O PT ainda não jogou a toalha. Acha bem difícil, mas não absolutamente impossível, ainda chegar a uma composição com o PMDB de Jader Barbalho, mesmo depois do pré-lançamento da candidatura do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Domingos Juvenil, ao governo do Estado.
“Eu acho ainda que até o dia 30 de junho poderá haver mudanças, inclusive de nomes. Mas acho que ainda tem abertura para continuarmos dialogando com o PMDB. Nós não vamos dar esse diálogo por encerrado, até que as candidaturas se oficializem. Como os partidos deverão ter uma posição oficial apenas no final de junho, acho que até lá ainda terá muito espaço para conversa, para diálogo”, disse ao blog o presidente estadual do PT, João Batista da Silva. Ele informou que a Executiva deverá se reunir hoje à tarde, para avaliar o novo cenário político e definir encaminhamentos.
Em função de um quadro que, muito embora remotamente, ainda poderá mudar, João Batista já externou à governadora Ana Júlia Carepa, pessoalmente, o seu posicionamento, e portanto o posicionamento do partido, de que o governo ainda não deve afastar de imediato os peemedebistas que estão no governo Ana Júlia.
Além de controlar órgãos como Detran, Hemopa, Jucepa, Cosanpa e Cohab e o segundo e terceiro escalões da Sespa, o PMDB ocuparia hoje pelo menos 300 cargos no governo Ana Júlia, segundo estimativas feitas na Assembleia Legislativa pela deputada Bernadete ten Caten.
Manutenção de cargos
“Na reunião da Executiva, eu vou formalizar o posicionamento de que não se tenha pressa de pedir os cargos. É preciso que se dê um tempo de alguns dias para ver o andar dessa carruagem em estrada cheia de pedras, a não ser que o PMDB tome a iniciativa de entregar os cargos. Acho que a governadora ainda não tomou posição quanto a isso também, mas já falei a ela que minha opinião é essa”, explicou o dirigente do PT.
João Batista disse que, de certa forma, os petistas foram apanhados de surpresa com a decisão do PMDB de lançar agora uma candidatura própria, o que representou, em consequência, o rompimento com o PT.
“Nós sempre trabalhamos com dois cenários. Um, de que houvesse uma composição conosco, e outro, de que o PMDB pudesse ter uma candidatura própria. Os sinais que tínhamos ultimamente eram os de que o PMDB realmente poderia vir com uma candidatura própria. Mas nós achávamos que essa decisão seria tomada mais para a metade do mês de junho”, observou João Batista.
Priante, o mais forte
O presidente do PT não tem dúvidas de que o ex-deputado José Priante, caso venha a bater chapa com Juvenil e seja afinal indicado para disputar o governo do Estado pelo PMDB, tem maior competitividade do que a candidatura do presidente da Assembleia Legislativa.
“Eleitoralmente, por ser expressão nova, por ser uma novidade, acho que seria uma candidatura do Priante a mais competitiva. Ele já foi candidato na última eleição, teve uma boa votação. Se for a do Priante, é uma candidatura para fazer disputa mesmo”, reforço o presidente petista.
Segundo o presidente do PT, o partido ainda não definiu quem será o segundo candidato a disputar o Senado na chapa de Ana Júlia, uma vez que o primeiro será o deputado federal Paulo Rocha.
Ele assegurou, entretanto, que o segundo nome não deverá ser de um petista. E até mesmo a vaga do suplente de Paulo Rocha deverá ser reservada a um dos partidos que vierem a se coligar o PT.
O preenchimento dessas vagas, explicou João Batista, é uma forma de facilitar as composições que estão sendo negociadas com o PTB do prefeito Duciomar Costa e com o PR do vice-prefeito Anivaldo Vale, entre outras agremiações.
Estes cargos que o PMDB ocupa hoje no Governo não serão devolvidos, tudo em troca de o PMDB não apoiar a CPI dos caixotes da Ana Julia. Tudo acordado.
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