Fátima Bernardes: por que, afinal de contas, não lhe conceder um prazo de carência? |
Em sua coluna de ontem, publicada em vários jornais do país, inclusive em O LIBERAL, o jornalista Elio Gaspari faz o seguinte comentário:
Fátima
É da boa norma que depois da estreia de uma peça ou de um programa de TV se dê um período de graça de algumas semanas para que a produção seja reavaliada. O novo programa da jornalista Fátima Bernardes está sendo acompanhado, e criticado, como se fosse uma partida de futebol. Não é justo.
O comentário é perfeito.
E pertinente.
Uma coisa são os comentários, as críticas ao programa, muito delas ponderadas, serenas.
Outra coisa são as extrapolações que, sem dúvida alguma, mal conseguem disfarçar a torcida para que um projeto longamente acalentado pela jornalista Fatima Bernardes naufrague nas cinzas do Ibope.
Confirma-se agora aquela máxima de que, no Brasil, o sucesso, o êxito de um tem o gosto de verdadeira ofensa para os demais.
Sim, vocês dirão, também com pertinência, que não se pode falar em sucesso porque o programa, neste seu início, vai mal das pernas.
Perfeito, mas, conforme o comentário de Gaspari, é preciso conceder a Fatima - que é uma grande jornalista ingressando em área nova, a do entretenimento - um período de graça, ou um prazo de carência, digamos assim.
Registrem-se, todavia, dois fatos.
O primeiro: talvez houve um erro na expectativa que a Globo criou para o programa, atirando a própria Fátima a uma superexposição, nos dias que antecederam à estreia.
Levou-se o distinto público a imaginar que teríamos um programa do outro mundo, com novidades nunca antes, jamais vistas na história da TV em todos os tempos.
E o programa não é assim.
Evidentemente que não é.
O segundo: as críticas de algumas pautas serem requentadas - ou frias - procedem ou não.
Procedem porque, de fatos, temas como o da adoção já vieram e vêm à tona sempre e sempre.
Não procedem porque pautas já batidas podem ganhar abordagens novas, podem sobressair com novos olhares, novos enfoques.
No caso da adoção de crianças, o tema foi bem abordado, inclusive com a presença da ministra corregedora do CNJ, Eliana Calmon.
E ai?
E aí que deixem a Fatima trabalhar.
Deixem o programa prosseguir.
O formato é bom e tem tudo para engatar.
Claro que tem.
3 comentários:
"... deixem a Fatima trabalhar.
Deixem o programa prosseguir."
SÓ QUE TEM UM PORÉM:
A GLOBO já lançou um genérico do programa da Fátima, agora pautado para as madrugadas, nisso o único mais relevante diferencial, talvez: é o “Fala Sério” (ou coisa parecida), a ser apresentado pelo Pedro Bial.
Diferença de horários à parte, ainda que os públicos-alvo sejam presumivelmente bem distintos, a verdade é que, mesmo se tratando de programas protagonizados por dois grandes jornalistas, o Bial leva vantagem sobre a Fátima Bernardes porque já consolidou a sua imagem de comunicador de massas através do Big Brother Brasil. Em cada programa, um generoso tempo de contato, brincadeiras e fanfarras com os participantes do reality show, fermento da melhor qualidade para alicerçar a aceitação do apresentados junto à massa telespectadora, não obstante a perda de prestígio que o programa vem colecionando ao longo das últimas jornadas. Fátima Bernardes, pelo contrário, basicamente dedicada à apresentação de telejornais, ressalvada a função de entrevistadora que teve durante as Copas de Mundo de 2006 e 2010, a beleza e a simpatia, nada mais coleciona como "up-grade" favorável ao novo desafio. Para continuar com o projeto precisa sim rever a sua arquitetura, precisa contar com a carência arguida pelo Elio Gaspari e, sobretudo, saber a quem, de fato, a GLOBO dá preferência. Se a ela ou ao Bial.
E nem adiante contar com o peso do Willian Boner na GLOBO. Aliás, muitas são as especulações, talvez levianas, segundo as quais, o maridão, faz tempo, passou a ser maridinho. Será?
É pagar para ver (tudinho, de cabo a rabo).
Não adianta, programa que não dá Ibope não sobrevive na Globo. Em que pese as excelentes intenções da Fátima Bernardes. Aliás o único indicativo de vitória na Globo é liderança no Ibope, por isso o programa está fadado a acabar.
Celivaldo Carneiro
Já existe uma campanha nas redes socias, entre as crianças, para que o programa da Fátima mude de horário. Eles pedem desenhos e mais desenhos com a volta da Tv Globinho. Principalmente agora com as férias escolares. É pagar pra ver o quanto a Globo vai resistir ao crescimento das redes de Tvs abertas que exibem os desenhos animados nas manhãs. Lembrando: criança decide compras em famílias.
Postar um comentário