sábado, 30 de julho de 2022
Performance artística ocupará a frente do Theatro da Paz para chamar a atenção para a importância do serviço público
sexta-feira, 29 de julho de 2022
Antibolsonaristas cantam vitória após pesquisa. Mas convém ter muita calma nesta hora!
quinta-feira, 28 de julho de 2022
Fascistas em pânico: até agora, mais de 250 mil já assinaram "cartinha" em defesa da democracia. E crescendo!
quarta-feira, 27 de julho de 2022
Onde estamos nós, ditos democratas, que não confrontamos Bolsonaro e seus fanáticos que defendem o golpe?
Bolsonaro: cada vez mais acuado, ele segue maquinando contra a democracia. E onde estamos nós, que não nos mobilizamos para o confrontarmos pacificamente, mas de forma vigorosa? |
Bolsonaro prepara outro Dia Nacional do Golpismo.
terça-feira, 26 de julho de 2022
TRE reprova por unanimidade as contas da campanha eleitoral do MDB do Pará em 2020
Pará fica entre os três estados do País que receberam a pior avaliação no Índice de Transparência e Governança Pública de 2002
sexta-feira, 22 de julho de 2022
Deputada se diz "invisibilizada" pela direção do PSOL: "Será que acham que a esquerda paraense é patrimônio deles apenas?"
Mesmo estando em Belém, sequer fui avisada da reunião com parlamentares e dirigentes partidários para discutir a vinda de Lula a Belém. Por que será que a direção do meu partido insiste em me invisibilizar? Será que acham que a esquerda paraense é patrimônio deles apenas?
— Vivi Reis (@vivireispsol) July 22, 2022
Espiem.
Está bombando aí nas redes sociais.
E está bombando não apenas pela transparência da deputada Vivi Reis, em manifestar publicamente seu desagrado por estar sendo, como diz, invisibilizada pela direção de seu partido, mas porque a postagem gerou uma discussão que, na essência, é boba, desnecessária e até infantil, mas para as esquerdas tem um enorme significado.
A discussão, no português de Portugal (que já é um idioma meio complicado, como vocês sabem) é a seguinte: nas esquerdas, roupa suja se lava em casa? Ou eventualmente pode também ser lavada em público?
Entre os mais de 40 comentários sobre o tuíte (que já tem, diga-se, mais de 1.500 curtidas), um camarada pondera o seguinte à camarada Vivi: "Como todo respeito que tenho pela camarada. Não faz o menor sentido expor isto publicamente, ainda mais na época de período eleitoral, gerar crises numa época dessa, sinceramente trabalhar o canal interno, expor as divergências tanto na base, como na direção do partido."
Uma outra dispara: "Lamento o PSOL estar numa guerra de braço pública, incapaz de resolver seus problemas internamente, após ter crescido e revitalizado a esquerda em Belém. Isso só divide a situação e isola pessoas e grupos do PSOL."
E vem mais outra: "A tua presença causa medo nesses políticos da velha esquerda porque tu representas de forma concreta a renovação da política. Tô contigo, Vivi!".
Como diria Ancelmo Gois, calma, gente.
E todos devem ter calma porque, afinal, não é publicamente relevante a deputada externar um sentimento que, muito embora pessoal, tem relação direta com o papel que ela exerce como legítima representante de um segmento popular?
Se é assim, por que a deputada teria que manter sob sete chaves, com sigilo decretado para 100 anos, questões que podem, sim, ser discutidas publicamente?
Os anseios de que a deputada externasse sua insatisfação apenas interna corporis não esconderia a intenção de transmitir uma falsa impressão sobre suposta pureza ética e ideológica das esquerdas? E essa intenção não seria simplesmente a expressão da mais deplorável hipocrisia?
São apenas algumas indagações.
No mais, repita-se, calma aí, gente!
quinta-feira, 21 de julho de 2022
Presidente da Funai se retira de evento em Madri sob os gritos de "miliciano", "bandido" e "assassino"
URGENTE! Marcelo Xavier, presidente miliciano da FUNAI, é expulso de um evento da ONU em Madri! Compartilhem! pic.twitter.com/zf537y5Ohh
— RICARDO RAO (@RICARDORAO7) July 21, 2022
O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier, retirou-se de um evento em Madri, na manhã desta quinta-feira (21), sob xingamentos proferidos pelo indigenista Ricardo Rao, que o chamava, aos gritos, de "miliciano", "amigo de um governo golpista", "assassino" e "bandido". O próprio Rao postou um vídeo sobre esse momento em seu perfil no Twitter (vejam acima).
O incidente ocorreu durante evento do Fundo de Desenvolvimento dos Povos Indígenas (Filac), promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e realizado na capital espanhola. Rao, que estava na plateia, levantou-se ao final de uma apresentação e começou a se dirigir aos presentes na plateia, enquanto apontava para Xavier, que também assistia à apresentação.
"Irmãos indígenas, eu venho denunciar esse assassino, Marcelo Xavier, como inimigo de vocês. O companheiro da Colômbia disse sobre as mortes dos indígenas pelas milícias (em referência à apresentação que acabou de ocorrer). Esse homem (apontando para Xavier) é um miliciano. Esse homem, Marcelo Xavier, não representa a Fundação Nacional do Índio. É um assassino. É um miliciano, é amigo de um governo golpista que está ameaçando a democracia no Brasil", gritava.
Rao continua as críticas, que alcançam inclusive o Ministério das Relações Exteriores. “Este homem não pertence a isso aqui. Não é digno de estar entre vocês. E o Itamaraty é uma vergonha. O Itamaraty está sendo babá de miliciano. Marcelo Xavier é um miliciano. Esse homem é um assassino. Esse homem é responsável pela morte de Bruno Pereira (indigenista assassinado na Amazônia). Esse homem é responsável pela morte de (Dom) Phillips (jornalista também morto no Vale do Javari). Você é um miliciano, bandido. Vai embora mesmo. Vai para fora. Desculpem", continua, enquanto Marcelo Xavier se retira do local. Depois disso, uma pessoa ainda grita "fora, Bolsonaro".
quarta-feira, 20 de julho de 2022
"Já estou saindo para o meu próximo crime. Aliás, para a minha próxima tentativa de golpe".
Marty Byrde e Jair Bolsonaro: um sai de casa para cometer o crime do dia; o outro, para dar seguimento às suas tentativas de desacreditar o processo democrático e dar um golpe. |
Nota de revista adiantou "fortes emoções" na Caixa. Premonição?
Vejam a nota.
Foi publicada na coluna Radar, da mais recente ediçao da revista Veja que começou a circular no início da manhã da última sexta-feira, 15 de julho.
A nota até parece, como diríamos, premonitória.
É que, na madrugada desta quarta (20), um diretor da Caixa, Sérgio Ricardo Faustino Batista, foi encontrado morto no edifício-sede do banco, em Brasília. Os indícios são de que ele se suicidou ontem à noite.
A diretoria de Faustino Batista era diretamente responsável pela apuração de denúncias de assédio apresentadas por meio de um canal interno na Caixa. E ele próprio é descrito como pessoa de confiança de Pedro Guimarães, o maluco afastado por assediar, moral e sexualmente, empregadas da instituição quando exercia o cargo de presidente.
Ninguém há de imaginar, é evidente, que a revista estivesse prenunciando que a morte trágica do diretor da Caixa seria a "forte emoção" anunciada na nota.
Então, se não foi isso, que "fortes emoções" ainda serão essas?
Aguardemos!
segunda-feira, 18 de julho de 2022
Enfim, uma ação concreta para punir empresas que metem o pé na porta e invadem a tua casa
sábado, 16 de julho de 2022
Encenar a morte de Bolsonaro pode dar cadeia. Mas isso não será "sentido figurado"?
Bolsonaro comenta vídeo em que aparece sugerindo ‘fuzilar petralhada do Acre’ em 2018: “sentido figurado”.
— Metrópoles (@Metropoles) July 11, 2022
Presidente foi questionado sobre episódio no Palácio do Planalto e se a fala tem relação com a morte de Marcelo Arruda. pic.twitter.com/TWKfN4Wkrx
O Brasil, meus caros, não é para amadores.
Não mesmo!
Quando Tom Jobim proclamou essa frase, ele jamais imaginou que ela se transformaria numa máxima.
Neste sábado (16), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, anunciou ter determinado que a Polícia Federal (PF) abra um inquérito para investigar um vídeo que traz a encenação de um suposto atentado contra Bolsonaro. As imagens viralizaram nas redes sociais.
“Circulam nas redes fotos e vídeos de um suposto atentado contra a vida do presidente Bolsonaro. Produção artística??? Estamos estudando o caso para avaliar medidas cabíveis e apurar eventuais responsabilidades. As imagens são chocantes e merecem ser apuradas com cuidado”, afirmou Torres.
Mas é o seguinte.
Bolsonaro, em 2018, estava no Acre.
Entusiasmado, passou a mão num tripé, colocou-o em posição como se fosse um fuzil e bradou: "Vamos fuzilar a petralhada aqui do Acre". Vejam no vídeo acima.
Os fanáticos foram ao êxtase.
Agora, depois do crime político que resultou na morte de um petista por um bolsonarista - mas que uma delegada descobriu não ter sido crime político -, Bolsonaro foi questionado sobre esse episódio por uma jornalista.
E confrontou-a: "Você sabe o que é sentido figurado? [...] Você estudou português na sua faculdade ou não?"
Jair Bolsonaro, o Intelectual, o Mito da Eloquência, o cultor por excelência da nossa Flor do Lácio.
Ele, sim, pode fazer uma encenação.
Ele, sim, pode fazer seu teatrozinho, dizendo que vai fuzilar a petralhada.
Ele, sim, pode proclamar suas palhaçadas que tresandam a ódio, hostilidade, misoginia, homofobia e outras fobias.
Mas, quando encenam a morte dele, o ministro da Justiça manda "apurar eventuais responsabilidades".
Mas a encenação não terá mero "sentido figurado"?
Não foi apenas um teatrozinho?
Qual é, essencialmente, a diferença entre o teatrozinho de Bolsonaro e o teatrozinho que encena sua morte?
Esse é o Brasil, minha Pátria amada!
Avante!
sexta-feira, 15 de julho de 2022
Quando você quiser investigar crime de ódio ou crime político, aprenda com a Polícia Civil do Paraná
A delegada Cecconello: para a Polícia Civil, crime de ódio não é crime de ódio. Como crime político também não é crime político. |
Filiado ao PCdoB do Pará é acusado de estuprar vulnerável. Partido garante que já o afastou e abriu processo contra ele.
No mesmo contexto em que o País inteiro - este país de violências, vale dizer - mostra-se estupefato com a violência intolerável cometida por um monstro travestido de médico, que estuprou mulheres após darem à luz em partos cesareanos, o PCdoB do Pará enfrenta um momento desconfortável, para não dizer constrangedor.
O partido, que em âmbito nacional já se manifestou publicamente em repulsa às monstruosidades cometidas pelo médico Giovanni Bezerra, tem um filiado seu, que ocupava funções na própria legenda e também um cargo na Imprensa Oficial do Estado, acusado do crime de estupro de vulnerável.
A acusação recai sobre o membro do partido Roony de Oliveira, que teria praticado o crime contra uma militante menor de idade da União da Juventude Socialista (UJS). Segundo matéria publicada no blog Live News, uma carta encaminhada pela secretária de Mulheres do PCdoB Belém, Alessandra Sardinha, revela, de acordo com boletins de ocorrência formalizados na Polícia Civil, a configuração de crimes sexuais pelo militante comunista.
"Vimos registrar nossa solidariedade às jovens vítimas desse abusador e manifestamos nosso profundo repúdio às covarde agressões em que conforme o relato das vítimas nota-se um padrão de comportamento onde após alcoolizá-las, deixando-as vulneráveis aos seus ataques comete diversas violências seja com as mãos, forçando-as a realizar 'sexo' oral, anal, vaginal, além de impossibilitar as mesmas de sair do local ou pedir ajuda", dizem as signatárias na carta.
Elas acrescentam que "a cultura do estupro nos mata e violenta todos os dias. Portanto, não existe emancipação das mulheres em ambientes comuns a abusadores de nossos corpos, vontades e direitos. Os fatos citados ocorreram no formato e prática das bestas que tentam naturalizar a violência na vida social e política, destruindo a honra das pessoas, além de incentivar e acobertar à misoginia."
Afastamento - Em contato na manhã desta sexta (15) com o Espaço Aberto, o presidente do PCdoB do Pará, Jorge Panzera, afirmou que, tão logo as denúncias chegaram ao conhecimento do partido, Roony de Oliveira foi afastado imediatamente de todas as funções, tanto no PCdoB quanto na Imprensa Oficial. Pré-candidato a deputado estadual, Panzera garantiu ainda que o acusado não era coordenador de sua campanha.
O PCdoB também emitiu uma nota informando que instaurou processo disciplinar que pode resultar na expulsão do filiado de seus quadros, ao mesmo tempo em que se solidarizou com as vítimas e ofereceu-lhes ajuda jurídica e psicológica.
A seguir, a íntegra da nota da partido.
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Em referência à denúncia recebida pela direção do partido no dia 11 de julho de 2022, praticado pelo Sr. Roony José Bentes de Oliveira, filiado deste partido, de cometimento de crime contra a dignidade sexual, liberdade sexual, estupro, estupro simples e importunação sexual, imediatamente foi remetido à Comissão Executiva Estadual do Partido, tendo sido encaminhado o afastamento imediato e preventivo de todas as funções que exercia em nossa organização, sendo referendada por unanimidade dos membros desta comissão política estadual.
A Comissão Política Estadual do PCdoB no Pará, reunida neste dia, convoca a Comissão de Controle, para abrir imediato processo disciplinar contra Roony José Bentes de Oliveira, conforme estatuto partidário.
Reiteramos nossa total solidariedade e apoio às vítimas, com disponibilização jurídica e psicológica, assim como suas identificações preservadas. Reafirmamos o nosso repúdio e condenação ao fato.
O PCdoB não tolera e condena todo tipo de violência contra as mulheres.
Belém 13 de julho de 2022
Comissão Política Estadual do PCdoB Pará
quinta-feira, 14 de julho de 2022
O psicopata é aquele cara "normal". Que pode estar bem ao seu lado.
Giovanni Bezerra: o monstro que muitos viam como "normal" |
Conheçam o nosso Eduardo Cunha sem escrúpulos
quarta-feira, 13 de julho de 2022
Antes, eram fezes na cabeça de jornalistas. Hoje, no Pará, a violência contra jornalistas assume outros perfis. Mas é violência.
A Imprensa paraense registra em sua história - que remonta, ao que se sabe, ao início do século XIX com a circulação do intrépido O Paraense, do não menos intrépido Cônego Batista Campos - momentos em que, literalmente, resvalou para os limites pútridos de fezes despejadas na cabeça de jornalistas que faziam oposição aos poderosos de plantão.
Foi assim com o velho Paulo Maranhão, quando foi alvejado por fezes que lhe foram lançadas por baratista fanático e, ao mesmo tempo, indignado com a virulência da oposição que a Folha do Norte, o impresso de Maranhão, fazia ao governo do general Magalhães Barata.
Um detalhe - nas circunstâncias, nada desprezível: o editor da Folha foi atacado perto da casa dele, às proximidades da Basílica, em Nazaré, num momento em que, coincidência das coincidências, o fornecimento d'água havia sido cortado para todo o bairro.
Em sua trajetória marcada por violências deflagradas por lutas políticas, a Imprensa paraense também teve o registro de empastalamento de jornais. E não foi quaquer empastelamento, não. A Província do Pará, que dava sustentação ao governo de seu proprietário, o também jornalista e prefeito (naquela época intendente) de Belém, Antônio Lemos, e funcionava no prédio que depois viria a ser a sede do Instituto de Eduação do Pará (IEP), na Serzedelo com a Gama Abreu, foi incendida por volta do ano de 1910 por lauristas, assim chamados os partidários do governador Lauro Sodré, liderança que contrastava com a do velho Lemos.
Hoje, decorrido pouco mais de um século de acontecimentos como esses, a violência contra jornalistas, para se exprimir, não precisa vir na forma literal de baldes com fezes despejados na cabeça de jornalistas e nem tampouco as estruturas físicas onde eles trabalham precisam ser incendiadas.
A violência, hoje, mostra-se às vezes mais sutil ou mais, digamos assim, adornada de aparências legais. Mas nem assim deixa de ser violência. E violência inominável.
A violência, hoje, revela-se por inteiro, quando jornalistas, sobretudo os que editam blogs, portais ou outros veículos que funcionam na mídia virtual, são cerceados na sua liberdade - de informar, de criticar, denunciar e cobrar, seja lá o que for e de quem for.
A violência, hoje, revela-se por inteiro quando jornalistas são alvos de buscas e apreensões absolutamente desnecessárias, mas que o Poder Judiciário chancela e autoriza por entrever excessos no exercício do jornalismo.
A violência, hoje, revela-se injustificada quando, a título de acudir o direito de pessoas supostamente atingidas na sua honra por informações ou críticas produzidas por jornalistas ou profissionais de outras áreas, as mídias que estão sob sua responsabilidade são compelidas por ordens judiciais a suprimir matérias ou postagens ou então elas próprias, as mídias, são derrubadas, ou seja, são tiradas simplesmente do ar.
Hackers - Nesta terça-feira (12), dois jornalistas de Belém ocuparam-se durante quase todo o dia em formalizar presencialmente, na Polícia Federal e no Ministério Público Federal (MPF), pedidos para que sejam investigados os sucessivos ataques de hackers que os sites deles têm sofrido nos últimos dias.
Durante o relato, os dois profissionais chegaram a apresentar documentos demonstrando que o dirigente de uma autarquia adquiriu 16 registros com nomes similares ao de um site que ele acusa de veicular informações que maculariam sua honra. Em outra situação, uma notificação extrajudicial para a retirada de 16 matérias disponíveis em outro site foi muito além de uma ordem judicial, para retirar apenas uma.
Nenhum direito é absoluto. Absolutamente nenhum, inclusive o direito à livre expressão. Assim é que, se há excesso no direito de criticar ou de informar, o Judiciário é o âmbito apropriado para discutirem-se as reparações pertinentes.
Nós, jornalistas, cometemos erros? Sim, muitos.
Cometemos excessos? Sim. Estamos passíveis de cometê-los.
Estamos acima das leis? Não estamos.
Mas há uma grande diferença entre estarmos passíveis de observar os limites legais no exercício da nossa profissão e a tentativa de sufocarem o jornalismo e os jornalistas quando eventuais excessos sobrevêm.
Convenhamos: blogs, portais e outras mídias virtuais do Pará, sobretudo os que têm jornalistas como responsáveis, estão sendo alvos de tentativas de sufocá-los, de simplesmente eliminá-los e extingui-los, para que não sobre pedra sobre pedra - ou vírgula sobre vírgula, se quiserem.
No Pará, a tentativa de pulverizar, de tirar do mapa ambientes jornalísticos que hoje se mostram os poucos meios que ainda ousam contestar discursos oficiais - sempre enganosos, ilusórios, demagogos, hipócritas e eleitoreiros - é exatamente proporcional à compulsão demonstrada por outros veículos, de bajular, de adular, de ajoelhar-se compungidamente e covardemente diante de autoridades e homens públicos que, por exercerem atividades públicas, precisam ser fiscalizados. E fiscalizados rigorosamente, deve-se dizer.
A sociedade paraense precisa estar alerta para esses sinais desastrosos que põem em risco a liberdade do jornalismo e de jornalistas.
Se ninguém fizer nada, se ninguém se opuser aos que sonham, noite e dia, dia e noite, ficar completamente imunes às lupas do jornalismo, então não poderemos, depois, reclamar que somos vítimas deles - de suas ambições, de sua demagogia, de suas venalidades e da sua espantosa falta de escrúpulos.
terça-feira, 12 de julho de 2022
Deputada bolsonarista, em bolsonarice explícita, chega perto de culpar o petista que um bolsonarista matou
@metropolesoficial Na tribuna da Câmara, deputada #bolsonarista diz que assassino de #petista em Foz do Iguaçu foi “injustamente provocado”. No entanto, imagens de câmeras de segurança e relatos de testemunhas mostram que quem iniciou as provocações foi o autor do assassinato #TikTokNotícias ♬ som original - Metrópoles Oficial
Contando, ninguém acredita.
Vendo e ouvindo, talvez alguém acredite.
Vejam esse videozinho aí em cima.
Está no Tik Tok, perfil do Metrópoles.
É quase inacreditável o que se vê.
Uma deputada bolsonarista diz que Marcelo Arruda, o petista morto por um bolsonarista fanático e alucinado no último sábado, provocou - e além disso "injustamente" (hehe) - o assassino, identificado como Jorge Guaranho, policial penal federal.
A gente tem a impressão de que, se ela se empolgasse mais um pouco, acabaria dizendo que Marcelo se matou e, já morto, ainda assim conseguiu matar o bolsonarista.
Como já se disse aqui, não é que essa pré-campanha, com ares de campanha, ainda vai dar merda. Ela já está dando merda, inclusive com a ocorrência de morte, como se viu em Foz do Iguaçu.
E até outubro, nós vamos ver aumentar muito, muitíssimo o número de alucinados que, presas de suas próprias alucinações, vão inventar maluquices e difundi-las a partir de várias tribunas.
Inclusive a da augusta Câmara dos Deputados.
Credo!
segunda-feira, 11 de julho de 2022
"O que eu tenho a ver com esse episódio de Foz do Iguaçu? Nada!", diz Bolsonaro. Ele mente.
Bolsonarista fanático comete um crime hediondo. Mas você está com pena dele ou da vítima?
Marcelo Arruda, o petista morto na própria festa de aniversário por um bolsonarista: ninguém esqueça que ele é a vítima. E vítima de um crime hediondo. |
Guernica: Foi você quem fez? - perguntou um nazista a Picasso. "Não, você fez", respondeu o pintor. |
sexta-feira, 8 de julho de 2022
Uma casa abandonada vira atração turística. Mas não convém festejarmos criminosos como celebridades.
A casa abandonada, no bairro de Higienópolis, em São Paulo, e os curisosos à espera de verem a criminosa: convém não banalizamos os crimes, sobretudo os monstruosos. (As fotos são do Espaço Aberto) |
Não é que ainda vai dar merda. Já está dando. Muita merda, aliás.
quinta-feira, 7 de julho de 2022
Na Inglaterra, escândalo sexual derruba governo. No Brasil, é saudado com um estrepitoso silêncio.
Bolsonaro e Boris Jhonson: eles são bem parecidos, com a diferença de que o britânico é inteligente. Mas sempre foi uma tragédia. |
quarta-feira, 6 de julho de 2022
Bolsonaristas avisam que não vão "deixar barato" para Helder. É o vale-tudo que se aproxima!
terça-feira, 5 de julho de 2022
Condomínio em Nazaré fica durante cinco dias sem energia. Até a "puliça" foi chamada, em meio ao estresse em alta voltagem.
Moradores do Conjunto Jardim Ipiranga, o maior condomínio da Avenida Brás de Aguiar, no bairro de Nazaré, estiveram à beira de um ataque de nervos durante os últimos quatro dias.
Por volta das 16h da última sexta-feira, a pane em um transformador deixou todos os blocos sem energia, que só foi restabelecida às 18h desta terça (05).
É isso mesmo que você leu: sexta, sábado, domingo, segunda e terça, até as 18h, o conjunto ficou sem energia, para desespero e atropelos enfrentados por centenas de pessoas - muitos idosos, inclusive - que residem no Ipiranga.
Teve gente que foi obrigada a se mudar para a casa de parentes, tantas foram as privações e os prejuízos decorrentes do apagão.
O estresse foi tanto que até a puliça, num dado momento, precisou intervir.
Não está ainda perfeitamente definida a causa da prolongada escuridão.
Um das causas mais prováveis teriam sido os danos que a pane no transformador provocou nos cabos, já bem antigos, que alimentam os blocos de energia elétrica.
Para restabelecê-la, foram necessários vários procedimentos, entre os quais a instalação de dois postes dentro do condomínio.
Agora, há dezenas de moradores que já estão se articulando para ingressar coletivamente com uma ação por danos morais e materiais contra a Equatorial Energia.
Toma-te!
sábado, 2 de julho de 2022
Todos juntos, na mesma canoa com Bolsonaro. E o abismo logo ali!
Esse infográfico aí, o Espaço Aberto pinçou-o da edição deste sábado, de O Globo.
Mostra de maneira didática os efeitos, as consequência da aprovação pelo Senado, na noite úlima quinta-feira (30), da proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê gastos de R$ 41,2 bilhões em medidas para auxílio à população pobre e a algumas categorias profissionais.
O texto também estabelece um estado de emergência no país para viabilizar a criação de um voucher temporário de R$ 1 mil para caminhoneiros autônomos e um benefício para taxistas. Sem o estado de emergência, essas medidas poderiam ser contestadas na Justiça, porque a lei proíbe criação de benefícios sociais em anos eleitorais, salvo em casos excepcionais.
Eis o jeitinho brasileiro sob o selo do governo corrupto de Jair Bolsonaro, que nunca teve empatia com ninguém, mas agora, para reverter os prenúncios de sua derrota, ingressou no modo vale-tudo, mesmo que isso implique acabar de destruir com o País.
Mas a questão essencial é a seguinte.
Com essa PEC, Bolsonaro está quebrando ainda mais o Brasil, furando o teto de gastos e aplainando o terreno para um catástrofe fiscal, certo?
Certo. Certíssimo.
Então, se Bolsonaro está quebrando o Brasil, é óbvio que a oposição deveria se opor com unhas contra esse pacote de viés nitidamente eleitoreiro, certo?
Errado. Erradíssimo!
A PEC passou à quase unanimidade. A aprovação só não foi unânime por causa do voto contrário do senador José Serra (PSDB-SP), que disse o seguinte: "Ao final, é como se o Senado tivesse operado como o testa de ferro do governo. O governo poderá dizer: apenas cumpro o que o Congresso determinou."
Combinemos, portanto.
Quando a catástrofe vier, ninguém terá autoridade para apontar o dedo em direção a Bolsonaro.
Porque ele, sim, foi o artífice dessa proposta. Mas ela foi aprovada por todos, que agora igualmente passarão a ser responsáveis pelas consequências.
Agora, todos estão na mesma canoa de Bolsonaro.