Se mantidas as atuais condições de temperatura e pressão, a bancada do Pará no Senado votará em favor da cassação do mandato do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), na sessão de hoje, em que o plenário decidirá se pune ou não o parlamentar por quebra de decoro.
O senador Mário Couto (PSDB) ponderou ao Espaço Aberto, na última segunda-feira à noite, que não pode revelar seu voto, que é secreto.
Mas sinalizou que poderá votar pela cassação, até mesmo para manter a coerência de seu posicionamento no Conselho de Ética, onde votou pela aprovação do voto do relator, senador Humberto Costa (PT-PE), favoravelmente à cassação do parlamentar goiano.
O também tucano Flexa Ribeiro, outro senador da bancada paranense, também não quis proclamar seu voto, porque impedido regimentalmente. Mas ele, como os demais 21 senadores que foram a favoráveis ao relatório do senador Pedro Taques (PDT-MT) aprovado na Comissão de Constituição e Justiça, considerando regular a tramitação do processo de cassação de Demóstenes, deve ser coerente com o voto dado ao projeto de resolução que determina a cassação. Flexa, aliás, é o único senador paraense com voto na CCJ.
Quanto a Jader Barbalho (PMDB), há cerca de um mês, num artigo intitulado Os Demóstenes da vida, ele escreveu: "Os Demóstenes são assim. Estão sempre de dedo em riste ou com uma pedra na mão. Trazem no peito a falsa insígnia da moral que não resiste mais às câmeras escondidas nem aos grampos telefônicos."
Agora, é esperar o julgamento de logo mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário