segunda-feira, 17 de outubro de 2011

E a Porte, vistoriou ou não seus edifícios em Belém?

O defeitos estruturais apresentados na madrugada de sábado para domingo no edifício Wing, de 28 andares, no bairro do Umarizal, precisam ser contrapostos a uma informação da própria Porte Engenharia - a empresa construtora -, sobre os providências preventivas que adotou, logo depois do desamento do edifício Real Class, no final de janeiro.
O engenheiro calculista do Wind é Raimundo Lobato da Silva, o mesmo que calculou o Real Class e foi denunciado por homicídio qualificado. Ele também foi calculista de todos os prédios da Porte até então, conforme informou o Espaço Aberto.
O blog também informou que a Porte, no início de março, retirou da frente de seus edifícios em construção, em Belém, as placas que incluíam o nome de Raimundo Lobato da Silva entre os responsáveis pelas obras.
Em postagem do dia 16 de março, a Porte Engenharia, após questionamentos deste blog, informou via agência de publicidade que detém a conta da empresa que na segunda-feira seguinte ao desabamento do edifício Real Class deu início a uma vistoria em seus edifícios para verificar eventuais problemas, uma vez que o calculista de suas obras foi o engenheiro Raimundo Lobato.
A empresa garantiu ainda que não apenas que mandou fazer uma vistoria nos prédios da construtora, como constatou que nenhum deles apresentava qualquer deformidade capaz de denunciar algum problema decorrente de falhas no cálculo estrutural.
Diante das informações da Porte, leitores que já residem em edifícios da Porte negaram frontalmente que os prédios onde moram tenham sido submetido à vistoria da construtura. Um deles, Amauri Luz, servidor fedreal residente no edifício Constanza, contou o seguinte:

Comprei um apartamento, onde resido com minha família, no edifício Constanza, construído pela Porte Engenharia. E, infelizmente, constato agora a falta de seriedade dessa construtora mais uma vez, quando diz que, após o sinistro do prédio da Real, fez vistorias nos prédios cujos cálculos foram feitos pelo engenheiro Raimundo Lobato.
Além dessa mentira irresponsável, fica patente que as obras da Porte são bonitas por fora e problemáticas por dentro. Pois aqui no Constanza, tanto quanto nos outros prédios, como deixam claro os comentários aqui postados, as porcarias são muitas.
E o pior de tudo isso é a negligência dessa construtora quando instada a sanar tais problemas: abusa da paciência da gente, como se nos desafiasse a buscar amparo na Justiça, certamente apostando na impunidade.
E agora?
A Porte fez mesmo a vistoria que disse ter feito?
Fez vistoria no Wing?
Se fez, nada constatou?
Se nada constatou, como explicar os problemas estruturais que se manifestam agora?

5 comentários:

  1. Acredito que tudo seja um verdadeiro embuste.Os empresários preferem perder centenas de pessoas a perder milhares de reais...
    Esso tornou-se banal no mundo dos negocios...
    Eles são bem discreto na suas falcatruas ...
    Maria...

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  2. Alguém pode dizer o NOME de quem atestou que os prédios da Porte estariam OK ? Eu ouvi falar de o nome de um ENGENHEIRO conhecido, mas não tenho certeza.

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  3. PB, A Porte teve que assinar TERMO DE AJUSTE DE CONDUTA COM O MPT E NÃO CUMPRIU. VEJA NO SITE DA PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 8ª REGIÃO. PEÇA PARA FALAR COM O PROCURADOR RESPONSÁVEL PELO CASO.

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  4. Tá feia a coisa no mercado imobiliáRIO paraense, empresas que não se responsabilizam pelos danos, prédios novs entregues e já com problemas... Seria risivel, se não fosse patético, o advogado da Porte dizer que a empresa não aceita a devolução dos aptos, em troca dos valores pagos pelos clientes. Se nem a empresa quer os imóveis, avalie nós. Tem que fechar uma espelunca dessa!

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  5. O problema é que o poder público não exigiu que todos os prédios que tiveram seus cálculos estruturais realizados com o mesmo engenheiro que fez o do Real Class refizessem os cálculos e, mais, que executassem eventuais complementos estruturais.

    A coisa ficou por conta do vamos ver no que vai dar...

    Duvido muito que tenham feito algo.

    Prova disso o problema encontrado nesse edifício da Porte, que se tivessem refeito teriam visto que estava errado. Ou será que foi erro de execução do projeto????
    Tem que obrigar todos os condomínios que tiveram os cálculos estruturais feitos pelo mesmo engenheiro que forneceu o projeto estrutural para a obra do Real Class a refazer os cálculos e a repará-los, porque se houver um vento um pouco mais forte do que normalmente ocorre eles poderão desabar. É uma coisa óbvia.

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