Remo e Paysandu precisam, urgentemente, rever os seus conceitos em relação a esses grupelhos a que vulgarmente se chamam de torcidas organizadas.
Aliás, o Paysandu, justiça se faça, ao que parece já reviu os seus. Há poucas semanas, fez um ocorrência policial contra um grupelho que impediu o treinamento do elenco no campo do Kasa.
Agora, o Remo poderia fazer a mesmíssima coisa.
No último sábado pela manhã, a palhaçada se repetiu no Baenão, durante um treinamento.
Uns dez ou 20 gatos pingados, ditos representantes dos grupelhos organizados, invadiram o gramado para fazer cobranças dos jogadores que estavam treinando.
Se estavam treinando, aquilo era horário de trabalho dos jogadores. Não poderiam, portanto, ser interrompidos.
Mas foram interrompidos.
Isso, por si só, já é um absurdo, por vários motivos.
Primeiro, porque trabalhador não pode ser atrapalhado por gente estranha ao seu trabalho na hora em que está trabalhando. Ou pode?
Segundo, porque esses grupelhos estão proscritos por decisão judicial. Não adianta eles quererem dizer que não fazem parte de torcidas organizadas, porque fazem.
Terceiro, porque um membro da diretoria do Remo, segundo informaram os coleguinhas que cobrem o clube, recebeu para uma, digamos, conversa amistosa os invasores que atrapalharam o treino do Remo.
Céus!
Mas como é que pode isso?
O membro da diretoria do Remo que recebeu essa turma deveria chamar a polícia, os seguranças, seja lá quem fosse, para retirá-los do Baenão. E depois, deveria fazer o mesmo que a diretoria do Paysandu fez: uma ocorrência policial.
É inacreditável que diretorias de clubes - e não só os daqui, não - deem trela para esses grupelhos.
É inacreditável!
A continuar assim, qualquer dia eles vão se sentar na cadeira dos presidentes de Remo e Paysandu para administrar o clube.
Afinal, quem são esses dez ou 20 gatos pingados que se dizem "a voz" da torcida do Remo?
Ninguém passou a eles procuração para agirem assim.
O pessoal aqui da redação, por exemplo, não passou, apesar de remista. E com orgulho.
Como é, então, que esses grupelhos se arrogam esse direito, e ainda por cima na condição de membros de grupos tornados proscritos por decisão judicial?
Como é que a diretoria do Remo perde um segundo sequer conversando com essa turma?
Será que a diretoria do Remo acredita estar tratando mesmo com torcedores, e não com proscritos?
Se a diretoria do Remo dá trela a essa turma, não estará compactuando com gente que integra grupos literalmente clandestinos?
Por que é os dotôres juristas - tantos - que integram a diretoria do Remo ou mesmo colaboram com o clube não tomam providências judiciais concretas para resguardar a integridade de jogadores que estão trabalhando e desestimular esse tipo de transgressão?
Por que, afinal, todos se rendem a esses grupelhos?
Leia mais aqui no blog, sobre o assunto:
Por que tolerar vândalos de “torcidas organizadas”?
A selvageria nos estádios, apesar da sentença e de leis
Uma terra sem lei
Tomara que Curitiba dê exemplo. Um grande exemplo.
Torcidas de primeira, dirigentes de terceira
Este grupelho do Paysandu apoiou a atual Diretoria por ocasião das ultimas eleições, lá eles estavam a batucar e fazer algazarra em prol do Luiz Omar. Agora a atual Diretoria tem que aturar esta gente.
ResponderExcluirPoisé. Quem é dirigido por grupelho, tem que aguentar grupelho e não existe maior incompetencia e amadorismo do que estes que controlam Remo e paysandu.Ainda é pouco.
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