segunda-feira, 30 de junho de 2025

Presidente da OAB-PA rebate críticas de advogado santareno sobre o processo de escolha de candidatos ao desembargo

Sávio Barreto: "O mantra de que o Conselho não daria chance às candidaturas das
pessoas da gestão anterior ou que apoiaram a gestão anterior engasgou na garganta daqueles
que sentaram na cadeira da oposição por decisão própria"

O presidente da OAB-PA, Sávio Barreto, rebateu críticas do advogado santareno José Ronaldo Campos, que, em artigo publicado no Espaço Aberto, atribuiu à "costura de bastidores, acordos de campanha, conchavos velados - tudo como manda o figurino político, inclusive dentro da OAB", o fato de representantes do interior do Pará, como ele, não terem figurado entre os 6 nomes masculinos aptos a disputar um lugar na lista sêxtupla ao desembargo.

Sávio revelou ter votado em Campos e especulou que, talvez, a diferença que faltou para o colega santareno ter êxito foi o fato de não ter seguindo recomendação do próprio presidente da OAB, para que visitasse presencialmente todos os conselheiros, antes da sessão de arguição.

Leia, abaixo, o contraponto de Sávio Barreto, que também pode ser lido neste link, em comentário no Instagram:

Quando me foi questionado o motivo de ter votado no Zé Ronaldo pelos conselheiros que não o conheciam, eu disse: “Penso que o Zé está entre os poucos candidatos que agregam as três virtudes mais importantes para ocupar o cargo em disputa: experiência, ética e humildade.”

A disputa do dia 25 foi a mais emocionante que se tem notícia na história dos quintos da OAB-PA.

A vitória e a derrota de várias candidaturas ficaram separadas por um único voto. Houve empate e decisão pelo critério de idade.

O mantra de que o Conselho não daria chance às candidaturas das pessoas da gestão anterior ou que apoiaram a gestão anterior engasgou na garganta daqueles que sentaram na cadeira da oposição por decisão própria.

Luciana e Gabrielle, dois nomes da alta cúpula gestão anterior, que fizeram uma apresentação brilhante na arguição, não passaram por um único voto ou no critério de desempate por idade, respectivamente. Kátia e Zé, dois grandes nomes de Santarém, que apoiaram a gestão anterior (certo é que não manifestaram apoio à gestão atual), não passaram pela diferença de um e de cinco votos, respectivamente. Isso em um universo de 54 votantes. Quem poderia imaginar isso?

Façam uma pergunta a si mesmos: será se o Sávio tivesse perdido as eleições e se apresentasse como candidato ao quinto teria um único voto no Conselho? O Presidente eleito deixaria o Conselho livre para votar sem pressões internas e externas, escolhendo, inclusive, candidaturas de pessoas que não o apoiaram nas eleições, deixando de fora vários apoiadores?

Meu caro Zé Ronaldo, eu não espero nenhum agradecimento pelo voto que depositei na urna em seu favor. Depositaria novamente, se fosse preciso. Ainda penso que és um homem experiente e ético para assumir o posto de desembargador. Só não posso mais dizer o mesmo em relação à virtude da humildade, pois, se humilde fosses, agradecerias os votos conquistados e agradecerias ao teu Presidente por ter te orientado de visitar presencialmente todos os conselheiros, o que não fizestes, resultando disso – e não das razões que mencionas em teu texto ressentido –, a diferença que te faltou para ter êxito pleito.

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ATUALIZAÇÃO ÀS 16H38:

O advogado José Ronaldo Dias Campos publicou a seguinte resposta, após a manifestação do presidente da OAB-PA:

Embora entristecido — após sete mandatos exercidos na nossa gloriosa instituição (três na Subseção de Santarém, inclusive como presidente; três no Conselho Seccional; e um no Conselho Federal, sem contar as suplências, nem o fato de já ter integrado a Comissão Especial de Direito Processual Civil no Conselho Federal da OAB) — já sepultei esse episódio, amigo.

Meu desabafo tem raízes na exclusão de Santarém, a maior e mais antiga subseção do Estado do Pará e de toda a Amazônia. Vida que segue. Acredito, sim, no seu voto, e agradeço pela gentileza. Fique com Deus. Sem ressentimentos!

sábado, 28 de junho de 2025

Ércio Bemerguy

Ércio Bemerguy: em sua partida, um convite para seguirmos na aventura da vida

Sempre fui apaixonado por rádio.

Quem me fez ser tão apaixonado foi meu tio Ércio Bemerguy. Acho que ele nunca soube disso, mas que fique sabendo agora, ora bolas! Porque nunca é tarde para se fazer uma confissão.

Moleque maluco e sonhador, cheguei a sonhar até em ser locutor, mais precisamente narrador esportivo, dada a minha outra paixão, esta pelo futebol. Mas não queria ser um narrador qualquer. Um Waldir Amaral, um Jorge Cury, um Doalcey Bueno de Carmargo já me satisfariam. Resultado: queria muito e acabei nada sendo. Aí, virei jornalista.

Pirralho ainda - pirralhíssimo - lé pelos anos 1960, em Santarém, fui apresentado por Ércio Bemerguy à radiofonia, levado pelas mãos dele à rádio da Arquidicese de Santarém, a Educadora, então recém-fundadada em 1964 e com seu alicerçes fincados, sem exageros, no meio de um matagal, no bairro do Caranazal, hoje uma área plena e densamente urbanizada da cidade, mas que, naquela época, só era acessível por Jeep, o veículo talhado para vencer areiões. Como aquele Jeep em que eu, algumas vezes, acompanhei meu tio à emissora onde ele começara a trabalhar.

Ércio foi bancário por 4 mil anos e aposentou-se como tal. Mas como radialista é que sempre se notabilizou. E na minha memória também se solidificou não o Ércio bancário, mas o Ércio radialista.

Há 60 anos, numa cidade como Santarém, que ainda nem sabia o que era televisão ou jornal diário de médio porte que fosse, a rede social - verdadeira, genuína, raiz - era o rádio. E locutor de rádio era quase uma celebridade. Senão uma grande celebridade.

Ércio Bemerguy marcou época como radialista em Santarém. Ao lado de seu amigo e parceiro Edinaldo Mota, comandou por vários anos aquele que, certamente, foi o único e grande programa de auditório em toda a região oeste do Pará.

Era o E-29 Show, apresentado a partir dos anos 1970, sempre aos domingos à noite e transmitido ao vivo pela, agora, Rádio Emissora de Educação Rural de Santarém Ltda. - nova denominação da antes Educadora - e realizado no histórico Auditório Cristo-Rei, situado na Travessa dos Mártires, bem em frente à emissora.

O Cristo-Rei não apenas lotava como a audiência pela rádio era fantástica. Porque programa que tem disputa de calouros dispostos a desbancar os mais astros mais estelares não é qualquer programa.

Mas não só isso. Como suas atividades de bancário não lhe permitiam ter um horário fixo e diário na grade de programação da Rádio Rural, seu programa limitava-se aos sábados de manhã. Era o EB Faz o Sucesso. Como o E-29 Show, também era um sucesso. Sem exagero.

Com essa cancha toda que foi alcançando, Ércio Bemerguy começou a intermediar, juntamente com seus colegas bancários Márlio Cunha e Otávio Pereira, a ida de grandes - sim, grandíssimos - artistas da época a Santarém. Muitos, aliás, iam do Sul/Sudeste diretamente para Santarém, sem se apresentarem em Belém, onde a TV já era nascente.

Lembro-me de ter ido a shows de Jerry Adriani, Wanderley Cardoso, Martinha, Wanderléa, José Roberto e outros da Jovem Guarda, além de Agnaldo Timóteo, o impagável Rossi, Renato e Seus Blue Caps, entre tantos outros. Esses artistas tinham no velho e hoje já saudoso Estádio Elinaldo Barbosa o seu Carnegie Hall, porque santareno que se preza não compara seus templos artísticos - nem os de antigamente - com qualquer um, é claro.

Ércio Bemerguy só deixou o rádio quando, por volta de 1978, mudou-se definitivamente para Belém, onde continuou como funcionário do Basa até se aposentar.

Aposentou-se do rádio, mas não da vida.

Dos quatro filhos de meus avós Vidal e Didó - também pais de Emir Bemerguy, de Eros (meu pai) e Edith, minha tia linda, doce e querida por todos -, Ércio era, incontrastavelmente, o mais extrovertido.

Tinha um vozeirão. Seu Olá, Paulo, recepcionando o Paulo ou qualquer um, ressoava longe.

Ércio gostar de arrodear-se de amigos. Estar com amigos era mais do que uma satisfação. Era um alumbramento, na verdadeira acepção do termo. Era um encantamento.

Quando ia a Santarém, não deixava, geralmente, de bater ponto na velha, tradicional e inocentemente indiscreta garapeira da Praça da Matriz, de onde afloravam (ou ainda afloram?), deslizando de forma serena e sem culpas, pela língua dos frequentadores, as mais frescas fofocas santarenas.

Conhecedor dos grande personagens da cidade de A até Z e de Z até A, Ércio era um contador de muitas histórias, que continuaram a conectá-lo vivamente com seus amigos, agora pelas redes sociais.

E mantinha milhares de amigos, podem acreditar. Nos últimos anos, seu perfil no Facebook, podem conferir lá, tinha 5,5 mil. Era o seu E-29 Show. Ou quase isso.

Com os amigos dividia opiniões - muitas polêmicas, porque ninguém é de ferro -, resgatava fotos antigas, dava notícias de gente que há muito não via mais, festejava os aniversários e lamentava as partidas para a Eternidade.

Hoje, sou eu - seguramente acompanhado por milhares - que revolvo minhas entranhas ao reviver essas lembranças, diante da partida de um cara que não foi só meu tio. Mais do que isso, foi um grande camarada.

Para poupar meu pai de um momento tão doloroso, era meu tio que estava comigo, bem ao meu lado, quando fui receber o corpo de minha mãe, Nícia, no Hospital da Ordem Terceira, aqui em Belém, quando ela faleceu, naquela madrugada de novembro de 2006 que eu jamais esquecerei.

Ércio Bemerguy fez-se saudade eterna às 4h50 deste sábado (28), aos 82 anos completados no último dia 2 de junho, após padecimentos lancinantes que se agravaram a partir do final de março, quando viu-se torpedeado por severas complicações de saúde, inclusive 4 AVCs.

Partiu, coincidente e emblematicamente, num sábado, dia em que mais gostava de reunir filhos, netos, genros e noras em sua própria casa, sobretudo quando ainda tinha seu lado minha tia - também querida e saudosa - Albanira, que nos deixou no ano passado, precisamente no dia 21 de junho.

Valente, agarrou-se à vida o quanto antes, mas, como sabemos, os fios uma hora se rompem, mesmo que sejam de aço. É a lei da vida. E na vida, nada mais certo do que a morte. Mas, quando chega essa hora horrível, ninguém se dá conta de que, como dito, esta é a lei da vida.

Tive ainda a felicidade de ver meu tio se recuperando depois do primeiro AVC. Depois, não mais, a não ser hoje, quando fui despedir-me dele.

Precisei tocar-lhe as mãos e a face para ver se aquilo era verdade. Mas era. Infelizmente!

Aliviou-me ouvir Ercinho, meu primo, dizer que também sentia uma sensação de alívio por ver espelhada, na face do seu pai, uma expressão serena, sereníssima, em contraste com as dores que lhe foram debilitando inexoravelmente nas últimas semanas, apesar de toda a assistência e o carinho que estava recebendo.

Essa serenidade, estou certo, foi a sua voz - tonitruante, densa, bem timbrada - convidando-nos a também seguir nesta aventura - muitas vezes, fortemente imprevisível - que é a vida.

Ércio Afonso da Cunha Bemerguy.

Nunca te esquecerei!

sexta-feira, 27 de junho de 2025

Porta fechada: o Quinto Constitucional e a exclusão do interior

José Ronaldo Dias Campos, sobre a lista dos 12: "Costura de bastidores, acordos de
campanha, conchavos velados - tudo como manda o figurino político, inclusive dentro da OAB"

JOSÉ RONALDO DIAS CAMPOS - Advogado

Sem santareno no páreo, o caminho ficou livre para a cooptação dos votos do interior - estratégia de quem domina, com naturalidade, os meandros da política tradicional

Amigo leitor, confesso que já esperava. Sabia que o rol masculino dos seis primeiros nomes à lista duodécima para o TJPA, via Quinto Constitucional, estava quase fechado antes mesmo da votação. Costura de bastidores, acordos de campanha, conchavos velados - tudo como manda o figurino político, inclusive dentro da OAB.

Sabia também que meu destino era ser o sétimo - e, ainda assim, insisti, mesmo com chance mínima de angariar votos das demais correntes, já comprometidas com seus apadrinhados.

Pensei, sim, em desistir ali mesmo, no púlpito. Mas sou teimoso. Raciocinei: quem sabe alguém não resolve levantar a bandeira do interior? Afinal, Santarém é a maior e mais antiga subseção da Amazônia. Não mereceria, ao menos, respeito?

Ledo engano. Silêncio sepulcral.

Tudo permaneceu como dantes no quartel de Abrantes.

Como na política convencional, repetiu-se a velha lógica da exclusão: nenhum nome do oeste do Pará passou.

O interior, apesar de sua força e história, seguirá apenas votando - sem representação legítima - como figurante de um enredo escrito e encenado pela metrópole, que não admite nossa emancipação, tampouco facilita nossa integração.

Sem santareno no páreo, o caminho ficou livre para a cooptação dos votos do interior - estratégia de quem domina, com naturalidade, os meandros da política tradicional.

Seguimos sendo coadjuvantes.

Eleitores, apenas e tão somente.

Triste sina!

quinta-feira, 26 de junho de 2025

Vai ter Nova Doca pronta para a COP30? Sim, diz o governo Helder. "Mas quando, já!", rebate operário.


Na imagem acima, tomada geral da Nova Doca, vista a partir da Marechal Hermes. Na foto abaixo,
as três imagens mostram o que ainda está por ser concluído. (Fotos: Espaço Aberto)

Vai ter Doca, ou melhor, Nova Doca pronta, prontíssima, para ser entregue até antes de novembro, quando começa a COP30?

Claro que vai, tem dito o governo Helder Barbalho, sustentando essa convicção com números regularmente divulgados sobre o estágio em que as reformas se encontram.

Na manhã desta quinta (26), o repórter aqui do Espaço Aberto ouviu, por acaso, uma voz dissonante enquanto fazia um sobrevoo, com drone, na área das obras que estão sendo tocadas na Avenida Visconde de Souza Franco.

Enquanto o repórter - não por coincidiência, este que vos escreve - operava o drone, ouve-se uma voz bem próxima. Era um trabalhador, com a cabeça espichada para ver, no console do drone, o que era mesmo que estava sendo filmado.

Travou-se o diálogo:

- Isso é um drone, é? - perguntou o cara.

- É.

Silêncio de alguns segundos, e aí o repórter é quem toma a iniciativa de continuar a conversa, após visualizar melhor o cidadão e percebê-lo trajado com o uniforme de uma empresa:

- Tu és operário aqui nas obras?

- Sou.

- E aí? Fica mesmo tudo pronto até novembro?

-Mas quando, já! - responde ele, com uma entonação e um sotaque paraensíssimos e uma sinceridade comovente, daquelas de fazer bolsonarista desavergonhar-se e confessar que é mesmo bolsonarista.

- Mas como assim? O governador tem dito que até novembro estará tudo pronto.

- Nunca.

- Então, quando deve ficar pronto?

- Lá pra dezembro!

E fim de papo, porque o trabalhador, que, claro, não quis se identificar, partiu rumo ao trabalho.

Esse ceticismo do operário pode não fazer muito sentido diante dos números apresentados. Mas não deve ser desprezado e nem tratado como um exagero ou desinformação.

Na última publicação disponível sobre o estágio das obras na Nova Doca, precisamente no dia 3 de junho, portanto há apenas 23 dias, a Agência Pará informa que a execução já atingiu os 80%.

A matéria acrescenta ainda que "a Quadra 4, localizada entre a Avenida Senador Lemos/Rua 28 de Setembro e Rua Cônego Jerônimo Pimentel/Rua Manoel Barata, está recebendo a instalação de equipamentos públicos que vão compor a obra, um dos investimentos para a realização da COP30 (Conferência Mundial sobre Mudanças Climáticas) na capital paraense, em novembro deste ano."

Olhem as fotos acima, feitas hoje de manhã.

De fato, até a mencionada Quadra 4, as obras estão praticamente prontas. O praticamente fica por conta de ainda não ter sido concluída a instalação dos equipamentos públicos.

Agora, a partir da Quadra 4, ou seja, da Jerônimo Pimentel/Manoel Barata até a Rua Boaventura da Silva, ainda fazer coisa pra fazer. Não se diria que é muuuuuuiiiiita coisa, mas é muito coisa. Se a parte inconclusa são os 20% até agora inexecutados, aí só os parâmetros técnicos de mensuração seriam capazes de explicar.

De qualquer forma, essas previsões e esses números precisam ser combinados com os russos, me parece. Porque os russos, com os quais ainda não se combinou, também devem ter os seus próprios parâmetros.

Daí o "mas quando, já!", quando se lhes pergunta sobre se vamos ter Nova Doca até novembro.

A conferir.

quarta-feira, 25 de junho de 2025

OAB-PA define 12 nomes que vão concorrer ao desembargo. Lista sêxtupla sai em agosto.

O presidente da OAB-PA, Sávio Barreto, durante a sessão de arguição que definiu
os nomes de 12 candidatos ao desembargo do Tribunal de Justiça do Pará

A Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Pará acaba de indicar os nomes de 12 advogados - 6 homens e 6 mulheres - que continuam na disputa por uma vaga de desembargador do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) pelo quinto constitucional.

A seleção foi feita após sessão do Conselho Estadual em que foram arguidos 22 candidatos, que tiveram de responder ao seguinte questionamento: No seu entendimento, como o quinto constitucional pode contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária?

Foram escolhidos em primeiro escrutínio os seguintes nomes:

Anete Marques Penna de Carvalho - 37 votos
Patrícia Lima Bahia Farache - 29 votos
Kelly Cristina Garcia Salgado Teixeira - 28 votos

Jarbas Vasconcelos do Carmo - 41 votos
Valério Saavedra - 28 votos
Gustavo Amaral Pinheiro Da Silva - 28 votos

Em segundo escrutínio:

Daniele Ribeiro de Carvalho - 28 votos
João Paulo Carneiro Gonçalves Lédo -  34 votos

Em terceiro escrutínio:

Lia Daniella Lauria - 29 votos
Roberta Pires Ferreira Veiga - 15 votos

César Ramos da Costa - 36 votos
Hugo Leonardo Pádua Mercês - 34 votos

Os 12 disputarão, no dia 11 de agosto, em votação direta pela classe, a vaga para a lista sêxtupla que será enviada ao Tribunal de Justiça do Estado. Dessa lista, o TJPA escolherá três. Caberá ao Governo do Estado nomear desembargador um desses três.

O último advogado a ingressar no desembargo pelo quinto, em setembro de 2023, foi Alex Centeno, que preencheu a vaga aberta com a aposentadoria do desembargador Milton Nobre.

Oásis de paz, amor, segurança e tranquilidade? Vem pra Belém que tem!

Um bandido (de camisa escura) e sua vítima travam luta corporal na Praça Batista Campos,
durante tentativa de assalto. Não é nada, não. Isso é apenas Belém.

Neste oásis de paz, amor, segurança e tranquilidade, que é Belém, todo dia, o dia todo, surgem fatos e evidências de que, ora bolas, Belém é, sim, um oásis de paz, amor, segurança e tranquilidade.

Na terça-feira passada (17), uma médica, que se encontrava em plena luz do dia numa esquina da Brás de Aguiar, esperando um carro de aplicativo, foi agarrada por dois homens que trafegavam numa moto, por cima da calçada. Eles a renderam e fizeram a limpa em segundos.

A esquina é a mesma, a mesmíssima onde bandidos em duas motos também fizeram a limpa, em fevereiro deste ano, em duas pessoas, uma delas corredora. Isso tudo também à luz do dia, no início da manhã.

Agora, na última segunda (23), o caso espantoso de um jovem de 20 anos que, atacado por bandido armado na Praça Batista Campos, travou luta corporal com o assaltante, Segundo informações, a vítima só não levou um tiro do agressor porque a arma que ele portava falhou.

A Praça Batista, aliás, também é a mesma, a mesmíssima onde, em tempos idos, pessoas foram assaltadas à luz do dia, inclusive perto de uma banda do Exército.

Oásis de paz, amor, segurança e tranquilidade?

Vem pra Belém que tem!

sábado, 14 de junho de 2025

"Fora, Rossieli". Enfim, Rossieli fora!


Enfim, fora!

O secretário de Educação do Pará, Rossieli Soares, foi exonerado, segundo ele, a pedido, através de ato assinado pelo governador Helder Barbalho nesta sexta-feira (13). Em vídeo (veja acima) que circula nas redes sociais, ele agradece a colaboração de sua equipe, mas reconhece que não foi possível "entregar tudo o que a gente sonha, o que a gente pensa."

Rossieli já é inesquecível. Já inscreveu - ainda que, presume-se, sem querer - seu nome na sua própria história e na do governo Helder Barbalho. Ele tanto fez, ou deixou de fazer, que virou até bordão.

"Fora, Rossieli" tornou-se, digamos assim, o grito de guerra de centenas de indígenas que, em março e fevereiro deste ano, ocuparam por 24 dias o prédio da Seduc, na Rodovia Augusto Montenegro.

Eles exigiam não apenas a exoneração do secretário, mas a revogação da Lei nº 10.820/2024, votada no apagar das luzes do ano passado e aprovada, sem tugir nem mugir, praticamente à unanimidade, por uma Assembleia Legislativa dócil, submissa, subjugada e reverente ao Executivo.

Depois de muito relutar, Helder convocou os holofotes e anunciou, apoteoticamente, a revogação da lei, que os indígenas consideravam prejudicial ao ensino que é levado a distantes comunidades espalhadas pelo interior do Pará.

Se a lei foi revogada, o "fora, Rossieli" continuou a ecoar ao léu.

Muito embora a mobilização dos indígenas e a revogação da lei tenham representado a primeira e única grande crise política da gestão Helder Barbalho, da qual o governador saiu como o mais notável derrotado, o secretário foi mantido no cargo. De lá pra cá, não se falou mais nele.

Fala-se agora, eis que Rossieli, enfim, está fora!

Mas o "fora, Rossieli", esse é um bordão que vai ficar para a história da mobilização dos indígenas em defesa de seus direitos, como também na história do governo Helder Barbalho e do próprio Rossieli!

sexta-feira, 13 de junho de 2025

Ex-prefeito de Santarém relata condições em que se encontra em Israel: "Bastante apreensivos"


O ex-prefeito de Santarém Nélio Aguiar, secretário regional de Governo do Baixo Amazonas, postou há cerca de 5 horas, em suas redes sociais, informações atualizadas sobre as condições em que ele e outras pessoas se encontram em Israel, após os ataques desfechados pelo país nesta sexta (13), horário israelense, contra instalações militares e nucleares e no Irã.

"Estamos bem, mas bastante apreensivos. O clima é muito tenso, muito preocupante", diz o ex-prefeito, que se encontra em missão oficial em Israel desde a última segunda-feira (09), acompanhado de várias autoridades brasileiras, incluindo prefeitos de capitais.

Clique no vídeo acima, postado no Instagram, para assistir ao relato do ex-prefeito.