A Secretaria de Comunicação do Governo Ana Júlia mandou para o Espaço Aberto esclarecimentos que, originalmente, remeteu ao Blog do Jeso, a respeito de críticas à postura arredia da governadora durante sua passagem por Santarém.
Como aqui se fez uma abordagem crítica sobre o assunto, tomando por base justamente a postagem feita pelo jornalista Jeso Carneiro, nada mais justo que se abra o espaço para divulgar os esclarecimentos da Secom, que, aliás, estão na caixinha de comentários:
Leia abaixo e, posteriormente, o comentário do blog:
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Não é verdade que a governadora Ana Júlia fugiu da imprensa em Santarém. Ela deu uma coletiva, pela manhã, na Escola Madre Imaculada, onde estavam presentes vários jornalistas, inclusive uma repórter do jornal O Estado do Tapajós, dirigido pelo jornalista Miguel Oliveira. Ela respondeu a todas as perguntas, inclusive sobre kit escolar. Uma repórter da TV Amazônia, afiliada da RTV, pediu uma entrevista quando a governadora almoçava no Iate Clube, justificando que ela (a repórter e sua equipe) precisou se ausentar da escola por ocasião da coletiva. Foi atendida e a governadora respondeu novamente a todas as perguntas.
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Do Espaço Aberto:
A Secretaria de Comunicação do governo do Estado tem profissionais sérios.
Sérios e operantes.
É evidente que, no exercício de seus misteres, estão inapelavelmente subordinados a certas contingências, circunstâncias e conveniências a que estão submetidos todos os jornalistas que trabalham em assessorias de Imprensa.
Sempre é assim.
Sempre tem sido assim.
Não se diga, portanto, que os colegas da Secom estejam pretendendo desmentir obviedades.
Em verdade, circunstâncias e contingências fazem com que não concatenem certos fatos que, no frigir dos ovos, dão razão aos blogs de Santarém e a quem mais ache que a governadora esquivou-se, fugiu e fez o que pôde para não se alongar em seus contatos com jornalistas em Santarém que poderiam abordá-la sobre assuntos dos mais incômodos, como a aquisição desses kits escolares.
Aos fatos, pois.
A primeira postagem sobre o assunto foi no Blog do Estado, cuja repórter, conforme diz a nota da Secom, esteve presente à coletiva com a governadora.
Não custa nada reproduzir a postagem:
Antes não tivesse havido entrevista coletiva da governadora Ana Júlia em Santarém.
É que a assessoria de Imprensa determinou que Sua Excelência só falaria por dois minutinhos e cumpriu a ordem esdrúxula.
Só deu tempo para os repórteres perguntarem sobre os tais kits escolares.
Ana Júlia respondeu:
- Isso é inveja de quem não fez!
A partir daí tudo lhe foi perguntado, mas nada foi respondido.
E o resto ficou com a segurança.
Como se vê, aí não está dito que a governadora não deu a coletiva.
É verdade que ela se permitiu ser entrevistada, sim.
Mas quando confrontada com a incômoda questão dos kits, limitou-se, segundo o Blog do Estado, a dizer que “isso é inveja de quem não fez” e em seguida bater em retirada.
Diz a nota da Secom: “Ela [a governadora] respondeu a todas as perguntas, inclusive sobre kit escolar.”
Sim, respondeu.
Respondeu dessa forma que o Blog do Estado relatou.
É uma resposta?
Tecnicamente, é.
Até quando nada se responde, isso pode ser tido como uma resposta.
Mas objetivamente, racionalmente, faticamente não é uma resposta.
A “resposta” de Sua Excelência, nesse sentido, revela sim uma conduta arredia, de quem está fugindo, de quem está na defensiva e não pretende se expor.
É direito da governadora agir assim.
É direito nosso achar que ela não deveria e nem deve agir assim.
Depois da postagem no Blog do Estado, houve o protesto no Blog do Jeso, reclamando da pouca ou nenhuma atenção da governadora.
Que fatos mais existem, capazes de contextualizar a postura arredia da governadora Ana Júlia sobre esse caso dos kits escolares, o mais clamorosamente inexplicável de seu governo?
Há vários fatos.
O governo do Estado, desde que os detalhes sobre essa embrulhada dos kits começaram a ser expostos aqui no blog, na primeira postagem que foi feita exatamente no dia 2 de março passado, demorou a apresentar sua versão. E quando o fez, praticamente confessou sua culpa. Por escrito.
Depois disso, veio outra nota da Seduc, desta vez confessando a falta de licitação, mas ainda apresentando argumentos absolutamente implausíveis.
Além disso, tivemos ainda a versão parlamentar da confissão de culpa.
Veio o Ministério Público e abriu um procedimento administrativo. O que fez o governo do Estado? Inacreditavelmente, recusou-se a prestar informações.
São fatos.
E Sua Excelência, onde esteve em meio a tudo isso?
Não esteve.
Ou por outra: esteve por aí, a entregar seus kits, sob o aconchego de públicos e platéias calorosos, camaradas, companheiros e complacentes, que não a incomodaram e nem a têm incomodado jamais.
Quando confrontada diretamente, todavia, ela fez o que fez em Santarém: falou por “dois minutinhos”, não disse nada e nada disse.
O que deveria fazer a governadora Ana Júlia?
Deveria ela mesma chamar toda a Imprensa e dizer:
- Estou aqui. Perguntem à vontade. Só vou responder sobre kits.
Pronto.
Tudo não foi feito dentro da maor legalidade, da maor transparência? Tudo não foi feito para “causar inveja” a quem não fez como o governo Ana Júlia tem feito?
Por que, então, só falar por “dois minutinhos”?
Por que, afinal, fugir de jornalistas com o mesmo ímpeto com que seu governo fugiu e tem fugido de processos licitatórios, inclusive nesse caso dos kits?
Por quê?
Só a governadora Ana Júlia poderia dizer.
Mas ela, infelizmente, não disse ainda.
Não disse em Belém, em Santarém, em Altamira...
Simplesmente, não disse ainda.
Quando haverá de dizer?
Quando?
Paulo,
ResponderExcluirHoje no sítio do DOE ao tentar ler o mesmo, deparei com a seguinte mensagem: "Diário Oficial Edição nº 31390 de 01/04/2009
Não existem matérias para esta data."
Será que é alguma brincadeira de 1º de abril?
O blog torce os fatos. Em primeiro lugar é público e notório que o governo respondeu ao Mnistério Público encaminhando toda a documentação que foi requerida pelo promotor do MPE. Em segundo lugar, até hoje ninguém demonstrou que houve algumm tipo de superfaturamento nos kits, discussão que começou e supreendente desapareceu dos blog's. Em terceiro lugar,pelo que já li, as camisas dos kit's, praticamente metade do valor, serão adquiridas por meio dos conselhos escolares, que podem sim receber recursos para este fim, tanto q recebem dinheiro inclusive de fontes federais. O governo afirma que a empresa contratada para adquirir as mochilas foi sim contratada por licitação - a discussão que existe, essa sim, é se este tipo de empresa poderia ou não realizar esta aquisição, ou se seria necessário licitação específica para a impressão das agendas e compra das mochilas, dúvida esta q será verificada ao fim do procedimento existente hj no MP. Estes são os fatos, o resto é o resto.
ResponderExcluirAnônimo das 08:09,
ResponderExcluirParece brincadeira, não?
E é (rsss).
Abs.
Anônimo das 09:36,
ResponderExcluirVocê é que distorce os fatos, talvez por preguiça de ler.
Clique no link do parágrafo que se refere ao Ministério Público e veja: o MP ao qual o governo do Estado se recusou a prestar informações é o Ministério Público Federal, e não o Estadual. Ao Estadual, o governo do Estado realmente prestou as informações. Ao Federal, não.
É fato.
"Fatíssimo".
Quanto aos demais argumentos que você usa, Anônimo, sinceramente, não dá para acreditar que ainda se insistam neles.
Não dá.
E nós é que dizemos: o resto é o resto.
Com todo o respeito.
Grande abraço.
E o Ministério Público Estadual, calou-se? "Engoliu" o que a Seduc lhe mandou? Estamos aguardando explicação dessa estória de kit, já que o governo não deu.Ao contrário do que o anonimo acima afirma nós não esquecemos.
ResponderExcluirAguardemos, Anônimo.
ResponderExcluirAguardemos com paciência.
Confie no MP.
Abs.