sexta-feira, 31 de março de 2023
Nunca mais!
quarta-feira, 29 de março de 2023
Blogueiro obedece à determinação da Justiça e se retrata de incitação ao crime: "Reconheço que realmente eu errei"
As obrigações imputadas a Cardoso são decorrentes de um acordo de não persecução penal, proposto pelo Ministério Público Federal e homologado pela Justiça Federal de Itaituba, durante audiência no último dia 14 de março. Nesse tipo de acordo, o MPF se exime de oferecer denúncia, em troca do compromisso firmado pelo autor do ilícito em cumprir obrigações determinadas pela Justiça.
O item 3, da Ata de Audiência, determina que o blogueiro está obrigado a fazer uma "retratação formal e pública das palavras proferidas, a qual será realizada pelos mesmos meios e forma em que cometido o delito (vídeo e áudio em redes sociais), devendo ser destacado que incitar, publicamente, a prática de crime também é conduta punível criminalmente, estimulando os seus ouvintes a não concretizarem (ou tentarem concretizar) os atos que incentivou".
Nesta quarta-feira, começou a ser veiculado em grupos de WhatsApp o vídeo (veja acima) em que Cardoso reconhece que errou: "Reconheço que realmente eu me excitei nas minhas falas, até mesmo porque eu estava incentivando os garimpeiros a fazerem aquilo que não é correto. Então, eu quero aqui pedir desculpas publicamente e dizer a todos, a toda a sociedade brasileira que incitar publicamente a prática do crime também é conduta criminosa", afirma o blogueiro.
Para ler a matéria completa, no Portal OESTADONET, clique aqui.
sexta-feira, 24 de março de 2023
Ao suspeitar de Moro, Lula presta um grande, um enorme desserviço ao governo Lula
Lula, no momomento da declaração sobre a "armação" de Moro: a primeira consequência é desacreditar o trabalho da PF, elogiado inclusive por um ministro do governo Lula. |
O presidente Lula tem todos os motivos, tem todas as razões do mundo para alimentar profundas e, talvez, insuperáveis rejeições pessoais a Sergio Moro, ex-juiz e atualmente senador.
O presidente Lula precisa, no entanto, discernir até que ponto suas reações ou suas demonstrações inequívocas de repulsa ao ex-juiz que o condenou poderão chegar a um ponto de desacreditar o próprio governo Lula.
Durante a era fascista de Bolsonaro, aqui se escreveu em várias oportunidades que o maior inimigo do governo Bolsonaro era o próprio Bolsonaro, um maluco mal diagnosticado, que comandou um dos governos mais corruptos e desumanos da história do Brasil.
Deploravelmente, convém reconhecer que Lula está sendo o maior inimigo do governo Lula.
Há uns dez dias, o presidente, acertadamente, reuniu se ministério e deu, publicamente, um puxão de orelha em todos os seus ministros. Basicamente, proibiu-lhes de ter protagonismo individual e exigiu que as iniciativas de cada um sejam, obrigatoriamente, combinadas com o próprio governo, por meio da Casa Civil, antes que sejam divulgadas.
Ou seja: Lula estava exigindo que o governo esteja em sintonia com o próprio governo. Do contrário, é o desgoverno. Mas, ao que tudo indica, o presidente não está seguindo o que ele mesmo cobrou.
Nesta quinta-feira (23), Lula deu a seguinte declaração, ao comentar uma operação da Polícia Federal que desbaratou um esquema para matar várias autoridades, inclusive Moro:
"Eu não vou falar porque eu acho que [a ameaça da organização criminosa] é mais uma armação do Moro. Mas eu quero ser cauteloso, eu vou descobrir o que aconteceu. É visível que é uma armação do Moro. Mas eu vou pesquisar, eu vou saber o porquê da sentença".
Um dia antes, portanto na quarta-feira (22), o governo Lula, pela voz do ministro da Justiça, Flávio Dino, disse o seguinte sobre a mesma operação:
"Fico espantado com o nível de mau-caratismo de quem tenta politizar uma investigação séria, que é tão séria que foi feita em defesa da vida e da integridade de um senador que é oposição ao nosso governo".
Ao fulanizar a operação da PF, centrando-a apenas na figura de Moro, Lula prestou quatro grandes desserviços ao seu próprio governo:
Primeiro, levantou a bola para os lavajatistas matarem no peito, arriarem no terreno e fazerem um gol de placa, resgatando o ex-juiz Sergio Moro para o patamar dos heróis.
Segundo, desacreditou o trabalho da Polícia Federal, cujas investigações, juntamente com o Ministério Público, carrearam para os autos do processo toneladas de provas - vídeos, fotos, interceptação de conversas e outros documentos.
Terceiro, descredenciou seu próprio ministro da Justiça, que classificou de "investigação séria" o trabalho da PF.
Quarto, levantou uma suspeita gravíssima sem dispor de qualquer prova, a mesma postura de Bolsonaro, o mentiroso, o debochado e o despeitado compulsivo. Quem disse que Lula levantou uma suspeita sem prova? O próprio Lula, nesta declaração: "Mas isso, a gente vai esperar. Eu não vou ficar atacando ninguém sem ter prova. Eu acho que é mais uma armação, e se for mais uma armação ele vai ficar mais desmascarado ainda".
Eis aí, configurado, um caso emblemático de uma situação em que os rancores pessoais de Lula não podem contaminar e muito menos desacreditar seu próprio governo.
quinta-feira, 23 de março de 2023
MP Eleitoral está prestes a apresentar parecer em representação que pode resultar na cassação do mandato do presidente da Alepa
Chicão: tentativa frustrada de suspender o processo de cassação que tramita no TRE do Pará |
Reverter no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), através de recurso a ser interposto, a decisão do TRE do Pará que rejeitou seus embargos de declaração e manteve a rejeição de suas contas relativas à última campanha eleitoral não é o único desafio imediato do presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), Francisco das Chagas Silva Melo Filho, o deputado Chicão.
Se a condenação no TRE tem o efeito apenas de obrigar Chicão a devolver à Justiça Eleitoral mais de R$ 300 mil, uma representação especial (Processo nº 0600005-71.2023.6.14.0000), que está tramitando com rapidez, pode custar-lhe o mandato. As alegações finais foram apresentadas por Chicão na última segunda-feira. O próximo passo será o processo ser enviado à Procuradoria Regional Eleitoral para apresentar parecer.
Trata-se de representação especial ajuizada pelo Partido Liberal contra Chicão, por suposta prática de conduta descrita no art. 30-A da Lei nº 9.504/97. O dispositivo em referência diz o seguinte: Qualquer partido político ou coligação poderá representar à Justiça Eleitoral, no prazo de 15 (quinze) dias da diplomação, relatando fatos e indicando provas, e pedir a abertura de investigação judicial para apurar condutas em desacordo com as normas desta Lei, relativas à arrecadação e gastos de recursos.
O parágrafo 2º do mesmo artigo prevê: Comprovados captação ou gastos ilícitos de recursos, para fins eleitorais, será negado diploma ao candidato, ou cassado, se já houver sido outorgado.
É essa possibilidade, a de perder o mandato, que está tirando o sono do presidente da Assembleia Legislativa. Em sua contestação, Chicão pediu que o processo fosse suspenso, alegando que a decisão de mérito dependeria do julgamento de outra causa, ou seja, o processo de prestação de contas.
A alegação, no entanto, foi rebatida pelo relator, desembargador José Maria Teixeira do Rosário." No tocante à suspensão do processo, tem-se que a representação especial e a ação de prestação de contas são independentes entre si, sendo que o julgamento de uma não depende da decisão da outra", fundamentou o magistrado, ao indeferir o pedido do parlamentar.
Independentemente de estar exercendo o cargo de presidência da Assembleia, Chicão é tido em alta consideração entre os Barbalho. Na última campanha eleitoral, ele foi o único candidato a deputado estadual do MDB a merecer uma aparição - no programa eleitoral exibido na TV - do senador Jader Barbalho, que enfaticamente pediu votos para o aliado.
A mais recente demonstração de canina fidelidade de Chicão ao governo estadual foi no episódio da aprovação, pela Alepa, do nome da priemeira-dama do Pará, Daniela Barbalho, para exercer o cargo vitalício de conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Em todo o processo, Chicão não apenas foi o grande articulador para que o nome de da primeira-dama foi indicado formalmente por 11 lideranças partidárias, como também também acabou assinando o ato de nomeção da nova conselheira publicado no Diário Oficial.
A assinatura foi aposta por Chicão como governador em exercício, uma vez que o governador Helder Barbalho, estrategiamente, ausentou-se no Estado, para não dar ensejo de que a nomeação venha a ser configurada como nepotismo.
Mesmo assim, a Procuradoria-Geral da República já está analisando representando formulada por membros do MPF lotados no Pará, por entenderem que a nomeação de Daniela Barbalho para o TCE violou frontalmente preceitos constitucionais.
segunda-feira, 20 de março de 2023
MPF do Pará aciona Aras para avaliar medidas que impeçam Daniela Barbalho de exercer o cargo de conselheira do TCE
Daniela Barbalho, durante arguição na Alepa: membros do MPF no Pará avaliam que exercício do cargo de conslheira viola preceitos constitucionais |
sexta-feira, 17 de março de 2023
Após o precedente de Daniela Barbalho no TCE, advogada cobra Helder: "Governador, pelo quinto constitucional já, paridade já"
A nomeação da primeira-dama do Pará, Daniela Barbalho, para ocupar o cargo vitalício de conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE) abriu a porteira para que seu marido, o governador Helder Barbalho, venha a ser alvo de cobrança de outros segmentos femininos que defendem, ativamente, a paridade de gênero em vários órgãos. É o caso das advogadas que aspiram a uma vaga no Tribunal de Justiça do Pará pelo quinto constitucional, na vaga aberta com a aposentadoria compulsória, no final de 2021, do desembargador Milton Nobre.
Nesta quinta-feira (16), a advogada Cláudia Chini postou em seu perfil no Instagram um vídeo em que menciona diretamente a nomeação de Daniela - aprovada por lideranças de 11 partidos e aprovada para conselheira do TCE com os votos de 36 dos 41 deputados estaduais - como precedente para que Helder contemple o anseio das advogadas paraenses que defendem a paridade de gênero.
"Necessitamos que a paridade, que o princípio da isonomia ocorra também em nossos tribunais de justiça. O senhor [Helder] irá satisfazer os interesses de muitas advogadas que até hoje não tiveram essa oportunidade [de serem indicadas para o desembargo pelo quinto]", diz a advogada. Que completa: "Governador, a bola é com o senhor. Pelo quinto constitucional já, paridade já".
Uma das mais conhecidas militantes da advocacia no sul do Pará, Claudia Chini exerce a profissão há cerca de duas décadas, já tendo sido conselheira da Subseção da OAB em Marabá e presidente da Associação dos Advogados Trabalhistas do Estado do Pará (Atep).
No último dia 8 de março, em sessão ordinária do Conselho Seccional da OAB-PA, o presidente da entidade, Eduardo Imbiriba, anunciou que a Ordem, seguindo o que já fazem algumas seccionais em outros estados do País, passará a adotar o critério da paridade de gênero e de cotas na elaboração da lista sêxtupla dos advogados que disputam vagas de desembargador pelo quinto constitucional. O novo critério já será observado no processo de preenchimento da vaga aberta com a aposentadoria de Milton Nobre.
O novo critério veio ao encontro da pretensão externada em requerimento que a advogada Kelly Garcia protocolou no final de abril do ano passado, pedindo que a OAB-PA adotasse o critério da paridade na lista sêxtupla.
Juntamente com a advogada Brenda Araújo, Kelly Garcia também participou de audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília, em que se discutiu a elaboração de políticas públicas voltadas à garantia da paridade de gênero no Poder Judiciário.
quinta-feira, 16 de março de 2023
Eu vou ao Super Baratão. Michelle vai à Prada, onde tudo é caro pra cachorro
A mentira de um bolsonarista, ou de um Bolsonaro, não tem preço.
Ou tem.
Se tiver, o preço deve ser o mesmo de uma joia Chopard ou de um produto Prada.
Michelle Bolsonaro, nossa estimada, casta, humilde, despossuída, caridosa e patriota ex-primeira-dama, foi destinatária de um estojo de joias avaliadas em R$ 16,5 milhões e apreendidas pela Receita Federal em outubro de 2021.
As joias, presentes do governo sanguinário da Arábia Saudita, têm a grife suíça Chopard, fundada em 1860 e tida como uma das principais marcas de luxo do planeta.
Até hoje, os mimos estão retidos porque os fiscais da Alfândega de Guarulhos, no estrito e irrestrito cumprimento de seus deveres legais como servidores públicos, resistiram a 16,5 milhões investidas do governo do marido de Michelle, o igualmente casto, patriota, puro e incorruptível Jair Bolsonaro, que pretendia botar a mão no estojo de joias de forma, digamos assim, sorrateira. Não conseguindo, apropriou-se de outro pacote de joias e o incorporou ao seu patrimônio pessoal. Por isso, o TCU já o obrigou a devolvê-lo à Presidência da República.
Despida dos poderes de primeira-dama, Michelle foi à luta para encontrar uma tapera pra morar. Encontrou-a, segundo reportagem de Veja, no Condomínio Solar de Brasília.
A casa (veja ao lado, na foto de Hugo Marques/Veja), é mesmo uma tapera. Tem dois andares, piscina e 400 metros quadrados de área construída. A área verde agrega mais 795 metros quadrados ao imóvel. O valor mensal do aluguel é de 12.000 reais. O contrato, diz a revisgta, vai vigorar por 30 meses.
O condomínio escolhido pelos Bolsonaro tem 1.220 casas, 4.000 moradores e 80 funcionários, entre seguranças e porteiros. A vigilância é feita por 140 câmeras. A segurança será reforçada por homens do Exército e da Aeronáutica, acrescenta a reportagem.
Mas há poucos dias, numa rede social, dona Michelle choramingou. Disse que cria seis animais de estimação e que, como está morando em imóvel alugado, não tem condições de ficar com outras duas cadelas.
Comoção geral. No País inteiro, corações se condoeram e se derreteram em lágrimas, diante do estado de quase inanição financeira em que se encontra a ex-primeira-dama, ao ponto de não poder mais arcar com as despesas de mais duas cadelinhas, atitude que não condiz - muito pelo contrário - com quem cultiva os valores da generosidade, do desprendimento, do amor, da ternura e da humildade.
Mais eis que, há pouco, boiou aí nas redes sociais o vídeo lá de cima, que está viralizando nas mesmas dimensões com que viralizam fake news de mentirosos bolsonaristas, entre eles os Bolsonaro - todos, sem exceção.
O vídeo mostra nossa ex-primeira-dama indo as compras, nos Estados Unidos, para onde viajou ontem, ao encontro do marido desterrado, que se encontra numa seca daquelas, mas que não supera a covardia e vai adiando indefinidamente a volta ao Brasil, onde poderá ser preso pelos crimes descritos nos mais de 17 processos a que responde, vários dos quais já desceram para a primeira instância do Judiciário.
Nada demais Michelle ir às compras.
Eu também vou - normalmente, às Americanas, ao Super Baratão (lá no Centro decadente e abandonado de Belém) e às Lojas do Leão, comprar ingressos para os jogos do meu time (isso quando não encontro a gratuidade que a lei garante aos velhos acima de 150 anos, como eu).
A questão é que a loja onde Michelle aparece é da Prada, uma das marcas mais famosas, mais caras, mais luxuosas do mundo.
Sim, Michelle, a casta, a despossuída, a humildee, a terna, aquela que reza quando dança e dança quando reza, não tem condições de arcar com os gastos que decorreriam da criação de mais dois pets.
É assim.
A mentira de um bolsonarista, ou de um Bolsonaro, não tem preço.
Se tiver, o preço deve ser o mesmo de uma joia Chopard ou de um produto Prada.
quarta-feira, 15 de março de 2023
Aprovação de Daniela Barbalho para integrar o TCE tem reações que vão do amor ao ódio
Pouco mais de 24 horas depois de ter seu nome confirmado pela Assembeia Legislativa para ocupar o cargo de conselheira vitalícia do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que lhe pagará salário de cerca de R$ 41,8 mil em valores atuais, a primeira-dama do Pará, Daniela Barbalho, pode aferir a quantas anda a percepção popular sobre sua aprovação para integrar a Corte.
Em seu perfil no Instagram, a primeira-dama se diz honrada por ter sido aprovada com a chancela de 36 dos 41 deputados estuduais e promete "trabalhar em benefício do povo do Pará". Na postagem, os mais de 1.200 comentários publicados até agora mostram reações que vão do amor ao ódio, das exaltações à escolha da primeira-dama a manifestações de frustração externadas até mesmo por pessoas que dizem apoiar o governador Helder Barbalho, mas discordam que sua própria mulher venha a compor uma Corte que tem, entre outras atribuições, julgar as contas do mandatário.
Daniela Barbalho vai ocupar no TCE a vaga aberta em função da aposentadoria compulsória do conselheiro Nelson Chaves e foi indicada por 11 líderes partidários. Como o Espaço Aberto já mostrou, a configuração de nepotismo em indicações semelhantes não tem sido reconhecida por tribunais do País, mas perdura, incontornavelmente, uma inadequação ética na presença da mulher de um governador como integrante de colegiado que julgará as contas dele.
Nas imagens acima, o Espaço Aberto selecionou alguns comentários disponíveis no perfil de Daniela Barbalho, uns favoráveis à sua escolha para atuar como conselheira, outros contrários. Ao que tudo indica, o ato de nomeação da nova conselheira não será assinado por Helder, que assim seguirá procedimento adotado pelo então governador do Amapá, o hoje ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, que em fevereiro do ano passado teve sua mulher indicada para o TCE, mas deixou o ato para ser assinado pelo governador em exercício, Jaime Nunes, justamente para escapar ao risco de incorrer em nepotismo, vedado pela Súmula Vinculante nº 13 do STF.
terça-feira, 14 de março de 2023
Chuvas alagam e transformam Belém no caos. Depois de Zenaldo, agora é Edmilson quem surfa nas ondas.
Os mencionados no título eram Edmilson Rodrigues, José Priante, Thiago Araújo e Gustavo Sefer, àquela altura candidatos à prefeitura.
A postagem comentava a profusão, em dimensões tsunâmicas, de memes que ridicularizavam o então prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, pelos alagamentos em Belém decorrentes de chuvas de proporções diluvianas.
Dizia um trecho da postagem:
Até 31 de dezembro de 2020, o alagamento será tucano, encerrando um ciclo de oito anos da gestão de Zenaldo Coutinho. Daí para a frente, os alagamentos serão de que partido? Será do PSOL, do MDB, do Cidadania, do PSD, PSB, PMB, PRTB, Republicanos, Patriota, PTC, PSTU, PCO?
Pois é.
O tempo voa.
Àquela altura, repita-se, o alagamento tinha partido. Era tucano.
Hoje, sabemos, o partido dos alagamentos é outro. É do PSOL de Edmilson Rodrigues. Ou é de Edmilson Rodrigues, do PSOL.
Ontem, psolistas e apoiadores de Edmilson mostravam memes de Zenaldo surfando - ou dançando na pororoca que troava nas ruas de Belém, antes e depois das chuvas (vejam acima).
Hoje, muitos (entre eles alguns psolistas) atualizam os memes e mostram Edmilson surfista, percorrendo as ruas de Belém nesta manhã, em que um toró de perfis tipicamente amazônicos praticamente paralisou a cidade durante toda a manhã (vejam imagens nos vídeos abaixo, em área próxima à Unama, campus da Alcindo Cacela).
Está um caos: ruas alagadas, canais transbordando, trânsito parado, casas invadidas e milhares de pessoas (principalmente pobres) sofrendo prejuízos com a perda de seus bens.
Então, já sabem: nada como uma chuva depois da outra, para que o autor do meme que hoje ridiculariza o adversário político seja, ele mesmo, o surfista ridicularizado no meme de amanhã.
E viva a nossa chuva, que desnuda as hipocrisias políticas e ridiculariza a politização de problemas que, por serem problemas, precisam ser solucionados ou minimizados com soluções técnicas, e não políticas.
segunda-feira, 13 de março de 2023
Sargento da PM executado em Marituba teria feito relato de ameaças de morte ao seu Comando. E andava desarmado.
sexta-feira, 10 de março de 2023
O "estupro" de Bolsonaro e o estupro de Daniel Alves são materialmente distintos, mas, na essência, são a mesma coisa
Bolsonaro (com Michelle), as joias sauditas e Daniel Alves: personagens do mundo encantado da mitomania, em que o bolsonarismo é a única verdade |
quinta-feira, 9 de março de 2023
OAB do Pará passa a observar paridade de gênero e de cotas raciais na lista sêxtupla para o quinto
Brenda Araújo e Kelly Garcia na Câmara dos Deputados: paridade de gênero na lista sêxtupla para o quinto é conquista da advocacia feminina |
quarta-feira, 8 de março de 2023
Podridões do desgoverno Bolsonaro revelam novas personagens: as "mulas"
Os mimos: à esquerda, as joias de R$ 16,5 milhões para Michelle; à direita, o pacote para Bolsonaro. Um governo podre produziu podridões em série, que a muitos ainda assustam. |
Há gente assustadíssima com as podridões que continuam a boiar diariamente, provindas do esgoto, do grande esgoto que foi o desgoverno de Jair Bolsonaro.
Eu, sinceramente, não estou assustado. Porque de um governo podre não se pode esperar outra coisa que não podridões. Ou não?
Em relação ao desgoverno Bolsonaro, tomo como padrão aquela famosa frase - dentre outras tantas - de Aparício Torelly, o Barão de Itararé: "De onde menos se espera, daí é que não sai nada".
Mas, em relação às podridões de Bolsonaro, convém fazer uma alteração nessa máxima: "De onde mais se espera, daí mesmo é que vão sair mais podridões".
É inevitável não tirarmos essa conclusão quando acompanhamos o desenrolar das mais novas revelações de corrupção protagonizada pelo desgoverno Bolsonaro, desta vez envolvendo dois mimos que o governo sanguinário da Arábia Saudita - comandando por um príncipe que, entre outros crimes, mandou matar por esquartejamento um jornalista em Istambul, em 2018 - ofereceu à primeira-dama Michelle e a seu marido.
Para Michelle, um pacote de joias no valor estimado de R$ 16,5 milhões que foi retido pela Alfândega, no aeroporto de Guarulhos (SP), e assim pernaneceu, apesar das 400 mil tentativas de Bolsonaro para liberar o presente.
Para o próprio Bolsonaro, um outro pacote - contendo relógio, abotoaduras, caneta, anel e uma espécie de rosário - que escapou ao controle da Alfândega, ficou escondido por um ano até ser, enfim, incorporado ao patrimônio pessoal do ex-presidente.
As podridões agora reveladas guardam um detalhe digno de nota: expõe, sem retoques, o nível de delinquência do desgoverno Bolsonaro, que chegou ao ponto de escalar mulas para tentar, criminosamente, esquivar-se a obrigações legais.
Mula, aqui grafado, está no exato sentido que lhe atribuiu o submundo do crime: a do indivíduo que, conscientemente ou não, transporta droga em seu corpo.
terça-feira, 7 de março de 2023
Paraense foi exonerado do comando da Receita Federal após resistir a pressões do incorruptível Bolsonaro para liberar mimo de R$ 16,5 milhões
José Barroso Tostes Neto: recusa exemplar em ceder a pressões do incorruptivel Bolsonaro |
Iasep deve mais de R$ 8 milhões ao Grupo Cynthia Charone, que suspende o atendimento a 7 mil segurados
segunda-feira, 6 de março de 2023
Precedentes judiciais abrem espaço para Daniela Barbalho ascender ao TCE. Mas conflitos éticos são insuperáveis.
Marília Góes, quando foi empossada no TCE do Amapá, em fevereiro do ano passado. Se não há ilegalidade na nomeação, como ficam outras questões de natureza ética? |
A matéria, assinada pelos repórteres Jan Niklas e Luisa Marzullo, reserva ao caso do Pará um págrafo específico. "Já no Pará o governador Helder Barbalho (MDB) emplacou nas duas últimas vagas que foram abertas no TCM sua tia, Mara Lúcia, e seu ex-vice-governador, Lucio Vale. Este último é réu em uma investigação que apura desvios de R$ 39,6 milhões em dez municípios paraenses", afirma o texto.
O primeiro - Nem a propósito, o assunto da manchete de O Globo ganha destaque num momento em que crescem as especulações de que Helder estaria prestes a inaugurar um novo status em sua carreira política: o de ser o primeiro governante do Estado do Pará a ter suas contas submetidas ao escrutínio da própria mulher.
Desde a semana passada, especula-se que a primeira-dama do Estado, Daniela Barbalho, advogada com inscrição ativa e regular perante a Secional da OAB-PA, poderá ocupar o cargo de conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE), por indicação de representantes de vários partidos com assento na Assembleia Legislativa.
Até agora, a indicação não foi formalizada. Mas, se o for, o processo deve começar na própria Alepa, cuja Comissão de Constituição e Justiça irá analisar, primeiro, se estão presentes os requisitos constitucionais para que Daniela Barbalho vire conselheira.
Os requisitos previstos na Constituição do Pará são: ter mais de 35 e menos de 65 anos de idade; possuir comprovada idoneidade moral e reputação ilibada; possuir notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos, financeiros ou de administração pública; contar com mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional.
Nepotismo? - A probabilidade - fortíssima, segundo algumas fontes - de a mulher do governador ser nomeada pelo próprio Helder para conselheira, o que aconteceria após passar em arguição dos deputados, levanta uma questão primordial: a eventual nomeação configuraria um caso de nepotismo, terminantemente vedado pela Súmula Vinculante nº 13 do Supremo?
Precedentes indicam que não. Até porque todas as nomeações de familiares para tribunais de contas acabam sendo mantidas. Apesar de o nepotismo ser proibido no serviço público, as decisões favoráveis aos indicados seguem jurisprudência do próprio Supremo, que já se manifestou pela constitucionalidade da indicação de parentes em funções de natureza política, como é o caso de ministros e secretários de Estado.
Um dos casos mais conhecidos envolve Marília Góes. Em fevereiro do ano passado, ela tomou posse no cargo de conselheira do Tribunal de Contas do Amapá. Na época, ela era deputada estadual pelo PDT e foi indicada pela Assembleia Legislativa, um processo igualzinho ao que, supõe-se, será feito aqui.
Waldez Góes, atual ministro do Desenvolvimento Regional e marido de Marília, era o governador. Mas, por via das dúvidas, ele tomou a cautela de não assinar o decreto de nomeação da mulher. O ato foi assinado pelo governador em exercício, Jaime Nunes.
Poucos dias após assumir o cargo, a conselheira teve sua posse suspensa por decisão liminar da juíza Alaíde Maria de Paula, da 4ª Vara Cível de Macapá, atendendo a pedido formulado em ação popular.
Mas a liminar da magistrada não se sustentou por mais de uma semana. A defesa da conselheira recorreu e o desembargador Gilberto Pinheiro, que inclusive fez boa parte de sua trajetória na magistratura atuando no Pará, suspendeu a liminar e manteve Marília Góes no cargo, onde se encontra até agora.
Com base nesses precedentes, especialista em Direito Administrativo ouvido pelo Espaço Aberto acha muito difícil prosperar qualquer iniciativa, no âmbito judicial, para barrar a posse de Daniela Barbalho, caso ela venha realmente a ser indicada para a vaga no TCE.
"A impossibilidade de que uma nomeação, nesse moldes, venha a ser obstada por decisão do Poder Judiciário não afasta, por outro lado, os incontornáveis conflitos éticos que por certo ocorrem em situações como essa. Isso porque, como os membros dos tribunais de contas têm a atribuição de aprovar ou rejeitar as contas de chefes do Executivo, não há como deixar de ser esdrúxulo um conselheiro atuar em julgamentos nos quais são envolvidos primos, irmãos ou cônjuges, por exemplo. Pode-se objetar que, em julgamentos específicos, esses conselheiros poderão dar-se por suspeitos ou impedidos, mas, mesmo assim, o conflito ético permanece, porque prevalece o bem maior, o da moralidade pública, independentemente de quem seja o interessado imediato em determinado julgamento", explica o especialista.
quinta-feira, 2 de março de 2023
Lula brinca com fogo se mantiver dois ministros bolsonaristas em seu governo
Daniela do Waguinho e Juscelino Filho: o que ainda falta para Lula enxotá-los de seu governo? |