quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Sobrevoo definirá traçado da ferrovia paraense

Desde às 8h desta terça, 22,  diretores da  Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico Mineração e Energia (Sedeme) sobrevoam a rota da Ferrovia Paraense (Ferpasa), que ligará o norte ao sul do Estado numa extensão de 1.600 Km, com início em Barcarena até Santana do Araguaia. A intenção é identificar possíveis interferências e acidentes geográficos, ao longo do trajeto.

O Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Adnan Demachki (na foto, da Agência Pará), que determinou a realização do voo, espera que o sobrevoo defina, caso necessário, possíveis alternativas de percurso, levando-se em consideração, acidentes geográficos, altitude, assentamentos, áreas indígenas e quilombolas.

A missão é realizada em aeronave do grupamento aéreo do Governo (Graer), por meio de uma equipe técnica, formada pelos diretores de Geologia e de Concessões e Projetos Estratégicos, da Sedeme, respectivamente, Eduardo Leão e Alfredo Barros; o consultor técnico do projeto da ferrovia, Frederico Bussinger, do Instituto de Desenvolvimento de Logística, Transporte e Meio Ambiente (IDELT) e ainda um representante da Secretaria de Estado de Transportes (Setrans).

Do alto, enfatiza Demachcki, a visão privilegiada e abrangente do território permite a visualização correta de travessias dos rios, pontos mais estreitos, entre outras situações. "A ideia é verificar possíveis alternativas ao curso original proposto para a ferrovia", afirmou Demachcki. Ele explicou ainda que a rota foi disponibilizada por GPS para o Graer (Grupo Aéreo da Polícia Militar).

A aeronave seguiu o trajeto da ferrovia e verificou a dimensão real das interferências e abordagens, se elas são necessárias ou não. A Setran enviou um técnico para acompanhar o trabalho, já que quando a ferrovia ficar pronta, a secretaria será o órgão responsável pela gestão do empreendimento.

"O traçado básico é ainda uma concepção. Podem existir interferências ao longo desse traçado e o Estado vem desenvolvendo estudos para definir de que maneira essas poderão ser contornadas. Queremos evitar, ao máximo, intervenções relacionadas à forma de ocupação das terras, assim como acidentes geográficos, a fim de se chegar a uma condição de trajeto o mais favorável possível’’, informou Alfredo Barros, diretor do Núcleo de Concessões e Projetos Estratégicos, da Sedeme.

Em junho, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (SedemE) protocolou junto à Secretaria de Meio Ambiente Sustentabilidade (Semas) o pedido do Termo de Referência para iniciar os estudos ambientais do empreendimento, cuja resposta deve sair até o início de 2016.

A Ferpasa prevê R$ 10 bilhões de investimentos. O traçado original inicia-se em Barcarena, atravessando a região de produção de palma do Pará, e, em seguida a região de Paragominas e Rondon do Pará, produtora de soja e bauxita/alumina, até Marabá, finalizando em Santana do Araguaia, outro polo produtor de soja, mas que também apresenta muitas ocorrências minerais não exploradas hoje por falta de um sistema moderno de logística.

Fonte: Assessoria de Imprensa

3 comentários:

Anônimo disse...

Vc acredita que uma viagem desse tipo vai dar pra tirar conclusões técnicas para construção da ferrovia? Vc acredita que na atual crise financeira que estamos vivendo é tão fácil assim ter 10 bilhões para o investimento dessa natureza? Os artistas da reportagem, nenhum entende de ferrovia,conheço todos, são neófitos no assunto. Matéria paga pra enganar os betas. Só no Pará.

Anônimo disse...

Que estupidez!É o cúmulo da burrice!

agenor garcia disse...

Caro Bemerguy,
Adnan, pelo visto, não faz idéia do que significa construir uma ferrovia.Sem recursos, então..Ele bem que poderia dar uma chegadinha aqui, no sudeste, e dar uma caminhada, ou sobrevoo, sobre o leito do ramal que esta vindo de Canaã e vai se ligar a ferrovia Carajás, que está sendo duplicada. Adnan raciocina como se estivesse em Paragominas, falando para assessores de província, que nada questionam, apenas escrevem as idiossincrasias que ouvem dos seus assessorados. Esse secretário sonha só. Podeira convocar a imprensa pra dizer: que tal uma ferrovia de norte a sul no Pará. Não é uma boa idéia? E ficar por isso mesmo.
Abraços
Agenor Garcia
jornalista.