sábado, 22 de março de 2025

Ex-cartorário acusado de fraudes milionárias tem prisão preventiva mantida, mas passará por avaliação psiquiátrica

Diego Kós Miranda: com "quadro de saúde psíquica comprometido", segundo sua Defesa, ele
passará por avaliação psiquiátrica. Mas, por enquanto, continua preso. (Foto: redes sociais)

O ex-cartorário Diego Kós Miranda, preso no Rio de Janeiro em novembro do ano passado, suspeito de integrar um esquema criminoso de fraudes, que envolve outras sete pessoas e causaram prejuízo superior a R$ 30 milhões a instituições financeiras nacionais, continuará na cadeia.

Seu pai, Silvio Kós Miranda, também um dos réus, foi beneficiado com a revogação de sua prisão domiciliar, mas será obrigado a usar tornozeleira eletrônica e cumprir outras medidas cautelares, como o comparecimento mensal ao Juízo, proibição de se ausentar da comarca e de manter contato com os demais réus, à exceção da mulher e dos filhos. Silvio também precisará pagar fiança arbitrada em 100 salários mínimos, cerca de R$ 150 mil

Na decisão, o juiz Flávio Sánchez Leão, que atua como substituto na 7ª Vara Criminal em razão de suspeições de outros magistrados no caso, também determinou que Diego seja submetido a uma avaliação psiquiátrica e designou a audiência de instrução e julgamento para o dia 11 de abril de 2025, às 9h30, unificando todos os processos relacionados ao caso. 

"Considerando, portanto, a alegação da defesa de que o réu apresenta quadro de saúde psíquica comprometido e que, em razão disso, os tratamentos e medicações que lhe estão sendo ministrados no sistema penitenciário podem não ser adequados à sua condição atual, e com o objetivo de avaliar a real necessidade de manutenção de sua prisão preventiva em ambiente carcerário, ou se seria mais adequada a concessão de prisão domiciliar, a avaliação psiquiátrica se mostra pertinente", escreve o juiz na decisão.

Em relação aos outros réus, o magistrado revogou a preventiva de Marcus Vinicius Almeida, concedendo-lhe liberdade mediante o pagamento de fiança equivalente a 100 salários mínimos e uso de tornozeleira eletrônica. Bruna Kós Miranda e Nicole Kós Miranda, respectivamente irmã de Diego e mulher de Silvio, não precisarão mais usar tornozeleira eletrônica, mas precisarão pagar, cada uma, fiança de 25 salários mínimos. 

Yasaman Kós Miranda, esposa de Diego, também teve revogada a prisão domiciliar, mas sua liberdade ficará condicionada ao pagamento de fiança de 30 salários mínimos. Giseanny Costa continuará usando tornozeleira. Reinaldo Santana Oliveira seguirá cumprindo medidas cautelares. 

Relembre o caso

Considerado foragido desde junho de 2024, Diego Kós Miranda foi preso em 26 de novembro, ao ser localizado em um prédio no Leblon, bairro nobre da Zona Sul do Rio, onde alugou, com o nome de terceiros, um apartamento por temporada. No início de dezembro, foi transferido para Belém.

Segundo o Ministério Público do Pará, Diego e os demais envolvidos são acusados de aplicar golpes no Pará que podem chegar a R$ 30 milhões em prejuízos a instituições financeiras nacionais. Todos foram denunciados pelos crimes de estelionato, formação de quadrilha e bando e falsificação de documento público.

Os envolvidos teriam obtido empréstimos bancários usando documentos falsos. Os golpes foram aplicados contra o Banco da Amazônia (Basa) e o Sicoob, em 2023. Os acusados, de acordo com o MPPA, abriam empresas e escritórios de alto padrão para impressionar os gerentes dos bancos e, desta forma, ter facilidade para adquirir financiamentos sem que fosse realizada uma análise minuciosa e cuidadosa dos documentos apresentados por eles - e que eram falsos, na verdade.

terça-feira, 11 de março de 2025

Em Santarém, se você reage, morre. Se não reage, morre também. Eis o Pará, a Islândia do Brasil!

Neste Pará, que as estatísticas nos apontam como um oásis de segurança, com índices de criminalidade que, dizem, estão beirando os da Islândia, se você reage, você morre; se você não reage, você também morre. E morre da forma mais brutal, mais vil, covarde e selvagem.

Santarém, onde me encontro, terceiro maior município do Estado e o maior do oeste do Pará, também você pode morrer, se reagir; e pode morrer, mesmo se não esboçar a mínima reação.

A cidade está sob o choque de um crime brutal, horrendo, selvagem, um latrocínio configurado que ocorreu nesta segunda-feira (10), em plena luz do dia, cometido por dois bandidos numa das avenidas mais movimentadas de Santarém, tendo como vítima o gerente de uma distribuidora de alimentos. E tudo isso para que lhe roubassem uma puseira e um cordão. Os detalhes, você pode conferir aqui, em matéria disponível no portal O EstadoNet.

Há vídeos circulando à farta em redes sociais, mostrando toda a dinâmica do crime. O Espaço Aberto não os publica por serem chocantes demais. Mas as imagens revelam que a vítima não esboçou qualquer reação diante dos dois bandidos que o abordaram numa moto. Mesmo assim, o comparsa que estava na garupa acerta-lhe um tiro à queima-roupa, o que provocou a morte, ao que parece, instantânea do gerente.

Nos comentários, às centenas, que acompanham as postagens dos vídeos, o tom é o mesmo: o medo da insegurança, a revolta contra a criminalidade que ceifa a vida de inocentes e a indignação contra a impunidade que permite a bandidos - muitos deles que nem são mais réus primários e com ordem de prisão expedida pela Justiça - continuarem matando dia sim, outro também por todo o Pará.

Um Pará que, como já dito, encaminha-se a passos céleres para se tornar a Islândia do Brasil em termos de criminalidade.

Então, tá!