quinta-feira, 30 de abril de 2009

John Lennon - Woman

John Lennon - Woman - Cigana Luiza


Woman I can hardly express
My mixed emotions at my thoughtlessness
After all I'm forever in your debt
And woman I will try to express
My inner feelings and thankfulness
For showing me the meaning of success
Ooh, well, well
Doo, doo, doo, doo, doo
Ooh, well, well
Doo, doo, doo, doo, doo

Woman I know you understand
The little child inside of the man
Please remember my life is in your hands
And woman hold me close to your heart
However distant don't keep us apart
After all it is written in the stars

Ooh, well, well
Doo, doo, doo, doo, doo
Ooh, well, well
Doo, doo, doo, doo, doo
Wellll

Woman please let me explain
I never meant to cause you sorrow or pain
So let me tell you again and again and again

I love you, yeah, yeah
Now and forever
I love you, yeah, yeah
Now and forever
I love you, yeah, yeah
Now and forever
I love you, yeah, yeah

Fonte: '

Um olhar pela lente

Estátua é coberta com máscara cirúrgica em Acapulco, no México.
Após a Organização Mundial de Saúde (OMS) elevar para 5 o nível de alerta em relação ao risco de uma pandemia de gripe suína, o ministro da Saúde do México, José Córdova, anunciou uma série de medidas para tentar frear o avanço da doença no país. Entre as medidas estão a suspensão das atividades em repartições públicas entre os dias 1 e 5 de maio.
A foto é da Reuters.

Com a lança de Zumbi

No Página Crítica, sob o título acima:

Durante o tumultuado encontro em Genebra, na semana passada, para a revisão dos acordos da Conferência Mundial contra o Racismo (Durban, África do Sul, 2001), a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Quilombolas (Conaq), que representa cerca de 5.000 comunidades de remanescentes de quilombos do Brasil, aproveitou para abrir o verbo e denunciar o travamento do processo de titulação de suas terras, sob forte bombardeio dos ruralistas e empresas mineradoras, num ambiente de evidente retrocesso nas políticas desenvolvidas pelo governo Lula.
No Pará, das 401 comunidades quilombolas apenas 118 estão tituladas e com seus respectivos territórios legalmente reconhecidos pelo Instituto de Terras do Pará (Iterpa). Há, portanto, um largo, tortuoso e difícil caminho a percorrer.

Preservemos as crianças

De um Anônimo, em comentário sobre a postagem em que se informou que o interrogatório do músico Yuri Guedelha, denunciado pelo Ministério Público do Estado por atentado violento ao pudor contra uma criança, estava marcado para ontem.

-------------------------------------------

Antes de julgarem e pensarem que toda a acusação de abuso sexual é verdadeira, não e não! Hoje, é cada vez mais estudado um fenômeno que vem aparecendo nos tribunais: “síndrome de alienação parental” ou “implantação de falsas memórias”. Este tema começa a despertar a atenção, pois é prática que vem sendo denunciada de forma recorrente e responsável. Muitas vezes, quando da ruptura da vida conjugal, um dos cônjuges não consegue elaborar adequadamente o luto da separação e o sentimento de rejeição, de traição, faz surgir um desejo de vingança. Desencadeia um processo de destruição, de desmoralização, de descrédito do ex-parceiro. O filho é utilizado como instrumento da agressividade. É levado a rejeitar o outro genitor, a odiá-lo. Trata-se de verdadeira campanha de desmoralização.
A criança é induzida a afastar-se de quem ama e que também a ama. Isso gera contradição de sentimentos e destruição do vínculo entre ambos. Restando órfão do genitor alienado, acaba identificando-se com o genitor patológico, passando a aceitar como verdadeiro tudo que lhe é informado.
Neste jogo de manipulações, todas as armas são utilizadas, inclusive a assertiva de ter havido abuso sexual. O filho é convencido da existência de um fato e levado a repetir o que lhe é afirmado como tendo realmente acontecido. Nem sempre consegue discernir que está sendo manipulado e acaba acreditando naquilo que lhe foi dito de forma insistente e repetida. Com o tempo, nem o genitor distingue mais a diferença entre verdade e mentira. A sua verdade passa a ser verdade para o filho, que vive com falsas personagens de uma falsa existência, implantando-se, assim, falsas memórias.
Devemos ser cautelosos antes de julgar e taxar as pessoas como criminosas. Nem todas as acusações, principalmente em caso de litígio envolvendo filhos, é verdadeira e se for uma falsa denúncia traumática, será a situação em que a criança estará envolvida, pois ficará privada do convívio com o genitor que eventualmente não lhe causou qualquer mal e com quem mantém excelente convívio. Mas como o juiz tem a obrigação de assegurar proteção integral, reverte a guarda ou suspende as visitas e determina a realização de estudos sociais e psicológicos. Como esses procedimentos são demorados – aliás, fruto da responsabilidade dos profissionais envolvidos –, durante todo este período cessa a convivência do pai com o filho.
O mais doloroso é que o resultado da série de avaliações, testes e entrevistas que se sucedem às vezes durante anos acaba não sendo conclusivo. Diante da dificuldade de identificação da existência ou não dos episódios denunciados, mister que o juiz tome cautelas redobradas. Deve buscar identificar a presença de outros sintomas que permitam reconhecer que está frente à síndrome da alienação parental e que a denúncia do abuso foi levada a efeito por espírito de vingança, como meio de acabar com o relacionamento do filho com o genitor. Para isso, é indispensável não só a participação de psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais, com seus laudos, estudos e testes, mas também que o juiz se capacite para poder distinguir o sentimento de ódio exacerbado que leva ao desejo de vingança a ponto de programar o filho para reproduzir falsas denúncias com o só intuito de afastá-lo do genitor.
É preciso se ter presente que esta também é uma forma de abuso que põe em risco a saúde emocional e compromete o sadio desenvolvimento de uma criança. Ela acaba passando por uma crise de lealdade, o que gera um sentimento de culpa quando, na fase adulta, constatar que foi cúmplice de uma grande injustiça. A estas questões devem todos estar muito atentos.
Este tema começa a despertar a atenção, pois é prática que vem sendo denunciada de forma recorrente e irresponsável!
Cuidado! E por favor, preserve uma criança!

Samba atravessado

No Quinta, sob o título de Quem era ele?

O ex presidente do Quem São Eles vai receber hoje uma notificação extra judicial encaminhada pela atual diretoria da escola de samba, pedindo que apresente as contas dos quatro anos de gestão a frente da mesma.
Das contas e de itens do patrimônio do Quenzão, tais como microfones, mesa de som, freezers, instrumentos e outros.
A diretoria atual, por unanimidade, já bateu o martelo: vai levar o caso até o fim, uma ação penal e a expulsão de André Vilhena do quadro de beneméritos da escola.

YouTube ajuda a acompanhar atividade parlamentar

O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), por meio de sua eficiente assessoria de Imprensa, aproveita os recursos da internet, em especial do irresistível YouTube, para permitir que a sociedade se mantenha bem informada sobre sua atuação parlamentar e, com base nisso, tenha elementos para fazer juízos sobre a qualidade da representação que o tucano exerce em nome do Estado do Pará.
Faça uma experiência.
Vá no YouTube e escreva, no campo de pesquisa, as expressões ascomflexaribeiro ou Flexa Ribeiro.
O resultado da pesquisa será uma página como esta que você vê acima.
Nela, aparecerão matérias, entrevistas e pronunciamentos de Flexa.
Além de criar uma memória - o Fala Pará, inclusive, passou no sábado e agora pode ser visto quando o internauta quiser -, ajuda a Imprensa do interior do Estado.
Os colegas jornalistas poderão, segundo a assessoria do senado, usar os áudios e vídeos maiores, que não podem ser enviados por e-mail.

Demissão de jornalista esquenta eleição na Casf

Foi grande – até mesmo acima do esperado – a repercussão da postagem feita aqui no blog sobre o afastamento do jornalista Francisco Sidou da assessoria de Imprensa da assessoria de Imprensa da Caixa de Assistência dos Funcionários (Casf) do Banco da Amazônia (Basa), sob a acusação de ter “vazado” uma nota publicada no jornal Diário do Pará.
Funcionários do Basa postaram a informação na intranet – a rede de internet interna da instituição - e a distribuíram para as agências do banco no País.
Sidou tem sido cumprimentado e confortado por onde passa.
Hoje, quinta-feira, tem eleição no Conselho Fiscal da Casf e o clima é de revolta pela demissão do jornalista.
Sidou não faz parte de nenhuma chapa, mas recebe a solidariedade de integrantes das duas chapas em disputa.
A chapa 2, a mais combativa, promete auditar a atual administração da Casf. O diretor-presidente da entidade, José Prado, está há 15 anos no poder e supera, com folga, a gestão do falecido Carlos Levy no Sindicato dos Bancários, que foi de 12 anos.
A chapa 2 já tem até manifesto de solidariedade ao Sidou.
Ou seja, a eleição, que parecia morna, ganhou vigor devido à demissão do jornalista.
O blog, como sempre esteve, continua à disposição da direção da Casf para qualquer manifestação a respeito do assunto.

Padarias precisam investir na diversidade de produtos

"A tendência atual é que as padarias vendam até pão", ironizou o consultor do Programa de Apoio a Panificação (Propan) e diretor do Instituto Tecnológico da Panificação e Confeitaria (ITPC), Emerson Amaral (na foto, distribuída pela Fiepa), diante dos empresários do segmento da panificação que atendem o mercado de Belém. A diversidade de produtos oferecidos nos estabelecimentos paraenses pode se tornar o grande diferencial de competitividade, alavancando a atividade da panificação na capital paraense.
Através de pesquisa realizada em todas as regiões brasileiras, o consultor pode verificar que as grandes redes supermercadistas têm de 50 a 60 mil itens à venda em suas gôndolas, porém os produtos mais vendidos são aqueles aliados as grandes marcas, as mesmas vendidas nas padarias. "O consumidor vai até o supermercado em vez de ir até a padaria comprar o artigo de conveniência, pois a quantidade de produtos oferecidos nos supermercados dá sensação de comodidade a ele. As padarias precisam fazer o mesmo. Elas já têm alguns produtos de conveniência, o que precisam é diversificar seus produtos. Não precisa ter quantidade, precisa investir em variedade, para também dar a sensação de comodidade ao consumidor", explica.
Segundo dados apresentados pelo consultor, no ano passado o mercado interno consumiu 60% de toda a riqueza produzida pelo país, o que correspondeu a R$ 1.8 trilhão. Desses, R$ 702 bilhões ficaram no segmento dos hiper e supermercados, mercado que a panificação pode absorver parte deste consumo.
"As previsões para este ano são as mesmas de 2008. Isso significa que o segmento da panificação tem um mercado em potencial que precisa ser melhor explorado", alertou o consultor. Somado aos dados do consumo interno brasileiro, Emerson Amaral também prevê um crescimento expressivo do consumo da região Norte, que poderá chegar a 6,1%. Isso será possível, explica o consultor, já que a renda de grande parte da população nortista é atrelada ao salário mínimo e aos programas assistencialistas dos governos, como o Programa Bolsa Família.
Procompi - Para aumentar as possibilidades de crescimento econômico das padarias da capital paraense, a Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa) - em parceria com a Confederação Nacional das Indústrias, do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Pará (Sippa) e o Sebrae-Pa - promoverá no próximo em maio o Programa de Apoio à Competitividade das Micro e Pequenas Indústrias (Procompi).
Esta é a primeira vez que o programa será desenvolvido no estado. Os recursos, na ordem de R$ 300 mil, foram capitaneados através do projeto apresentado pela Fiepa e atenderão, a princípio, 20 empresas associadas ao SIPPA.
No final do ano, os consultores do Procompi apresentarão propostas e diagnósticos para capacitar a mão-de-obra; aperfeiçoar a gestão; melhorar o atendimento e a qualidade dos produtos fabricados nas padarias; elevar o número de postos de trabalho nas empresas; e aumentar a diversidade de produtos.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Fiepa

Belém, a capital do Maranhão

Por algum tempo – pouco tempo, reconheça-se -, Belém deu um chega pra lá em São Luís se transformou na capital do Estado do Maranhão.
Sem querer, o jornalismo praticou uma, digamos, revisão histórica e recuperou os tempos do Estado do Grão-Pará e Maranhão, que no Século XVIII teve sua capital transferida de São Luís para Belém e compreendia os atuais Estados do Pará, Maranhão, Amapá, Roraima e Piauí.
Pois a rápida revisão histórica protagonizada pelas mãos do jornalismo é feito a ser debitado ao Globo Online, que pôs no site, exatamente às 10h24 de ontem, a notícia acima com a menção de que Belém era a capital do Maranhão.
Logo depois, o detalhe – ufa! - foi corrigido.
Mas para os saudosistas, fica o registro, conforme indica a imagem acima, que você pode ver ampliadamente se clicar nela.

Militar acusado em sindicância foi promovido “por mérito”

Sindicância mandada instaurar pelo comandante-geral da Polícia Militar, Luiz Dário da Silva Teixeira, concluiu que o tenente-coronel Luiz Fernando Gomes Furtado cometeu irregularidades à frente do Centro Social da Policia Militar do Pará (Ceso-PMPA). Mesmo assim o acusado foi promovido a tenente-coronel “por merecimento”.
O militar foi afastado do cargo e agora deverá ser alvo de um processo administrativo disciplinar (PAD), a ser instaurado pela Corregedoria Geral da PM. Procedimento mais rigoroso que a sindicância, o PAD poderá resultar em dura punição ao oficial da PM. Os autos também foram remetido à Justiça Militar Estadual, “para conhecimento e
Providências”.
A sindicância, homologada através da portaria nº 178/2008, de 24 de março passado, foi presidida pelo coronel Vladisney Reis da Graça e concluiu que Furtado adquiriu em Santarém um terreno com valor superfaturado com base em laudo de avaliação irregular, “causando prejuízos aos associados do Ceso-PMPA”.
A apuração também considerou procedentes as denúncias de que Furtado pagou serviços de engenharia sem comprovação de execução da obra, contratou serviços de conservação e limpeza com sobrepreço, procedeu à contratação direta de prestadores de serviços e autorizou a concessão de empréstimos em desacordo com o Estatuto do Centro Social da Policia Militar do Pará.
Mesmo diante dessa tormenta de acusações – todas confirmadas, segundo a sindicância -, Luiz Fernando Gomes Furtado foi promovido de major a tenente-coronel, “por merecimento”, conforme ato da governadora Ana Júlia Carepa de 21 de abril passado.
O que é que se pode alegar num caso desses? É que prepondera o princípio da presunção de inocência, porque Furtado ainda nem está sendo julgado pela Justiça Militar. Responde apenas a investigações no âmbito administrativo.
É fato.
Mas é fato também que o ato de promoção – e ainda mais “por merecimento” - poderia aguardar, não poderia?
Para o governo do Estado, não.
E tanto é assim que um mês depois de concluída a sindicância, o militar foi promovido.
Por quê?
Somente o governo do Estado poderia explicar.
Mas não explicará, obviamente.

No Pará ou em São Paulo, os maus-tratos ao torcedor

Virou um bordão dizer-se, no Pará, que os cartolas é que deram uma decisiva, inestimável, incomparável contribuição para afundar o futebol paraense e o deixarem no nível em que se encontra, com um de seus grandes clubes, o Paysandu, na Terceira Divisão, e outro, o Remo, em divisão alguma.
É verdade.
Mas os cartolas do Pará – se isso serve de consolo para Suas Senhorias – não estão sós.
Só mesmo está o torcedor, este forte – seja em Belém, em Baião ou São Paulo.
O que a diretoria do Corinthians fez com os torcedores corintianos que madrugaram nas filas, com a intenção de comprar ingressos para a decisão do próximo domingo, contra o Santos, é um despautério, um desrespeito, uma crueldade. E revela, além de tudo isso, uma percepção empresarial e de marketing absolutamente incompreensíveis, distorcidas, incompatível com qualquer intenção ou pretensão de viabilizar os clubes financeiramente.
Por que este jogo de domingo foi programado para o Pacaembu, que tem capacidade em torno de 35 mil pessoas, em vez do Morumbi, que comporta 60 mil?
Talvez a diretoria do Corinthians, emocionalismo à flor da pele, deixou preponderar um sentimento de rejeição ao São Paulo – o dono do Morumbi -, para não lhe pagar as taxas a que teria direito pelo uso do estádio, em vez de pautar-se por uma visão simples, matemática, objetiva, com amparo em realidade financeira incontestável.
Com o jogo no Morumbi, ali compareceriam, com a mais absoluta certeza, 58 mil corintianos e 2 mil santistas, já que seria mais ou menos esta a cota que caberia ao clube da Vila.
Com isso, mais dinheiro para os cofres do Corinthians.
Mas os cartolas do Corinthians, ao que parece, estão com as burras tão abarrotadas, diante do sucesso que foi a contratação de Ronaldo Fenômeno, que não estão mais nem aí para alguns milhões que eventualmente deixam de ganhar.
E o que fez, portanto, a diretoria do Corinthians?
Fez uma imbecilidade capaz de revoltar milhares de torcedores corintianos que, ontem, deram com a cara nos gradis das bilheterias e não conseguiram ingressos.
E por quê?
Porque a carga de ingressos disponibilizada pela diretoria do Corinthians para sete postos de venda espalhados por São Paulo foi de apenas 14 mil ou 15 mil, quantidade que restou após as vendas pela internet e pelo Programa Fiel Torcedor.
E aí?
E aí que os ingressos terminaram 1 hora e meia depois de iniciada a venda em todos os postos.
No Parque São Jorge, onde fica a sede do clube, havia seguramente mais de 3 mil pessoas, a maioria das quais passaram a madrugada inteira, sob um frio que chegou a beirar os 15 ou 17 graus.
Ninguém contou isso ao editor do blog.
O editor do blog estava lá e viu.
Era ele também um dos madrugadores.
Chegou às 16h de terça-feira ao Parque São Jorge e ficou bem no início da fila, a apenas uns 50 metros da bilheteria.
Na frente do poster, estavam apenas umas 150 pessoas, no máximo.
Por volta de 9h45, começou a venda de ingressos.
Uma hora e meia depois, não havia mais ingressos disponíveis para venda – nem no Parque São Jorge, nem no Pacaembu, nem no Canindé, em lugar algum.
Ficaram sem ingressos o poster e mais de 3 mil pessoas, que em sua maioria também madrugaram na fila.
E depois?
Depois, no final da tarde de ontem, o poster foi à procura de ingressos no Pacaembu.
E viu – ninguém contou – torcedores corintianos de ferro na mão, dispostos a agredir pessoas que eles suspeitavam fossem cambistas e a quem atribuem a culpa pelo rápido esgotamento dos ingressos.
- Nós chegamos aqui desde ontem [terça-feira] à noite, e vocês agora ficaram com tudo [os ingressos], seus f. d. p... – gritavam os torcedores exaltados, dirigindo-se a um dos suspeitos de ser cambista.
Um grupo de cinco torcedores chegou a correr atrás de um homem que, se alcançado, certamente ficaria machucadíssimo, porque um dos que o perseguiam estava com um pedaço de ferro na mão. O grupo correu atrás da presa em boa parte da Rua Itatiara, uma das que ligam a Praça Charles Miller - onde fica o Pacaembu - ao bairro de Higienópolis. Mas o perseguido foi mais rápido e conseguiu escapar.
A revolta é justa. O ânimo de agredir é incabível. Mas a revolta, repita-se, é justísssima.
Torcedores são torcedores, não são comerciantes.
Querem torcer por seus clubes.
Dispõem-se a fazer sacrifícios para torcer por seus clubes.
Madrugam nas filas por seus clubes.
Precisam, portanto, sem bem tratados. Precisam ter prevalência em relação a cambistas e a quantos esquemas – irreveláveis, alguns deles – mais existam capazes de expressar um tratamento desrespeitoso ao verdadeiro torcedor.
Até quando, afinal de contas, o Brasil será uma excelência no futebol praticado nos gramados, mas uma péssima referência nas práticas de administração, gerenciamento e marketing no futebol?
Até quando cambistas serão tratados como os proscritos dos estádios?
Até quando?

TSE mantém mandato de deputado estadual do Pará

Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiram, na sessão plenária de terça-feira, manter o diploma de primeiro suplente do deputado estadual Durbiratan de Almeida Barbosa (PSDB), cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA).
Apesar da decisão que cassou seu diploma, Bira Barbosa foi empossado pela Assembléia Legislativa, em 12 de novembro de 2008, como deputado efetivo na vaga que pertencia ao ex-deputado Cezar Colares, que renunciou ao mandato para assumir vaga de conselheiro do Tribunal de Contas.
A decisão do Tribunal Regional Eleitoral de cassar o diploma do 1º suplente se baseou em ação de investigação judicial proposta pelo Ministério Público Eleitoral, pelo fato de suas contas de campanha terem sido rejeitadas pela Justiça Eleitoral.
Voto - Ao votar para afastar a inelegibilidade do deputado, o ministro Felix Fischer considerou que, no caso, o deputado arrecadou recursos antes da abertura da conta bancária obrigatória para este fim, de acordo com a legislação eleitoral, no valor de R$ 7.988, para a campanha de deputado estadual no Pará.
“No caso, a irregularidade não teve a repercussão que se pretende no contexto da campanha em si. Deve se considerar que o montante não se afigura expressivo diante de uma campanha para deputado estadual em um estado tão extenso territorialmente quanto o Pará. Não há contestação quanto a origem ou destinação dos recursos arrecadados. Questiona-se tão somente o momento da sua arrecadação. Não há a chamada proporcionalidade ou relevância jurídica no caso”, afirmou o ministro.

Fonte: Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

Inéditos, números oficiais sobre grilagem serão divulgados

Pela primeira vez o Pará vai poder conhecer o tamanho real das fraudes em títulos de terras no Estado. Representantes da comissão permanente de monitoramento, estudo e assessoramento das questões ligadas à grilagem anunciaram que vão apresentar levantamento completo sobre esses dados hoje, às 11h30, no auditório do Ministério Público Federal (MPF) em Belém.
Serão elencados os municípios em que o problema é mais grave (há casos em que a área registrada irregularmente é 15 vezes maior que a área total do município). A comissão também pretende anunciar quais as medidas que tomará contra o Tribunal de Justiça do Estado para tentar conseguir a anulação definitiva desses títulos.
A pesquisa foi realizada pela comissão com base na análise dos títulos de terras de todo o Pará e que foram reunidos pela Corregedoria de Justiça das Comarcas do Interior em correições especiais realizadas em cartórios de registro de imóveis de todas as regiões do Estado.
O anúncio foi feito durante audiência pública entre representantes de movimentos sociais e integrantes da comissão, constituída por representantes de órgãos e instituições como a Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Instituto de Terras do Pará (Iterpa), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Ministério Público Estadual, Advocacia Geral da União, Ordem dos Advogados do Brasil - Seção do Pará, Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri) e MPF, entre outros.

Fonte: Assessoria de Imprensa do MPF

Com mão pesada do Estado Democrático de Direito

CARLOS BORDALO

Ninguém pode acusar a revista Veja de ser parcial em favor do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra. Pois que a publicação da Editora Abril, recentemente, apresentou denúncias que afirmam ter sido a campanha da senadora Kátia Abreu (DEM-TO) financiada com desvio de recursos da entidade que preside, a Confederação Nacional da Agricultura (CNA). A mesma parlamentar que na semana passada pediu intervenção federal no Pará e faz apologia ao impedimento da governadora Ana Júlia por, supostamente, não executar sentenças de reintegração de posse. A senadora levanta tais bandeiras em nome do Estado Democrático de Direito, especialmente ao direito de propriedade. Legalidade democrática esta por quem a própria Kátia Abreu não demonstra qualquer apreço, como prova a matéria da Veja. Mais trágico ainda é o fato de a senadora falar em intervenção Federal no Pará quando o seu Estado, o Tocantins, tem pendurados nada menos que 16 pedidos de intervenção. Os amigos dela governam por aquelas bandas.
Quando o PT assumiu o governo, recebeu como herança 173 mandados de reintegração de posse não cumpridos. Hoje, restam apenas 60 que constam de um cronograma planejado de execução. Mas, é evidente, que a presidente da CNA, órgão que congrega o agronegócio do país, mas também latifundiários de chapelão e espingarda na mão e muito paramilitarismo e terras griladas, prefere uma ação imediata a todo custo. Esse método nós conhecemos bem em nossa terra: o massacre de Eldorado dos Carajás, efetuado por seus aliados demo-tucanos. Em entrevista para o programa Argumento, do jornalista Mauro Bonna, na TV RBA, afiliada da Bandeirantes, o também insuspeito de ter qualquer simpatia pelo MST e pelo petismo, o jurista Milton Nobre, atual membro do CNJ e ex-presidente do TJE, afirmou considerar um desserviço à democracia a reintegração de posse realizada sob os auspícios de metralhadoras. Prefere o caminho do diálogo e do entendimento, com o que temos absoluto acordo. Não é à toa que o jurista faz essa afirmação. Embora ideologicamente distante do nosso governo, ele é paraense e conhece o Estado. Sabe que, até recentemente, fomos um dos campeões nacional de violência no campo, com tenebrosos índices de assassinatos de lideranças dos trabalhadores rurais, sem contar outras chagas do latifúndio como o trabalho escravo.

-------------------------------------------
“A senadora Kátia Abreu perdeu uma grande oportunidade de não se desmoralizar frente à opinião pública. Como política revelou-se débil, pois desmontou a oposição tacanha que tentou fortalecer. Como pessoa, revelou-se uma incompetente advogada de tudo que o latifúndio representa na Amazônia.”
-------------------------------------------


O estopim da campanha da senadora do latifúndio foi a ocupação da fazenda Santa Bárbara, grilada e de posse de laranjas do banqueiro Daniel Dantas, como provam inúmeros documentos oficiais dos órgãos responsáveis pela questão fundiária estaduais e federais. Daniel Dantas, assim como Kátia Abreu, é acusado de também usar recursos públicos para se beneficiar quando da privatização criminosa das Teles, realizada pelos aliados demo-tucanos da senadora. Também é recorrente no noticiário e inquéritos policiais seu desapego, assim como parece ser o caso da senadora, pelas leis do Estado Democrático de Direito que avocam quando se trata de defender seus interesses escusos ou mesmo da "salvação da pele". Aliás, no 17 de abril, filmagens mostram o que todo paraense sabe: bandos armados até os dentes pela fazenda atiraram para matar lideranças do protesto que se fazia por ocasião dos 13 anos da chacina promovida por Almir Gabriel (PSDB).
Para piorar a situação da senadora, o pedido de intervenção revoltou os paraenses, numa das manobras eleitoreiras e politiqueiras mais estabanadas da história recente, como demonstra pesquisas recém saídas do forno. O líder do PSDB na Alepa, José Megale, rechaçou a iniciativa. Os senadores paraenses tucanos, Flexa Ribeiro, envolvidos nos escândalos de caixa 2 da Camargo Corrêa, e Mário Couto, acusado de superfaturamento na compra de tapiocas (pasmem!) quando presidente do parlamento estadual, sequer assinaram o pedido de intervenção com sua aliada de playgroung. Não poderia ser diferente. Não por princípios ou compromissos com a democracia, com as leis e com a sociedade que quer paz no campo, mas pela insustentabilidade política. Vejam vocês que o motivo midiático que justificou a ação da senadora se referia a farsa de que a reintegração de posse da fazenda Santa Bárbara não havia sido executada. A mais deslavada mentira. Simplesmente, os laranjas de Daniel Dantas pediram reintegração de posse para a fazenda Espírito Santo, no município de Xinguara, a 100km de Marabá, sede da fazenda Santa Bárbara. Tentaram enganar o Tribunal de Justiça do Estado.
A verdade é que a fazenda Santa Bárbara precisa ser desapropriada para a reforma agrária, pois além de grilada é improdutiva. Ou seja, não cumpre sua função social e está na mais marginal ilegalidade. Por isso sim o Estado de Direito tem que se impor e punir os responsáveis exemplarmente, para se mostrar que nesse país existe lei e esta lei não está ao sabor dos poderosos.
Com essa ação, a senadora Kátia Abreu perdeu uma grande oportunidade de não se desmoralizar frente à opinião pública. Como política revelou-se débil, pois desmontou a oposição tacanha que tentou fortalecer. Como pessoa, revelou-se uma incompetente advogada de tudo que o latifúndio representa na Amazônia: violação dos direitos humanos, obstáculo ao desenvolvimento econômico, ilegalidade, violência, devastação,atraso e pobreza. Não se sabe que destino terá a senadora quando se aprofundarem as investigações contra ela por desvio de recursos públicos da CNA e muito menos que destino dará a ela o povo do Tocantins. Esperamos que seja seu justo arquivamento da política. Quanto ao Pará, hoje líder nacional na diminuição da violência no campo, embora muito se tenha a fazer para corrigir o que os amigos da Kátia fizeram de nefasto, seguirá no caminho de construir uma Terra de Direitos.

-------------------------------------------

CARLOS BORDALO é deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores (PT)

O que ele disse

“O Supremo Tribunal Federal é mais importante do que todos e cada um de seus ministros. Cabe-nos, desse modo, como juízes da Suprema Corte, velar pela integridade de suas altas funções, sendo-lhe fiéis no desempenho da missão constitucional que lhe foi delegada.”
Celso de Mello, decano do STF, ao saudar o presidente da Corte, Gilmar Mendes, na homenagem dos ministros ao seu primeiro ano de gestão à frente do Tribunal. A manifestação ocorreu na primeira sessão do Supremo depois da ocorrida na quarta-feira da semana passada, em que Gilmar bateu boca com o ministro Joaquim Barbosa, que está de licença médica para tratamento de saúde.

Governo impõe cortes aos Bombeiros e à PM

No AMAZÔNIA:

A partir de hoje, os veículos que estão à disposição das atividades administrativas da Polícia Militar do Estado serão devolvidos para a empresa de locação. A crise financeira que se instalou no governo do Estado fez agora a área de Segurança Pública apertar o cinto e reduzir despesas e ações.
A redução significa um corte drástico de quase 100% no contrato de locação de veículos. E a PM do Pará, que não possui frota para as atividades da área meio, vai passar a contar apenas com as viaturas operacionais, que ficarão nas ruas executando as rondas ostensivas e preventivas.
O enxugamento financeiro começou com a redução da carga horária de trabalho no Comando Geral da PM e do Corpo de Bombeiros Militar do Pará. Agora, a jornada de trabalho passou a ser das 7h30 às 13h30. A ordem é economizar com energia elétrica, consumo de água e alimentação.
A dívida com fornecedores de alimentação e combustível, mais diárias na Polícia Militar, está estimada em 12 milhões de reais. A do Corpo de Bombeiros ultrapassa R$ 1,5 milhão.
O Programa de Voluntários Civis, iniciativa que promovia a oferta do primeiro emprego a jovens nos quartéis, também foi atingido em cheio pela crise. A Polícia Militar possuía 1,3 mil e já nesta semana vai finalizar a dispensa de 30% a 40% desse quadro. O custo do programa é superior a R$ 6 milhões ao ano na PM.
No Corpo de Bombeiros não há recursos para a manutenção do programa e o corte por lá deve chegar à metade dos voluntários civis. O custo anual é de pouco mais de R$ 1milhão. O critério que será adotado para demitir é não renovar os contratos daqueles voluntários que completaram um ano de serviço, que é o que o contrato faculta.
O comandante da Polícia Militar, coronel Luiz Dário da Silva Teixeira, não quis comentar sobre os cortes e a redução do contrato de locação de veículos. Ele informou que cabe apenas à Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças (Sepof) se manifestar sobre o assunto. 'Eu ainda estou analisando e não tenho como tratar disso agora', sentenciou, cortando a conversa.
Mesmo sem divulgar oficialmente os números, nos quartéis os comentários são de constantes atrasos nos repasses da verba de custeio e a redução drástica nos valores.
Para resolver a situação dos fornecedores, que não recebem há mais de 60 dias, as Secretarias de Estado de Fazenda (Sefa) e Planejamento, Orçamento e Finanças (Sepof) devem apresentar uniformização de procedimentos e pagamentos para que as atividades essenciais da Segurança Pública não parem.
Há a previsão de uma reunião com todos os órgãos do Sistema de Segurança Pública na próxima semana. A expectativa é de que o Decreto 1618/2009, da governadora Ana Júlia Carepa, seja, enfim, regulamentado. Ou seja, o novo texto, que está sendo exaustivamente elaborado nestes dias, vai apresentar, finalmente, como e de que forma a economia deve ser efetivada.

Belém fora da rota da gripe

No AMAZÔNIA:

O secretário de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, Gerson Penna, descartou a possibilidade de gripe suína em Belém, isso porque segundo ele, Miami não está entre as cidades consideradas de risco. 'O México é o único país em que todas as cidades são consideradas de risco. Em outros países, como os Estados Unidos, apenas as cidades em que há casos confirmados ou sob monitoramento são arriscadas', afirmou ontem durante a videoconferência realizada no prédio da Superintendência Regional do Ministério da Saúde no Pará.
A afirmação do secretário fez com que Ana Helfer, coordenadora de Estado de Vigilância em Saúde, festejasse em seu assento. Terça-feira, durante entrevista coletiva, a coordenadora se antecipou ao secretário do Ministério da Saúde ao declarar que o paraense que chegou dos Estados Unidos na última semana 'nem deveria ser notificado como suspeito já que a região de destino dele não está entre as áreas afetadas daquele país', declarou.
Além das dúvidas a respeito das áreas de ação do vírus, Penna respondeu às perguntas sobre sintomas da doença, formas de tratamento, isolamento de pacientes e materiais de segurança para os profissionais da área de saúde que lidarão diretamente com os possíveis infectados pela influenza suína. Participaram da videoconferência, em Belém, técnicos das secretrarias de Saúde municipal e estadual.

Ipamb instala unidade sentinela

No AMAZÔNIA:

Instalada há mais de um mês, a unidade sentinela do vírus influenza do Instituto de Previdência e Assistência do Município de Belém (Ipamb) é mais um front na prevenção e no combate ao vírus da gripe suína.
Às quartas-feiras de manhã são coletadas quatro ou cinco amostras de secreções de pacientes acometidos de gripe, que são enviadas ao Laboratório Central da Sespa, que as examina e envia para o Instituto Evandro Chagas para nova etapa de análises e encaminhamento ao CDC (Centers for Disease Control and Prevention) de Atlanta, nos Estados Unidos, instituição responsável por novas análises e pela produção da vacina contra a gripe - válida por um ano. Durante as análises pode também ser detectada, em curtíssimo prazo, a contaminação pelo vírus H1N1 da gripe suína, já identificado em quatro continentes.

Polícia prende 22 sem-terra

No AMAZÔNIA:

Vinte e dois sem-terra foram presos, na manhã de ontem, em Castanhal, dentro do sítio Hashiguchi. Esta foi a segunda invasão registrada na propriedade. Os sem-terra haviam sido expulsos do local no dia 8 deste mês, por decisão da Vara Agrária de Castanhal e com o apoio do Comando de Missões Especiais (CME) da Polícia Militar.
Dentre os presos estava Flávio Silva Lucena, o 'Cabeludo'. Ele é 'membro da quadrilha comandada por José de Ribamar Barros Pina, mais conhecido por ‘Riba’', segundo afirmou a promotora Ana Maria Magalhães de Carvalho, na representação na qual ela pede, ao juiz Sergio Ricardo Lima da Costa, a decretação da prisão preventiva de sete pessoas envolvidas na invasão do sítio Hashiguchi.
A prisão dos sem-terra foi realizada por 30 homens do Batalhão de Choque e da Companhia de Operações Especiais (COE), sob o comando do tenente coronel Noura e do major Regateiro, respectivamente. Não foi necessário ocupar toda a propriedade da japonesa Adélia Hashiguchi. Os sem-terra iam chegando aos poucos diante da tropa, recebiam voz de prisão e eram revistados. Nenhuma arma foi encontrada em poder deles.
Depois do procedimento, todos foram levados para a sede da Superintendência da Polícia Civil na região do Salgado, e entregues ao delegado Alberto Teixeira, para que fossem tomadas as providências policiais determinadas pelo juiz agrário, que assinou as decretações das prisões preventivas em regime de plantão criminal.
O juiz, na sua decisão, entende que 'há elementos de prova contundentes e convincentes trazidas pela ilustre representante do Ministério Público, para o deferimento do pleito, no que concerne a indícios concretos da autoria e prova da materialidade dos crimes de estelionato, ameaças, desobediência, formação de quadrilha ou bando'.
Outro argumento da representante do Ministério Público que também convenceu o juiz a decidir pela decretação das prisões preventivas foi a de que 'Riba' 'é líder de uma quadrilha ou bando que invadiu há mais de dois anos o sítio Hashiguchi, e junto com outras pessoas começou a vender ilegalmente lotes na área, expulsou a proprietária, incendiou a casa dela e passou a fazer ameaças de morte e espancamento contra dona Adélia, sua advogada e familiares'.
Com exceção de 'Cabeludo', que foi indiciado pelos crimes de formação de quadrilha, estelionato, ameaça e desobediência - mesmo indiciamento que será aplicado aos outros seis líderes da invasão que tiveram suas prisões preventivas decretadas pelo juiz Sérgio Ricardo -, contra os outros presos foi aberto um termo circunstancial de ocorrência (TCO), e em seguida eles foram liberados.
Por falta de vagas nas celas da superintendência, cuja capacidade é para 16 pessoas, mas abriga hoje 60 presos de Justiça, os sem-terra presos foram colocados na área de sol das celas. Na tarde de ontem, eles pegaram a forte chuva que caiu no início da tarde em Castanhal, e reclamaram que seus direitos não estavam sendo respeitados.
Além de 'Cabeludo' e 'Riba', também tiveram suas prisões preventivas decretadas Luiz Carlos Oliveira Barbosa, o 'Jambu'; Marcos Cley Oliveira Cordovil; Antonio Cavalcanti, o 'Tio Tonho' ou 'Sidonho'; Eliete Nunes, a 'Morena'; e 'Jorge Pitbull'. Ontem o delegado Alberto Teixeira mantinha uma equipe de investigadores nas ruas, com o objetivo de cumprir a decisão judicial.

Drama diário no ofir loyola

No AMAZÔNIA:

Um todos os sentidos os números da saúde no Pará são absurdos. De um lado, centenas de pacientes de câncer esperam por atendimento e remédios, que, segundo os doentes e suas famílias, faltam há dois meses. De outro, as contradições envolvendo a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) e até mesmo o Ministério da Saúde, que garantiu à reportagem ter feito, exatamente, entre 14 de janeiro e 31 de março deste ano, quatro repasses que totalizam R$ 1,3 milhão. No entanto, a Sespa não justifica a falta de medicamentos aos pacientes, que passaram a manhã de ontem em frente ao Hospital Ofir Loyola (HOL), à espera de uma posição sobre o tratamento oncológico.
Portador de leucemia há três anos, o filho da dona-de-casa Michele Costa, de 28 anos, precisa ser internado a cada 21 dias. Segundo ela, a situação no HOL é caótica, pois o filho, hoje com 7 anos, tem recaídas constantes devido à falta de medicação adequada. 'Sempre que ele vem para ser internado por determinação médica, as dificuldades são inúmeras. Faltam remédios, leito, soro, falta tudo. Como pode um hospital que deveria tratar doentes na situação do meu filho não ter o mínimo para receber os pacientes, como os remédios básicos', reclama a mãe, indignada.
Em situação semelhante à de Michele, Lidielma Andrade do Espírito Santo também tem sofrido pela situação da filha, que não teve o direito nem mesmo de fazer um dos exames que diagnosticaria a leucemia. 'Como não tive atendimento que esperei ter, tive de pagar para fazer o exame. Paguei R$ 240,00 e agora preciso que a minha filha tenha pelo menos o tratamento de quimioterapia. Mas nem isso vai ser possível, pois ela só vai poder tomar a metade da medicação porque o hospital não pode dispor mais do que isso', lamentou.
Com apenas 22 anos, a estudante Edicléia de Souza Gomes diz que também 'se vira' para garantir a sobrevivência. 'Eu venho aqui no hospital todos os dias. Preciso tomar essa medicação para continuar viva, mas nunca tem. Como não tem outro jeito eu acabo tendo que comprar o remédio, que custa R$ 84,00. Vou pedindo emprestado e assim vou me virando', afirma a estudante, também portadora de leucemia.

Problema fica sem esclarecimentos

No AMAZÔNIA:

Procurada para falar sobre a falta dos medicamentos Purinetol, Ara C, Leucovorin, Spa, MTX, Granuloquini e Ciprofloxaxina, usados para aumentar a imunidade do paciente de câncer, a assessoria de imprensa do Hospital Ofir Loyola, que nem mesmo tinha conhecimento dos nomes dos remédios, não respondeu aos questionamentos da reportagem, que pediu, ainda, que fossem confirmados os valores repassados pelo Ministério da Saúde. Mas, até o fechamento da edição, não houve quaisquer pronunciamentos ou justificativas para a falta de medicamentos no hol.
Já a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) informa que a gestão do Hospital Ofir Loyola (HOL) é de competência do governo estadual. A médica Helena Reis, do Departamento de Regulação da Sesma, explica que o repasse de verbas ao hospital para custeio e compra de medicamentos competem a essa esfera de governo e ao governo federal, por meio do Ministério da Saúde, que além do aporte direto e anual de recursos para os hospitais de alta complexidade.

Caso de meningite faz colégio Pedroso suspender aulas

No AMAZÔNIA:

Depois que uma aluna do Colégio Pedro Amazonas Pedroso, do bairro do Souza, em Belém, foi afastada por oito dias das atividades escolares com o diagnóstico de meningite, a direção da escola estadual, resolveu suspender as aulas desde a tarde da última terça-feira como medida de prevenção. Cerca de 5 mil alunos que estudam nos três turnos continuam sem aulas, que só devem ser retomadas depois que a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) enviar técnicos que afastem qualquer risco de contaminação.
Para a diretora da escola, Dirce Pinto, e determinação de suspender as aulas foi apenas para evitar qualquer problema de saúde com os alunos, já que ela somente ficou sabendo do caso da aluna depois que a família da jovem procurou a direção para apresentar o atestado médico. 'Ela estava ausente das aulas. E quando a mãe apareceu, para minha surpresa, o atestado apresentou meningite meningocócica', explicou a diretora.
Diante da situação, a diretora contou que solicitou uma visita de técnicos da Sesma para fiscalizarem as dependências da escola. No entanto, ninguém apareceu. 'Além de precisar de orientação, gostaria que o órgão nos desse, ao menos, um retorno, mas nem isso', reclama a diretora.
A Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a sua Divisão de Vigilância Epidemiológica foi notificada do caso no Pedro Amazonas Pedroso, mas, como todo o período da doença foi passado longe da escola, a Vigilância realizou a quimioprofilaxia (pós-exposição) dos contatos, conforme preconiza o protocolo do Sistema Único de Saúde (SUS).

Alunorte multada em R$ 5 milhões

No AMAZÔNIA:

A Alunorte (Alumina Norte do Brasil S. A.) foi multada em R$ 5 milhões pelo pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por causa do vazamento de lama vermelha e resíduos de bauxita contendo soda cáustica da principal bacia de rejeitos da fábrica da empresa, no Distrito Industrial de Barcarena, a duas horas de Belém na região do Tocantins. O Instituto também multou a Alunorte em R$ 100 mil por ter dificultado a entrada de fiscais do Ibama para verificar a denúncia sobre o vazamento de rejeitos de bauxita e mais R$ 50 mil por dia se o vazamento não for contido. 'Ao chegar na portaria da empresa, os funcionários impediram a entrada dos fiscais durante 45 minutos, tempo suficiente para que o dia escurecesse e a vistoria no local fosse impossibilitada.
Hoje os fiscais do Ibama voltam à fábrica da Alunorte para averiguar as medidas adotadas pela empresa. Ele disse que o dano ambiental que atingiu a floresta, e principalmente as nascentes de igarapés e rios da região, como o rio Murucupi, não foi pequeno. O acidente também atingiu a vida de quase 100 famílias que moram na área. Elas estão sem água para beber, para uso doméstico e impedidos de pescar para se alimentar. Alguns moradores já apresentam coceiras e sintomas de intoxicação. Os poços utilizados pelas famílias na área também foram atingidos pela contaminação. Depois do processo administrativo, o Ibama vai enviar laudos e relatórios sobre o vazamento para o Ministério Público Federal (MPF). O instituto aguarda os laudos do Centro de Perícia Científica Renato Chaves (CPCRC) e do Instituto Evandro Chagas, para reavaliar a proporção dos danos ambientais causados pelo acidente.
Pelo menos duas substâncias nocivas ao organismo humano, arsênio e soda cáustica, já foram indentificadas pelos pesquisadores do Instituto Evandro Chagas nas águas do rio Mucurupi, em Barcarena.
A Alunorte informou em nota, emitida pela Gerência de Divisão de Comunicação Empresarial da empresa, que não há qualquer risco para a saúde das pessoas ou uma evidência forte para ocorrência de mortandade de peixes. Além disso, a empresa esclarece que 'não houve rompimento do sistema de escoamento de águas pluviais e nem de barragem em sua unidade, em Barcarena'.
A empresa confirma que vai recorrer 'sobre a multa aplicada pelo Ibama, a Alunorte', 'pois entende que o acidente foi provocado por um fenômeno da natureza. Assim que identificou o acidente, a Alunorte comunicou oficialmente todos os órgãos competentes'.

Santarenos com “todo o gás”

No AMAZÔNIA:

Mudanças nos planos da comissão técnica do São Raimundo com relação à viagem para Belém. A vinda da delegação estava prevista para sexta-feira, mas foi transferida para sábado a pedido do técnico Válter Lima, que pretende ainda trabalhar com o elenco no Mangueirão, caso ele seja liberado. O coletivo do alvinegro será no Colosso do Tapajós na sexta-feira à tarde, quando o time será definido para o primeiro jogo contra o Paysandu.
A Pantera vem com todo gás para cima dos bicolores para ter a vantagem no segundo jogo da decisão. ‘’Está tudo igual. É como começar do zero. Quem vencer este jogo está com a mão na taça. Espero que a vitória seja nossa’’, conta Luiz Carlos Trindade, o jogador mais experiente da equipe alvinegra, considerado o maestro da equipe.
Com rendimentro físico num bom patamar, apesar de estar encarando gramados pesados, o fisicultor Roni Lameira vem efetuando trabalhos de acordo com a necessidade do plantel e sua preocupação é com a lesão que pode tirar jogador na reta final do campeonato. Até o treino desta quarta-feira ninguém havia procurado o deparamento médico se queixando de problemas. O médico Alberto Tolentino vai para Belterra toda tarde para controle clínico dos jogadores.
O lateral Hugo Deleon não está quieto como reserva de Erick, vem treinando como ‘’leão’’ para recuperar a posição que perdeu para o meio-campista. Erick jogou improvisado contra o Águia. Foi aprovado pelo treinador e virou titular. Há dois anos no São Raimundo, Hugo Deleon vê o sonho de ser campeão paraense mais próximo. Ele já viveu esta emoção com o time sub20 do Paysandu há cinco anos.
Reforços - O foco principal é o Parazão, mas a diretoria da Pantera já está no ‘’mercado’’ em busca de reforços para o campeonato brasileiro da Série D. Existem vários nomes agendados, só depois de serem negociados terão suas identidades reveladas. O volante Beto, do Remo, segundo um diretor, é muito caro, mesmo assim não está descartada sua contratação. Um goleiro para revesar com Labilá também faz parte dos interesses dos santarenos. O goleiro Adriano, que está nos planos do Águia, deve ser procurado pelos dirigentes.

Gaúcho faz experimentos

No AMAZÔNIA:

O técnico Édson Gaúcho experimentou ontem, durante treino no estádio Laurival Cunha, em Barcarena, uma nova formação para o time bicolor. Sem contar com Vélber, lesionado, e com Rossini, suspenso, o treinador escalou Paulo de Tárcio e Alex Sandro para o meio-campo. Na próxima sexta-feira, o Paysandu deve disputar um jogo treino contra o time da comunidade São Francisco. A comissão técnica ainda não confirmou a partida, que pode ser cancelada para evitar contusões às vésperas da final do Parazão.
No ataque, Zé Carlos deve ceder vaga para Reinaldo. Zé Augusto, pelo visto, será usado como segunda opção do técnico. A indefinição da equipe que enfrentará o São Raimundo no próximo domingo, contudo, não afeta o ânimo dos jogadores. Para Rafael Córdova, o elenco está consciente da responsabilidade de disputar uma final após dois anos em jejum no Parazão. 'A expectativa é mais para o torcedor. Sabemos que nosso adversário tem qualidade e que, numa final, precisamos buscar os erros que eles cometerem', declarou.
A defesa é o único setor praticamente inalterado do Paysandu. Roni e Luciano, apesar das más atuações, também permanecem na equipe. Os volantes Mael e Dadá, embora estejam pendurados com dois cartões amarelos, são titulares absolutos na equipe de Édson Gaúcho. Por enquanto, enfrentará a Pantera com a seguinte formação: Córdova; Hallax, Roni, Luciano, Aldivan; Mael, Dadá, Paulo de Tárcio, Alex Sandro; Reinaldo e Balão. Zeziel, Zé Carlos e Zé Augusto são dúvidas.
Em Barcarena, os jogadores seguem com a rotina de treinos em dois períodos, no campo da Subprefeitura Municipal e numa academia do município. A comissão técnica pretende voltar a Belém somente no próximo sábado à tarde, direto para a concentração para o jogo contra o São Raimundo, no domingo, às 16 horas, no Mangueirão.

O tempo

Em Belém, chuvoso durante o dia e à noite.
A temperatura máxima será de 30ºC e a mínima, de 24ºC.
A umidade relativa do ar varia de 59% a 91%.
Nesta quinta-feira, as áreas de instabilidade seguem intensas no Norte do País. A Zona Convergência Intertropical continua a atuar no nordeste do Pará e no norte do Tocantins. O tempo fica fechado e chove a qualquer hora nessas localidades. Nas demais áreas da Região, o sol predomina na maior parte do dia, mas pancadas de chuva ocorrem no período da tarde. A exceção fica por conta do sul de Rondônia, onde uma grande massa de ar seco garante tempo firme e sol forte.
As previsões são da Climatempo.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Gal Costa - Flor do Cerrado

Gal Costa - Flor Do Cerrado


Composição: Caetano Veloso

Todo fim de ano é fim de mundo e todo fim de mundo
É tudo que já está no ar, tudo que já está
Todo ano é bom todo mundo é fim, você tem amor em mim?

Todo mundo sabe e você sabe que a cidade vai sumir por debaixo do mar
É a cidade que vai avançar, e não o mar, você não vê
Mas da próxima vez que eu for a Brasília
Eu trago uma flor do cerrado pra você
Mas da próxima vez que eu for a Brasília
Eu trago uma flor do cerrado pra você

Tem que ter um jeito e vai dar certo e Zé me diz
Que ninguém vai precisar morrer para ser
Para tudo ser eu você

Todo fim de mundo é fim de nada é madrugada
E ninguém tem mesmo nada a perder
Eu quero ver, olho pra você, tudo vai nascer
Mas da próxima vez que eu for a Brasília
Eu trago uma flor do cerrado pra você

Fonte: Letras.mus.br

Um olhar pela lente

Homem usa máscara enquanto fala ao celular na Cidade do México, para se prevenir contra a gripe suína.
A foto é da AP.

A força do cajado da Justiça Desportiva

De um Anônimo, sobre a postagem Gaúcho livre para a decisão:

Lamentável a posição do TJD.
Já havia pegado leve com o grosseirão Edson Gaúcho; agora, o "premia" com a licença para continuar à beira do gramado, ameaçando os juízes.
E para "equilibrar" a balança da Justiça, baixa o cajado no São Raimundo sem contemplação.
Essa balança está pensa... e já sabemos para que lado.
Alguém duvida?


-------------------------------------------

Do Espaço Aberto:

Anônimo, fique certo: ninguém duvida.
Nessas horas, sabemos muito bem para que lado pende a balança.
Ou o cajado.

O Buburé

No Blog Agonia e Êxtase, de Jubal Cabral, sob o título acima:

O Buburé é uma comunidade que se tornou um porto de embarque e desembarque de pessoas e cargas, principalmente, de combustíveis e peças que são enviadas para as comunidades mineradoras no alto rio Tapajós, pois o trecho entre São Luís e o Buburé é encachoeirado em cerca de 28 quilômetros e não permite a navegação de grande porte.
Este porto desenvolveu-se durante o período em que a BR-230 esteve "fechada para balanço" durante vários anos e pela necessidade de abastecimento de gêneros alimentícios, medicamentos e combustíveis para as pessoas que moram em comunidades e municípios ao longo do rio Tapajós.
Após a criação do Parque Nacional da Amazônia, a comunidade passou a fazer parte deste local protegido, mas continuou com as atividades durante todos estes anos.
Atualmente, o ICMBio passou a gerenciar as áreas protegidas e a primeira preocupação com esta comunidade deveu-se ao descarte contínuo de combustíveis líquidos e materiais inorgânicos (lixo) no leito do rio.
Por isso, está sendo providenciada a retirada dos moradores de lá, que deverão ter suas benfeitorias indenizadas.
Posteriormente será feita uma licitação para que o porto seja utilizado dentro das regras ambientalmente corretas.
Prevê-se a instalação de hotel de selva na comunidade, uma vez que as belezas naturais são variadas (corredeiras, rochas, vegetação, etc.) e existem excelentes locais para pesca esportiva, além de observação de animais silvestres.

Observação importante: O Parque Nacional da Amazônia, com mais de 945 mil hectares só tem UM único funcionário: o chefe da unidade José Sales de Souza!

MPF ajuíza 12ª denúncia por trabalho escravo em 2009

O fazendeiro Geandro Batista da Silva, fazendeiro de Água Azul do Norte, sudeste do Pará, foi denunciado pelo Ministério Público Federal em Marabá por ter mantido em sua propriedade seis trabalhadores em condições degradantes, submetidos a servidão por dívida e a jornadas exaustivas de trabalho. Eles estavam fazendo a preparação do pasto na fazenda quando foram libertados pelo Grupo Móvel de Fiscalização, em outubro do ano passado.
Agora, o fazendeiro pode ser condenado pelos crimes de redução à condição análoga à de escravo (dois a oito anos de prisão), frustração de direito trabalhista (um a dois anos de prisão) e falsificação de documento público (dois a seis anos de prisão). Esse último crime, de acordo com o procurador André Casagrande Raupp, foi cometido com a omissão do fazendeiro em assinar as carteiras dos trabalhadores.
De acordo com a denúncia do MPF, os trabalhadores, cinco homens e uma mulher, viviam em um barraco sem condições de higiene e habitabilidade, cobertos com lona preta, material altamente inflamável, com piso de terra batida; não existiam paredes no barraco, o que favorecia a entrada de sujeira, poeira e animais, além de não permitirem privacidade, ficando os trabalhadores do sexo masculino alojados no mesmo local onde encontrava-se a cozinheira. Eles também bebiam água imprestável para o consumo humano e usavam o mato como banheiro.
Até serem resgatados, os trabalhadores trabalhavam dez horas por dia e ainda tinham que comprar todo o material de trabalho e os alimentos no armazém da fazenda, ficando permanentemente endividados, o que caracteriza a servidão por dívida, típica dos casos de escravidão moderna.
Com essa denúncia, já são 12 ações acusando 19 fazendeiros de trabalho escravo em 2009. A maioria dos casos (nove) aconteceram em municípios na jurisdição da Justiça Federal em Marabá. Em 2008, a região sudeste do Pará também foi campeã em processos de trabalho escravo, com 46 ações ajuizadas pelo MPF. As informações dos processos podem ser acessadas aqui: http://migre.me/IYK.

Fonte: Assessoria de Imprensa do MPF

A intervenção, os números e o ceticismo

Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem Governo repudia pedido de intervenção no Pará:

Para saber quem tem razão, é muito simples: bastar verificar as datas em que foram proferidas as decisões de reintegração de posse pelo Judiciário e as datas em que foram cumpridas. Assim poderemos ver se o Judiciário não foi desmoralizado pelo Executivo estadual.
O blog poderia obter essas duas informações no Judiciário?
Será que ao menos eles têm a informação disponível de imediato?
O povo paraense precisa saber quem está falando a verdade.

-------------------------------------------

Do Espaço Aberto:

Anônimo, os números apresentados pelo governo do Estado, segundo afirma o próprio governo do Estado, são números colhidos perante o Poder Judiciário, mais precisamente junto às varas agrárias.
Não seria razoável acreditar que o governo do Estado colheu esses números e os apresentou de forma distorcida.
De qualquer forma, em se tratando de governo e de números, são pertinentes suas dúvidas, é procedente seu ceticismo.
Seria de bom tom o Judiciário esclarecer quantos são, afinal de contas, os mandados de reintegração de posse pendentes de cumprimento.

Paraense assumirá Superintendência da Caixa no Amapá

Celeste Teixeira, paraense de Belém, será a nova superintendente de Negócios da Caixa Econômica Federal no Estado do Amapá. Assumirá o cargo a partir da próxima segunda-feira, 4 de maio.
Economiária admitida na Caixa em 1982, através de concurso público, Celeste foi escolhida para ser titular da Superintendência do Amapá após passar pelo rigoroso crivo de um processo seletivo interno.
O processo constou de três etapas. A primeira, uma análise curricular; a segunda, a elaboração de um plano de trabalho; e a última, uma entrevista, que selou a escolha da nova superintendente, que concorreu com outros 24 colegas para ocupar o posto de superintendente de Negócios no Amapá.
Ultimamente, Celeste vinha exercendo, em Belém, a função de gerente de Governos da Caixa.

Atualização à tarde

O blog será atualizado apenas a partir do início da tarde desta quarta-feira.
O pessoal aqui da redação precisa providenciar ingressos para a final de domingo, entre Corinthians x Santos, no Pacaembu.
E para providenciar ingressos, é preciso madrugar na fila.
Uma grande fila.
Aliás, uma enorme fila.

O tempo

Em Belém, sol com muitas nuvens durante o dia. Períodos de nublado, com chuva a qualquer hora.
A temperatura máxima será de 31ºC e a mínima, de 24ºC.
A umidade relativa do ar varia de 64% a 97%.
As previsões são da Climatempo.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Clara Nunes - Você Passa Eu Acho Graça

Clara Nunes - Clara Nunes - Você passa eu acho graça - Cigana Luiza




Composição: Carlos Imperial/Ataulfo Alves

Quis você pra meu amor
E você não entendeu
Quis fazer você a flor
De um jardim somente meu
Quis lhe dar toda ternura
Que havia dentro de mim
Você foi a criatura
que me fez tão triste assim

Ah, e agora, você passa,
eu acho graça
Nessa vida tudo passa
E você também passou
Entre as flores, você era a mais bela
Minha rosa amarela
Que desfolhou, perdeu a cor

Tanta volta o mundo dá
Nesse mundo eu já rodei
Voltei ao mesmo lugar
Onde um dia eu encontrei
Minha musa, minha lira,
minha doce inspiração
Seu amor foi a mentira
Que quebrou meu violão

Ah, e agora, você passa,
eu acho graça
Nessa vida tudo passa
E você também passou
Entre as flores, você era a mais bela
Minha rosa amarela
Que desfolhou, perdeu a cor

Seu jogo é carta marcada
Me enganei, nem sei porquê
Sem saber que eu era nada
Fiz meu tudo de você
Pra você fui aventura
Você foi minha ilusão
Nosso amor foi uma jura
Que morreu sem oração

Ah, e agora, você passa,
eu acho graça
Nessa vida tudo passa
E você também passou
Entre as flores, você era a mais bela
Minha rosa amarela
Que desfolhou, perdeu a cor

Fonte: Letras.mus.br

Um olhar pela lente

Borboletas posam no rosto de mulher durante o lançamento da exposição "Floresta das Borboletas" no Museu de História Natural de Londres, na Inglaterra. Aberto ao público a partir de 1º de maio, o evento vai perdurar até setembro.
A foto é da AFP.

ProUni tem alto índice de aprovação

Levantamento do Ibope, a pedido do Ministério da Educação, revela que a primeira turma de graduados do Programa Universidade para Todos, o ProUni, instituído em 2004, sai da faculdade empregada e com alto índice de satisfação com esse programa do governo federal.
São 156 mil jovens que iniciaram seus estudos em 2005 e agora, entram no mercado de trabalho. Segundo a pesquisa, que entrevistou cerca de 1,2 mil recém-formados, 80% dos universitários concluem o 3º grau do ensino já empregados. Antes do programa, o índice era de 56%.
Além disso, 68% dos entrevistados afirmaram que a renda familiar aumentou e 28% garantiram que a renda aumentou muito. A pesquisa também revela que nas regiões Sul e Sudeste, a taxa de emprego dos que saem da universidade na qual estudaram pelo ProUni é de 83% a 81%, respectivamente. Já no Norte e Centro Oeste, o índice atinge 79%.

Leia mais no Juventude em Pauta, atualizadíssimo.

Bancos públicos aumentam crédito; privados diminuem

No Blog do Castagna Maia, sob o título acima:

Segundo a “Folha de S.Paulo” da última sexta-feira, no primeiro trimestre de 2009 os bancos públicos aumentaram a oferta de crédito em 21 bilhões de reais. E os bancos privados diminuíram a oferta de crédito em 6 bilhões de reais.

II

Ou seja, os bancos privados seguraram a liquidez liberada pelo Banco Central. Guardaram para si. Vivem do giro da dívida pública, dos spreads, e das tarifas.

III

Os bancos públicos jogaram 21 bilhões na economia, mas o saldo final foi de 15, justamente pela retirada de recursos feita pelos bancos privados.

IV

Por isso é que o Brasil tem condições de sair rapidamente da crise: porque conta com bancos públicos. A Argentina vendeu os seus no período Menem. Aqui, Maílson da Nóbrega prega, até hoje (!), a privatização do BB. E na Inglaterra bancos privados são estatizados. A existência dos bancos públicos é o grande diferencial do Brasil.

“No Pará, mandam os paraenses”

Do deputado federal Vic Pires Franco, presidente do DEM no Pará, em comentário na postagem Governo do Pará x CNA: quem, afinal, está mentindo?:

Em que pese o caos que se encontra a questão da segurança pública em nosso Estado nesse desgoverno Ana Júlia, os atos praticados pela senadora Kátia Abreu são de inteira responsabilidade do exercício do seu mandato de presidente da CNA - Confederação Nacional da Agricultura, e não como representante do DEM. O Partido não tem nada a ver com os atos da CNA.
A senadora Kátia Abreu é senadora do Tocantins.
No Pará, mandam os paraenses.

Gripe suína

Para tirar as principais dúvidas, clique aqui.

Deem uma chance aos Guarani-Kaiowá

No Flanar, sob o título acima, postado pelo médico especialista em clínica médica e mestre em Ciências da Saúde Itajaí de Albuquerque:

Quase a caminho de dormir, antes de ordenar ao computador o desligar, leio uma matéria sobre a situação de iniquidade em que se encontra o povo indígena Guarani-Kaiowá, no Mato-Grosso do Sul. Quando trabalhei há cinco anos na Secretaria de Gestão daInformação do Ministério do Desenvolvimento Social tive pela primeira vez contato com essa tragédia brasileira. Na ocasião me foi solicitado que integrasse equipe com o objetivo de avaliar em campo aquele drama social.
Preferi elaborar um levantamento bibliográfico que contribuísse para a tomada de decisão governamental frente àquela tragédia. Isto significava esclarecer, ou melhor, trazer ao primeiro plano do discurso, a síntese causal relacionada ao problema vital desses indígenas, que estavam organizados em território contido na interseção das fronteiras brasileira e paraguaia. Sim, os Guarani-Kaiowá ocupam um território binacional, porque os povos indígenas organizam-se culturalmente a partir de razões históricas que antecedem e são superiores à consolidação das fronteiras dos estados nacionais latino-americanos derivados da conquista portuguesa e espanhola.
Mas os maiores males a eles impostos estão relacionados à tomada suas terras desde a década de 90 a favor do chamado agronegócio da soja, o que levou a uma agressiva e ilegal redução territorial, a destruição de seus valores culturais e a inevitável decadência dos costumes por meio da prostituição, do banditismo e do alcoolismo. Na esteira desses males estão associados outros que traduzem o desencanto desse povo com o futuro, conforme expressam o abandono, a desnutrição e a elevada mortalidade infantil e o suicídio entre adultos-jovens ali contados.
Sei o quanto é difícil para nós, não índios, superar os preconceitos herdados e compreender a profundidade dessa tragédia humanitária, autóctone, ainda que sejamos sensíveis a outras como a exemplo as dos povos africanos, das vítimas do conflito árabe-israelense, ou dos ataques terroristas de 11 de setembro. Mas aí está: os Guaranis-Kaiowás representam nesse momento a maior tragédia nacional de uma minoria brasileira, que ecoa no século XXI a barbárie da colonização iniciada com o achamento do Brasil em 1500.
Para que não tenhamos dúvida do quanto é urgente a tomada de posição do governo brasileiro sobre o assunto, basta sabermos que os Guarani-Kaiowá registram hoje a taxa de um suicídio a cada 10 dias, o que em breve os levará à extinção. Logo, chega de ninguém se incomodar, de não garantirmos para esse povo a retomada de suas terras sem prejuízo de outras ações que integram o conjunto de medidas humanitárias de que eles necessitam.

Interrogatório de Guedelha mantido para amanhã

Está mantido para amanhã, dia 29, o interrogatório do músico Yuri Guedelha, que foi denunciado pelo Ministério Público do Estado por atentado violento ao pudor contra uma criança.
Será a primeira vez que o réu ficará frente a frente com um juiz, no caso Paulo Jussara Júnior, para defender-se da acusação.
A CPI da Pedofilia da Assembléia deixou em suspenso qualquer investigação sobre Guedelha por alegada “falta de materialidade”.
Conforme o blog já mostrou, o interrogatório marcado para amanhã ocorrerá depois de três anos que o processo foi distribuído pela primeira vez na Justiça Estadual.

Índios Tembé fazem servidores do Ibama reféns no Pará

Na manhã de hoje, índios da Tribo Tembé fizeram reféns dois servidores do Ibama e um do Batalhão de Polícia Ambiental do Pará que estavam fazendo vistoria em um plano de manejo nas proximidades da comunidade Quatro bocas, no município de Tomé-Açu, nordeste do estado.
Uma equipe que conseguiu fugir do local acionou a Superintendência do Ibama no Pará (Supes/PA), sediada em Belém, para que providenciasse a liberação dos demais servidores que permanecem sob o poder dos Tembés.
De acordo com o relato dos servidores que escaparam do local, a reivindicação da tribo tem a ver com uma indenização que a empresa Pará Pigmentos estaria devendo a eles. E, como os servidores estavam no local, serviram de instrumento para garantir o pagamento.
Neste momento, a Supes/PA em parceria com o Ministério Público Federal, a Funai e a Polícia Federal estão negociando a soltura dos reféns.

Fonte: Ibama

Ronaldo, o fenômeno que magnetiza o mundo

Os enviados especiais do blog, em andanças por São Paulo, saíram à rua ontem de manhã e fizeram questão de caminhar, de flanar – com a permissão do Flanar – no mesmo estilo.
Não aquele flanar, não aquele caminhar qualquer.
Mas aquele flanar, aquele caminhar com o espírito aberto para captar inclusive os melhores ruídos do entorno do caminhante.
E o que ouviu o enviado especial do blog?
Ouviu, originários de cada mesa, de cada grupo de caminhantes que flanava pelas ruas, comentários não propriamente sobre a vitória do Corinthians.
Não.
Os paulistanos, inclusive os que não torcem pelo Corinthians, comentavam o gol de Ronaldo Fenômeno, o segundo que ele marcou contra o Santos, na vitória por 3 a 1 no último domingo.
Não há dúvida.
Ronaldo protagonizou, com o fenômeno de sua genialidade, o prodígio de deixar o mundo inteiro magnetizado, mesmerizado, verdadeiramente embasbacado com um gol daquele.

A CPI e a demora do Poder Judiciário

De um Anônimo, sobre a postagem A Justiça não tem pressa, mas a Saúde tem:

Nunca eu vi uma CPI tão esperada pela população.
Só com a ameaça de ser instalada já aconteceu um terremoto na Câmara Municipal de Belém.
Imagina se esse juiz autorizar a instalação; acho que o Dudu vai voltar para os Estados Unidos, não pra assinar convênio, mas pra morar na casa do seu amigo presidiário Paulo Castelo, sem direito a volta.
Voltar pra quê? Saber o diagnóstico da caixa preta da CPI?

Casf afasta jornalista sob acusação de que “plantou” nota

O jornalista Francisco Sidou, colaborador regular aqui do blog, foi demitido, na sexta-feira passada, da assessoria de Imprensa da Caixa de Assistência dos Funcionários (Casf) do Banco da Amazônia (Basa).
Na sexta-feira, 24, dia em que o jornalista foi afastado, o Diário do Pará, na coluna "Repórter Diário", publicou a seguinte nota, sob o título "Ameaça”:

“Um clima de terror, com ameaças de demissão e corte de vantagens conquistadas ao longo dos anos, domina os 150 funcionários da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco da Amazônia (Casf). A crise é de gestão, mas a entidade também está sofrendo pressão da Agência Nacional de Saúde (ANS) por não pagar o que deve desde o ano passado. Apesar disso, a direção mantém um grupo de funcionários ganhando altos salários. Estes, com certeza, não serão atingidos pela barca ameaçada de zarpar hoje”.

Pois bem. Ao ler esta nota, o diretor-presidente da Casf, José Prado, que está há 15 anos no cargo, encontrou em Sidou o “bode expiatório”, determinando sua demissão. Alegou, para isso, que era ele a “fonte” da nota do “Repórter Diário”. Sidou nega de forma categórica que tenha sido a fonte da informação.
Os próprios funcionários, até mesmo os que foram demitidos na sexta-feira juntamente com o Sidou ficaram revoltados com a injustiça e a inclusão do nome dele.
O jornalista fazia sozinho o house organ da entidade
Sozinho, mas com qualidade esmerada.
Era, ao mesmo tempo, repórter, redator, revisor e editor do jornal.
E só saía da gráfica quando o jornal estava pronto.
Por tudo isso, ganhava R$ 1,8 mil por mês.
Há indícios de que a nota plantada no “Reporter Diário” foi sob encomenda para fazer com que a suspeita recaísse sobre Sidou.
E tudo indica que realmente há boi na linha.
Ou até mesmo uma boiada.
Já foi feita até proposta para que a comunicação e o marketing da Casf troquem de mãos, mas era preciso que o jornalista fosse afastado para limpar área. Daí a "plantação" seguida da suspeita e da "degola".
Pretende-se também melhorar a imagem do presidente da empresa, coisa que Sidou sempre se recusou a fazer, pois detesta culto à personalidade.
Mas a vaidade, aliada à presunção incensada pelos áulicos, costuma gerar simulacros de pequenos títeres. É o caso da Casf.
Enfim, Sidou caiu porque é um profissional sério, dedicado e não se permite bajulações repulsivas.
Essas qualidades fazem mal a algumas pessoas.
Muito mal.
O blog tentou entrar em contato com a Casf, mas não conseguiu.
Desde já, coloca-se à disposição para que a entidade, querendo, se manifeste.

Instituto de Ciências Jurídicas ganhará novo prédio

O reitor da Universidade Federal do Pará, Alex Bolonha Fiúza de Melo, e o diretor-geral do Instituto de Ciências Jurídicas, Antônio José de Mattos Neto, comandam na próxima quinta, a partir das 11h, a inauguração do novo prédio que sediará o Instituto de Ciências Jurídicas, localizado na Cidade Universitária, em Belém.
O novo prédio fica na Cidade Universitária Professor José da Silveira Neto (Setor Profissional), no campus do Guamá.

O que ele disse

“A cada gol que eu faço, emagreço um quilo e fico mais bonito. Vai ser assim até eu sumir de tanto emagrecer.”
Ronaldo Fenômeno, ainda em estado de graça – ele e milhões – depois dos dois gols, sobretudo o segundo, que marcou contra o Santos no último domingo.

Gripe acende alerta no Pará

No AMAZÔNIA:

O Ministério da Saúde divulgou ontem nota na qual diz que acompanha o estado de saúde de 11 pessoas que vieram dos países afetados pela gripe suína e que apresentaram alguns dos sintomas clínicos. Segundo o órgão, até agora, nenhuma dessas pessoas preenche a definição de 'caso suspeito'. Segundo o ministério, são três casos em Minas Gerais; dois no Rio de Janeiro; dois no Amazonas; um no Rio Grande do Norte; um em São Paulo e um no Pará. Até o momento, diz o órgão, não há evidências de que o vírus da gripe suína esteja circulando no Brasil.
Na nota, o ministério afirma que a Organização Mundial de Saúde (OMS) atualizou os critérios de definição de caso suspeito: febre repentina superior a 38ºC, acompanhada de tosse, dificuldade respiratória, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações - fatores que podem ser combinados ou não - e ter como procedência o México ou áreas atingidas pelo vírus nos EUA e no Canadá nos últimos dez dias.
Mesmo sem a confirmação de casos da gripe suína no Brasil, a epidemia tem tirado o sono de quem possui parentes ou conhecidos naquele país ou nos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e Espanha, onde já foram confirmados casos da doença. Esta é a situação em que se encontra a família da fonoaudióloga Caroline Torres, brasileira que há quatro anos mora no México com o marido. Mariana Farnesi, prima de Caroline, não esconde a preocupação ao falar da prima que está no local em que a epidemia se iniciou.
'Estou muito preocupada com a Caroline, primeiro porque nós estamos muito longe e não sabemos como podemos ajudar. Segundo porque só temos contato pela internet e na última semana ela sumiu, não tem acessado o programa de bate-papo', conta Mariana. Outro motivo de preocupação da paraense é a profissão exercida pelo marido de sua prima. 'O Luciano é músico, então ele está sempre em lugares cheios de gente e repleto de turistas de várias partes do país', conta.
De acordo com Mariana, os pais da fonoaudióloga e do músico também estão aflitos. 'A mãe do Luciano também está sem notícias do filho, segundo meu tio. Estão todos aflitos com essa situação', comenta.
Pará - De acordo com a assessoria de comunicação da Sespa (Secretaria de Estado de Saúde do Pará), um paraense (não se sabe se homem ou mulher) chegou dos Estados Unidos na última sexta-feira com suspeita de gripe suína. A pessoa foi encaminhada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ao Instituto Evandro Chagas para que fosse feito um diagnóstico. Ainda segundo a Sespa, o diagnóstico é negativo.

Kits incompletos para alunos da Armando Fajardo

No AMAZÔNIA:

Aproxima-se a primeira avaliação e muitas escolas estaduais ainda não receberam seu kit escolar completo. Segundo o Governo do Estado, todos os matriculados na rede pública estadual, gerida pela Secretaria de Estado de Eduação (Seduc), estariam com duas blusas de uniforme, mochila e agenda ainda em fevereiro, no início do ano letivo. Porém, escolas como a Armando Fajardo, em Ananindeua, receberam apenas os uniformes. E com dois meses de atraso. A secretaria garante a entrega do restante do kit para a próxima quinta-feira, dia 29.
Os novos alunos da Escola de Ensino Fundamental e Médio Armando Fajardo, no centro de Ananindeua, dentre os 1.260 totais, frequentaram o colégio durante dois meses sem estar uniformizados. Já os antigos, não tiveram problemas, pois puderam continuar usando o mesmo modelo do ano passado, uma vez que a estampa não mudou. Segundo os estudantes, a explicação oficial para a demora foi a burocracia da licitação para aquisição das blusas a partir do dia do fechamento da matrícula, quando, enfim, a escola ficou sabendo de quantos uniformes precisaria, em exato.
Depois de todo o trâmite de escolha de uma malharia por parte do conselho escolar e do prazo desta para entrega dos uniformes, agora todos estão na espectativa da chegada das mochilas e das agendas. O procedimento para chegada destas, contudo, é diferente e não depende mais do conselho escolar. Cabe aos alunos apenas esperar a data estipulada pela Seduc.
De acordo com a assessoria de imprensa da secretaria, todos os alunos das escolas da rede estadual vão receber os kits escolares completos, como parte do Programa 'Pará, minha escola, minha terra, minha paz'.

Nadir abre mão da vaga de Luiz Sefer

No AMAZÔNIA:

Francisco Gualberto, terceiro suplente do DEM à vaga do ex-deputado Luiz Sefer, foi ontem à Assembleia Legislativa entregar à presidência do Poder uma correspondência assinada e reconhecida em cartório pelo vereador Nadir Neves (PTB), na qual ele abre mão da disputa pela vaga. Entretanto, a 'visita de cortesia' não deve surtir os resultados esperados. Ontem, o presidente da AL, Domingos Juvenil, afirmou que, apesar de os prazos já terem sido esgotados, o cargo aberto pela renúncia de Sefer só será preenchido com o aval do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o que até agora não aconteceu.
O primeiro suplente dos DEM é o ex-deputado Cipriano Sabino, que está impedido de assumir a vaga por ser conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). O segundo seria o vereador Nadir Neves (ex-DEM e atual PTB) e em terceiro está o secretário de Desenvolvimento Econômico de Tucuruí, Francisco Gualberto.
No mesmo dia em que Sefer renunciou, o DEM protocolou um pedido requerendo a vaga para Gualberto. No entendimento do líder dos Democratas, Márcio Miranda, como Neves saiu do partido para concorrer à vereança por outra legenda, ele automaticamente perdeu o direito a vaga. Pesa ainda contra ele, segundo Miranda, o fato do diploma de suplente de deputado de Nadir ter sido cassado em junho de 2007 pelo TRE.

Governo repudia pedido de intervenção no Pará

No AMAZÔNIA:

O pedido de intervenção federal e o impeachment sugerido pela presidente da Confederação Nacional de Agricultura (CNA), a senadora Kátia Abreu (DEM/TO), continua repercutindo na Assembleia Legislativa. Ontem, o presidente do Poder, Domingos Juvenil, anunciou em plenário a nota oficial assinada em conjunto com a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, e o presidente do Tribunal de Justiça do Estado (TJE), desembargador Rômulo Nunes, na qual reafirmam o cumprimento das reintegrações de posse e a falta de justificativas, inclusive legais, para qualquer pedido de intervenção no Estado.
Ele explicou que a reunião entre os presidentes dos três poderes foi um dos encaminhamentos tirados da reunião do Conselho Político do Executivo - composto pelas lideranças partidárias da base aliada - no sentido de dar uma resposta política para as ações da senadora Kátia Abreu. 'Acredito que houve uma precipitação da senadora Kátia Abreu em relação à questão dos conflitos agrários no Pará. Mas uma intervenção federal ou impeachment não é o caminho', afirmou Juvenil.
A nota oficial informa que estão sendo tomadas providências para a garantia do Estado Democrático de Direito do Pará. E cita como prova disso o cumprimento das decisões judiciais acerca das reintegrações de posse no campo e na cidade.

Corporativismo vence na Câmara de Belém

No AMAZÔNIA:

Depois de muita manobra política, negociação de bastidores e pressão interna em favor do corporativismo, a Câmara Municipal de Belém decidiu pelo caminho mais fácil: a denúncia formulada pela empregada doméstica Maria do Carmo Oliveira Viégas, que trabalhou na residência da vereadora Vanessa Vasconcelos (PMDB), será apurada apenas pela Comissão de Ética da Casa.
Na prática, isso significa que a peemedebista venceu a queda-de-braço com o presidente da Casa, Walter Arbage (PTB). O PMDB quis denunciar Arbage e incluí-lo no pacote da Comissão Processante, mas amparado por um acordo de lideranças, a denúncia contra o presidente da Câmara foi arquivada pelo próprio Arbage. Vanessa foi premiada com a Comissão de Ética, composta por aliados da parlamentar. Maria do Carmo constava na folha de pagamento do gabinete da vereadora do PMDB, mas nunca recebeu o salário desta nomeação (R$ 4.063,75).
A sessão de ontem na Câmara foi tumultuada. Manifestantes que estavam na galeria do plenário foram retirados do espaço a pedido de Vanessa Vasconcelos. Eles exibiam cartazes pedindo que a vereadora 'devolvesse o dinheiro à doméstica Maria do Carmo'.
A decisão de que haveria uma votação para definir de que forma o caso seria apurado foi comunicada após uma reunião a portas fechadas com os líderes das bancadas. Tudo acertado, a votação foi realizada em plenário. Dos 34 parlamentares presentes, apenas o presidente da Casa, Walter Arbage, votou contra a apuração pela Comissão de Ética. Ele defendeu até o fim a instauração de Comissão Processante, que poderia até cassar o mandato da vereadora do PMDB por quebra de decoro parlamentar.