quarta-feira, 15 de março de 2023

Aprovação de Daniela Barbalho para integrar o TCE tem reações que vão do amor ao ódio


Pouco mais de 24 horas depois de ter seu nome confirmado pela Assembeia Legislativa para ocupar o cargo de conselheira vitalícia do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que lhe pagará salário de cerca de R$ 41,8 mil em valores atuais, a primeira-dama do Pará, Daniela Barbalho, pode aferir a quantas anda a percepção popular sobre sua aprovação para integrar a Corte.

Em seu perfil no Instagram, a primeira-dama se diz honrada por ter sido aprovada com a chancela de 36 dos 41 deputados estuduais e promete "trabalhar em benefício do povo do Pará". Na postagem, os mais de 1.200 comentários publicados até agora mostram reações que vão do amor ao ódio, das exaltações à escolha da primeira-dama a manifestações de frustração externadas até mesmo por pessoas que dizem apoiar o governador Helder Barbalho, mas discordam que sua própria mulher venha a compor uma Corte que tem, entre outras atribuições, julgar as contas do mandatário.

Daniela Barbalho vai ocupar no TCE a vaga aberta em função da aposentadoria compulsória do conselheiro Nelson Chaves e foi indicada por 11 líderes partidários. Como o Espaço Aberto já mostrou, a configuração de nepotismo em indicações semelhantes não tem sido reconhecida por tribunais do País, mas perdura, incontornavelmente, uma inadequação ética na presença da mulher de um governador como integrante de colegiado que julgará as contas dele.

Nas imagens acima, o Espaço Aberto selecionou alguns comentários disponíveis no perfil de Daniela Barbalho, uns favoráveis à sua escolha para atuar como conselheira, outros contrários. Ao que tudo indica, o ato de nomeação da nova conselheira não será assinado por Helder, que assim seguirá procedimento adotado pelo então governador do Amapá, o hoje ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, que em fevereiro do ano passado teve sua mulher indicada para o TCE, mas deixou o ato para ser assinado pelo governador em exercício, Jaime Nunes, justamente para escapar ao risco de incorrer em nepotismo, vedado pela Súmula Vinculante nº 13 do STF.

Um comentário:

Anônimo disse...

Tudo dominado, é sal, é sal, no erário público, só faltou ela fazer o L.