segunda-feira, 31 de maio de 2010

Juiz interroga nesta terça ex-oficiais da PM acusados de fraude

Os coronéis da reserva da Polícia Militar João Paulo Vieira da Silva e Faustino Gonçalves Neto, que chegaram a ocupar o cargo de comandante-geral da PM, têm encontro marcado com a Justiça.
Nesta terça-feira, a partir das 9h, eles estarão frente a frente com o juiz Roberto Bezerra, que vai interrogá-los sobre a acusação de envolvimento na fraude a uma licitação de R$ 560 mil para contratar entidade que organizou um concurso para soldados, em 2004, durante governo de Simão Jatene (PSDB), atual pré-candidato tucano a governador.
Além dos coronéis Vieira e Faustino, o coronel Cláudio dos Santos e o tenente-coronel Rui Celso Lobato dos Santos, que era diretor de Ensino da PM à época das supostas fraudes, serão ouvidos no mesmo interrogatório. Ambos atualmente também estão na reserva.
Os quatro foram denunciados pelo promotor Gilberto Martins em 2004. A peça acusatória narra que a Polícia Militar, à época em que tinha como comandante-geral o coronel Vieira, promoveu concurso público e contratou por meio de procedimento licitatório a empresa Associação de Educação e Cultura da Amazônia (Aeca).
Os donos da Aeca, segundo a acusação do Ministério Público, eram os coronéis Cláudio dos Santos e Faustino Gonçalves Neto, que chegou a ocupar a chefia da Casa Militar no governo Carlos Santos (PMSB) e foi comandante-geral da PM no segundo mandato do tucano Almir Gabriel.
O interrogatório será no prédio da Justiça Militar, na rua XVI de Novembro nº 448, e terá como representante do Ministério Público Militar o promotor Armando Brasil Teixeira.

Um olhar pela lente

Dentinho e Ralf comemoram o gol do volante simulando uma pescaria.
O Timão passou Santos por 4 a 2, no Pacaembu, é se mantém como líder absoluto do Brasileiro da Série A, com 13 pontos.
A foto é da Futura Press.

Os cargos, entreguem os cargos!

De um Anônimo, sobre a postagem em que Domingos Juvenil afirma não ser “laranja”:

Eu só acredito que essa candidatura é pra valer se o PMDB entregar todos os cargos que possui no governo. Caso contrário, está tudo combinado com a Ana Júlia.

Peluso e Mendes divergem sobre gastos do CNJ

Do Consultur Jurídico

O atual presidente e seu antecessor no Supremo Tribunal Federal estão em pé de guerra. Cezar Peluso e Gilmar Mendes trocaram e-mails ríspidos na última sexta-feira, em que explicitam divergências e restrições recíprocas a respeito da condução do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). A notícia é do jornal Folha de S. Paulo.
Incomodado com a atuação de seu sucessor, Mendes tomou a iniciativa de escrever a Peluso. Chegou a seu conhecimento que o atual presidente do CNJ o havia criticado em reunião recente, perante os demais 14 conselheiros, pelos gastos do órgão com diárias e passagens destinados ao programa do mutirão carcerário — menina dos olhos de Mendes.
Segundo a Folha apurou, Peluso disse que tinham sido destinados aos juízes auxiliares envolvidos no mutirão cerca de R$ 7 milhões, o que lhe parecia abusivo, inclusive à luz das críticas que o próprio Mendes havia feito aos valores gastos em diárias pelos conselheiros.
Ao saber do ataque, Mendes solicitou à diretoria de controle interno do CNJ a relação de gastos com o mutirão. Recebeu uma planilha na quarta-feira. Ali consta que o CNJ gastou no programa R$ 2.807.055,70 com diárias e R$ 1.229.259,20 com passagens. Total de R$ 4.036.314,90.
Conforme a planilha, os gastos totais com juízes auxiliares somam R$ 10.826.637,54 entre agosto de 2008 e abril de 2010, consideradas diárias e passagens de todos os programas do CNJ, não só o mutirão.
Em seu e-mail, a que a Folha teve acesso, Mendes diz, sem nenhuma formalidade: "Peluso, a respeito de comentários sobre gastos com diárias, encaminho-lhe...". Dá ao colega a sugestão de que tudo seja divulgado, avisa que vai escrever na imprensa a respeito e diz ser "elementar" que "não se faça a confusão entre o valor orçado e o valor gasto".
Despede-se sem nenhuma saudação. A seguir, ele envia cópia aos "caros conselheiros", de quem se despede com "abraços". Isso ocorreu às 5h16 de anteontem.
No final da tarde, Peluso responde de forma ainda mais dura: "Gilmar, as referências ao valor dos gastos, às quais não correspondem exatamente ao total despendido de fato...".
Depois de questionar dessa maneira a prestação de contas feita por Mendes, o ministro diz que esse não é assunto "para o público externo", numa alusão às incursões midiáticas do colega. E critica o que chama de "antigas estruturas burocráticas" do CNJ, que, segundo ele, não tinha "setor contábil específico nem controle individualizado de custos por projeto ou programa".
O episódio escancara tensões entre ambos que vêm se acumulando desde a posse de Peluso, no final de abril.
O novo presidente do CNJ dispensou ao assumir quase todos os juízes auxiliares que trabalharam na gestão de Mendes, inclusive Erivaldo Ribeiro, que coordenou os mutirões carcerários.
Na gestão anterior, o programa colocou em liberdade cerca de 20 mil pessoas indevidamente encarceradas. O Brasil economizou mais de R$ 420 milhões com a liberação dessas vagas nas penitenciárias. Para ter uma idéia, o Ministério da Justiça anunciou que vai investir R$ 500 milhões para abrir 30 mil novas vagas nas cadeias públicas do país.

O Juvenil não aglutina

No Blog da Professora Edilza Pontes, sob o título acima:

Hoje temos um fato novo na política paraense. O lançamento da candidatura do deputado Domingos Juvenil para governo do estado. O debate que está colocado é um debate pertinente, calcado na história das últimas eleições e, nas alianças políticas estabelecidas. Vejamos:
O PMDB está há 16 anos fora do governo do estado, a última eleição que realmente disputou foi em 1998, quando o então governador Almir Gabriel concorreu à reeleição contra o então senador Jader Barbalho. Ganhou Almir Gabriel. Em 2002, o PMDB lança candidatura própria para o governo, um desconhecido, sem capilaridade política, que todos já esqueceram e, no segundo turno apóia a reeleição de Jatene.
Em 2006, o PMDB lança Priante, já em uma aliança tática com a candidatura da senadora Ana Júlia, fato já contado em prosa e verso e assumido pela direção do PMDB.
Hoje, o lançamento da candidatura de Juvenil é diferente. Não houve um acordo tático, é o resultado de uma disputa interna dos que defendem candidatura própria no PMDB no primeiro turno, e apostam em uma nova aliança no segundo. Não se sabe com quem.
A conjuntura é diferenciada.
É legítimo pensar que a candidatura do deputado Domingos Juvenil é de um laranja, porque o PMDB, em duas eleições para governo já usou esta tática. Mas o que sustenta esta tese é o PMDB não conseguir explicar o porquê da não saída da candidatura do deputado Jader para governo. A explicação mais plausível é a falta de estrutura. O que parece uma incoerência quando o partido lança candidatura.
Outro elemento é que o hoje candidato lançado, já tinha cunhado a imagem de dissidente do PMDB, imagem reforçada pelos deputados, inclusive o deputado Parsifal, que fez várias críticas no seu blog, ao hoje candidato.
Acabou se criando uma expectativa da saída do deputado Jader para o governo. Mesmo porque ele era o principal nome veiculado. O nome de Priante também era citado, mas nunca o nome do Juvenil.
O que o PMDB não quer entender é que é natural, pela conjuntura política, que a terceira via só era possível com a candidatura de Jader. O que está ocorrendo agora é que partidos como, por exemplo, o PR, tenham como possibilidade o reagrupamento em torno da governadora e o PTB acompanhá-lo. Mesmo a possibilidade de saída de uma candidatura própria indica, sustenta a tese que a candidatura Juvenil não agrega, antes de tudo dispersa.
O PR pode ter candidatura própria ou ser vice da governadora, o PTB o acompanha nesta conjuntura. Parece que eleição para o governo repete, com pequenas diferenças, o cenário das eleições para prefeitura de Belém em 2008. Onde ocorreu uma dispersão das oposições e o prefeito foi ao segundo turno e conseguiu ganhar de um Priante que não aglutinava as oposições.
Eleições em que as oposições se fragmentam, ganha a situação. Não acredito que a candidatura Juvenil aglutine. O PMDB corre o risco de marchar sozinho em uma candidatura solo, mas solo mesmo.
A candidatura da governadora pode se fortalecer, mas se conseguir aglutinar. No centro da disputa, o PR, o PTB e PDT. Se ela aglutinar, vai para disputa o primeiro turno fortalecida. Se o PR, acompanhado do PTB, tiver uma candidatura própria, temos a oposição dividida.
No segundo turno, as composições dependem da disputa Serra e Dilma, e pode pender para governadora ou para Jatene.
Como a candidatura Dilma cresce, é provável uma conjuntura favorável à aglutinação em torno da candidatura da governadora no segundo turno. O melhor seria que o PT e o governo aglutinassem o máximo possível agora.
Não acredito no poder de aglutinação da candidatura Juvenil. Aliás, ele não aglutina nem internamente. Existe até a ameaça do Priante, de bater chapa na convenção do PMDB.

“Candidatura própria é jogo de cena para enganar otários”

De um Anônimo, sobre a postagem Opção por Juvenil para o governo pode rachar o PMDB:

Depois de ler essa notícia, não consigo deixar de pensar que o Jader está usando o Juvenil do mesmo jeito que usou o Priante em 2006: como animal de sacrifício, só pra atrapalhar o PSDB e, de um jeito escondido, ajudar o PT a se eleger.
Será que o PT e o PMDB romperam mesmo? Ou será que não é só outro arranjo eleitoral, como foi em 2006?
Como não acredito no que os políticos dizem, e sabendo que eles são capazes de qualquer coisa, fico com a segunda opção.
Isso também quer dizer, então, que o PT e o PMDB não se separaram; a candidatura própria é só jogo de cena pra enganar nós, os otários.

O PMDB não largará os cargos. Até agora, não.

Podem acreditar.
Para consumo externo, o PMDB garante que está pedindo aos ocupantes de cargos – entre eles Jucepa, Hemopa, Detran e Cosanpa – que desembarquem do governo Ana Júlia.
Isso, repita-se, é para consumo externo.
Para consumo interno, a conversa é outra.
A orientação é mais ou menos a seguinte:
“Aguardem”.
“Esperem”.
“Fiquem aí, por enquanto”.
Fiquem aí, até ordem em contrário”.
É assim que está funcionando.
E tal versão é mais condizente mesmo com a realidade.
Porque, com o poder que tem, com a liderança, com a predominância que exerce junto aos peemedebistas, o deputado Jader Barbalho não pediria, nem orientaria, nem sugeriria, nem recomendaria que este ou aquele abandonasse o barco.
Ele mandaria.
Simplesmente, diria mais ou menos assim: “Sai, desembarca, chispa daí”.
Como não diz, é sinal de que a tropa vai aguardar.
Vai aguardar nos cargos, por óbvio.
E enquanto for assim, o distinto leitorado e o distinto eleitorado vão sempre achar que o PMDB, muito embora tenha lançado um pré-candidato ao governo do Estado, está negociando algo mais que ainda não nos é possível saber.
Está negociando algo mais à frente.
Bem para a frente.
Acompanhemos, pois.
Acompanhemos, para conferir depois.
Ah, sim. Essa parada é assim hoje, dia 31 de maio de 2010.
Amanhã, dia 1º de junho, pode mudar tudo.
Tudinho.
Amanhã, o PMDB inteiro pode debandar do governo Ana Júlia.
Mas agorinha o quadro é esse.

De brinde, você leva a fumaça

A bagunça contagia.
Tem pernas.
Tem rodas.
A bagunça se locomove, se movimenta, se dissemina, se espalha.
Quando não se coíbe a bagunça, ela cresce, aumenta, domina e predomina.
Duciolândia, este reino de Duciomar, o huno que nos governa, é exemplo disso.
No último sábado, o fotógrafo Luiz Braga teve a comprovação disso.
Ele foi ali pelo centro comercial de Belém e deparou com a seguinte cena.
Na Manoel Barata com a Campos, bem nas imediações daquela loja da Yamada, encontava-se estacionado um carrinho, desses que vendem churrasquinho.
Estava escrito no carrinho, para todo mundo ver e ler: “Churrasco do Primo. De brinde, você leva a fumaça”.
Um deboche.
Ou como diz o Luiz, um “churrasquinho sinceramente cínico. O primeiro representante legítimo sinceramente cínico”.
Ah, sim.
A foto.
Quedê a foto?
Infelizmente, Luiz não pôde fazê-la na ocasião.
Mas o “Churrasco do Primo” está por lá.
E só passar nas imediações e constatar.
Constate e, de brinde, leve a fumaça.
Putz!

PMDB: cargos, alianças e pacto de não agressão

No Blog da Repórter, da jornalista Rita Soares, sob o título acima:

O presidente do PMDB do Pará, deputado federal Jader Barbalho, chamou os dirigentes de órgãos da administração estadual que foram indicados pelo partido e pediu a eles que coloquem os cargos à disposição do governo imediatamente.
Negou que a legenda 300 contratados no Estado, conforme anunciou na tribuna da Assembléia Legislativa, líder do PT na Casa, deputada Bernade ten Caten. “Se eles existirem, sugiro que sejam substituídos por indicados da deputada”, ironizou Barbalho.
Jader contou que ligou para a governadora Ana Júlia Carepa na mesma noite em que anunciou Domingos Juvenil como candidato próprio dos peemedebistas ao governo. Disse que fez isso “por uma questão e cortesia”. Demonstrando bom humor depois dos dias de turbulência no processo de escolha do candidato, disse não acreditar numa guerra suja entre petistas e peemedebistas que, afinal estarão no mesmo palanque nacional apoiando a candidata da do PT à presidência República, a ex-ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. “Faremos um debate no campo das idéias, e dos projetos”, prometeu.

Palmas para a imbecilidade

A imbecilidade faz barulho.
A imbecilidade espanta.
A imbecilidade, de tão imbecil que é, merece até aplausos.
Braz de Aguiar com Benjamin, 23h30 de sexta-feira passada.
Um carro, que não deu perceber ao certo qual era e nem para anotar a placa, estava parado, esperando o sinal abrir.
O veículo estava atopetado de jovens, todos muitíssimo alegres.
Abre-se o sinal.
O carro canta os pneus.
Três jovens, que a tudo assistiam, bem na esquina da Benjamin, aplaudem ironicamente a performance da imbecilidade motorizada.
O quarteirão inteiro se espanta com o barulho.
Depois de cantar os pneus, sai em disparada em direção à Rui Barbosa.
O quarteirão continua parado, espantado, olhando aquilo tudo.
Que coisa absolutamente mais inútil.
Que coisa absolutamente mais imbecil.
A imbecilidade faz barulho.
A imbecilidade espanta.
A imbecilidade, de tão imbecil que é, merece até aplausos.

Gatos, lebres e escutas telefônicas

De um Anônimo, sobre a postagem Judiciário autorizou 10,5 mil escutas telefônicas:

As interceptações telefônicas, com os novos sistemas de gravação on-line, realmente são um avanço no combate ao crime organizado.
Contudo, o que o CNJ tem que atentar é para que cada autoridade solicitante (delegado, promotor etc.) justifique um por um dos telefones identificados. Caso não tenha a identificação, solicite primeiramente a quebra do sigilo da propriedade da linha antes de pedir a interceptação.
Desta forma, evitar-se-á que o juiz seja, digamos, induzido ao erro em autorizar gato por lebre...

“Não sou candidato ‘laranja’”, assegura Domingos Juvenil

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Domingos Juvenil (na foto), lançado na semana passada pré-candidato do PMDB ao governo do Estado, garante que sua candidatura não é “laranja”, não é apenas para fazer de conta.
Em conversa com o Espaço Aberto por telefone, o deputado assegurou que não acredita na possibilidade de uma disputa na convenção com o ex-deputado José Priante, disse que sua candidatura nasceu das “bases do partido” e confirmou que já está procurando partidos como o DEM, PDT, PR, PTB e outros para formar alianças.
A seguir, a entrevista.

A sua candidatura é “laranja”? Ou o senhor entra com pé firme para ganhar a eleição de outubro?
Claro. Veja bem. O partido não escolheria o presidente da Assembleia Legislativa do Estado, o presidente do Poder Legislativo para fazer uma candidatura laranja. A minha determinação, o meu compromisso, a minha experiência não seriam jogados por terra. Teria eu uma eleição tranquila para deputado federal. Eu já fui três vezes deputado federal, inclusive constituinte. E a minha articulação estava toda pronta para deputado federal. Eu não a jogaria por terra para ser “laranja”. Portanto, a minha candidatura é séria, firme, indeclinável. Nós vamos trabalhar decididamente para ganhar a eleição. Portanto, seria natural que alguém pensasse que uma candidatura que não fosse da Ana Júlia ou do Jatene fosse um candidatura “laranja”. É até natural que no PMDB e em outros círculos se pensasse que qualquer outra candidatura, que não a do Jáder, fosse “laranja”. Poderia ser até natural se pensar isso. Mas no meu caso, não é. E não é por essas razões que eu acabei de lhe falar. Minha candidatura é seria, em defesa do Estado. E tenho experiência administrativa. Tenho experiência de Executivo. Eu sei como administrar.

Na reunião entre os deputados estaduais com o presidente do PMDB, Jader Barbalho, o senhor prometeu colocar à disposição do partido uma estrutura para o próximo pleito. Que tipo de estrutura o senhor vai oferecer numa eleição dessas, que, sabemos todos, será uma eleição cara?
Mas eu não me referi jamais à estrutura financeira. Eu falo da estrutura política, do meu passado político que une regiões enormes. É essa estrutura política construída ao longo dos anos que foi colocada em debate. A estrutura financeira, ela é necessária. Mas vem de colaborações, vem de tudo aquilo que a lei permite. Vem do partido, compreende? Portanto, não se entenda como estrutura financeira. Não, não. A estrutura financeira vem do que o partido proporciona, do que os companheiros proporcionam, as famosas doações legítimas, legais.

Se o ex-deputado José Priante resolver bater chapa na convenção para ser o candidato ao governo, o senhor acha que isso pode rachar o partido? Será saudável para o partido? O senhor vai conversa com o Priante? O que é que o senhor vai fazer?
Não há nenhuma possibilidade de rachar o partido e nem de bater chapa. Porque o candidato não pode ser candidato de si mesmo. Eu sou candidato do partido. O partido se reuniu, decidiu. Se o Priante fizesse isso, o que eu não creio que o fará, ele seria candidato de si mesmo. E o partido não racharia jamais porque o partido tem comando, o partido tem liderança maior, que participou de todos os debates, de todas as discussões. Portanto, não posse admitir uma situação dessa. Agora, é verdade, e isso a gente aprende na vida, que qualquer mudança enfrenta reações. Qualquer situação como esta, por exemplo, de uma candidatura séria como a minha, desagrada aqui, desagrada ali, dentro e fora do partido. Mas o candidato deve ter a capacidade, a paciência, a tolerância para conversar, articular e resolver isso. Não há dúvida: você não faz uma campanha sem ter problemas aqui, ali e acolá. E o meu nome não estava posto. Ele surgiu das bases. Eu não me ofereci. Ele surgiu das bases. A partir daí, eu me ofereci ao partido e coloquei meu nome numa reunião em que tudo foi bem discutido.

Deputado, a sua candidatura surpreendeu a todos nós, que especulávamos sobre os nomes do Hildegardo Nunes, do Priante e do deputado Parsifal Pontes como prováveis candidatos do PMDB. E também todos imaginávamos, inclusive aqui o blog, que o senhor estivesse desavindo com o deputado Jader Barbalho, por conta de uma suposta simpatia pelo governo Ana Júlia. Pois nós erramos: o senhor, que não era cogitado, é o pré-candidato; e a sua pré-candidatura demonstra que o senhor tem a confiança da direção do partido. A que o senhor atribui essas especulações errôneas?
Eu sou presidente de um Poder. E os três poderes do Estado, apesar de independentes – e eu mostrei a minha independência durante esse período -, eles têm a obrigação de preservar a harmonia. E então esta harmonia, o fato de eu receber os secretários, de eu receber a governadora em audiência, o fato de eu ser um homem pacífico pode ter levado a essas conclusões errôneas. Mas nunca que eu estivesse em lado oposto. Nada disso.

E as alianças. O senhor vai conversar com quem? A noiva, ao que parece, passou a ser o PR do vice-prefeito Anivaldo Vale. Em que termos o senhor vai conversar com o PR para conquistar o apoio do Anivaldo?
O PR é muito importante, mas não é só o PR. Nós temos o DEM, o PTB, o PDT, temos toda uma gama enorme de partidos com os quais vamos conversar. Temos o cargo de vice-governador que está em aberto. E vamos discutir mais: espaço político, administração de governo, essas coisas todas.

Priante: “A candidatura prioritária do PMDB é a minha”

O ex-deputado José Priante, que foi candidato do PMDB ao governo do Estado em 2006 e acabou em segundo lugar na eleição para prefeito de Belém em 2008, não tem a menor dúvida: o candidato do partido ao governo do Estado só será definido entre os dias 15 e 30 de junho.
Priante, além disso, está convicto de que tem condições objetivas de ser ungido o concorrente do partido ao governo, muito embora a pré-candidatura do presidente da Assembleia, Domingos Juvenil, já tenha sido lançada. Tal convicção se ampara, entre outras coisas, em sua boa posição nas pesquisas internas que o partido tem feito para aferir o cacife do PMDB no pleito de outubro.
Haverá racha?
Haverá divisões?
Haverá bate-chapa?
Haverá disputa na convenção?
“Quando a coisa é combinada, não tem racha. Eu disse para o Jader, claramente, que eu só poderei decidir se serei candidato ou não até 15 de junho, quando o Tribunal decidir o caso da cassação do Duciomar. Todos os deputados foram comunicados pelo Jader sobre essa minha posição. Agora, o Juvenil se lançou. Tudo bem. Mas ele sabe que, a partir do dia 15, dependendo do Tribunal, é que as coisas vão se definir”, disse Priante, em conversa com o blog por telefone.
Ele se mantém na expectativa de que o Tribunal Regional Eleitoral julgue, pelo menos até 15 de junho, o recurso impetrado pelo prefeito de Belém, Duciomar Costa, para derrubar sentença condenatória que lhe cassou o mandato, em dezembro do ano passado.
“Eu me autodefini um prazo. O prazo é 15 de junho. Se o TRE julgar isso [o recurso] até 15 de junho, vamos ver o resultado. Se não julgar, o Tribunal vai pautar a minha decisão política. Aí, sim, eu posso ser o candidato a governador”, reforçou Priante.
Ele alega – e disse ao blog ter deixar isso bem claro ao deputado Jader Barbalho – que não poderia lançar sua pré-candidatura agora, começar a fazer articulações políticas e fechar acordos para depois assumir a prefeitura, caso o TRE venha a rejeitar o recurso de Duciomar. Nessas condições, todo o trabalho anterior teria sido inútil.
Por isso, Priante explica que se autoimpôs um prazo para tratar de sua candidatura ao governo. Mas uma coisa é certa: se hoje, 31 de maio, fosse o dia 15 de junho próximo, o ex-deputado não tem a menor dúvida de que optaria por disputar o governo do Estado pelo PMDB.
Assim como Juvenil, em entrevista ao blog (veja acima), afirmou que sua candidatura nasceu das “bases do partido”, Priante assegura ter o apoio dos mais amplos segmentos do PMDB para pleitear o governo do Estado.
“O PMDB sabe que prioritariamente tem uma hierarquia de candidaturas. E a candidatura prioritária é a minha. Ligue hoje para qualquer prefeito do PMDB, a esmo, por amostragem. Se você ligar para quatro prefeitos do PMDB, pergunte a eles e você vai comprovar isso. Agora, se alguém já se lançou candidato, ele é o candidato até o momento”, reafirmou Priante.
Ele relatou que na última sexta-feira, num comício no município de Maracanã, durante os festejos do aniversário da cidade, recebeu manifestação pública de apoio do presidente do PMDB, deputado Jader Barbalho.
“O Jader disse [no comício]: ‘Olha, aqui está o Priante. O Priante foi nosso candidato a governador em 2006 e nestas eleições ele será o que ele quiser. Se ele quiser ser o candidato a governador, será o candidato a governador. Se quiser ser candidato a deputado federal, será candidato a deputado federal’. Ele até brincou: ‘E ainda tem chance de ser o próximo prefeito de Belém’. Foi o que Jader disse no comício, em praça pública, no aniversário da cidade”, contou o ex-deputado.
Priante garante que continua a manter respeitosas e cordiais relações com Juvenil, a quem, segundo afirma, telefonou logo depois de divulgada a pré-candidatura do presidente da Assembleia ao governo do Estado pelo PMDB.
“Eu liguei para o Juvenil. Disse a ele: ‘Olhe, Juvenil, estou lhe ligando porque tenho apreço por você. Mas o dia 15 de junho é meu prazo, é meu time.” E disse a ele que na eleição passada, para governador, eu fiz um sacrifício. Desta vez, é uma oportunidade”, disse Priante.

PT ainda acredita em composição com o PMDB

O PT ainda não jogou a toalha. Acha bem difícil, mas não absolutamente impossível, ainda chegar a uma composição com o PMDB de Jader Barbalho, mesmo depois do pré-lançamento da candidatura do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Domingos Juvenil, ao governo do Estado.
“Eu acho ainda que até o dia 30 de junho poderá haver mudanças, inclusive de nomes. Mas acho que ainda tem abertura para continuarmos dialogando com o PMDB. Nós não vamos dar esse diálogo por encerrado, até que as candidaturas se oficializem. Como os partidos deverão ter uma posição oficial apenas no final de junho, acho que até lá ainda terá muito espaço para conversa, para diálogo”, disse ao blog o presidente estadual do PT, João Batista da Silva. Ele informou que a Executiva deverá se reunir hoje à tarde, para avaliar o novo cenário político e definir encaminhamentos.
Em função de um quadro que, muito embora remotamente, ainda poderá mudar, João Batista já externou à governadora Ana Júlia Carepa, pessoalmente, o seu posicionamento, e portanto o posicionamento do partido, de que o governo ainda não deve afastar de imediato os peemedebistas que estão no governo Ana Júlia.
Além de controlar órgãos como Detran, Hemopa, Jucepa, Cosanpa e Cohab e o segundo e terceiro escalões da Sespa, o PMDB ocuparia hoje pelo menos 300 cargos no governo Ana Júlia, segundo estimativas feitas na Assembleia Legislativa pela deputada Bernadete ten Caten.

Manutenção de cargos
“Na reunião da Executiva, eu vou formalizar o posicionamento de que não se tenha pressa de pedir os cargos. É preciso que se dê um tempo de alguns dias para ver o andar dessa carruagem em estrada cheia de pedras, a não ser que o PMDB tome a iniciativa de entregar os cargos. Acho que a governadora ainda não tomou posição quanto a isso também, mas já falei a ela que minha opinião é essa”, explicou o dirigente do PT.
João Batista disse que, de certa forma, os petistas foram apanhados de surpresa com a decisão do PMDB de lançar agora uma candidatura própria, o que representou, em consequência, o rompimento com o PT.
“Nós sempre trabalhamos com dois cenários. Um, de que houvesse uma composição conosco, e outro, de que o PMDB pudesse ter uma candidatura própria. Os sinais que tínhamos ultimamente eram os de que o PMDB realmente poderia vir com uma candidatura própria. Mas nós achávamos que essa decisão seria tomada mais para a metade do mês de junho”, observou João Batista.

Priante, o mais forte
O presidente do PT não tem dúvidas de que o ex-deputado José Priante, caso venha a bater chapa com Juvenil e seja afinal indicado para disputar o governo do Estado pelo PMDB, tem maior competitividade do que a candidatura do presidente da Assembleia Legislativa.
“Eleitoralmente, por ser expressão nova, por ser uma novidade, acho que seria uma candidatura do Priante a mais competitiva. Ele já foi candidato na última eleição, teve uma boa votação. Se for a do Priante, é uma candidatura para fazer disputa mesmo”, reforço o presidente petista.
Segundo o presidente do PT, o partido ainda não definiu quem será o segundo candidato a disputar o Senado na chapa de Ana Júlia, uma vez que o primeiro será o deputado federal Paulo Rocha.
Ele assegurou, entretanto, que o segundo nome não deverá ser de um petista. E até mesmo a vaga do suplente de Paulo Rocha deverá ser reservada a um dos partidos que vierem a se coligar o PT.
O preenchimento dessas vagas, explicou João Batista, é uma forma de facilitar as composições que estão sendo negociadas com o PTB do prefeito Duciomar Costa e com o PR do vice-prefeito Anivaldo Vale, entre outras agremiações.

Setor produtivo expõe propostas a pré-candidato

O setor produtivo não está dormindo no ponto.
Na última sexta-feira à noite, a Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa) recebeu o pré-candidato ao governo do Estado pelo PMDB, deputado Domingos Juvenil.
O setor produtivo que, nos últimos anos, reclama da ausência de um vetor para o desenvolvimento no estado, apresentou a Juvenil uma espécie de panorama da economia do Pará.
“Em um Estado onde o crescimento populacional, por ano, é de 260 mil pessoas no mínimo, deveria ser estimulada a criação de 120 mil novos postos de trabalho. Porém, nos dois últimos anos, o que vimos foi a criação de apenas 15 mil. Isso é muito pouco. É preciso incentivar o desenvolvimento, caso contrário os problemas sociais como a violência e o desemprego serão ainda mais presentes e engrossarão esta situação caótica que vivemos no Pará”, avaliou o vice-presidente da Fiepa, Sidney Rosa.
Os empresários também apontaram ao pré-candidato os problemas tributários, que impedem a competitividade da produção local. O Pará é o único Estado, na Amazônia Legal, que não tem uma Área de Livre Comércio (ALC), ficando em condição inferior aos demais, que têm vantagens tributárias em torno de 30%, em conseqüência da desoneração de impostos como o IPI, ICMS e PIS/Cofins.
O Amazonas, através de sua capital, Manaus, está comprando insumos de São Paulo com desoneração de impostos. Só de ICMS ele deixa de pagar os 7% que incide no valor da mercadoria. Além desta vantagem, como a desoneração dá credito presumido, o Estado do Amazonas ainda ganha crédito de mais 7%. Somado aos outros impostos, essa vantagem chega até 30%. Como o Pará é exceção, isso quer dizer que este estado está 30% mais caro do que os seus vizinhos.
"Precisamos de maior competitividade. Temos o potencial natural, que é latente. Porém é preciso um ambiente econômico favorável. Uma carga tributária 30% maior que a de nossos vizinhos impede que o Pará atraia novos investimentos. Qualquer que seja o governador, esta será a nossa bandeira. Será preciso força política do nosso governante para conquistar a ALC para o Estado. É dever do Estado ser o indutor do desenvolvimento”, afirmou o presidente da Fiepa, José Conrado.
O presidente da Associação Comercial do Pará (ACP), Sérgio Bittar, apresentou ao pré-candidato sua preocupação com relação a divisão territorial do Pará. “O assunto está ai e precisa ser discutido. A nosso ver, o plebiscito é irreversível. Temos é que acabar com algumas ilusões, como aqueles que defendem o Estado do Carajás, pois acreditam que terão um PIB relevante. Eles se enganam com o volume. O PIB, na verdade, é da Vale”.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Fiepa

Vem aí a CPI do Hangar!

No site O Paraense, postado no último sábado à noite pelo jornalista Ronaldo Brasiliense, sob o título acima:

Com o PMDB definitivamente na oposição ao governo da ex-sindicalista Ana Júlia Carepa (PT/DS), aguarda-se já na semana que vem [nesta semana], assim que o PT desalojar os peemedebistas dos cargos que ocupam na administração estadual, uma ação conjunta de PSDB, PMDB, PPS e PTB na Assembléia Legislativa: a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Hangar.
A CPI vai investigar o que foi feito com os mais de R$ 40 milhões repassados pelo governo do estado, com dispensa de licitação, para a organização social Via Amazônia, que administra o Hangar.
A Via Amazônia é presidida por Joana Pessoa, amiga particular e ex-chefe de gabinete da então senadora Ana Júlia, denunciada na CPI da Biopirataria da Câmara dos Deputados como a responsável pelo caixa 2 da campanha de Ana Júlia à Prefeitura de Belém. Pela conta bancária, pessoa física, de Joana Pessoa, no Unibanco, passaram mais de R$ 1,7 milhão, inclusive com vultosos depósitos em dinheiro vivo.
A oposição precisa da assinatura de 14 deputados para instalar a CPI, que, desta vez, terá o apoio incondicional do deputado Domingos Juvenil, presidente da Assembléia Legislativa, agora candidato do PMDB ao governo do estado. O PSDB conta com 10 deputados, o PMDB tem sete, o PTB tem quatro e o PPS tem dois. Total: 23 deputados.
Quem for podre que se quebre!

Um novo dissabor se apresenta


Nesta altura, ninguém mais tem dúvida de que o cenário de relaxamento moral que se dissemina em todos os segmentos da vida pública, seja no Brasil ou no mundo, aquele que mais incomoda é quando esse segmento é o da Igreja.
Não faz muito tempo, em encontro internacional sobre repressão à lavagem de dinheiro sujo, chegou-se à conclusão de que o sucesso de uma operação criminosa dependia muito da criatividade do favorecedor, ou seja, do lavador. Aqui mesmo, no Brasil, já tivemos ações ousadas. De bilhetes premiados comprados por deputado à tentativa de o Timão virar lavanderia gerido por testa de ferro iraniano membro de uma oligarquia russa.
A meta da classe média criminal que precisa lavar e reciclar capitais sujos é, caso sejam usados os canais legais do sistema financeiro, embaralhar e se possível apagar os rastros deixados pela circulação de capitais indecorosos.
Em breve, o papa Joseph Ratzinger terá novo dissabor. Com a chegada, no Estado do Vaticano, de uma carta rogatória com indagações feitas pela magistratura do Ministério Público de Perúgia - na região da Umbria, que faz fronteira com a região do Lázio, onde fica Roma - sobre a lavagem de dinheiro sujo por meio de instituições religiosas e de movimentações em contas correntes no Banco do Vaticano. O Istituto per Le Opere Religione (IOR) nasceu após o escândalo do Banco Ambrosiano, no qual pontificaram os falecidos Roberto Calvi e Michelle Sindona, à época alcunhados de banqueiros de Deus e da Máfia.
À espreita dos magistrados de Perúgia estão a Congregazione Missionari del Preziosissimo Sangue di Gesù e a Propaganda Fide, esta fundada em 1622, para cuidar da evangelização dos povos. A Propaganda Fide detém um patrimônio imobiliário no centro histórico de Roma avaliado em 9 bilhões de euros.
Desta solicitação do tribunal poderão constar também pedidos de quebras de sigilos bancários dos presbíteros Francesco Camaldo e Evaldo Biasini, respectivamente, com 60 e 83 anos.
O Ministério Público investiga concessões de obras e serviços públicos a favorecer uma choldra comandada pelo construtor Diego Anemone e pelo engenheiro Angelo Balducci, possuidor de conta corrente do IOR, membro laico da Propaganda da Fide e ex-presidente do Conselho Superior de Obras Públicas da Itália. Segundo averiguações, a Construtora Anemone restaurou imóveis da Propaganda Fide, além de reformas de igrejas.
Na permuta de obséquios, a construtora, por prestanomes, oferecia apartamentos luxuosos, promovia reformas estruturais e decorativas. Os beneficiários seriam políticos, prelados e altos funcionários públicos, como, por exemplo, o general Francesco Pitorru, carabineiro lotado no serviço secreto, que levou dois apartamentos, e Ercole Incalca, homem forte do Ministério da Infra-Estrutura.
O monsenhor Camaldo goza de prestígio na alta sociedade italiana, tem blog, Facebook e recita orações no YouTube. Em função religiosa é ele quem coloca o solidéu na cabeça de Ratzinger, estica-lhe os paramentos e segura o microfone. Como escriturário, tem o privilégio de participar do secreto conclave de eleição do papa e elabora a ata.
Camaldo abriu as portas do Vaticano para a dupla Anemone e Balducci. Sem saber que estava na mira das investigações, o monsenhor, quando da prisão preventiva de Balducci, deu declarações à imprensa: "É uma pessoa de absoluta transparência moral, conhecida e estimada no Vaticano".
O monsenhor Biasini, responsável pela direção financeira da Congregazione Missionari del Preziosissimo Sangue de Gesù, fez dela, como confessou, um caixa 2 da construtora de Anemone. Por meio de esquema de corrupção, a construtora foi contemplada com as obras públicas destinadas aos encontros do G-8 na ilha de Maddalena, na Sardenha, em 2009, ao Mundial de Natação, em Roma, também 2009, e às futuras comemorações dos 150 anos de Unificação da Itália, em 2011.
Aqui prá nós. Ratzinger deve estar a sentir odor de dinheiro sujo entre as muralhas do Vaticano. Detalhe: Camaldo não foi visto na Praça de São Pedro, em recente encontro convocado em solidariedade ao papa, em face da suspeita de acobertamento de casos de pedofilia.

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SERGIO BARRA é médico e professor
sergiobarra9@gmail.com

O que ele disse

“Asseguro-lhes que Domingos Juvenil não é parte de nenhum mirabolante complô contra a República. A sua candidatura não foi pejorativamente maquinada pela perfídia e nem esconde qualquer outra ansiedade a não ser a vontade do PMDB estabelecer que uma candidatura própria pode ser uma regra partidária e não uma exceção escusamente estribada.”
Deputado Parsifal Pontes (na foto), líder do PMDB na Assembleia, desbravando em seu blog os caminhos que devem ser trilhados por seu partido depois do lançamento da pré-candidatura de Domingos Juvenil ao governo do Estado.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Pausa

Um bom fim de semana a todos.
Até a próxima segunda-feira, se Deus quiser.

Repórter lança seu blog

Tem blog novo na praça.
É o Blog da Repórter.
Tem no comando a repórter – excelente – Rita Soares.
Informação garantida.
E credibilidade, idem.

Novela é uma das atrações do Jogo Aberto deste sábado

O programa Jogo Aberto deste sábado, das 2 às 4 da tarde, na Rádio Tabajara FM 106,1, exibirá o terceiro capítulo da radionovela que está dando o que falar por aí: “A Roda do Poder”, que envolve a busca pelo poder entre políticos residentes no fictício Estado de Pangará.
No episódio com 12 minutos, aparecem personagens como o prefeito Óciomar Gosta, a governadora Juliana Túlia, Nalmir Ariel e Narder Carvalho.
O programa também inclui uma entrevista com Vic Pires Franco (DEM).
O “Jogo Aberto” poderá ser sintonizado no rádio (freqüência FM 106.1), no celular ou pela Internet, no endereço www.radiotabajara.com.br.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Decisão do PMDB de romper com Ana Júlia alivia Jatene

Mais uma vez, voltamos em edição extra (rsss).
Nos últimos dias, os contatos entre o ex-governador Simão Jatene e o deputado federal Jader Barbalho se intensificaram.
Intensificaram-se desde que, na terça-feira passada, após a reunião dos prefeitos do PMDB com Helder Barbalho, duas coisas pareciam certas.
A primeira: Jader candidato ao Senado.
A segunda: uma fortíssima, para não dizer inevitável tendência do PMDB manter a aliança com Ana Júlia.
As informações espantaram Jatene, que resolveu, digamos, encostar mais pesado no caboco.
Caboco?
Sim. O caboco Jader, no caso.
E assim é que hoje à tarde as coisas começaram a se consumar: a candidatura de Jader ao Senado foi mesmo confirmada. Mas não se confirmou a aliança com Ana Júlia, porque o PMDB vai de Domingos Juvenil para o governo do Estado.
Pois é.
Jatene, quando soube, ficou mais aliviado.
Para não dizer aliviadíssimo.
Se não fosse tempo de eleição, pegaria seus anzóis e iria pescar.
Como é tempo de eleição, ele foi, de qualquer forma, pescar.
Mas pescar votos aí pelo interior.
Hehehe.

Opção por Juvenil para o governo pode rachar o PMDB

O blog volta novamente.
Volta para informar que o lançamento de chapa própria do PMDB, com Domingos Juvenil para o governo do Estado e Jader Barbalho para o Senado, pode rachar o partido e produzir o que é muito raro: a disputa de chapas na convenção que vai homologar oficialmente os nomes.
O Espaço Aberto apurou há pouco que, tão logo souberam do resultado da reunião de Jader com os deputados, decidindo pelo pré-lançamento da candidatura de Juvenil, três peemedebista bufaram.
Estrilaram.
Soltaram faíscas.
Fumaças.
Estão fulos da vida.
Um deles é a deputada federal Elcione Barbalho.
O outro é o prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho.
O terceiro é José Priante, que só pensa em duas coisas: uma delas é assumir a Prefeitura de Belém, caso o TRE confirme sentença condenatória que cassou o prefeito Duciomar Costa; a outra é ser candidato ao governo do Estado caso, evidentemente, a cassação de Duciomar seja derrubada ou não venha ser julgada nos próximos dez ou 20 dias.
Não está descartada a hipótese de Priante bater chapa, ou seja, de disputar com Juvenil.
A percepção dos peemedebistas que estão furiosos com o pré-lançamento da candidatura Juvenil é digna de fazer com que Ana Júlia e seus companheiros do nucléolo que a mantém agrilhoada comemorem com champanhotas.
Por quê?
Porque, segundo a percepção dos peemedebistas descontentes, Juvenil não teria a mesma viabilidade eleitoral de Priante e, principalmente, porque o presidente da Assembleia é atualmente mais anajulista do que peemedebista e, digamos, jaderista.
O certo é que isso vai render.
E como!

PMDB sairá com Juvenil para governo e Jader para Senado

O blog suspende excepcionalmente a pausa para dar uma informação de última hora.
Agora não é mais especulação.
Não é mais uma possibilidade.
Não é mais uma situação a ser avaliada.
É fato.
É decidido.
O PMDB sairá com chapa própria para disputar a eleição de outubro.
Conforme o blog adiantou, o deputado federal Jader Barbalho será mesmo o candidato ao Senado.
Mas, ao contrário do que o Espaço Aberto adiantou, o PMDB não se aliará ao governo Ana Júlia.
O deputado Domingos Juvenil (na foto), presidente da Assembleia Legislativa, será o candidato do partido ao governo do Estado.
A decisão foi tomada em reunião que terminou há pouco, entre todos os deputados peemedebistas e Jader.
Juvenil ofereceu seu nome.
Os deputados consideraram que o nome do parlamentar é viável eleitoralmente, porque ele já tem muita cancha política, já exerceu vários mandatos e tem um grande eleitorado em Altamira e na região do Xingu, requisitos que o credenciam para não ser “mais um” a disputar a eleição de outubro, e sim um candidato com chances, pelo menos, de emplacar um segundo turno.
O líder do PMDB na Assembleia, deputado Parsifal Pontes, confirma tudo em seu blog, de leitura obrigatória, imperdível.
“Vencemos”, diz Parsifal.
Agora, o quadro eleitoral muda no Pará.
Agora, muda no Pará o quadro eleitoral.
Muda tudindo.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Pausa

Caros leitores.
O tempo disponível que resta ao poster para atualizar o blog diariamente tem sido, como já se informou, muito escasso.
E ficará reduzido a praticadamente nada, de hoje até sexta-feira, diante do acúmulo de compromissos profissionais.
Por isso, as postagens só deverão ser retomadas a partir de segunda-feira, se Deus quiser.
O blog agradece a compreensão de todos.

Ana Julia subiu. É o consenso.

Pesquisas eleitorais continuam bamburrando.
Bamburram mais do que ouro na cava de Serra Pelada, naqueles áureos tempos dos anos 80.
Mas todas são pesquisas internas.
Como não foram registradas, não podem ser divulgadas.
Como não foram registradas, quem mandou fazer não está obrigado a revelar como foi feita a aferição.
Mas é claro que jornalistas não dispensam a divulgação, dentro dos limites legais, de resultados resumidíssimos de pesquisas internas.
E quando fazem isso, estão movidos apenas pelo desejo de informar.
Pois é.
Apesar de tudo isso, apesar da precariedade que essas aferições internas ensejam, marqueteiros de vários partidos estão certos de que, numa coisa, as pesquisas estão acertando.
Ana Júlia subiu.
Melhorou.
Até o índice de rejeição dela, que era enorme e continua a ser imenso, deu uma recuada.
E sabem mais, os marqueteiros.
Sabem que, nessa toada, a governadora credenciou-se para chegar ao segundo turno.
Não se sabe com quem, mas Sua Excelência deverá estar no segundo turno.
Essa, repita-se, é a percepção dos marqueteiros de vários partidos no dia de hoje, 25 de maio de 2010.
Amanhã, pode mudar tudinho.
Mas hoje está assim.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Posição de prefeitos reforça opção de Jader pelo Senado

Dos 42 prefeitos do PMDB no Pará, apenas dez não compareceram – mas justificaram a ausência - à reunião desta tarde, na sede do partido.

Dos 32 presentes, 27 fecharam questão em favor de uma candidatura própria, mas apenas se Jader for candidato ao governo.

Apenas cinco é que se manifestaram favoráveis à candidatura própria em qualquer hipótese, ou seja, com Jader candidato ou com outro candidato qualquer do PMDB.

Uma resolução, com esse posicionamento dos prefeitos, foi aprovada na reunião e ficou de ser levada ainda hoje à tarde ao conhecimento próprio Jader.

O posicionamento dos prefeitos reforçará a posição do deputado de disputar mesmo o Senado, conforme o Espaço Aberto divulgou no início da manhã de hoje.

Um fator também pesa decisivamente para que o deputado do PMDB não apenas opte por disputar o Senado como se decida pela aliança com Ana Júlia: a subida de Dilma Rousseff nas pesquisas.

“Com a subida de Dilma, cresceu muito a influência de Lula no próprio PMDB. Hoje, o Lula está com tanta força que se dá ao luxo até de fazer exigências ao PMDB. E isso acabou nos atingindo aqui no Pará”, disse há pouco uma fonte ouvida pelo blog.

A fonte confirmou que a tendência natural será mesmo a que já se sabe: PMDB e PT juntos, com Paulo Rocha-Jader para o Senado e um peemedebista como vice na chapa de Ana Julia.

E agora, apostem, dificilmente isso vai mudar.

Pode até mudar.

Mas é difícil.

Prefeito e ex-prefeito são acusados de desvios no SUS

O prefeito de Belém, Duciomar Costa, o ex-prefeito Edmilson Rodrigues e cinco ex-secretários municipais de saúde foram acusados pelo Ministério Público Federal (MPF) por improbidade na administração de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS). Caso condenados, eles poderão ser obrigados a devolver R$ 68,5 milhões aos cofres públicos e a pagar multa, perderão a função pública, perderão bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio e terão seus direitos políticos suspensos por até dez anos.
Entre as irregularidades apontadas pelo MPF estão o desvio de recursos do SUS, falta de pagamento aos prestadores de serviços do SUS, descumprimento de decisão judicial que determinou a realização dos pagamentos, ausência de comprovação de pagamentos e pagamentos com atrasos, além de prestação de informação falsa à Justiça.
A ação, assinada pelo procurador da República Bruno Araújo Soares Valente, foi encaminhada à Justiça Federal nesta segunda-feira, 24 de maio. Os cinco ex-secretários de saúde acusados são: Esther Bemerguy de Albuquerque, Everaldo de Sousa Martins Filho, Cleide Maria Ferreira da Fonseca, William Lôla Mendes e Manoel Francisco Dias Pantoja.
Irregularidades detalhadas - Na ação judicial, o procurador da República relata que em 2004 e 2005 houve atrasos do repasse de recursos do SUS pela prefeitura à Santa Casa, ao Hospital das Clínicas Gaspar Viana, ao Instituto Ofir Loyola e à Universidade Estadual do Pará. Embora a dívida tenha sido paga posteriormente, o Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus) constatou que os pagamentos foram feitos com recursos de novos repasses do SUS.
"Havendo a constatação de que o gestor público recebeu verba para tal finalidade a não a aplicou da forma que deveria, deve o mesmo, a menos que comprove que o recurso foi usado em outra finalidade pública - o que já é, em si mesmo, grave irregularidade - responder com seu patrimônio pessoal pelo recurso desviado, sob pena de se estar simplesmente transferindo, de um departamento para outro da Administração Pública, o prejuízo gerado pelo recurso desviado", defende Soares Valente.
Como o município havia informado à Justiça que os pagamentos foram feitos de maneira correta quando na verdade utilizou indevidamente recursos do próprio SUS, o procurador da República denunciou uma nova ilegalidade: prestação de informação falsa em juízo. O MPF também aponta na ação que o município descumpriu decisão judicial que dava prazo de 90 dias para a quitação da dívida com todos os estabelecimentos. Em vez de atender a determinação da Justiça, a prefeitura apresentou cópias de acordos feitos só com alguns dos credores, sem inclusive ter comprovado o cumprimento desses acordos.
Desvios - O MPF também relata na ação que a Controladoria-Geral da União (CGU) verificou que, dos R$ 106 milhões repassados pela União no período de abril a dezembro de 2006, relativo ao financiamento de procedimentos do SUS de média e alta Complexidade, foram gastos apenas R$ 86 milhões. No entanto, dos R$ 20 milhões que deveriam ter sobrado, na conta do programa haviam apenas R$ 3 milhões.
"Eventual alegação de que esta diferença foi aplicada em uma outra finalidade pública - o que, por si só, já se constitui em grave ilegalidade - deve ser devidamente comprovada, já que, não havendo a desincumbência deste ônus processual a conclusão a que se deve chegar é a do desvio em proveito pessoal", argumenta o procurador da República.

Fonte: Assessoria de Imprensa do MPF

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O ex-prefeito Edmilson Rodrigues remeteu ao blog, com pedido de publicação, os seguintes esclarecimentos sobre as acusações do Ministério Público Federal:

O professor, arquiteto e ex-prefeito Edmilson Rodrigues, tendo tomado conhecimento pela imprensa da ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) sobre supostas irregularidades na gestão dos recursos da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), tem a declarar o seguinte:
1. Declara que foi no Governo do Povo (1997-2004) que Belém viu ser construído o segundo Pronto-Socorro desde sua fundação. Foi também neste período que a população teve acesso ao Programa Família Saudável, à construção de dezenas de Unidades de Saúde, sobretudo nos bairros periféricos, e à implementação de outras tantas políticas públicas de grande impacto, como aquelas voltadas à saúde da criança e do idoso.
2. Expressa sua mais firme convicção acerca da lisura, honestidade e absoluto respeito ao patrimônio público que caracterizaram seus mandatos, estando à disposição, neste sentido, para apresentar junto à Justiça ou quaisquer outras instâncias todas as informações, técnicas e jurídicas, que comprovarão o adequado uso de cada centavo aplicado durante sua passagem pela Prefeitura de Belém.
3. Aproveita a oportunidade para reiterar sua confiança nos atos e procedimentos adotados pelos membros de sua equipe de governo na Sesma, especialmente na economista Esther Bemerguy de Albuquerque e no médico Everaldo Martins Filho, que já estão adotando as medidas necessárias ao pleno esclarecimento das questões levantadas na ação do MPF.
4. Entende, finalmente, quanto às acusações que recaem sobre o atual gestor municipal, reiteradamente denunciado em inúmeros processos judiciais, que o caos da saúde pública de Belém fala por si só e recomenda o mais rigoroso e imediato processo apuratório com vistas à punição de todos os implicados nessa imoral e escandalosa malversação de recursos essenciais à preservação do direito à vida da população da capital paraense.

Um olhar pela lente

Ave pesca um peixe perto da praia de Venice, no Estado da Louisiana (EUA), onde ocorreu o derramamento de óleo no golfo do México.
A foto é da AP.

Prefeitos do PMDB querem Jader

No Blog de Parsifal Pontes, líder do PMDB na Assembleia Legislativa, sob o título acima:

 

Os prefeitos do PMDB reunidos desde as 13h na sede do diretório regional do partido em Belém encerraram há pouco a reunião.

Os rumos das falas não foram diferentes daquilo aqui já postado: candidatura própria, com Jader disputando o governo, com 100% de adesão.

O apelo dos prefeitos chegou a ser dramático pela candidatura de Jader, com promessa fervorosas de fidelidade e desprendimento: o esturro da onça do qual eu já falei.

Candidatura própria sem Jader: a fervura amaina e a conveniência de cada um volta à cena, conduzindo, velada e parcimoniosamente a intendência, ao apoio a Ana Júlia.

Cinco moicanos, seis comigo embora eu não seja prefeito, defendem candidatura própria do partido em qualquer hipótese.

Eu, de meu lado, defenderei esta última hipótese até as últimas consequências e até derradeiro fôlego: posso ser quebrado, mas não dobro.

Gestão não, patrocínios sim

De um Anônimo, sobre a postagem Belém terá uma nova chance?:

Choque de gestão do Eduardo Braga?
Isso não existe.
O que existe é que as patrocinadoras da copa 2014 têm indústrias sediadas em Manaus (Sony, Coca-Cola, Samsung).

Judiciário autorizou 10,5 mil escutas telefônicas

Do Consultor Jurídico

O Conselho Nacional de Justiça está de olho nas autorizações de interceptações telefônicas pelo Judiciário. O órgão recebem, mensalmente, informações dos juízes que acolheram pedidos da polícia ou do Ministério Público e autorizaram as escutas. Atualmente, há 10,5 interceptações telefônicas em curso no Brasil, conforme revela um levantamento do CNJ. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
"É um número relativamente pequeno de interceptações, não é nada para um país de 180 milhões de habitantes", avaliou a juíza auxiliar da Corregedoria do CNJ, Salise Monteiro Sanchotene. O órgão mantém controle sobre o número de escutas para evitar abusos da própria Justiça.
De acordo com o delegado Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral da Polícia Federal, a PF faz monitoramento de comunicações em 391 casos. Corrêa defende uma mudança na lei das interceptações: "Não podemos enfrentar adequadamente a criminalidade organizada com esse estágio atual de tecnologias", afirma Corrêa. "A privacidade a serviço do crime não interessa para a sociedade."
A Polícia Federal, inclusive, já divulgou um novo sistema de interceptação telefônica que facilitará os trâmites com o Judiciário. O Sistema de Interceptação de Sinais (SIS) exclui as operadoras telefônicas e permitirá que a autorização de escutas seja feita pela internet. Na prática, Polícia e Ministério Público encaminharão ao juiz responsável pelo caso investigado, por meio de um sistema eletrônico, o pedido de interceptação, incluindo e-mails, VOIPs e comunicação de dados. Se o juiz autorizar a interceptação, policiais e procuradores serão informados. O juiz também vai ordenar, por meio do mesmo sistema, o início das interceptações.
Um aparelho ficará instalado nas centrais das operadoras de telefonia para que o sinal das ligações seja imediatamente transferido para a Polícia, que passará a estocar e a decodificar as ligações. As empresas de telefonia não terão nenhuma informação de que um de seus clientes está sob investigação e tem suas conversas gravadas pela PF.
A PF afirma que o novo sistema evitará possíveis vazamentos nas operadoras e, ao retirar das empresas a obrigação de efetivar as interceptações, reduzirá custos. Hoje, as empresas de telefonia sabem desde o início qual cliente está sob investigação. A ordem do juiz para que uma pessoa tenha suas ligações gravadas é comunicada diretamente às operadoras, responsáveis por operacionalizar os desvios de voz para escutas telefônicas.
Para a Ordem dos Advogados do Brasil, o novo sistema diminuirá o risco de vazamentos e o CNJ adquiriu legitimidade para fiscalizar informalmente as interceptações. O presidente da entidade, Ophir Cavalcante, considerou positivo o controle informal que Judiciário passará a ter sobre as escutas. "Não caberá ao Judiciário analisá-las, mas haverá um controle de quem as autorizou e dentro de que investigação."
O advogado criminalista Alberto Zacharias Toron concorda. "Vejo isso como um avanço tecnológico importante", disse. No entanto, eles destacam que o novo sistema não resolve o problema de abusos nas escutas. De acordo com o criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, a interceptação deveria ser usada apenas como último recurso. "Existem dois interesses em jogo: o da investigação e o da liberdade individual. Não é possível que o segundo se submeta a uma fúria investigatória", disse.

Na hora do pênalti, elas por elas

Do leitor Madison Paz, sobre a postagem Tudo é possível. Até a Fifa agir com sensatez:

Discordo do poster.
Acho que a Fifa agiu pela metade. Não só o "paradão" como a "paradinha" são atitudes covardes e indignas contra os goleiros. Mais que isso, são recursos que, sem exageros, poderiam ser vistos como "exposição pública dos goleiros ao ridículo", o que, também sem exageros, poderia ser objeto de processo judicial por abalo moral aos goleiros ofendidos. Ah! não sou goleiro, nunca fui e tenho raiva dos que são e nada fazem contra os que, covardemente, lhes impões constrangimentos em público, montados nas tais paradonas ou paradinhas).
Não vejo que a "paradinha" seja a "forra" contra os goleiros que se adiantam para defender um pênalti. Ora, há regra estabelecida para coibir essa prática que, quase todos os goleiros adotam, quase que instintivamente, diante de um ataque, já brutal em face da distância entre o goleiro e a marca do pênalti. É a repetição da cobrança. Ponhamo-la em prática, severamente, ao invés de se criarem contrapontos pouco dignos como a "paradinha" no futebol.

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Do Espaço Aberto:

Madison tem razão.
Em parte.
Os árbitros, de fato, deveriam aplicar a regra e punir, com a repetição da cobrança, as mexidas dos goleiros.
Mas nenhum árbitro faz isso, Madison.
E sabem por que não fazem?
Não é por má fé, não.
É por dificuldade.
O movimento do goleiro se faz em segundos.
É muito difícil o árbitro detectar se o movimento do goleiro feriu ou não as regras.
Os árbitros só marcam essa infração quando o avanço do goleiro é escandaloso.
Agora, é muito mais fácil distinguir uma paradona – que, esta sim, desmoraliza o goleiro e o expõe ao ridículo, o que configura atitude antidesportiva – de uma paradinha.
E aí, as coisas mais ou menos se equilibram, Madison.
Na paradinha, o cobrador tem uma vantagem.
Vantagem que é compensada porque os goleiros, um sim, outro também, se mexem indevidamente na hora da cobrança, sem que os árbitros mandem repetir.
Ficam elas por elas, caro Madison.

Dissidentes do PMDB têm prazo para se enquadrar

A direção do PMDB no Pará está de olho em deputados que estão, digamos, desavindos com a direção do partido.
Desavindos significa o seguinte.
O termo tem a ver com os deputados que não estão perfeitamente enquadrados, que estão perfeitamente afinados com as diretrizes partidárias.
São deputados que, sob a justificativa de que a representação institucional recomenda, mal conseguem disfarçar um governismo que, nas atuais circunstâncias, não é bem-vindo à direção do PMDB.
São deputados que, sob a justificativa de que a conjuntura política atual está meio fluida, meio indefinida, bandeiam-se mais para um lado, o do governismo, do que para o outro, o do próprio PMDB, que atualmente faz uma oposição escancarada ao governo Ana Júlia.
São deputados que não estão nem aí para a direção partidária e se comprazem até em exibir-se em público com a governadora Ana Júlia. É o caso de Wladimir Costa, deputado federal do PMDB, que ontem esteve com Sua Excelência em Mosqueiro, inaugurando mais uma de suas emissoras de rádio.
Junho será o prazo fatal para esses deputados se enquadrarem.
Se não se enquadrarem, a legenda poderá ser-lhes negada.
E candidato sem legenda não é nada, não é?
Nadica de nada.
Mas tem um detalhe.
De repente, e não mais que de repente, é possível que os enquadramentos nem se concretizem, desde que PMDB e PT marchem unidos em outubro.
Como tudo indica que vai mesmo acontecer.

Relatório expõe indícios de irregularidades na Susipe

Saiu mais um relatório das caixas da AGE.
Desta vez, são expostos indícios de irregularidades detectados na área da Superintendência do Sistema Penal (Susipe).
São 27 páginas.
Na Fábrica Esperança, onde egressos do Sistema Penal, ou seja, os condenados que cumprem execução da penal desenvolvem várias atividades, a AGE detectou que a Fábrica poderia gastar até 40% dos recursos a ela repassados com despesas de remuneração a seus dirigentes, empregados e servidores a ela cedidos. Em maio de 2008, no entanto, o total de tais despesas correspondia a aproximadamente 46%, segundo a AGE.
A fábrica, que é gerida por uma organização social, celebrou um contrato com o Iapa (Alimentos do Pará Ltda.). Pelo contrato, a empresa se comprometia a cada 45 refeições servidas, contratar um servidor egresso.
A AGE descobriu, no entanto, que na época foram vendidas 18.158 refeições e contratados somente 24 egressos, “muito aquém dos 403 beneficiados que deveriam ser contratados. Ressaltamos ainda que a contratação do Iapa foi feita sem pesquisa prévia de mercado e estudos que comprovassem a viabilidade econômica da terceirização”, diz o relatório distribuído.
Foram detectados ainda casos superavaliação do custo por egresso no contrato de gestão, descumprimento contratual, descumprimento do regulamento de compras e contratação de obras e serviços e falta de recolhimento das retenções e contribuições previdenciárias.
Os procedimentos de aquisição de alimentos in natura para alimentar os detentos revelaram, segundo a AGE, indícios de superfaturamento. A empresa vencedora, Damatta Comercial de Alimentos Ltda., cobrou um valor acima do praticado no mercado (R$ 3,52). Pesquisa de preços feitas pela própria AGE, em três supermercados de Belém, em agosto de2008, revelou que o preço médio encontrado foi de R$ 2,61.
Da mesma forma, foram detectadas várias anormalidades em processos para fornecimento de alimentação pronta, como ausência de fiscalização dos contratos, ausência de edital no processo e erros e inconsistências de cálculo.
Num convênio celebrado entre a Susipe e a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel), a maioria dos processos não apresentava o original do edital devidamente assinado, o que, segundo a AGE, configurou “afronta aos princípios básicos que norteiam a licitação.”
Foram encontradas, além disso, falhas como despesa ordenada por pessoa sem delegação para o ato, ausência de processos de pagamentos regularmente constituídos, registros contábeis com informações não confiáveis e pagamentos efetuados sem comprovação da regularidade fiscal.
“Na maioria dos processos analisados não foram observados quaisquer tipos de documentação da empresa prestadora de serviços acerca de sua regularidade fiscal, trabalhista e previdenciária”, conclui a AGE.

Clique aqui para ter acesso à integra do relatório sobre a Susipe.

E agora, Serra?

E agora?
Serra, quando se lançou pré-candidato, começou com tudo.
Abriu logo seis ou sete pontos de vantagem sobre Dilma.
Mas veio Lula.
O doutor Lula.
PhD em política.
PhD em intuição.
Lula, o cara.
Ele interveio no programa nacional do PT e mandou que se usasse o programa partidário para projetar o nome de Dilma eleitoralmente.
Pronto.
Pow!
Dilma empinou.
Já está empatadíssima com Serra.
Um empate matemático.
Nada de empate com base em margem de erro.
Um empate técnico mesmo.
No duro.
Ambos com 37% das intenções de votos.
E agora? – repita-se a pergunta.
Serra vai fazer o quê?
Vai continuar com esse discursos melífluo – toma-te! -, doce, edulcorado, que para muitos não é possível distinguir se Serra é tucano ou é mesmo petista e lulista?
Como é mesmo que vai ser essa parada?
Afinal, Serra é ou não é?

Todos sabem. Mas ele é um dos poucos a dizer.

Andrés Sanches, presidente do Corinthians e chefe da delegação brasileira que vai à África do Sul, garante.
“É lógico que tem [gays no futebol].”
Palmas para Sanches.
Plec, plec, plec.
Ele disse o que todo mundo sabe.
Mas disse o que raríssimos – senão nenhum – cartola tem a coragem de dizer.

Jader será candidato ao Senado. E vai se aliar a Ana Júlia.

Podem apostar.
Não tenham dúvida.
Nenhuma dúvida.
O deputado federal Jader Barbalho, presidente regional do PMDB, será mesmo candidato ao Senado em outubro.
Só falta anunciar.
Mas ele já chegou à conclusão de que a saída política que melhor atende a seus interesses e conveniências e as de seu partido é mesmo essa.
E mais: o PMDB deverá compor com a governadora Ana Júlia.
Mesmo entre tapas e beijos, deverá compor.
Como o mais importante, num processo eleitoral, não são os tapas, nem os beijos, mas votos – e votos válidos, seja bem dito -, está claro, claríssimo que peemedebistas e petistas vão relevar a guerras de palavras dos últimos meses e manterão a aliança.
Essas garantias, essas conclusões resultam de informações que o blog obteve de fontes seguras com as quais o poster conversou ontem.
As negociações entre os dois partidos deu uma guinada e tanta na última semana.
Deu uma guinada, deu uma virada de 180 graus.
A coisa começou a mudar depois da conversa de Jader com Zé Dirceu e José Eduardo Dutra em Brasília, na semana retrasada.
E também depois de uma outra visita de Ana Júlia ao deputado, conforme informou o Blog do Bacana.
De seu lado, Ana Júlia fortaleceu sua convicção de que, sem o PMDB, sua reeleição ficaria muito, muito difícil até mesmo num segundo turno, se os peemedebistas se bandeassem para uma aliança adversária.
De seu lado – e, por extensão, do lado do PMDB -, Jader está convencido de que disputar o governo é uma aventura, mesmo com seu cacife eleitoral pessoal e mesmo que ele esteja na frente em todas as pesquisas.
O deputado sabe que a questão financeira é exponencial. E sabe mais: que não conseguiria o mínimo de recursos suficientes para disputar o governo em condições ideais e seguras de chegar ao segundo turno e ganhar a parada.
A direção do PMDB também começou a se convencer do que é uma realidade: que há prefeitos no PMDB que estão sendo cooptados pelo governo, tendência que poderá se transformar numa onda, dependendo da intensidade do calor federal – leia-se o governo Lula – ao governo Ana Júlia no processo eleitoral que vem por aí.
O que vai acontecer, então?
Jader deve sair ao Senado, juntamente com Paulo Rocha, o candidato petista.
É quase certo que o PMDB também indicará o candidato a vice na chapa de Ana Júlia.
Todo esse cenário começará a ser mais clarificado hoje, na sede do PMDB, numa reunião a que estarão presentes todos os prefeitos do PMDB.
Aliás, em seu blog, o líder do PMDB na Assembleia, deputado Parsifal Pontes, já sinalizou o que deverá acontecer.
Numa postagem intitulada Direto ao ponto, diz o deputado:

A experiência que tenho indica que os prefeitos tomarão a seguinte posição: a candidatura própria com Jader Barbalho terá 100% de apoio; a candidatura própria com outro nome será parcialmente aceita, todavia, com aquele trejeito que indica grande probabilidade de tangência ao largo da fidelidade partidária.
Ao bom entendedor, e na mesa não haverá ingênuos, o sumo da reunião deverá ser um ensaio de resolução intuindo que, na visão dos alcaides, em não havendo uma candidatura de Jader, o menos pior é apoiar Ana Júlia.
Esta será a posição dos prefeitos, que estão recebendo do governo todo tipo de mimos e reverências típicas destas épocas eleitorais.


É isso.
É exatamente isso.
Ah, sim.
Esse é o quadro de hoje, 25 de maio de 2010, início da manhã.
Mas amanhã pode haver uma outra guinada de 180 graus e mudar tudinho.
Mas é difícil.
O mais certo é que as coisas se ajustem.
E que PMDB e PT marchem unidos já no primeiro turno.

Votação nominal: ameaça ou transparência?

É engraçado.
Muitíssimo engraçado.
No Legislativo, em qualquer âmbito, seja numa Câmara do mais remoto município do interior do País, seja no Congresso Nacional, quando se quer ameaçar um parlamentar, ou mesmo dezenas deles, diz-se logo que a votação de determinada matéria polêmica será nominal.
É o que acontece agora, na votação desse empréstimo de R$ 366 milhões, na Assembleia Legislativa.
Quando as discussões engrossam, alguém vem e diz: “A posição será nominal. E cada que assuma a sua posição.”
Hehehe.
Que coisa!
Parlamentares devem mesmo ser transparentes em suas posições.
Todos devemos saber como votaram e por que votaram.
Que mal há nisso?
Nenhum.
É assim que os parlamentos devem funcionar.
Até porque, como se sabe, parlamentares não deveriam expressar uma posição deles próprios, mas dos eleitores que lhes delegaram a atribuição de representá-los no parlamento.
Em tese, pelo menos, deveria ser assim.
Mas na prática, sabemos, parlamentares olham mais para seus próprios umbigos do que para os umbigos que os rodeiam.
As exceções, claro, confirmam a regra.

Relatórios vão ajudar nas investigações do MPF

O Ministério Público Federal, que já estava com uma faca e um queijo na mão, a partir de hoje estará com muitas facas e muitos queijos.
A faca e o queijo era a denúncia de que a Seduc reformou 88 escolas sem abrir um sequer – nenhum – processo licitatório.
Para investigar a denúncia, o MPF abriu procedimento administrativo que está sendo conduzido pelo procurador Daniel Avelino.
As facas e os queijos aportarão hoje à tarde no MPF, que vai receber da presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Asembleia, Simone Morgado (PMDB), todos os relatórios divulgados até agora, extraídos das caixas que a Auditoria Geral do Estado (AGE) remeteu ao Legislativo.
Os relatórios serão entregues ao MPF pela própria presidente da Comissão. De posse da documentação, o MPF disporá de um fartíssimo material para ampliar o seu raio de investigação.
E dependendo do que constatar de evidências, é bem possível que nem abra novos procedimentos administrativos, optando por ingressar diretamente na Justiça Federal com as ações pertinentes.
Mas isso, repita-se, ainda vai depender da análise que vier a ser feita do material a ser entregue.
Ontem, a deputada também recebeu do presidente em exercício da OAB-PA, Alberto Campos, com quem se encontrou, a garantia de que a Ordem vai auxiliar a CFFO na cobrança, ao governo do Estado, dos 90 relatórios da AGE que não chegaram à Assembleia.

Jatene multimídia

O lançamento das ferramentas de mídia on-line do pré-candidato ao governo do Estado pelo PSDB, Simão Jatene está marcado para as 17h30 desta terça-feira.
Será no Computer Halll localizado na loja Computer Store da avenida Antônio Barreto.

Empreendedorismo juvenil é tema de feira do Sebrae

Vem aí a Feira do Empreendedor, do Sebrae, que começa amanhã e se estenderá até o próximo domingo.
Vai abordar o tema “Múltiplos Olhares Sobre o Empreendedorismo Juvenil na Amazônia”
Confira a programação abaixo:

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1 – Juventudes da Amazônia: Observando os Desafios e aproveitando as Potencialidades para viabilizar iniciativas empreendedoras.
Debatedores: Leopoldo Vieira - consultor para o desenvolvimento de políticas públicas e legislação de juventude, editor do blog Juventude em Pauta!
Objetivo: Fomentar a discussão e pesquisa a cerca da diversidade e realidades juvenis que se entrelaçam na região da Amazônia brasileira (Campo, Cidade e Floresta), percebendo e identificando oportunidades para viabilizar iniciativas empreendedoras sociais e de negócios.

2 – O Empreendedorismo Juvenil como possibilidade de inclusão social e inserção no mundo do trabalho.
Debatedora – Frankelli Mota – Fórum de empreendedores e técnica da Unisol Brasil.
Objetivo: Refletir e reconhecer o protagonismo juvenil como ação voluntária e instrumento de vivencia plena de cidadania, fundamentada no fortalecimento e acompanhamento de iniciativas empreendedoras de geração de trabalho e renda.

3 – Oficina de Elaboração de Projeto: “Apreendendo a Empreender projeto individual X coletivo, social X pessoal”
Instrutor: Luis Augusto Ramos / FCV – Contato 8119 9715
Objetivo: Iniciar um processo de dialogo e reflexão sobre as etapas para a elaboração de um projeto, identificando e diferenciando suas características (Individual; coletivo; social e pessoal.

4 – Empreendedorismo Juvenil e Economia da Cultura: Um mercado em potencial na Amazônia.
Debatedores: João Claudio Arroyo – Contato – 8171 8370
Objetivo: Discutir e compreender a importância estratégica da produção cultural na Amazônia, observando e fortalecendo as iniciativas de empreendedorismo juvenil nesta área em toda sua cadeia produtiva.

5 - Vivência: Socialização de experiências bem sucedidas de empreendedorismo juvenil e o papel do SEBRAE no acompanhamento e fortalecimento destes; Xundararua; Núcleo de Comunicação Cepepo as novas janelas de oportunidade de negócios na Amazônia.
Objetivo: - Viabilizar um momento para compartilhar experiências entre os projetos convidados;
Compreender o papel do Sebrae no processo de acompanhamento e fortalecimento das iniciativas empreendedoras;
Identificar novas oportunidades de negócios.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Um olhar pela lente

Jogadores da seleção francesa de futebol treinam para a Copa do Mundo perto do lago de Tignes, nos alpes franceses.
A foto é da AP.

A primeira e única vitória?

De um Anônimo, sobre a postagem A política e a arte da dissimulação:

A eleição do nobre deputado Luís Cunha para a vaga de Conselheiro do TCE, aparentemente, se configurará como a primeira e única vitória política do Executivo em quatro anos de gestão.
A proposta a ser apreciada do empréstimo 366 não é nem mais a sombra do projeto original enviado pelo Executivo. O que será votado é o substitutivo apresentado pelo deputado Parsifal Pontes (PMDB).
Agora, as atenções começam a se concentrar no projeto do PCCR dos Professores. Mais uma vez a gestão de Ana Júlia deixa claro que não sabe cumprir acordos.
Apesar de alardear ter elaborado o plano em conjunto com os professores, a proposta enviada à Assembléia não representa os interesses da categoria, que deixou isso claro durante audiência pública ontem.
Está na hora de a governadora largar o braço de Puty e começar a ouvir a sua amiga Edilza Fontes.

Veja o que a professora diz em seu blog:

"No meu entendimento, o governo deveria ter se feito representar pelo secretário de planejamento, que é quem está discutindo o plano e, faz parte da mesa de negociação com o Sintepp, assim como, é quem tem uma visão do planejamento e do orçamento do Estado.
Avalio também, que era um bom momento para o novo secretário assumir uma postura de diálogo perante o poder legislativo e a categoria. Digo, assumir este novo momento, já que agora ficou claro que o eixo da negociação passará pelo legislativo.
A categoria pareceu bastante mobilizada, com muita gente ficando do lado de fora da ALEPA e não podendo participar do debate. O clima é de acirramento e de cobranças para com o governo, e o movimento foca na figura da governadora como culpada da greve. Há um discurso muito articulado e que tem, no meu entendimento, uma ressonância na base da categoria e, que deixa o governo em uma situação muito defensiva."
O restante do comentário está em http://edilzafontes.blogspot.com/2010/05/o-debate-do-pccr-na-alepa.html.

Belém terá nova chance?


A revista Veja informa, em sua bem antenada coluna Radar, que o "Comitê Organizador da Copa 2014 deve anunciar durante a Copa da África do Sul o nome das cidades-sede que irão para o "paredão", ou seja, perderão a condição de ser uma das 12 escolhidas como palco das partidas. Natal é uma das duas que devem cair fora. Belém e Campo Grande estão se aquecendo na beira do gramado: são as mais cotadas para entrar no jogo".
Alvíssaras do reino da Fifa. Os homens de preto que comandam a entidade estão ficando "estomagados" com o atraso no cronograma das obras em quase todas as cidades brasileiras escolhidas por eles mesmos para sediar os jogos da Copa de 2014. E até já deram um "puxão" de orelha no todo-poderoso e perpétuo presidente da CBF, o Ricardão Teixeira.
Manaus, como já era esperado, vai dar conta do recado. Então, vamos torcer pelos nossos irmãos amazonenses e pedir-lhes apenas uma "coisinha": que eles nos emprestem o "passe" de seu ex-governador Eduardo Braga, que é paraense, por uns 90 dias, se tanto.
Qual a missão do Eduardo? Que possa coordenar a equipe de "negociação da repescagem" em busca de emplacar Belém na vaga de Natal como subsede da Copa 2014.
É evidente que este modesto escriba não tem qualquer poder de fogo para convidar ninguém para assumir cargo nenhum, nem mesmo o mais reles DAS. Mas, como jornalista, tem o cacoete não só de perguntar, mas também de dar sugestões, como de hábito, do interesse da comunidade. Então vamos ao que interessa.
Meio estressada ultimamente com algumas traquinagens políticas dos noviços de seu "núcleo duro" - que estão ameaçando não só o "Expresso 366", mas até mesmo o projeto da tão sonhada reeleição - bem que a nossa simpática governadora poderia repensar alguns dos paradigmas que não estão dando certo em seu governo.
Por exemplo: em vez de contratar mais assessores especiais, os famosos DAS - (Despreparados atrás de uma Sopa, na definição jocosa do personagem Narder Carvalho, na rádio novela "Roda do Poder", sucesso de audiência na Rádio Tabajara FM - 106.1, no programa "Jogo Aberto, aos sábados, das 14 às 16h,... plim, plim) -, nomeações que não têm contribuído para melhorar em nada a imagem de seu governo (até pelo contrário), a governadora Ana Júlia poderia formular um convite especial ao paraense Eduardo Braga (que está meio "desempregado" até outubro) para coordenar um novo Comitê de Marketing para viabilizar Belém como subsede da Copa de 2014, substituindo Natal.
Por que não? Eduardo Braga saiu do governo consagrado pelo povo amazonense, pelo verdadeiro "choque de gestão" que promoveu no vizinho Estado, com reflexos na modernidade de Manaus. A par disso, deu verdadeiro "show de bola" nas tratativas e negociações para emplacar a vitoriosa candidatura de Manaus. Ele é bom de marketing e ainda tem amigos influentes não só na Fifa, mas também junto aos "homens" que irão patrocinar a Copa do Mundo 2014, executivos de grandes empresas multinacionais que têm fábricas na Zona Franca de Manaus.
Outra ajuda valiosa no marketing para emplacar Belém na vaga quase certa de Natal seria convidar para ser o garoto-propaganda da campanha o jovem craque paraense Paulo Henrique Ganso, injustiçado na convocação do Dunga, mas nome certo na futura seleção brasileira pós-Copa, talvez com outro treinador menos conservador e "turrão".
Além de Eduardo Braga e Ganso, outros paraenses vitoriosos poderiam ser convidados para reforçar esse time dos sonhos Belém-2014, como Fafá e Mariana Belém, Pinduca, Nilson Chaves, Dira Paes, Jane Duboc, Leilah Pinheiro, Joelma & Chimbinha, entre tantos outros valores da terra.
Vamos nessa, governadora. A senhora ainda pode recuperar sua imagem, um tanto quanto desgastada, principalmente em Belém.
Nossa cidade, vitoriosa na repescagem da FIFA, poderia, finalmente, virar "um canteiro de obras". Obras viárias indispensáveis desde a década de 80 e que agora poderiam virar realidade, modernizando seu "paquidérmico" sistema de tráfego urbano e humanizando seu trânsito caótico e neurótico.
Até o metrô de superfície viria no pacote de modernização do sistema de transporte coletivo previsto para as cidades-sede da Copa 2014.
Belém já sai na frente, dispondo de um moderno estádio como o Mangueirão, um dos melhores do Brasil. Sua adaptação e reforma não sairia por mais de R$ 40 milhões.
Para se ter uma idéia dessa vantagem, na relação custo-benefício, em Natal teria de ser construído um novo estádio, que não sairia por menos de R$180 milhões.
A chance é esta, governadora Ana Júlia. O cavalo, que não é de Tróia, está passando selado de novo em frente ao Palácio dos Despachos.
Não desperdice essa nova oportunidade. Ouça menos as opiniões acadêmicas dos noviços políticos de seu núcleo duro e procure ouvir mais outras vozes de pessoas independentes, que não precisam de cargos em seu governo. Como ensina o mestre Chico Buarque, "tem mais samba no som que vem das ruas".
O importante é garantir a nova vaga para Belém. Com um trabalho de marketing melhor estruturado e com pessoas mais competentes, mais hábeis e com maior prestígio junto aos que realmente decidem.
Na disputa da repescagem Copa 2014, teremos ainda uma vantagem adicional. Não competindo mais com Manaus, poderemos até contar com a simpática torcida dos amazonenses por Belém.
Não seria a glória? Aleluia!

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FRANCISCO SIDOU é jornalista
chicosidou@bol.com.br

Treze mil no Mangueirão. Só?

Olhem só.
A foto é oficialíssima.
Foi pinçada Agência Pará.
Refere-se ao GP de Atletismo do Pará.
A legenda da própria, disponível no site, informa que havia 13 mil pessoas no Mangueirão, na quarta-feira passada.
Observem o público lá atrás.
Mas tudo bem.
Vá lá que 13 mil pessoas estiveram no Mangueirão.
Pois é.
Quando Belém sediava a etapa principal do Grand Prix de Atletismo, o Mangueirão derramava gente.
Lotava.
Abrigava 40 mil pessoas.
Mas isso acabou.
Até porque, como vocês, uma coisa é o Grand Prix de Atletismo.
Outra coisa é um meeting, um evento menor, secundário.
Um público de 40 mil pessoas é uma coisa.
Um público de 13 mil pessoas é outras coisa.
Uma coisa é uma coisa.
Outra coisa é outra coisa.
Ou não?