Na entrada do Museu do Holocausto, em Curitiba, a voz de uma de suas vítimas. (Foto: divulgação) |
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022
Desta vez sóbrio, Monark vai passear no Museu do Holocausto: "F... demais"
terça-feira, 22 de fevereiro de 2022
Há algo de novo sob o sol: o PSOL condenando o ato de uma ditadura
Daniel Ortega: um ditador nefasto, nefando e cruel. Mas, para muitos, um ditador do bem. |
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022
Josué Bengtson, a própria rainha da Inglaterra, tenta arrastar o PTB para uma aliança com Helder. É tempo de fazer apostas!
Bengtson e Elizabeth II: ambos são rainhas. Mas há uma diferença fundamental entre ele e ela. |
O estadista Roberto Jefferson, maior liderança do PTB e imagem vívida da temperança, da sabedoria e higidez moral: ele admitiria uma aliança com Helder, que os bolsonaristas odeiam? |
sábado, 19 de fevereiro de 2022
Na muvuca petebista, o presidente do partido, o condenado Josué Bengtson, é vaiado pelos próprios filiados
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022
"Numa guerra, a primeira vítima é a verdade." Não sei quem disse. Mas, quem o disse, não fez mais do que dizer a verdade.
Imagens divulgadas por Estados Unidos e Otan mostram tropas russas que estariam estacionadas na área fronteiriça com a Ucrânia. A Rússia diz que é mentira. Quem diz a verdade? |
Numa guerra, a primeira vítima é a verdade.
Essa máxima foi dita há uns 100 anos. Todo mundo, eu acho, conhece-a.
Sei lá quem a disse. Muitos a atribuem ao senador americano Hiram Johnson (1866-1945).
Mas, se não foi ele, quem a disse não fez mais do que cunhar uma verdade.
Há mais de dois meses, acompanho atentamente as informações sobre essas tensões - perigosíssimas, vamos admitir - entre Rússia e Ucrânia.
Há dois meses, todo dia, o dia inteiro, deparo-me com afirmações que, de tão contraditórias, implausíveis e inadmissíveis (algumas vezes, até risíveis), têm toda a aparência de ser mentiras; ou por outra, são informações que esmagam a verdade e a tornam a grande vítima nesse estado belicoso.
Agora mesmo, no Jornal Hoje, temos a informação de que separatistas russos estão saindo em massa de Donetsk, que se autoproclama uma república pró-Rússia, porque garantem que uma invasão da Ucrânia é iminente.
O que diz a Ucrânia? Que não tem a intenção de invadir Donetsk.
Nas últimas três semanas, países ocidentais, sob as vozes dos Estados Unidos e da Otan, a aliança militar pró-Ocidente, têm anunciado como iminente uma invasão de tropas russas à Ucrânia. Algumas informações chegam a marcar dia e hora.
O que diz a Rússia? Que não pretende invadir a Ucrânia.
Há mais de uma semana, com base em imagens de satélite, EUA e Otan acusam a Rússia de aumentar suas tropas e seus contingentes às próximidades da fronteira com a Ucrânia.
O que faz a Rússia? Exibe imagens de seus comboios militares voltando para casa.
Há umas três semanas, a Rússia acusa a Otan de estar fazendo justamente aquilo que a Otan acusa os russos de fazer: estaria aumentando contingentes nos países fronteiriços à Rússia.
O que dizem os EUA e a Otan? Que é mentira.
Há umas quatro semanas, EUA e Otan sustentam que a Rússia está à procura de um pretexto, nem que seja falso, para invadir a Ucrânia.
E os russos, o que dizem? Que essa acusação não se sustenta. E contra-ataca: os EUA e a Otan, eles sim, é que estariam criando um clima de histeria para estimular a guerra.
Nesta quinta-feira (17), autoridades ucranianas informaram que um grupo de separatistas pró-Rússia, apoiados pelas forças armadas de Vladimir Putin, atacaram uma escola infantil em Luhansk, localizada no leste ucraniano e dominada por rebeldes separatistas.
Quem atirou primeiro? Para os rebeldes, foram os ucranianos; para os ucranianos, foram os rebeldes.
Numa guerra, a primeira vítima é a verdade.
Sei lá quem disse isso.
Mas, quem o disse, não fez mais do que dizer a mais pura verdade.
A história é uma farsa. E aos olhos da pós-verdade, cada um constrói sua própria versão da história.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2022
Miséria, abandono, pobreza menstrual. É o Pará nas manchetes.
O Pará está nas manchetes.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022
Bolsonaro, apontam fortes indícios, prepara armação para seguir como vítima e culpar adversários por atentado que sofreu
- Não me lembrava de ter falado após acordar da 1a. cirurgia na Santa Casa de Juiz de Fora/MG, e nem sabia que esse vídeo existia. Noite do dia 06 ou já madrugada de 07 de setembro de 2018.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) February 14, 2022
- "Todos nós temos uma missão aqui na terra..." pic.twitter.com/5hljrx3Klj
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022
"Isso aqui, querendo ou não, você sendo formado ou não, isso aqui é um programa jornalístico, porra!" Monark, sóbrio, não seguiu essa advertência.
Há um ano o Rogério Skylab alertava para a falta de compromisso de Monark ao microfone. "Aqui não é um botequim, tem uma multidão vendo". Flow viria a ser um dos mais endinheirados do Brasil, e dos mais problemáticos também. pic.twitter.com/HJYssStbRD
— Felipe Azevedo (@felipecoazz) February 8, 2022
Bruno Aiub, o Monark, podcaster que assustou e causou justas e virulentas indignações ao defender a existência de um partido nazista no Brasil, reclama em suas redes virtuais que está sendo vítima de um "linchamento desumano", após ter feito o que fez. E insiste: equivocou-se, excedeu-se, exacerbou-se nos comentários porque estava bêbado; mas não é defensor do nazismo, conforme sustenta.
Devo confessar que nunca assisti a um podcast desse rapaz. Nunca.
Mas leio por aí, nas nossas redes sociais sempre sensatas, ponderadas e fontes de notáveis saberes, testemunhos indicando que não essa não foi a primeira vez que Monark, bêbado, comandou um podcast pelo Flow.
A ser verdade essa versão, ele já é reincidente em exibir-se embrigado para manifestar-se num meio virtual que atinge milhões de pessoas, considerando que o Flow tem quase 3,7 milhões de inscritos no YouTube.
O certo é que, especificamente sobre a alegação de ter falado as barbaridades que falou por estar bêbado, temos dois aspectos singelíssimos a considerar.
A embriaguez e o crime - O primeiro é que o Código Penal Brasileiro é objetivo quando estipula, no inciso I do artigo 28, que a emoção e a paixão não excluem o crime, bem como a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos não excluem a imputabilidade penal.
E o inciso II, do mesmo artigo 28, afirma que a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos, não excluem a imputabilidade penal.
O segundo aspecto é o seguinte.
Advertência - Logo após a repercusão das baboseiras externadas por Monark, circulou nas redes sociais o trecho de uma entrevista (vejam acima) que ele fez, há cerca de um ano, com o cantor e compositor Rogério Skylab.
Na ocasião, Skylab advertiu: "Isso aqui, querendo ou não, você sendo formado ou não, isso aqui é um programa jornalístico, porra. [...] Tem uma multidão vendo", disse o cantor, chamando atenção para o fato de que os entrevistadores, Monark e um outro, não poderiam se permitir falar o que quisessem, da forma como bem achassem conveniente.
E qual o detalhe? Aparentemente, Monark, naquela ocasião, estava sóbrio. Bem sóbrio. Portanto, ouviu perfeitamente as ponderações de Skylab. Se não as seguiu, agora não pode reclamar das consequências de seu ato - idiota, imbecil, criminoso e injustificável.
E não pode, sobretudo, alegar que foi idiota, imbecil, criminoso e inconveniente porque estava bêbado.
Não mesmo.
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022
STF forma maioria para arquivar inquérito de Belo Monte contra Jader e Renan, senadores do MDB
Renan Calheiros e Jader Barbalho: indícios de crime apresentados pelo MP reduziram-se a gráficos e diagramas, segundo o ministro Edson Fachin |
Emedebistas próximos a Elcione Barbalho temem pela cassação do mandato dela. Mas depositam suas esperança em Alexandre de Moraes.
TRE cassa o mandato do vereador Zeca do Barreiro. João Coelho, do PTB, conserva o mandato.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) manteve, nesta quinta-feira (10), o mandato do vereador de Belém João Paulo Albuquerque Coelho, do PTB, ao julgar recurso em que o Ministério Público Eleitoral (MPE) pedia a cassação do mandato do parlamentar, sob a alegação de que ele teria sido beneficiado ilegalmente, como candidato, de recursos do percentual de gênero previsto na lei eleitoral.
Na mesma sessão, ao julgar um outro recurso com pedido semelhante, o TRE cassou o diploma do vereador de Belém José Luiz Pantoja Moraes, o Zeca do Barreiro (ao lado), do Avante. Os votos computados em favor dele serão redistribuídos aos partidos que tenham atingido o quociente partidário, conforme dispõe o art. 109 do Código Eleitoral.
Das duas decisões, ainda cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Outros quatro processos tratando do mesmo tema ainda serão julgados, envolvendo Túlio Neves e Roni Gás, ambos do Pros; Pastora Salete e Josias Higino, ambos do Patriota; e Dona Neves (PSD).
As batalha judiciais que estão sendo travadas poderão favorecer a Bancada Mulheres Amazônidas, candidatura coletiva do PSOL, formada por Gizelle Freitas (Assistência Social), Kamilla Sastre (Luta contra o Capacitismo), Jane Patrícia (Terreiros/LGBTQIA+) e Fafá Guilherme (Movimento Popular da TF). Além delas, podem assumir um mandato na Câmara Municipal Wellington Magalhães (MDB), Eduarda Bonanza (PL), Simone Kahwage (Cidadania), Toré Lima (DEM), Wilson Neto (PV) e Claudia Vinagre (PSDB).
MP recorre de sentença e pede também a condenação de ex-prefeito de Salinópolis
Paulo Henrique Gomes: para o Ministério Público Eleitoral, ele também deve ser punido por crimes cometidos durante a campanha de 2020, no município de Salinópolis |
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022
Mereço um troféu da Jovem Pan News: "Ave Bozo, morituri te salutant"
Mathias (o apresentador) e os debatedores bolsonaristas Constantino, Serrão e Costa contra o antibolsonarista Piperno: na Bozo News, três contra um é o fino da imparcialidade |
A Jovem Pan News é um traço de audiência.
Nossa Bozo News, versão nacional-bolsonarista caricata da Fox News trumpista, está mais bolsonarista do que nunca. Por isso mesmo, é um traço.
Neste exato momento, eu devo ser um dos dois ou três, em todo o País - além de Antônio Augusto Amaral Carvalho Filho, para os íntimos Tutinha, CEO da empresa - que estamos assistindo a um programa da tarde, o Três Em Um.
Com todo o respeito à cabotinice, mas eu mereço um prêmio, mereço um troféu da Jovem Pan News. Justamente por ser um dos três brasileiros que, neste momento, tentam levantar a audiência da emissora.
Mas programas como o Três Em Um apresentam um formato que não contribui para esse, digamos assim, esforço de alavancamento de audiência.
A Bozo News bate na tecla de que é o único canal imparcial do País, senão do mundo.
Pois vejam na imagem acima.
O programa de agora, tirante o apresentador Paulo Mathias (primeiro à esquerda), tem quatro debatedores: Rodrigo Constantino, Jorge Serrão, Marco Antônio Moreira da Costa e Fábio Piperno (o último, à direita, na parte de baixo).
Dos quatro, apenas Piperno faz intervenções contrárias ao governo Bolsonaro. Os outros três estão muito próximos de suspender uma plaquinha com os dizeres: Ave Bozo, morituri te salutant - "Ave Bozo, os que estão prestes a morrer te saúdam", nossa versão triunfante da saudação romana para César, o Imperadoe (Ave Caesar, morituri te salutant).
Em vez de Três Em Um, o nome apropriado não seria Três Contra Um?
Talvez não. Porque, na conta imparcial da Jovem Pan News, três contra um representa um equilíbrio perfeito.
Assim, meus caros, não há como alavancar essa audiência.
Mas não desisto.
Continuarei assistindo.
Para fazer jus ao troféu que, acho, mereço plenamente.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2022
Se beber, tenha cuidado. Porque você pode virar um nazista. Ou por outra: se beber, não vá para o Flow.
Tem golpe novo na praça. Em nome de uma suposta "Central Antifraude" do INSS.
Leitor aqui do Espaço Aberto, aposentado do INSS, passou quatro horas desta terça-feira (8) trançando de um lado para o outro, para desenrolar os nós decorrentes de um golpe de que foi vítima na última sexta-feira, 4 de fevereiro.
Naquele dia, por volta das 11h, o aposentado recebeu ligação de uma mulher, que se identificou como "Letícia" e disse que ligava de uma certa "Central Antifraude" do INSS. O número de telefone que aparecia no visor do celular mostrava o código 91, indicando que poderia ser de Belém.
A bandida perguntou se o aposentado autorizara um banco digital a emitir um cartão de crédito consignado, no limite de R$ 43 mil. Ele respondeu que não. E que nunca, sequer tinha ouvido falado no tal banco.
A mulher informou, então, que o interlocutor estava sendo vítima de uma fraude, já que o limite do cartão já fora usado e, por isso, o banco estava descontando o valor de R$ 1.080,00 de seus proventos. Ao mesmo tempo, a fraudadora perguntava se o aposentado autorizava a suposta "Central Antifraude" a cancelar o cartão, bloquear o pagamento das parcelas e depositar na conta bancária dele, em até 48 horas, os R$ 43 mil correspondentes ao limite do cartão.
Diante do oferecimento desse prestimoso serviço, o aposentado, é claro, concordou. Mas, para isso, era necessário confirmar endereço, número do CPF e número da conta bancária e da agência onde o dinheiro seria depositado, dados, aliás, que já estavam de posse da tal "Central Antifraude". Também precisou mandar pelo WhatsApp (número de São Paulo) a foto da carteira de identidade (frente e verso). E olhem só: também fez prova de vida, baixando um aplicativo que capta a imagem do rosto da pessoa.
Pronto. Com tudo isso, a "Central Antifraude" estava com todos os dados suficientes para providenciar o cancelamento do cartão consignado, o bloqueio dos descontos e o depósito dos R$ 43 mil na conta bancária.
Encerrado o atendimento, o aposentado desconfiou e foi consultar seu contracheque do INSS. E viu que os proventos estavam sendo pagos integralmente, sem qualquer desconto, contrariando informação da fraudadora.
Pelo WhatsApp, o aposentado voltou a contactar com "Letícia", a bandida, e explicou esse detalhe. Ouviu como resposta a informação de que, realmente, o desconto não aparecia no contracheque, mas no RMC (Registo de Margem Consignável), documento emitido pelo INSS.
Quando solicitou, então, que a "Central Antifraude" lhe mandasse o RMC, não obteve mais resposta.
Nesta terça-feira, o aposentado entrou em contato com o INSS, pelo número 135, obteve a confirmação de que nenhum desconto fora feito e recebeu a recomendação para jamais atender qualquer ligação de alguém dizendo falar em nome do INSS, porque a Previdência dificilmente se comunica com os inativos por telefone e, quando o faz, é somente pelo 135. Além disso, a atendente orientou o alvo do golpe a lavrar um boletim de ocorrência, o que já foi feito.
Agora, é ficar atento pra saber se os documentos fornecidos aos fraudadores serão usados para algum golpe que exigirá descontos nas contas bancárias do aposentado.
Então, já sabem.
Assim como bancos, a Receita Federal e outros órgãos, o INSS também nunca liga pra você.
Se ligarem em nome do INSS, é golpe.
Ou meio golpe.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022
Prefeito e vice de Salinópolis têm os mandatos cassados e ficam inelegíveis por oito anos, mas seguirão nos cargos até julgamento de recurso
Kaká Sena: abusos na campanha eleitoral |
A sentença condenatória foi prolatada no âmbito de ações de investigação judicial eleitoral propostas propostas pelo MP e pela Coligação Majoritária "Salinas Pode Mais" (MDB/Solidariedade/PSD/PROS/PT/PV/PTB /Cidadania/Podemos).
A autora alegou que os investigados praticaram condutas vedadas em razão do uso eleitoral/promocional de programa social de distribuição gratuita de bens e benefícios de caráter social custeado pelo Poder Público municipal durante o ano eleitoral de 2020. Também incorreram em abuso de autoridade por promoção pessoal em publicidade institucional em período vedado.
O abuso teria se configurado na compra de votos, inclusive com distribuição de cestas básicas, eletrodomésticos, além de peixes à população durante a campanha. Quanto ao à época prefeito Paulo Henrique Gomes, também denunciado, o juiz argumentou que, embora ele “negue qualquer irregularidade de sua parte, atribuindo as falhas na distribuição ao seu secretariado, é certo que “não foi provada sua presença física, ao contrário das cestas básicas, na distribuição do peixe”.
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022
Pesquisa boa é a minha. Ou melhor: é a pesquisa que torcedores eleitorais querem que seja boa.
A melhor pesquisa de intenção de votos, com todo o respeito, é a minha.
Pesquisa boa é aquela que eu quero que seja boa. E ponto final.
Essa conclusão sobressai claramente da reação de petistas, bolsonaristas, moristas (ou seria morosistas?) e ciristas a cada pesquisa de intenção de votos que é publicada por aí.
Vejam as redes sociais.
Sintonizem veículos mais, digamos assim, engajados, como essa direitista Jovem Pan News, a nossa Bozo News, versão tupiniquim da Fox News, cidadela do trumpismo nos Estados Unidos.
Tanto nas redes sociais como nos veículos engajados, as pesquisas são tidas como verazes, reais, precisas e definitivas pelos petistas. Para os demais, os números colhidos não passam de invencionices.
E mais: quando os próprios pré-candidatos que estão na rabeira das aferições se pronunciam, normalmente dizem, quando confrontados com as pesquisas que lhes são desfavoráveis: "Não são o que dizem os números que eu tenho". Ou então: "Não é aquilo que eu sinto nas ruas".
Ainda há pouco, expondo a sua abalizada, ponderada e serena avaliação de uma pesquisa na Bozo News, o fanático bolsonarista Rodrigo Constantino, ao comentar números de aferição recente que confirma a liderança de Lula sobre os demais concorrentes, disse que não acreditava na pesquisa. Mas, então, por que não apresenta uma qualquer, encomendada por ele mesmo?
Sinceramente, acho as pesquisas - aquelas feitas, obviamente, por institutos sérios - um ótimo instrumento de referência sobre o andamento de uma campanha eleitoral.
Não me miro nelas como se fossem infalíveis. Até mesmo porque não pode ser infalível uma aferição incapaz de prever as imprevisibilidades decorrentes das emoções e dos juízos humanos. Mas pesquisas sérias, repito, podem nos propiciar bons elementos para avaliar a performance de candidatos a cargos eletivos.
No geral, no entanto, é como se disse no início: pesquisa boa é aquela que os torcedores eleitorais querem que seja boa.