segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Por que o governo do Pará tem que esperar por Bolsonaro para adquirir vacinas? Por que não compra logo pelo menos 740 mil doses?

Helder, no evento com prefeitos, mostra o protocolo de intenções para comprar vacinas.
Por que não compra logo, sem esperar pelo negacionista Bolsonaro? (foto Agência Pará).

Em evento realizado na quinta-feira (10), que reuniu prefeitos paraenses recentemente eleitos, o governador Helder Barbalho informou ter assinado protocolos de intenção para comprar vacinas contra a Covid-19.

É o seguinte o trecho de matéria divulgada pela Agência Pará:

O chefe do Executivo estadual compartilhou com os gestores municipais a estratégia de combate ao novo coronavírus, causador da Covid-19, abordando o processo de imunização após a aquisição de vacinas. Helder Barbalho afirmou que o Estado só vai adquirir vacinas registradas e liberadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Fizemos questão de deixar para este momento a assinatura dos protocolos com intenção de compras das vacinas por ter absoluta responsabilidade que o gestor público deve trabalhar com planejamento. Trabalhamos esperando e crendo que o governo federal haverá de liderar o Plano Nacional de Imunização. Porém, caso o governo federal não ofereça a vacinação ao tempo da urgência necessária, o Governo do Pará está com recursos assegurados para aquisição das vacinas para os paraenses”, garantiu.

Não espere, governador.

Não espere e nem creia que o governo federal seja capaz de liderar um Plano Nacional de Imunização.

Por que não deve esperar e nem crer o governo do Pará que o governo Bolsonaro venha a fazer isso?

Porque o governo Bolsonaro já ofereceu e tem oferecido demonstrações evidentes de que não gere absolutamente nada, sobretudo em relação a temas estratégicos, de vida ou morte, relacionados a esta pandemia horrorosa que já matou mais de 178 mil brasileiros.

Na área da Saúde, o governo Bolsonaro põe à mostra, em sua sinistra vitrine, um ministro que, parece, não entende nem de logística e nem de lógica, que muda de posição como biruta de aeroporto e que, dia sim, outro também, seja por ações, seja por omissões, reflete precisamente a incapacidade de gestão do governo a que pertence.

Explicitada essa realidade flagrante, clamorosa e conhecida amplamente por todos, inclusive pelo governador Helder Barbalho, pergunta-se.

O que falta para o governo do Pará, independentemente de um plano de imunização do governo federal, formalizar logo a comprar de vacina (evidentemente a primeira a ser aprovada pela Anvisa) em quantidade capaz de proteger pelo menos o segmento mais vulneráveis de paraenses?

Na mesma matéria da Agência Pará, lê-se também o seguinte:

De acordo com o governador, dentro da estratégia estadual, a imunização será iniciada por grupos específicos, inicialmente, sendo destinadas 140 mil doses para profissionais da saúde; 50 mil doses para populações quilombolas e indígenas; 550 mil para pessoas acima de 60 anos e 25 mil doses para profissionais da área de segurança pública, que desenvolvem ações de alta exposição ao contágio.

Está aí.

O próprio governo do Pará já definiu os seus grupos prioritários.

Por que não formalizar logo, de imediato, a aquisição dessas 740 mil doses do primeiro imunizante a ser aprovado pela Anvisa?

Se o estado dispõe de recursos, como anuncia o governador, por que esperar por um governo que, nas palavras do próprio presidente da República, acredita que a pandemia já está no "finalzinho"?

Se comprar, com recursos próprios, pelo menos as 740 mil doses necessárias para imunizar os grupos de maior risco, não estará o governo do Pará adiantando-se e tornando mais célere a imunização desse enorme contingente de paraenses, em vez de ficar esperando por um governo destrambelhado e incapaz como o de Bolsonaro?

Essas são questões prementes que precisam ser consideradas com a máxima atenção. Porque dizem respeito à preservação de vidas.

E preservar vidas, está claro, é um sentimento - ou uma noção, sei lá - que não se afeiçoa ao perfil do atual presidente da República, um homem que já chamou a Covid-19 de gripezinha e aconselhou os brasileiros a deixarem de ser "maricas" diante dessa pandemia letal.

Como então, acreditar que o governo Bolsonaro seja capaz de implementar alguma ação inteligente, eficaz e sensata na área da Saúde?

Não, governador.

Não acredite nisso.

E corra para garantir o quanto antes a imunização, pelo menos, de 740 mil paraenses.

3 comentários:

AHT disse...

Bolsonaro falou (e só depois pensou?) sobre obrigar a todos que quiserem se vacinar ter que assinar um termo de responsabilidade assumindo os riscos.

Ele está fazendo de tudo para o povo não se vacinar? Por quê? Qual o grande segredo que o Trump lhe falou, que induz ele a insistir em continuar dirigindo e levando o país para o despenhadeiro?

Estaria ansioso, louquinho da silva para implementar a ditadura que idealizou em seu fracassado tempo de caserna?

Ainda existem juízes com juízo. Não deixarão passar mais essa bolsonarice.

(Tomara que sim!)

AHT disse...

2.020 não vê a hora de 2.021 chegar e lhe entregar a passagem para a Estância dos Anos Passados.


VACINA JÁ!

Vencendo o estado de exceção iniciado em 64,
As ”Diretas Já” facultou a redemocratização em 85.
Cidadania, esperança renovada, novos tempos.
Infecciosos demagogos e corruptos atuaram e,
Numa escalada a olhos vistos, foram trocando
A vacina democrática de 85 por placebos e fel.

se passaram 35 anos e Covid se apresentou:
Ávidos demagogos e corruptos vibram, “Oba!”


AHT
16/12/2020 (rev.)

Anônimo disse...

O Helder não devia ir a Brasília dar ibope aquela palhaçada.Os governadores q pensam no seu povo deveriam se rebelar contra o bozo e isola-lo