Do Amazônia
Centenas de pessoas tentaram comprar ingressos para acesso às arquibancadas da Trasladação e Círio de Nazaré, ontem de manhã, na bilheteria do Centro Ita, no Arraial de Nazaré. O local é o único ponto de venda dos ingressos. Doze guichês de comercialização disponibilizaram 5 mil bilhetes para cada dia, a partir das 7h30. Desde as primeiras horas da madrugada, uma grande fila se formou na calçada do arraial. Os ingressos para a procissão do Círio de Nazaré, que ocorre no próximo domingo, se esgotaram em apenas três horas.
De acordo com a Diretoria da Festa, os únicos ingressos ainda disponíveis são para as arquibancadas durante a Trasladação. A bilheteria do Parque de Nazaré funcionou até as 13h e deveria reabrir às 16h se ainda houvesse ingressos.
Amanhã, serão distribuídos os ingressos para a gratuidade, destinados a idosos e deficientes. Serão disponibilizados 300 deles para o Círio e 600 para a Trasladação. A bilheteria abre às 7h e haverá o limite de um ingresso por pessoa. Para adquiri-lo, é necessário apresentar documento de identidade.
A principal reclamação dos devotos se referia à centralização da venda dos ingressos, além de críticas à lentidão no atendimento. A responsabilidade pela venda é da Diretoria da Festa pelo terceiro ano consecutivo.
Debaixo de sol em filas que chegaram a se estender à travessa 14 de Março, passando pela avenida Nazaré, as pessoas levaram sombrinhas, pedaços de papelão e até bancos de madeira para aguentar horas até a compra de no máximo cinco ingressos. Os preços variaram de R$ 25 para a Trasladação a R$ 55 para o Círio. A comerciante Rosilene Cavalcante conta que tem assistido ao Círio da arquibancada nos últimos anos e permaneceu na fila em nome da devoção à Nossa Senhora. “O sacrifício do Círio começa hoje com essa fila lenta, sem organização. É muito inseguro também, porque os bandidos sabem que na bilheteria só aceitam dinheiro. Antes, vendia na Belemtur (Coordenadoria de Turismo de Belém) e em outros lugares. Agora colocaram tudo no Arraial. Já vi pessoas que desmaiaram aqui por não aguentar o sol”, relatou.
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