terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Professores grevistas quebram vidraça, invadem prédio da Sefa e ampliam movimento iniciado por indígenas

Professores estaduais, em greve desde o dia 23 de janeiro passado, invadiram no final da manhã desta terça-feira (28) o prédio da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), na Avenida Visconde de Souza Franco, a Doca. Aos gritos da "revoga, revoga, revoga", os manifestantes quebraram uma vidraça e entraram no prédio, conforme mostram as imagens acima.

A manifestação dos professores e a ocupação do prédio da Sefa amplia o movimento iniciado por lideranças indígenas, que há cerca de duas semanas ocupam as instalações da Seduc, na Avenida Augusto Montenegro, e também exigem, como os docentes, não apenas a revogação da Lei Estadual 10.820/2024, votada e aprovada à quase unanimidade pela Assembleia Legislativa do Estado, no apagar das luzes do ano passado, como a demissão do secretário de Educação, Rossieli Soares.

Tanto os professores grevistas como as lideranças indígenas consideram que a lei, aprovada em meio a confrontos entre manifestantes e policiais militares nas áreas próximas à Alepa, é perniciosa ao sistema educacional, eis que, conforme avaliam, retira direitos dos docentes e prejudica os indígenas que moram em aldeias distantes de zonas urbanas, substituindo a atividade presencial de professores por aulas ministradas remotamente, por meios virtuais.

A manifestação também tem sido engrosssada com a ocupação da BR-163, à altura do Km 922, no município de Belterra, na região oeste do Pará. A Justiça Federal já expediu liminar determinando que a manifestação deveria limitar-se a 30 minutos pela manhã e 30 minutos à tarde, mas a Advocacia Geral da União (AGU) voltou a pedir que a proibição seja integral, porque os manifestantes não estariam respeitando a limitação imposta pela decisão judicial.

Como o Espaço Aberto já mostrou, as manifestações de professores e lideranças indígenas, exigindo a revogação da lei e a demissão de Rossieli Soares, representam o maior desgaste político para o governo Helder Barbalho, justamente no início do ano em que o Pará vai sediar a COP30, marcada para novembro, em Belém.

terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Tilápias aparecem mortas em lagos da Praça Batista Campos. Bomba de aeração, isso tem, mas está desligada.



Além do cocô de garça e dos bandidos, como também da buraqueira sem fim e do lixaral logo depois da reforma concluída no final de junho do ano passado, a Praça Batista Campos - coitada dela! - volta a exibir a céu aberto, e de forma dolorosa, as consequências do desleixo.

De ontem à noite para hoje, terça-feira (21), centenas de tilápias boiam, mortas, nos lagos da Praça Batista Campos, conforme mostram a foto do alto e o vídeo acima, enviados nesta manhã para o Espaço Aberto. Como se sabe, os lagos, além de tilápias, abrigam pirarucus e tambaquis, que também estão expostos aos mesmos riscos que acabaram com a vida das tilápias. E o que foi mesmo que acabou com a vida dos peixes?

Fonte da Associação dos Amigos da Praça Batista Campos, ouvida pelo Espaço Aberta, informa que o motivo da mortandade seria a falta de aeração, ou seja, a falta de oxigênio, que tanto pode pode causar estresse e diminuir a taxa de crescimento dos peixes, como deixá-los mais expostos a doenças e levá-los até mesmo à morte, como aconteceu com as tilápias.

O detalhe, acrescenta o membro da associação, é que a reforma da praça inclui a instalação de uma bomba de aeração. Mas o equipamento, desde meados do ano passado, quando a reforma - que custou nada menos de R$ 5 milhões - foi inaugurada com pompa e circunstância, até agora, no alvorecer da nova administração, continua desligada.

Por que o equipamento continua desligado? Sabe-se lá. Isso já é a administração Igor Normando que precisa explicar.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Trump, o "pacificador", praticamente declara guerra na cerimônia de posse. Devemos rir ou ter medo?

Trump na cerimônia de posse: belicismo, deselegância, insensatez e ameaças

Acabo de assistir ao discurso de posse de Trump.

Chamou-me atenção a reação de Hillary Clinton, sentada ao lado do marido, o ex-presidente Bill Clinton, quando Trump anunciou que mudará o nome do Goldo do México para Golfo da América.

Hillary riu abertamente, meio cabisbaixa, ao ouvir essa maluquice. Acho que só não gargalhou porque o momento não recomendava.

Devemos rir todos de trumpices como essa?

Em condições normais, sim. Mas não quando as maluquices têm como autor o governante do país mais poderoso do mundo. E menos ainda quando o governante é um desequilibrado completamente previsível nas suas imprevisibilidades.

Essa condição, particularíssima, é que justifica temermos um desequilibrado na presidência dos Estados Unidos.

Mudar o nome do Golfo do México para Golfo da América foi a menor das trumpices.

Depois de dizer que será um "pacificador e unificador", Trump praticamente declarou guerra ao Panamá, ao dizer, em alto e bom som, que vai "pegar de volta" o Canal do Panamá.

Além disso, não teve o menor pudor, a mínima educação, a menor polidez e sensatez de fazer críticas ácidas ao governo Biden, com Biden ouvindo tudo de corpo presente, a apenas cinco metros de distância, e portanto impedido, pelos rituais solenes, de contestar as críticas.

Mais pavoroso do que tudo isso é ouvirmos, na GloboNews, coleguinhas considerando que Trump estava, digamos assim, "calmo e muito à vontade", tendo feito um discurso até certo ponto contido, ainda que duro.

Vocês imaginem, então, quando ele estiver aborrecido e fora de si.

Trump é uma esperança de grandeza para a maioria dos americanos?

Sim.

Mas, para o mundo, Trump é uma ameaça.

Só é.

sábado, 18 de janeiro de 2025

Em momento de maior desgaste do governo Helder na área da Educação, líder indígena aponta o dedo para secretário: "Vocês têm sangue indígena nas mãos"

O ano em que o governo Helder Barbalho, de olhos postos na COP30 marcada para novembro, deseja apresentar o Pará aos olhos do mundo inteiro como uma avis rara amazônica de rara, rica e preciosa plumagem, é justamente o ano que começa com o governo Helder Barbalho nas cordas, enfrentando um dos momentos de maior desgaste político. Numa área das mais relevantes, a da Educação.

A ocupação, desde a última terça-feira (14), do prédio da Seduc por lideranças indígenas, revoltadas à exaustão com mudanças introduzidas na área educacional pela Lei 10.820/2024, votada no final do ano passado pela Assembleia Legislativa do Estado, em meio a gritos, correria e spray de pimenta atirado pela Polícia Militar, chega a sobressair como um capítulo de inacreditável incapacidade política da equipe (ou time, na linguagem mudernista) de Helder em buscar alternativas para contornar, pelo menos provisoriamente, demandas de contencioso político do mais alto teor. E tudo isso com o governador, ele mesmo, viajando para o Exterior desde o dia 9 de janeiro, para "tratar de asssuntos particulares", conforme termo de transmissão de cargo publicado no Diário Oficial.

Não bastasse a ocupação dos indígenas e a revolta generalizada contra a substituição das aulas presenciais pelo ensino remoto nas aldeias, conforme previsto na Lei 10.820/2024, a inabilidade política da Secretaria de Educação ainda se fez acompanhar da proibição de que jornalistas tivessem acesso ao local onde estavam os manifestantes, um configurado cerceamento à liberdade de Imprensa, só revertido por força de decisão judicial proferida por um desembargadora do Tribunal de Justiça, ao apreciar mandado de segurança oportunamente impetrado pelo Sindicato de Jornalistas do Pará (Sinjor-PA). E ainda temos um indicativo de greve dos professores estaduais, que poderão paralisar suas atividades a partir de 23 de janeiro. É pouco ou querem mais?

Além da batalha campal nos arredores da Assembleia, outro episódio, também em dezembro, já havia representado um forte desgaste para o governo Helder: o envio à Alepa num dia e a retirada, no mesmíssimo dia, de um projeto do Executivo que previa a extinção de vários órgãos, inclusive da área cultural. O episódio, que o próprio governador classificou de "erro brutal", acabou resultando na queda da secretária de Planejamento, Renato Coelho, que teria encaminhado a matéria ao Legislativo sem a palavra final de Helder.

"Destruidor da educação"

Agora, com o prédio da Seduc ainda ocupado, viraliza nas redes sociais uma carraspana - um carão, diriam nossos avós - em regra de uma líder indígena, Auricélia Arapiun, ao secretário de Educação do Pará, Rossieli Soares, durante reunião ocorrida na tarde desta sexta-feira (17). Assistam ao vídeo acima.

Ela, Arapiun, diz na cara dele, Soares, apontando-lhe o dedo: "O senhor é destruidor da educação. O senhor destrói todos os povos indígenas. O senhor está destruindo a educação no Estado do Pará. O senhor está destruindo a nossa dignidade. Nossos parentes estão na BR, em confronto com o agronegócio, em confronto com caminhoneiros armados. E se acontecer alguma coisa com algum parente, sabe a culpa de quem é? É de vocês, porque vocês têm sangue indígena nas mãos de vocês, sempre tiveram, desde muito tempo".

Soares e demais circunstantes que o acompanharam assistem a tudo impassíveis, mudos e quedos, e não por uma questão, digamos assim, de etiqueta  - de noblesse oblige, diriam os franceses, fazendo biquinho -,  mas porque o momento, é claro, não justificaria qualquer contestação às flechas verbais atiradas pela líder indígena, evitando-se assim o acirramento de ânimos, que já está, convenhamos, nas alturas.

No mais, Helder, segundo termo de transmissão de cargo, deve reassumir o cargo nesta segunda-feira (20). Até essa data, sabe-se lá como estará o caldeirão na Seduc.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Justiça garante acesso de jornalistas ao prédio da Seduc ocupado por indígenas


Do site da jornalista Dedé Mesquita

Uma grande vitória para toda a classe dos jornalistas, de verdade. A Justiça acatou na noite desta quinta-feira, 16, o mandado de segurança impetrado pela diretoria do Sindicato de Jornalistas do Pará – Sinjor-PA, garantindo o acesso de profissionais da imprensa ao prédio da Secretaria de Educação do Estado do Pará -Seduc, na avenida Augusto Montenegro, ocupado desde a última terça-feira, 14, pelo movimento indígena.

A liminar favorável aos jornalistas foi concedida pela desembargadora Maria Filomena Buarque, que determinou que o secretário da Educação, Rossieli Soares, “assegure o acesso de jornalistas devidamente habilitados e credenciados a veículos de comunicação à sede da Secretaria Estadual de Educação do Pará,enquanto perdurar a manifestação indígena”.

A decisão judicial determina, ainda, que “não seja impedida a captação de imagens eentrevistas, devendo as autoridades adotarem meios a garantir a segurança, ordem e integridadefísica de todos que estão em suas dependências”.

Violação de direitos – O Sindicato argumentou que a restrição do acesso de jornalistas ao local da ocupação pelo secretário de educação viola o livre exercício da profissão e o direito à informação, garantidos na Constituição Federal. A entidade dos jornalistas anexou vídeos, fotos, reportagens e ofícios que comprovavam a atitude arbitrária dos representantes do governo do Estado.

Em caso de descumprimento da decisão ou diante de qualquer obstáculo ao exercício do trabalho jornalístico, a desembargadora estabelece uma multa diária de R$ 50 mil ao Governo do Estado, que deverá ser revertida ao SINJOR-PA.

Para a diretoria do Sindicato, a decisão judicial é uma forma de garantir o livre exercício do jornalismo e uma vitória da democracia contra as atitudes autoritárias do governador Helder Barbalho e do secretário Rossieli Soares.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

"Hoje, é dia de dizermos em alto e bom som: ainda estamos aqui". Sim: ainda estamos aqui.


Discurso bom é discurso que poderia terminar, de forma apoteótica, na primeira frase - sempre bem curta.

Como o início da discurso do presidente Lula, na solenidade realizada nesta quarta-feira (08), no Palácio do Planalto, para marcar os dois anos de triunfo da democracia sobre os bolsonaristas fascistas que tentaram dar um golpe em 8 de janeiro de 2023.

"Hoje, é dia de dizermos em alto e bom som: ainda estamos aqui", começou o presidente, fazendo sutil alusão ao "Ainda Estou Aqui", filme que permitiu a Fernanda Torres conquistar no último domingo o Globo de Ouro.

Lula já poderia, se quisesse, terminar sua fala aí mesmo, porque essa asserção traduz exatamente o que um momento como este representa.

Ainda estamos aqui, vivendo numa democracia, porque a democracia brasileira, por seus mecanismos institucionais, freou, conteve e deteve os instintos bestiais de fascistas comandandos por um covarde como Jair Bolsonaro, esse espécime vil, que, por ser vil, aviltou a civilidade político-institucional do Brasil durante os quatros anos em que ele uma corja desgovernaram o País.

Não à toa, bolsonaristas vivem nesta quarta-feira um momento dos mais difíceis. Em memes, chegam a considerar um dia como o de hoje como "O Dia do Patriota".

Não acreditam que o 8 de Janeiro foi uma tentativa de golpe.

Não acreditam que fascistas defecaram - simuladamente ou não - em prédios públicos.

Não acreditam que ações articuladas, antecedentes ao golpe, mas dele integrantes, previram até a eliminação de autoridades, entre elas Lula, o então presidente eleito.

Não acreditam, enfim, que estavam aviltando a democracia, porque, é óbvio, não conseguem alcançar, na quintessência de suas ignorâncias e burrices, o significado da democracia.

Se bolsaristas fascistas não acreditam em nada disso, nós, de outro lado, estamos convictos de que bolsonaristas fascistas representam uma escória que só não contamina irreversivelmente o ambiente democrático porque a democracia brasileira já desenvolveu anticorpos suficientes para repelir o fascismo.

"Hoje, é dia de dizermos em alto e bom som: ainda estamos aqui".

E ponto final.

terça-feira, 7 de janeiro de 2025

"Praça Batista Campos: sem cocô de garça e sem bandidos". Aposte nisso, prefeito Normando!

A Praça Batista Campos em junho de 2024, quando foi entregue, reformada, pela gestão
Edmilson Rodrigues: linda, mas ainda um campo aberto para a ação de assaltantes
(foto: Espaço Aberto)

A Praça Batista Campos - um paraíso para as centenas de garças que se aninham nas galhadas de suas árvores, para de lá despejarem cocô na cabeça dos transeuntes, mas um inferno para frequentadores que se ressentem da falta de segurança - volta a ser palco de cenas de violência - explícita e à luz do dia.

Há dois domingos, uma dupla de idosos foi assaltada por dois bandidos - que usavam moto e portavam armas - em plena luz da manhã, quando faziam sua caminhada habitual. O fato chegou ao conhecimento do Espaço Aberto apenas nesta segunda-feira (07).

Um dos idosos, contrariando o recomendado pelos protocolos de segurança, mas atendendo ao instinto natural de autodefesa, chegou a reagir contra um dos bandidos e bateu na arma que ele portava, percebendo logo que o revólver era de plástico. Aí, chegou a agarrar o ladrão, na tentativa de imobilizá-lo, mas o homem conseguiu desvencilhar-se e correr em direção à moto em que estava o comparsa, escapando os dois em seguida. "Depois [de reagir ao assalto] é que eu tremi nas bases, minhas pernas ficaram tremendo", conta o idoso, em áudio remetido ao blog.

O registro de mais essa ocorrência criminosa volta a preocupar ainda mais a Associação dos Amigos da Praça Batista Campos, que, não é de hoje, sempre defendeu junto ao Poder Público a necessidade de dotar a local de mais segurança, de preferência reativando um posto da Guarda Municipal que havia por lá, mas que foi desativado pela gestão Edmilson Rodrigues no ano passado.

A preocupação da entidade não é sem propósito. Muito pelo contrário. Assaltos no logradouro - frequentado por centenas de pessoas, inclusive idosos e crianças - são habituais há muito tempo. O repórter que vos escreve, inclusive, tem, como se diz por aí, lugar de fala suficiente para reclamar do banditismo, porque já foi assaltado duas vezes na Praça Batista Campos, uma em março de 2012 (veja aqui) e outra em setembro de 2015 (veja aqui), este a apenas 100 metros de uma banda do Exército.

Nossa Zurique dos trópicos

O prefeito Igor Normando, que assumiu há apenas uma semana, mas com fôlego notável, suficiente - acreditamos nós, os crentes em bons propósitos - para transformar Belém na Zurique dos trópicos em pouquíssimo tempo, bem que poderia anunciar como um dos presentes para a Cidade no seu aniversário, em 12 de janeiro próximo, a reativação do posto da Guarda Municipal na Praça Batista Campos.

Como já se informou que a nova administração municipal deverá acionar - se é que já não acionou - pesquisadores e ornitólogos para encontrarem uma solução que detenha a proliferação de garças na área da Praça Batista Campos, não custa nada agregar a essa providência - urgente, convenhamos - a reativação do posto da GM.

Se fizer isso, quem sabe em 12 de janeiro de 2026, Normando já poderá comemorar novos ares para a praça com um slogan tipo: "Praça Batista Campos: sem cocô de garça e sem bandidos".

Não seria lindo?

Tintim!

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Vice-governadora é a nova titular da Seplad. Mudança no 1ª escalão foi antecipada pelo Espaço Aberto em dezembro.


A vice-governadora Hana Ghassan é a nova secretária de Estado de Planejamento e Administração do Estado (Seplad), a contar desta quinta-feira (02), quando foi publicado no Diário Oficial o decreto de nomeação, assinado pelo governador Helder Barbalho.

Outro decreto, publicado na mesma edição, exonera Renata Mirella Freitas Guimarães de Souza Coelho do cargo de titular da Seplad. Ela passará a responder, "até ulterior deliberação", pela Direção Geral do Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran), também com exercício a contar de 2 de janeiro. Também foi exonerada Regina Barbosa Rocha do cargo de secretária adjunto de Modernização e Gestão Administrativa, com lotação na Seplad.

A mudança no primeiro escalão foi antecipada pelo Espaço Aberto no dia 19 de dezembro passado. A postagem intitulada Cabeças vão rolar no governo do Estado, como efeito da repercussão negativa de projeto que extingue secretarias fazia referência à contrariedade do governador com o envio pela Seplad, à Assembleia Legislativa do Estado (Alepa), do projeto de lei 701/2024, que previa a extinção de mais de dez secretarias estaduais e fundações, incluindo a Secretaria da Mulher (Semu) e a Secretaria de Igualdade Racial e Direitos Humanos (Sirdh).

"Erro brutal"

Conforme apurou o Espaço Aberto, o governador ficou agastado porque o projeto foi encaminhado para apreciação dos deputados sem antes ter recebido sua anuência formal e definitiva, versão confirmada pelo próprio Helder no último dia 27 de dezembro, num vídeo divulgado nas redes sociais em que ele conversa com a secretária de Turismo do Estado, Úrsula Vidal e classifica o episódio de um "erro brutal" da Secretaria de Planejamento e Administração.

"Na verdade, foi feito alguns estudos (sic), por parte da Secretaria de Planejamento do Estado, de possíveis fusões para redução de custos da máquina pública, pra que pudesse ter (sic) mais recursos disponíveis para investimentos em obras e aperfeiçoamento da gestão. Só que em vários modelos que foram apresentados, acabou que houve um brutal errro e [o projeto] foi enviado para a Assembleia Legislativa o que seria uma projeto de reestruturação da máquina pública", diz o governador no vídeo.

Acrescentou que tão logo tomou conhecimento do PL, "pediu" para que a matéria fosse devolvida ao Executivo e desconsiderada, "porque eu não concordo com isso", ou seja, com a extinção de órgãos da área culturak, conforme proposto. "Não existe esse projeto. No momento em que o governo diz, 'olha, manda de volta', ele não existe mais", reforçou.