nome de um ministro do STF precisa ser aprovado no Senado por maioria absoluta, ou seja, um mínimo de 41 votos. Pela proposta, esse quórum sobe para dois terços, o que significa 54 votos, no mínimo. Segundo o autor da PEC, "a prescrição de dois terços do Senado para a aprovação do nome presta-se a consolidar uma maioria efetivamente representativa da vontade da Câmara Alta do Congresso Nacional quanto ao indicado".
Outra mudança sugerida por Collor é que cada ministro tenha mandato de 15 anos. Na justificativa da matéria, ele argumenta que "a investidura por mandato tem por objetivo garantir a necessária atualização ideológica nas linhas construtoras das decisões do STF, mediante a renovação de seus quadros".
A proposta também dispõe que a aposentadoria dos magistrados, com proventos integrais, será voluntária aos 70 e compulsória aos 75 anos. O texto ainda pede a criação de uma lista quádrupla de indicados a ser submetida à Presidência da República.
Collor propõe uma série de restrições para a indicação. Não poderá integrar a lista quádrupla quem, nos quatro anos anteriores, tenha ocupado cargo de ministro de Estado, presidente de agência reguladora ou advogado-Geral da União. Também estará excluído quem tiver exercido mandato eletivo no Congresso ou quem tenha sofrido condenação criminal por órgão colegiado.

Para o senador, as restrições visam eliminar ou reduzir ao mínimo a influência política "que se possa pretender usar para pavimentar o acesso à elevada condição de ministro da Suprema Corte brasileira", concluiu.

3 comentários:

Anônimo disse...

Concordo. Ministro pra sempre não tem mais lugar em nossa sociedade.

Anônimo disse...

Tudo que vem da parte deste senhor é melhor ligar o "alerta".
Tão autêntico quanto uma nota de R$3,00.

paulo tarso da costa disse...

Formar qualquer tribunal ,com juíses escolhidos , e não sorteados ou eleitos segundo sua competência técnica , pode ser miuto perigoso dependendo dos critérios de quem escolhe , ainda mais se nomeados por políticos e o tribunal específico para julgar políticos ... corremos o sério risco da justiça se tornar mais um braço da política , com juízes apadrinhados escolhidos de encomenfda para a ocasião, e potencialmente inconpetentes (como ocorre agora no STF, onde 9 de 11 ministros foram escolhidos pelo partido dos réus do mensalaõ ...) .O mesmo se dá com as nomeações de ministros e diretores de estatais quer muitas vezes não entendem nada do assunto .O mais lógico é que fosem sorteados ,dentro de uma lista de eleitos pelas entidades de sua classe.