O jornalista Francisco Sidou, colaborador regular aqui do blog, foi demitido, na sexta-feira passada, da assessoria de Imprensa da Caixa de Assistência dos Funcionários (Casf) do Banco da Amazônia (Basa).
Na sexta-feira, 24, dia em que o jornalista foi afastado, o Diário do Pará, na coluna "Repórter Diário", publicou a seguinte nota, sob o título "Ameaça”:
“Um clima de terror, com ameaças de demissão e corte de vantagens conquistadas ao longo dos anos, domina os 150 funcionários da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco da Amazônia (Casf). A crise é de gestão, mas a entidade também está sofrendo pressão da Agência Nacional de Saúde (ANS) por não pagar o que deve desde o ano passado. Apesar disso, a direção mantém um grupo de funcionários ganhando altos salários. Estes, com certeza, não serão atingidos pela barca ameaçada de zarpar hoje”.
Pois bem. Ao ler esta nota, o diretor-presidente da Casf, José Prado, que está há 15 anos no cargo, encontrou em Sidou o “bode expiatório”, determinando sua demissão. Alegou, para isso, que era ele a “fonte” da nota do “Repórter Diário”. Sidou nega de forma categórica que tenha sido a fonte da informação.
Os próprios funcionários, até mesmo os que foram demitidos na sexta-feira juntamente com o Sidou ficaram revoltados com a injustiça e a inclusão do nome dele.
O jornalista fazia sozinho o house organ da entidade
Sozinho, mas com qualidade esmerada.
Era, ao mesmo tempo, repórter, redator, revisor e editor do jornal.
E só saía da gráfica quando o jornal estava pronto.
Por tudo isso, ganhava R$ 1,8 mil por mês.
Há indícios de que a nota plantada no “Reporter Diário” foi sob encomenda para fazer com que a suspeita recaísse sobre Sidou.
E tudo indica que realmente há boi na linha.
Ou até mesmo uma boiada.
Já foi feita até proposta para que a comunicação e o marketing da Casf troquem de mãos, mas era preciso que o jornalista fosse afastado para limpar área. Daí a "plantação" seguida da suspeita e da "degola".
Pretende-se também melhorar a imagem do presidente da empresa, coisa que Sidou sempre se recusou a fazer, pois detesta culto à personalidade.
Mas a vaidade, aliada à presunção incensada pelos áulicos, costuma gerar simulacros de pequenos títeres. É o caso da Casf.
Enfim, Sidou caiu porque é um profissional sério, dedicado e não se permite bajulações repulsivas.
Essas qualidades fazem mal a algumas pessoas.
Muito mal.
O blog tentou entrar em contato com a Casf, mas não conseguiu.
Desde já, coloca-se à disposição para que a entidade, querendo, se manifeste.
Minha solidariedade ao Sidou. O que a Casf fez com ele foi uma indignidade. O jornalista deve buscar seus direitos na Justiça, a trabalhista e a Cível.
ResponderExcluirMinha solidariedade ao Sidou
ResponderExcluirBoa tarde, caríssimo Paulo:
ResponderExcluirregistro a saudade e a falta que o Espaço fez nestes dias passados.
Ao jornalista Francisco Sidou, meu abraço fraterno e solidário.
Salve. Acho que deixei de assinar o comentário anterior.
ResponderExcluirAbração.
Isso, Bia.
ResponderExcluirSidou merece toda a nossa solidariedade.
E nós estávamos sentindo a falta de seus comentários. Porque estávamos parados, obviamente (rssss).
Abs.
Caro Paulo,
ResponderExcluirFiquei bastante sensibilizado com a tua solidariedade e a dos amigos que postaram comentários solidários,inclusive a Bia e o Alphonso, que se identificaram. A propósito, a repercussão da demissão imotivada deste modesto jornalista tem causado enorme repercussão entre os funcionários do Banco da Amazônia , ativos, aposentados e pensionistas, dos quais tenho recebido muitas mensagens de solidariedade. Isso me deixa gratificado e também fortalecido para buscar novos caminhos na vida profissional, sempre priorizando a dignidade e a ética. Grato a todos pelo carinho da solidariedade.