quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Ministério da Defesa precisa se pronunciar, com régua e compasso, a bolsonaristas golpistas e imbecis

Bolsonaristas golpistas e imbecis pedem intervenção: é preciso que as Forças Armadas
recomendem que eles voltem pra casa e aguardem as próximas eleições

Bolsonaristas golpistas, que se concentram em frente a instalações militares em vários estados do País, pedindo intervenção das Forças Armadas após consumada a vitória democrática de Lula (PT) no último domingo, não são apenas bolsonaristas e golpistas.
Eles são bolsonaristas, golpistas e imbecis.
Como justificativa para pedirem intervenção militar, invocam o artigo 142 da Constituição.
O dispositivo diz, singelamente, o seguinte: 

Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.

Nunca, jamais, em tempo algum, a não ser na cartilha de bolsonaristas golpistas e imbecis, esse artigo autorizou as Forças Armadas a intervirem contra o Estado Democrático de Direito, o que estaria configurado se os militares dessem um golpe, em afronta ao resultado legítimo de eleição como a que resultou na vitória de Lula.
Como os bolsonaristas que se concentram em frente a instalações militares são golpistas e imbecis, seria conveniente, para não dizer indispensável, que o Ministério da Defesa se pronunciasse didaticamente, com régua e compasso, para avisar aos golpistas que o Exército, a Marinha e a Aeronáutica não poderão atendê-los, porque a Constituição veda, taxativamente, golpes militares contra o Estado Democrático de Direito.
Alguém poderá objetar, com pertinência, que é dispensável manifestação nesse sentido do Ministério da Defesa, porque o próprio presidente da República, que é o comandante em chefe das Forças Armadas, já se pronunciou.
É verdade. Ele já se pronunciou.
Mas, ao se pronunciar, pediu apenas o desbloqueio de estradas, mas não recomendou que seus seguidores golpistas arquivem, de vez, o sonho de uma intervenção militar.
Não se sabe se essa omissão no pronunciamento de Bolsonaro foi apenas um lapso.
Pode ter sido, sim.
Mas, em se tratando de Bolsonaro, um democrata de fachada, é muito provável que não.
É provável que ele, no seu íntimo, esteja torcendo para que seus apoiadores, golpistas e imbecis continuem pedindo, imbecilmente, uma intervenção militar.

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