terça-feira, 12 de setembro de 2023

Neymar e os bolsonaristas. Neymar e o bolsonarismo.

Neymar beija a bola no Mangueirão, antes de perder o pênalti: um craque, mesmo sendo
bolsonarista. Mas um fiteiro que às vezes nos diverte - ou nos indigna - com suas idiotices.

Com todo o respeito que eles nos merecem - pela excelsa inteligência, tolerância democrática e comovente empatia que sempre demonstram -, mas os bolsonaristas, vamos e convenhamos, tornaram-se, de uns tempos par cá, bravos patriosta que prestam um valoroso serviço ao País, divertindo-nos todo dia, o dia todo.
Sério mesmo!
Sem um bolsonarista por perto, a vida não teria tanta graça. Encontrar um deles e ouvi-lo contar, por exemplo, sua aventura de ter feito rapel nas bordas da terra plano, isso é uma diversão que não tem preço.
Pois a última piada dos bolsonaristas, a última diversão impagável que eles nos proporcionam consiste em revelar-nos sua mais furiosa indignação patriótica diante de quem faz críticas, por mínimas que sejam, a Neymar.
Se você quer ver bolsonarista cantar o hino nacional com o mesmo ardor com que cantou para um pneu, então ponha Neymar frente dele. Pronto! Está salva a pátria amada!
Criticar Neymar por sua performance não fora, mas dentro de campo, não passa, dizem os bolsonaristas, de "perseguição", "despeito" ou "intolerância", apenas porque o jogador, claro, é bolsonarista.
Essa é a última piada bolsonarista.
Mas vamos com muita calma nessa hora.
E vamos desenhar, para que os bolsonaristas, esses divertidos, entendam bem.
Neymar é um craque?
É.
Ele e, disparadamente, o maior jogador de sua geração?
É.
Já inscreveu seu nome como um dos maiores jogadores do Brasil?
Já.
É um dos maiores goleadores do futebol brasileiro?
É.
Em números absolutos, é o maior goleador da seleção brasileira?
É. Afinal, chegou a 79 gols em 125 jogos. E com tudo para marcar ainda mais gols.
Mas, proporcionalmente, marcou mais do que Pelé?
Não. Porque o Rei fez 77 em 91.
E Neymar é comparável a Pelé?
Não. Nunca será. Neymar mesmo já disse isso.
Pronto. Está tudo aí, bem desenhado.
Mas bolsonaristas, sempre com a piada pronta e com a idiotice na ponta da língua, acham que negar a Neymar méritos que apenas Pelé teve e sempre terá não passa de "perseguição" ao jogador, porque ele é bolsonarista.
Desenhemos outra vez, com régua e compasso.

Craque fiteiro e "monstro"
Neymar, o craque dentro de campo, é um idiota, um rematado idiota fora dele.
Aliás, é um rematado idiota não apenas fora, mas, muitas vezes, dentro de campo.
O bolsonarismo, ao qual Neymar aderiu, é apenas mais um episódio a confirmar sua enorme clarividência política. Até porque ele já revelara quem verdadeiramente seria antes mesmo, bem antes, de Bolsonaro virar trombadinha de joias e genocida, competências que demonstrou quando desgovernou o Brasil por quatro anos, que valeram por 4 mil séculos.
Para confirmar a excelência da idiotice de Neymar, revejam as declarações de Renê Simões em 2010, portanto há 13 anos, portanto bem antes de Bolsonaro começar o genocídio, a tramar golpes e desviar joias.
"Em nome dessa arte de jogar futebol, da qual eu sou partidário, estamos criando um monstro. Temos que fazer um dossiê pelo número de vezes que ele se joga. A televisão tem que mostrar", disse então o treinador. Em 2010, repito.
O que Renê Simões quis dizer pode ser resumido num adjetivo apenas: fiteiro.
Neymar é fiteiro. Se não o fosse, já teria marcado mais 400 gols do que os anotados até agora. Porque, repita-se, é um craque quando não faz fita.
Eu estava no Mangueirão para ver o treino do Brasil contra a Bolívia.
Quando foi marcado o pênalti e vi Neymar pegar a bola e beijá-la (seria um revival do beijo que Pelé deu na bola ao marcar, de pênalti, seu gol de número 1.000 no Maracanã?), avisei para minha acompanhante ao lado.
- Ele vai errar.
Neymar correu, preparou, chutou e... errou.
Porque fez fita. Claramente, ele fez fita.
O cara bate pênaltis excepcionalmente bem. Mas o jeito como bateu em Belém fugiu completamente ao seu estilo: tentou tirar a força da bola ao máximo, contando que o golerio boliviano fosse correr para o lado da BR, enquanto a bola entraria no outro canto, aqui pelo bairro de Nazaré.
E errou.
Depois, sem fita, fez uma jogada genial - driblando cinco jogadores e quase entrando no gol com bola e tudo -, deu boas assistências, acertou o travessão com um chutaço, marcou dois gols e foi, com méritos, o grande nome da partida.
Será que bolsonaristas conseguirão discernir o Neymar jogador (que é um craque, quando não faz fita) do Neymar bolsonarista - uma hora idiota, outra também?
Sabe-se lá!
Mas tem uma coisa, e antes que eu me esqueça: tomara que Neymar faça uns quatro ou cinco hoje, contra o Peru.
Se não fizer fita, ele crava os quatro.
Entenderam, bolsonaristas?
Grande Neymar! Siga sendo bolsonarista, para nos divertir.

2 comentários:

Anônimo disse...

Adivinha quem quer tirar o Brasil do Tribunal Penal Internacional, inimigo mortal de genocidas e ditadores ao redor do planeta, será que é o bozo?, não claro que não, mas ele o ladrão de 9 dedos, o criador da democracia relativa, e gastador-mor da nação e tchutchuca do centrão, o pior cego é aquele que não quer ver.

Mirika Bemergui disse...

Bom DEMAIS kkkkkkkk Neymar o pavulagem nao é o maior artilheiro, Marta sim com 122 gols pela seleção brasileira...
Qto as risadas que damos dos PATRIOTÁRIOS GOLPISTAS que estão desaparecendo, ou presos ou temerosos pela justiça ou com tornozeleiras, já nos divertimos bastante, mas neste quesito sao imbatíveis igual o Afonso Pilatos kkkkkkkkkk