sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Presença de Bolsonaro no ato de transmissão da faixa seria um atentado e uma afronta à democracia

FHC passa a faixa a Lula, em 2003: no domingo, a ausência de Bolsonaro desse
momento solene é um alívio e uma homenagem à democracia brasileira.

Há dois meses, precisamente desde 30 de outubro, quando se consumou a vitória de Lula nas urnas, pergunto a mim mesmo por que motivo tanta gente ficou especulando, todo dia, o dia todo, se Bolsonaro, o derrotado, passaria ou não a faixa ao sucessor.
Pra mim, sinceramente, a presença de Bolsonaro no parlatório - uma espécie de tribuna de mármore que fica em frente ao Palácio do Planalto, onde é transmitida a faixa - seria, rigorosamente, inapropriada, inadequada e representaria uma afronta à democracia.
Isto mesmo: entendo que, nas circunstâncias, a presença de Bolsonaro, cumprindo um ritual solene que faz parte da tradição democrática no Brasil, soaria como um gesto de deboche à democracia.
Por quê?
Porque Bolsonaro, desde 1º de janeiro de 2019, quando assumiu o que seria o seu desgoverno, até esta sexta-feira, 30 de dezembro de 2022, quando está vazando do país, jamais se conduziu com o mínimo apreço, aprumo e respeito aos protocolos e ao decoro exigidos pelo cargo.
Há quatro anos, Bolsonaro debochou de tudo e de todos.
Debochou da vida humana, quando desestimulou o uso de máscaras.
Debochou da vida humana, quando estimulou o negacionismo.
Debochou da vida humana, quando simulou doentes agonizando com falta de ar.
Debochou da verdade, quando veiculou mentiras.
Debochou da moralidade, quando seu governo imergiu na corrupção desbragada, como se verificou no escândalo da demora na compra de vacinas e no tráfico de influência de pastores no âmbito do Ministério da Educação, com o aval do próprio Bolsonaro.
Debochou da democracia, quando disseminou ameças de golpe.
Debochou da democracia, quando alimentou o descrédito das urnas eletrônicas.
Debochou da democracia, quando teve aprovada a sua PEC (Proposta de Emenda à Constituição) eleitoreira, que deu carta branca para que o governo gastasse R$ 41,2 bilhões em benefícios a menos de três meses das eleições.
Debochou da democracia, quando seus comparsas inventaram um suposto escândalo em que rádios do interior do Nordeste teriam se recusado a veicular propagandas bolsonaristas durante a campanha eleitoral.
Debochou da democracia, quando a PRF comandada por um bolsonarista resolveu interditar estradas justamente no dia das eleições, uma tentativa criminosa de forçar o aumento de abstenções para prejudicar a candidatura de Lula.
Bolsonaro, meus caros, fez tudo isso.
Como é que alguém poderia almejar que um elemento como esse estivesse presente no ato de transmissão da faixa?
A ausência de Bolsonaro, neste domingo, é um momento raro de depuração da democracia brasileira.
Sua presença, ao contrário, seria desonrosa, inapropriada e inadequada - para a democracia, para o decoro e para as instituições.

Bolsonaro vaza. Como legado, deixa a tragédia, o caos, a mentira e o terrorismo bolsonarista.

Bolsonaro na última live: despedida em grande estilo, com hipocrisia, covardia e mentiras.
Bolsonaro vaza do Brasil.
Bolsonaro foge.
Escapa.
Esgueira-se.
Na tarde desta sexta-feira (30/12), viaja para Orlando (EUA), onde passará um período sabático após deixar o Palácio do Planalto. Acompanham-no a mulher, Michelle Bolsonaro, e auxiliares que serão seus assessores quando virar ex-presidente.
Antes de viajar, o mais nefasto presidente que o Brasil já teve, em pouco mais de 130 anos de República, fez uma live.
Na live, chorou, como tem chorado desde que foi derrotado nas urnas.

“Nada justifica, aqui em Brasília, essa tentativa de ato terrorista ali na região do aeroporto. Nada justifica. O elemento que foi pego, graças a Deus, com ideias que não coadunam com um cidadão. Massifica, em cima do cara, como ‘bolsonarista’ o tempo todo”.

Referia-se ao terrorista bolsonarista, ou bolsonarista terrorista, George Washington de Oliveira Sousa, que no dia 24 de dezembro foi preso após tentativa de explodir um caminhão-tanque estacionado às proximidades do aeroporto de Brasília.
Quando se diz inconformado que um terrorista, bolsonarista confesso, seja tachado de bolsonarista terrorista, Bolsonaro fecha em grande estilo estes quatro anos em que deixou muita coisa como legado.
Como legado, deixa a devastação do País.
Deixa o desmonte do Brasil.
Deixa a tragédia.
O caos.
Mais de 690 mil mortos na pandemia.
Deixa a mentira.
A covardia.
O flerte permanente com o golpismo.
O negacionismo.
O obscurantismo.
A hipocrisia.
O fanatismo.
Isso tudo foi o governo Bolsonaro.
Isso tudo é Bolsonaro.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Como ele, ninguém. Jamais!


Como ele, nenhum.
Como ele, nem um.
Como ele, ninguém.
Como ele, jamais.
Como ele, nunca.
Mágico.
Ícone.
Sublime.
Incomparável.
O Maior.
O Melhor.
Genial.
Atemporal.
Indescritível.
Lenda.
Rei.
Eterno.
Sempre Eterno.
Pelé.

Bolsonarista terrorista informou endereço residencial em Marituba


George Washington de Oliveira Sousa, o bolsonarista terrorista que foi preso sob a acusação de tentar explodir um caminhão-tanque às proximidades do aeroporto de Brasília, confessou na polícia que sua renda mensal, de apenas R$ 5 mil, seria proveniente de suas funções de gerente de postos de combustíveis.
Mas, como também já apurou a polícia, apenas os armamentos e munições apreendidos com ele foram avaliados em R$ 170 mil, uma fábula, sem dúvida, para quem receberia apenas R$ 5 mil por mês.
Mas uma reportagem publicada nesta quarta (28), no portal De Olho nos Ruralistas, começa a desvendar com maior precisão os tentáculos que ligam o monstro terrorista a uma estrutura financeira de peso, com presença, inclusive, não apenas no município de Xinguara, no sul do Pará, como também em Marituba, município da Região Metropolitana de Belém.
Assinada pelo jornalista Alceu Luís Castilho, diretor de Redação do portal, a reportagem é, até agora, a mais completa sobre o terrorista e seus parentes, que comandam um vasto negócio no segmento de transporte e comercialização de combustíveis.
Leia, abaixo, a íntegra da matéria:

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O cearense George Washington de Oliveira Sousa informou à Justiça, em 2016, que morava na Rua da Uriboca Velha, 770, em Marituba (PA), na região metropolitana de Belém. Esse é o mesmo endereço de Sebastião José de Souza, dono da Transportadora Patriarca e, junto com as filhas, de uma vasta rede de postos de gasolina em cinco estados da Amazônia Legal. Um dos postos em nome das filhas de Tião fica em Xinguara, com o mesmo nome - Cavalo de Aço - da churrascaria ao lado, em nome de George Washington de Oliveira Sousa Filho.
George Washington, o pai bolsonarista, está preso por terrorismo em Brasília. Ele confessou ter armado a bomba que explodiria um caminhão no aeroporto. E falou sobre a procura dos acampados por snipers, atiradores de elite, às vésperas da posse de Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília. Em depoimento à polícia ele se declarou “gerente de postos”. Quatro. Sem dizer o nome dos donos. Mas a teia empresarial em torno dele e de sua família, como revelamos, vai muito além disso.
A propriedade ao lado da casa em Marituba, em área similar, está à venda por R$ 2.250.000. A 500 metros, no Km 11 da Rodovia BR-316, ficam outras empresas de Tião e das filhas: o Super Posto 2000, em nome das irmãs Francisca Alice de Sousa Reis, e Michelle Tatianne Ribeiro de Sousa; e a loja de conveniências BR Point 2000, em nome do pai delas, Sebastião. Tião já teve outra empresa ao lado, uma metalúrgica, junto com o criador do Sindicato da Habitação do Pará.
O próprio anúncio de venda da casa ao lado, no bairro do Uriboca, informa que Tião é o dono do endereço informado por George Washington, na primeira casa acima. Várias imobiliárias colocaram o imóvel à venda.
Marituba é uma cidade-dormitório da região de Belém. Vejam na foto principal da reportagem como a casa declarada pelo terrorista fica exatamente ao lado desse imóvel à venda. Mais acima, a fachada da propriedade de Sebastião Souza, com o muro.

TRANSPORTADORA FICA NO MESMO ENDEREÇO QUE OS POSTOS, EM MARITUBA
De Olho nos Ruralistas constatou que a Transportadora Patriarca, a Transpal, fica exatamente no mesmo endereço que o posto e a loja de conveniência, no Km 11 da BR-316. A 500 metros da propriedade de Tião, que costuma se apresentar como o dono da Transpal, empresa com sede em Marituba e filiais em Açailândia (MA), Belém, Marabá (PA) e Santana (AP). Ele aparece em processo do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em 2019, falando como proprietário.
A empresa está em nome da filha Alice e de Paulo Sergio da Silva Lopes. Este, por sua vez, tem junto com Tião um posto em Belém que levava o nome de George Washington. A G W de O Sousa & Cia Ltda passou para o nome dos dois com outra marca, mas o mesmo CNPJ. George Washington tem um histórico de dívidas com bancos e com a União.
A Transpal está autorizada a transportar materiais perigosos, como combustíveis, e já transportou madeira ilegalmente, conforme reportagem do Diário do Centro do Mundo (DCM). A carga foi carregada em Rurópolis (PA) e tinha como destino Ribeirão Preto (SP): “Empresa ligada a terrorista do DF é investigada por transporte ilegal de madeira“.
Algumas informações desta reportagem foram divulgadas no domingo de Natal no Facebook deste jornalista. E viralizaram nos últimos dias. Outras informações — como o endereço do terrorista — estão sendo divulgadas somente agora. Alguns veículos produziram reportagens a partir dos dados iniciais, como o DCM, o Diário do Pará e o Come Ananás, que mostrou como o restaurante em Xinguara está inserido em um contexto de expansão agronegócio. (Outros veículos não deram crédito.)
Um dos dezessete postos em nome de Alice,, o Auto Posto Pará Sul, fica na vizinha São Félix do Xingu (PA), capital da pecuária no Brasil e território de grilagem. Francisca Alice também é ou foi sócia dos postos de combustível Goiabeira, em Aurora do Pará, Super Posto Pioneiro e Auto Posto Tourão, em Tucumã, Posto Vitória, na vizinha Ananindeua, Auto Posto Goianésia, em Goianésia do Pará, Posto São Miguel, em São Miguel do Guamá, Posto Gol, em Marabá e Ourilândia do Norte, Auto Posto Parasão, em Redenção, Posto Santa Clara do Rio Araguaia, em Palestina do Pará. Tudo isso no Pará.
A rede em nome da filha de Tião se estende ainda pelo Maranhão, com o Auto Posto Vila Nova e o Posto Bernardo Sayão, em Imperatriz; por Roraima, com o Super Posto Dimalice, em Alto Alegre; e no Tocantins, com o Auto Posto Serra do Norte, em Axixá do Tocantins. Outros integrantes dessa rede, por sua vez, possuem outros tantos postos nesses estados. Entre outras empresas. Tião possui ainda, em seu nome, posto em Belém. E teve outro em Alto Alegre (RR). Paulo Sergio, em Cametá (PA), Barcarena (PA), Muaná (PA) e Baião (PA).

ACUSAÇÃO CONTRA FILHO DE EMPRESÁRIO ENVOLVIA O POSTO DE COMBUSTÍVEL
Em 2012, o Tribunal do Júri Federal em Belém deixou de se me manifestar sobre o réu Sebastião José Sousa Junior, o Tiãozinho, em uma acusação de peculato e furto. O caso estava relacionado à  morte do inspetor Manoel Otávio Amaral da Rocha, da Polícia Rodoviária Federal, assassinado em 2004. O corpo foi encontrado em um carro na frente da prefeitura de Belém. Motivo: Tiãozinho, filho de Sebastião Souza, já tinha falecido.
A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) se referia à liberação irregular de uma pá carregadeira do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ela estava no posto de fiscalização da Polícia Rodoviária Federal de Benevides (PA) e foi retirada, segundo o MPF, por meio de um ofício falso, atribuído à autarquia.
“Após liberada com autorização do inspetor, a pá carregadeira, que se encontrava em avançado estado de deterioração, foi rebocada por Davi e Ismael até o depósito de um posto de gasolina, onde ficou guardada sob os cuidados de Sebastião Jr., que estava encarregado, juntamente com Fábio, de providenciar a venda do veículo”, informava a Seção Judiciária do Pará em 2012.
Tiãozinho e outro réu teriam vendido a carregadeira com a participação do inspetor assassinado. Mas o policial passou a cobrar sua parte no esquema, R$ 60 mil. Sem sucesso. “Sem obter êxito na cobrança do dinheiro, teria passado a ameaçá-los”, prossegue o texto reproduzido pelo Conselho da Justiça Federal”. Foi a partir daí, segundo o MPF, que Davi e Tiãozinho teriam contratado executores, entre eles Darci Barichello, para matar o inspetor”.
O posto era o Brasil 2000, hoje em nome das filhas de Sebastião, o pai. Funciona 24 horas por dia.
O Metrópoles informou — sem citar este conjunto de apurações - que o antigo posto de combustíveis em nome de George Washington em Belém, hoje em nome de Tião e Paulo Sergio, recebeu uma multa do Ibama. Mas não há mais detalhes sobre esse caso, sem nenhuma conexão com a acusação contra Tiãozinho.

O fato e as versões sobre a rejeição a Priante - que segue amuado - para ministro do governo Lula


O fato: Jader Barbalho Filho, presidente do MDB paraense, irmão do governador reeleito Helder Barbalho, filho do senador Jader Barbalho e da deputada federal Elcione Barbalho, está sendo anunciado nesta sexta (29) como ministro das Cidades, um dos ministérios com maior rebustez financeira, dentre os 37 que vão compor a nova estrutura do governo Lula, que se inaugura neste domingo.
Outro fato: o martelo batido em favor da indicação de Jader filho ocorreu em desfavor do deputado federal José Priante, primo do futuro ministro.
As versões estão na imagem acima, que mostram trechos, pinçados pelo Espaço Aberto, de matérias que os jornais O Globo e Diário do Pará publicaram, em suas edições de hoje.
Na versão do jornal carioca, Priante "tinha mais apoio da bancada [do MDB] na Câmara" que Jader Filho.
Na versão do jornal paraense, da família Barbalho, Priante não é citado uma vez sequer. E a notícia - que rendeu manchete de capa e ocupou a terceira página - diz que "Jader Filho foi escolhido pela bancada do MDB".
E Priante, como está reagindo ao, digamos assim, desate desse nó?
No momento, está mudo e quedo. Ou, quem sabe, apenas mudo, mas não quedo.
O deputado preferiu não responder ao blog, que lhe perguntou se procedia ou não uma nota publicada ontem no portal Bragança Hoje Online.
Assinada por um certo - e, por óbvio, redivivo - Pero Vaz de Caminha (rss), a nota é essa que você vê ao lado.
Fontes com bom trânsito no PMDB garantem ao Espaço Aberto, porém, que Priante, muito embora amuado por ter sido escanteado na escolha para ministro, haverá de superar o que as mesmas fontes classificam de "essa desfeita da família".
Mas acrescentam que, em meio à disputa sobre quem seria o escolhido ministro - se ele ou Jader Filho -, o deputado, com a experiência que lhe conferem seus mais de 30 anos de mandatos eletivos, jamais alimentou grandes expectativas de que seria o preferido, em detrimento do irmão do governador e filho de Jader e Elcione. "Ele sabe que a disputa era tipo a de Davi contra Golias. Com a diferença de que Davi, desta vez, não tinha nem a funda nas mãos", comparou fonte próxima ao MDB.
No mais, o blog apurou que, como parte do cartel de lenitivos capazes de aliviar as dores por ter sido rejeitado, Priante terá algumas compensações. Entre elas, a de líder da bancada do MDB na Câmara.
A conferir.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Palcos para o Festival do Futuro, evento que reunirá cerca de 60 artistas, já estão quase concluídos

As imagens, acima e abaixo, são do Espaço Aberto, nesta quarta-feira (28)

Mostram detalhes dos palcos que estão sendo armados para o Festival do Futuro, que acontecerá a partir das 10h do dia 1º de janeiro, na Esplanada dos Ministérios, com previsão de término às 2h do dia 2 de janeiro.

Cerca de 60 artistas, que atuaram de forma mais ativa em apoio a Lula na campanha. O Festival contará com 2 palcos que homenageiam ícones da Música Popular Brasileira: Gal Costa e Elza Soares. Serão montados na Esplanada, na altura dos Ministérios da Previdência e do Turismo. Também está confirmada a participação de Lula, em horário ainda não confirmado.

Às 10h30, o palco Elza Soares abrirá o Festival do Futuro com o grande espetáculo "Brasília, Capital de Todos os Ritmos". Com 90 minutos de duração, trará repertório variado com ritmos e canções representativas de expressões culturais do nosso país.

Brasília nasceu com a migração de povos de todos os cantos do Brasil, que agora formam uma cultura multi-rítmica na capital federal. A diversidade está também nos/as artistas que trazem o espetáculo à vida, com seis DJs, dois poetas, 27 intérpretes e 35 músicos.

A tarde, o público poderá acompanhar a transmissão da posse oficial em telões instalados na área do festival. O Festival do Futuro retorna às 18h30, sob a condução de Paulo Viera e Titi Müller. Estão previstas diversas atrações como: BaianaSystem, Chico Cesar, Delacruz, Duda Beat, Fernanda Abreu, Flor Gil, Gaby Amarantos, Geraldo Azevedo, Johnny Hooker, Juliano Maderada, Leoni, Margareth Menezes, Maria Rita, Martilho da Vila, Pabllo Vitar, Valesca Poposuda, Zélia Duncan, entre outros.

Você confere a relação completa de artistas no site Lula Oficial.






Brasília, em tempos de segurança máxima, isola a Praça dos Três Poderes




Nas fotos acima, do Espaço Aberto, imagens do esquema de segurança que antecede a posse
de Lula: acesso à Praça dos Três Poderes está vedado. Será reaberto apenas no domingo.
Sob segurança máxima, Brasília vive os preparativos para a posse do presidente Lula, no início da tarde de domingo próximo, 1º de janeiro de 2023.
Antes mesmo da decisão do ministro Alexandre de Moraes, suspendendo o porte e transporte de armas de fogo e de munições em todo o território do Distrito Federal, das 18h de hoje até 2 de janeiro, algumas medidas de segurança já transparecem claramente e sinalizam o rigor dos protocolos que antecedem a posse e deverão redobrados no domingo.
No início da manhã desta quarta (28), caminhei pela Esplanada, apenas para observar o que já existe de estabelecido no esquema de segurança.
Já não está sendo possível, por exemplo, acessar a Praça dos Três Poderes.
A partir da via que passa bem em frente ao Congresso, ligando o Ministério da Justiça ao Itamaraty, há uma barreira e a presença de policiais que impedem o ingresso de qualquer pessoa que pretenda chegar à Praça dos Três Poderes.
A Esplanada está cheia de gente, a maioria, inclusive, com trajes que indicam a presença esmagadora de turistas que chegam a Brasília para a posse. Mas ninguém, repita-se, pode ir além da barreira de segurança instalada em frente ao Congresso.

terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Anselmo Gama

Anselmo Gama: um ausência difícil de absorver, uma grandeza de caráter impossível de esquecer

Essa experiência - dolorosa e incompreensível no mistério de sua transcendência - todo mundo já sentiu: quando perdemos alguém que estimamos muito, não conseguimos absorver, de imediato, a crueza da verdade com que nos deparamos.
Assim aconteceu comigo no final da manhã desta terça-feira (27), quando tomei conhecimento da morte, aos 73 anos, de Anselmo Gama, meu conterrâneo santareno, um dos meus mestres no jornalismo e um cara desses que até mesmo um convívio fugaz já seria o suficiente para despertar uma grande simpatia por ele.
Travei contato com o Anselmo, pela primeira vez, em março de 1983, quando ingressei em O LIBERAL como repórter da editoria de Política, setorizado na Assembleia Legislativa.
Ele já atuava, àquela altura, como chefe de Reportagem do jornal e foi essencial para me iniciar em práticas jornalísticas que se mostraram, a partir de então, imprescindíveis para o bom exercício profissional.
Mas o que nos fazia mesmo ficarmos reféns da amizade de Anselmo era o seu bom-humor, a sua presteza, o companheirismo e a serenidade que nos estimulava a relevar reveses eventuais.
Desde que nos conhecemos, nossa amizade, temperada pelos bons fluidos das raízes tapajônicas comuns, fortaleceu-se bastante e continuou sólida, mesmo depois que ele saiu do jornal e eu, vejam só, assumi seu lugar na chefia de Reportagem.
Nas décadas seguintes, nossos contatos diminuíram expressivamente de frequência, mas a admiração mútua permaneceu incólume e inabalável, ainda mais porque o destino conspiraria decisivamente para isso: a união de Anselmo com Socorro Oliveira, também jornalista e minha amiga desde o curso de Comunicação na UFPA.
A partida de Anselmo priva o jornalismo do Pará de um grande profissional, a publicidade de um grande talento e seus amigos de uma joia que, por ser joia, sempre será lapidada com o cinzel das melhores lembranças.

CNJ mantém reabertura do processo de formação da lista tríplice para escolha de membro do TRE-PA

Diogo Conduru: escolha de substituto no TRE-PA tem prazo de inscrições reaberto

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) manteve, nesta segunda-feira (26), decisão do Tribunal de Justiça do Pará, que no dia 11 de novembro passado, determinara a reabertura do prazo para inscrições destinadas à formação de lista tríplice para o preenchimento, na classe jurista, de  uma vaga de membro efetivo do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE/PA). Dessa forma, será novamente aberto o prazo para inscrições de advogados que pretendem ocupar a vaga do juiz Diogo Conduru, cujo mandato se encerra no final de março.

O caso chegou ao TJPA em decorrência da irresignação de advogados que se sentiram prejudicados, uma vez que, conforme alegaram, a Ordem dos Advogados do Brasil - seção Pará, não deu ampla publicidade aos advogados sobre a abertura do certame para o provimento da vaga no TRE, determinado pelo Tribunal de Justiça do Estado. Somente quatro advogados teriam sido inscritos, um deles, o próprio ocupante da vaga, Diogo Conduru, por isso houve pedido de impugnação do certame, aceito pelo Tribunal.

Ao apreciar procedimento de controle administrativo proposto contra o TJPA, o conselheiro relator do CNJ, Mauro Pereira Martins, fundamentou que, ao suspender a decisão da Corte, em 21 de novembro, entendeu que tal medida se fazia necessária porque o Tribunal "teria se distanciado dos princípios da legalidade, isonomia e segurança jurídica".

Agora, após avaliar as informações do Tribunal, Martins reviu seu posicionamento anterior, destacando não ter verificado nenhuma ilegalidade no fato de o TJPA ter ordenado a republicação do edital em período permitido pela legislação, com observância do prazo regulamentar para a realização de inscrições, além de ter contado com a participação de quatro candidatos.

Foi reconhecida, ademais, a importância de resguardar o resultado útil da demanda, na medida em que o prosseguimento do processo de seleção poderia ensejar a perda do objeto e o perecimento do direito invocado pelo postulante, em virtude da prática de atos subsequentes visando à escolha dos nomes que figurarão na lista tríplice em apreço.

"Nada obstante esse cenário, examinando-se mais detidamente as questões que permeiam o feito, somado às informações apresentadas pela Corte Paraense, reputo ser imperiosa a reconsideração da decisão concessiva da tutela de urgência, determinando-se a sua revogação", reforçou o relator.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Presença de custodiadas do Sistema Penal foi a razão de policiamento ostensivo dentro do Theatro da Paz

Peças apresentadas no hall do Theatro da Paz, em novembro deste ano, por custodiadas do
Sistema Penal: iniciativa faz parte do Projeto Sons de Liberdade (foto: Uchoa Silva/Seap)

Nada melhor do que leitores atentos.

Leitora atenta do Espaço Aberto crava um esclarecimento - preciso, precioso e oportuno - sobre a presença ostensiva de policiais militares armados dentro do Theatro da Paz, durante apresentação da Amazônia Jazz Band, acompanhada da Banda Warilou, nesta quinta (22) às noite.

Muito provavelmente, explica a leitora ao blog, estavam presentes ao espetáculo pessoas ainda sob custódia do Sistema Penal, mas que já se encontram em processo de ressocialização para reconquistar a liberdade, daí a presença de PMs, inclusive às proximidades de ambientes mais próximos ao placo do teatro.

De fato, durante a apresentação da primeira atração da noite, o Madrigal da Uepa, a regente, Ana Maria Souza, anunciou as presenças, nas duas primeiras filas da plateia, de mulheres que confeccionaram as roupas usadas pelo grupo quando cantaram música natalinas.

Essa menção, inclusive, mereceu justos aplausos, ainda que a regente não tivesse mencionado que as responsáveis pela confecção das roupas eram custodiadas do Sistema Penal, ou seja, de mulheres que ainda estão presas e, portanto, saíram da casa penal para assistir ao show.

Iniciativas elogiáveis como essa integram o Projeto Sons de Liberdade, que prevê, entre outras coisas, oficinas de figurinos e moda, visagismo e cenografia em unidades penitenciárias do Centro de Recuperação Feminino (CRF) e da Central de Triagem Metropolitana II (CTM II).

Feito o esclarecimento.

PMs armados - e bem armados - dentro do Theatro da Paz chamam atenção e assustam


Nunca vi isso antes. Nunca.
Na noite desta quinta-feira (22), fui ao Theato da Paz para assistir à apresentação de final de ano da Amazônia Jazz Band, acompanhada da Banda Warilou. Um espetáculo dos melhores, diga-se logo (vejam aí um pouquinho, na imagem).
O que chamou atenção de muita gente foi a presença de policiais dentro do teatro.
E não eram apenas um ou dois, o que já seria, acredito, desnecessário, porque a casa tem sua própria segurança.
Contei uns cinco ou seis PMs. Todos armados. E bem armados.
Quatro deles, inclusive, chegaram a ficar postados próximo à escadinha que dá acesso à plateia.
Ouvi uma mulher, assustada com aquilo, perguntar aos PMs:
- Nossa, quantos policiais. Está acontecendo alguma coisa?
- Não - respondeu amistosamente um deles. - É só pra evitar arrastão.
Ameaça de arrastão dentro do Theatro da Paz?
Também nunca vi.
Mas, enfim, é apenas pra registrar.
Porque, nestes tempos estranhos, o anormal é vermos coisas que sempre costumávamos ver.
Agora, o normal é vermos, todo dia, coisas que nunca vimos.

É preciso garantirmos a presença de bolsonaristas golpistas em frente a quartéis

Bolsonaristas golpistas cantam no Hino Nacional para um pneu, no Paraná: como
defender o fim de diversões como essa, que aquecem os nossos corações patriotas?
Voto contra.
Voto contra - bem contra - qualquer tentativa que consista, agora ou a partir de 1º de janeiro, quando Lula assumirá a Presidência, remover bolsonaristas imbecis e golpistas que se concentram em frente a quartéis, clamando por um golpe.
Voto contra por alguns motivos.
Primeiro, porque bolsonaristas fanáticos precisam ser expostos à própria imbecilidade. Talvez isso os convença de que atingiram o auge da própria imbecilidade.
Segundo, por serem fanáticos, bolsonaristas golpistas prestarão um grande serviço à Pátria se continuarem a nos divertir.
Terceiro, quanto mais imergirem no mundo distópico em que vivem, bolsonaristas patriotas poderão, quem sabe, atingir o nirvana de sua ilusões e simplesmente sumir fisicamente, porquanto encontrarão, sabe-se lá, um jeito qualquer de ingressar num outro plano de existência.
Quarto, como os bolsonaristas que se concentram em frente a quartéis são vagabundos que ali estão porque nada de produtivo têm a fazer, então a democracia mostrará sua inexcedível generosidade, oferecendo a enganosa sensação de que são úteis. Ainda que, na realidade, não o sejam, é claro.
Ah, sim. E antes que nos esqueçamos de informar. Mesmo com essa chuva intermitente que cai em Belém desde a tarde desta quinta-feira (22), uns quatro ou cinco gopistas bolsonaristas mantinham âncoras, hoje de manhã, nas imediações do 2º BIS, na Avenida Almirante Barroso.
Quem passou por lá, de ônibus, descreve ao blog que os golpistas - quatro ou cinco, não esqueçam - estavam "encolhidinhos, tentando se proteger da chuva e arrumando umas coisas por perto, como se fossem fazer uma ceia".
Talvez a ceia em preparação seja a dos derrotados, que será adornada por uma faixa: "Somos manés, perdemos, mas não desistimos. Patriotas nunca desistem".
Bolsonaristas golpistas.
Voto contra que sejam removidos de suas trincheiras.
Sem eles, o mundo será menos divertido.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

Caminhão de mudança à porta: até a Jovem Pan admite que está mesmo chegando a hora de Jair já ir

A cara de bolsonaristas na Jovem Pan Pan bolsonarista: clima de velório diante da mudança iminente

Caminhão de mudança sai do Alvorada: é hora de Jair já ir. Mas já avisaram os golpistas?

Já disse aqui, algumas vezes, que assisto diariamente a uns dois ou três programas da Jovem Pan, a emissora bolsonarista que pratica um jornalismo de esgoto.
Por que assisto ao jornalismo de esgoto da Jovem Pan?
É porque - como vivo explicando a familiares e amigos, que sentem gana de explodir o televisor no qual assisto à Jovem Pan - gosto de aferir duas coisas.
A primeira: até que ponto o esgoto pode descer ao mais fundo dos esgotos.
A segunda: até que ponto o esgoto, por ser tanto esgoto, acaba sendo o cenário em que se assenta o mundo distópico do bolsonarismo.
A terceira: até que ponto o mundo distópico do bolsonarismo pode virar, ora bolas, uma comédia. Uma comédia que às vezes faz você rir a bandeiras despregadas, como se dizia antigamente.
Agora mesmo, liguei o televisor.
É hora do "Três em Um", um dos programas mais divertidos da emissora. É tipo assim uma "Sessão da Tarde" do bolsonarismo.
Liguei o televisor, dei de cara com as caras desses quatro caras bolsonaristas e me fixei logo na legenda: "Caminhões de mudança deixam o Palácio do Planalto". Vejam na imagem do alto.
Fixando-me na legenda e vendo a cara dos caras bolsonaristas, rio-me a bandeiras despregadas.
Até agora, os quatro estão à beira das lágrimas, rendidos à mais chocante realidade: o caminhão de mudanças, que foi mostrado na capa do jornal O Globo de hoje (foto acima), já passou pela Palácio da Alvorada e também já passou pelo Palácio do Planalto.
Um dos imparciais bolsonaristas, o fanático Rodrigo Constantino (de camisa amarela), que faz sua revolução fascista a partir do sofá da casa dele, em Miami), caindo na real, já admite que, com o caminhão de mudança à porta, é hora mesmo de Jair já ir.
Mas falta avisar isso para os bolsonaristas idiotas e fascistas que batem ponto em frente a quartéis, clamando por golpe.
Enquanto a mudança vai se completando, é hora de rirmos.
Rirmos a bandeiras despregadas.

Musk suspende jornalistas do Twitter. E agora, o que dirão os jornalistas - inclusive de direita - que defendem a liberdade de expressão?

Jair Bolsonaro e Elon Musk, os grandes heróis da liberdade de expressão: eles se merecem
Elon Musk, o bilionário americano, é um direitista que guarda, no lado esquerdo do peito, um enorme carinho por fascistas malucos. Como Trump, por exemplo.
Direitista, Musk sempre foi contra o banimento de malucos - Trump, entre eles - do Twitter e sempre achou que a liberdade de expressão pode tudo e tudo pode.
Quando assumiu o controle do Twitter, bolsonaristas, trumpistas, direitistas e fascistas no mundo inteiro festejaram a chegada de Musk como se fosse o advento do grande dia da liberdade: achavam que, a partir daquele momento, poderiam ameaçar com trucidamentos o mundo inteiro que não lhes aconteceria nada, porque isso, é claro, não passaria de liberdade de expressão.
Dono do Twitter, Musk estabeleceu sua nova política de liberdade de expressão: tuítes negativos e de ódio seriam desmonetizados e teriam menos exposição. Mas a conta de seus autores permanceria ativa.
Mais eis que a roda da fortuna gira.
Girando, mostra a verdadeira cara, o verdadeiro caráter do herói da liberdade de expressão Elon Musk.
Mas esperem aí: bolsonaristas fascistas, trumpistas fascistas e outros direitistas não dizem sempre que a liberdade de expressão pode tudo?
Não acham, por exemplo, que clamar por golpe em frente a quartéis é apenas liberdade de expressão?
Não acham que ameaçar explodir instituições (literalmente) e ameaçar a integridade física de cidadãos nada é mais do que exercício da liberdade de expressão?
Elon Musk sempre não defendeu essas teses, ao ponto de ter considerado um exagero o banimento de Trump do Twitter, mesmo após ter-se comprovado que o então presidente dos EUA incentivara um golpe, mandando seus capangas invadirem o Capitólio?
Como, então, Musk vem agora suspender a conta de quem apenas teria compartilhado informações privadas sobre o seu paradeiro?
Isso não é liberdade de expressão? Direitas, fascistas e golpistas me ensinaram que é. Como, então, agora não é mais?
Em novembro passado, após a onda de demissões que Elon Musk promoveu no Twitter, várias frases de protesto foram projetadas na entrada da sede da empresa, em São Francisco (EUA).
Nas frases, Musk foi chamado de "moleque medíocre", "bilionário inútil", "bajulador de ditadores" e "racista mesquinho", entre outros xingamentos.
Não.
Parem com isso.
Não é justo dizerem isso de Elon Musk, o nosso herói da liberdade de expressão.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Carluxo leva um mártir ao altar dos sacrifícios. Mas ninguém o entende.

Carluxo: "mago digital da direita", ele só se faz entender direito quando mente

Carluxo está com peninha de papai.
Carluxo, no caso, é aquele conhecido na intimidade por Carlos Bolsonaro.
O papai dele, vocês sabem bem, é o derrotado, o inconformado com a derrota, o enclausurado que, vez ou outra nos últimos 40 dias, derrama rios de lágrimas e também faz chorar patriotas idiotas que se concentram em frente a quartéis, clamando por um golpe.
Carluxo, tido como o mago digital da direita, só se faz entender direito quando mente.
Ao contrário, quando tenta expender seus pensamentos com outras intenções (ainda que as menos nobres), é sempre enrolado, enigmático, ininteligível, incompreensível. Ninguém o entende plenamente, a não ser, claro, bolsonaristas formados nas ciências da terra plana.
É assim que Carluxo, no início da manhã desta quinta (15), disparou uma thread no Twitter, manifestando sua revolta contra bolsonaristas que não teriam compaixão por papai.
O texto, como no estilo habitual de Carluxo, é uma sucessão de rodeios, de abstrações, de afirmações enigmáticas. Mas tudo indica que o fihote, em resumo, esteja reclamando porque bolsonaristas pedem um golpe, mesmo sabendo que o derrotado lacrimoso não pode atendê-los nesse particular.
O mago se refere a papai como se estivesse se referindo a um mártir. "Como alguns podem esquecer tão rápido os sacrifícios de um homem que praticamente deu a vida, remando contra uma maré de podridão, com resiliência de modo a conseguir avanços nunca imaginados, e banalizá-lo como se todo um processo tremendamente complexo dependesse somente dele?", questiona Carluxo.
"Uns são inocentes, outros são sujos e há os caçadores de likes. Infelizmente não há compaixão e muito menos maior reflexão diante do quadro. Prefiro não falar tudo que penso para evitar incompreensões. Sigamos em frente", convida o mago.
Pois é.
Se mesmo não falando tudo o que pensa esse mago já não se faz compreender, imaginem se ele falar tudo o que pensa.

terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Violência, incêndio, depredação, vandalismo e terrorismo. Eis a cara - criminosa - do bolsonarismo golpista.




Espiem aí.
São ônibus incendiados na região central de Brasília, na noite desta segunda-feira (12), horas depois de o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, ter sido diplomado pelo TSE.
Além de pelo menos oito veículos incendiados (cinco ônibus e três carros), tivemos pessoas em pânico, crianças inclusive, num shopping situado na área.
A sede da Polícia Federal ficou sob ameaça de invasão e foi parcialmente depredada.
Você chamaria a tudo isso de quê?
De vandalismo?
De terrorismo?
De golpismo?
De fanatismo?
Eu, particularmente, chamo de tudo isto - de vandalismo, terrorismo, golpismo e fanatismo.
Mais: chamo a tudo isto de a cara do bolsonarismo golpista. Uma cara sem quaisquer retoques, sem maquiagem, sem nada.
Não são os bolsonaristas golpistas que dizem ser apenas o exercício da liberdade de expressão postarem-se eles à frente de quartéis, clamando por uma intervenção militar no País?
Não são os bolsonaristas golpistas que se rebelam quando um deles - ou vários deles - é alvo de repressões legais, como é o caso daqueles que defendem abertamente, nas redes sociais, a derrubada do regime democrático e difundem mentiras e ameças? Não dizem que apenas estavam exercendo o direito à liberdade de expressão?
Não são os bolsonaristas golpistas que se autointitulam patriotas, quando, em verdade, não passam de idiotas manipulados por outros idiotas fascistas?
Pois é.
Aí estão os bolsonaristas golpistas assinando, em alto relevo, os atos de vandalismo e terrorismo que assolaram Brasília.
Violência, fogo, depredação, vandalismo, terrorismo e agressões ao patrimônio público e privado.
Eis as grandes expressões do patriotismo de bolsonaristas golpistas, que não passam de vagabundos vagando em frente a quartéis.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Lula é diplomado, condena golpismo, chora e estabelece o espírito que deve prevalecer em seu governo: "Precisamos de coragem"

Lula chora no início do discurso, durante a diplomação: desafios enormes nos próximos quatro anos

O País acaba de assistir a um momento histórico: a diplomação, pela Justiça Eleitoral, do primeiro presidente brasileiro a conquistar o terceiro pelo voto democrático.

Ao protagonizar esse momento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a se emocionar, logo no início de seu discurso, ao lembrar que na diplomação de seu primeiro mandato ressaltou a "ousadia do povo brasileiro" em conceder a diploma a quem, como ele, não ostenta um diploma universitário.

Em poucas palavras, Lula mencionou o grande desafio de seu governo: "fazer do Brasil um país mais desenvolvido e mais justo, com a garantia de dignidade e qualidade de vida para todos os brasileiros, sobretudo para as pessoas mais necessitadas."

Em apenas três palavras, demarcou o espírito necessário para a consecução desses objetivos: "Precisamos de coragem".

Sim, de muita coragem. Inclusive para enfrentar sem tréguas, nos limites restritos das leis e da Constituição, os golpistas idiotas que se postam em frente a quartéis, defendendo escandalosamente e criminosamente um golpe contra a manifestação legítima e democrática das urnas.

Golpistas, por serem idiotas, sao incapazes de distinguir protestos democráticos, ainda que contundentes, de atos como os que pedem intervenção militar para impedir a posse do eleito.

A seguir, a íntegra  do discurso de Lula.

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Antes de falar o que está escrito no meu discurso, eu queria, companheira Dilma, companheiro José Sarney, companheiros deputados, senadores, governadores, ministros, juízes, companheiros que participaram da vigília em Curitiba, companheiros dirigentes partidários, companheira Gleisi Hoffmann.

Em nome do meu partido, eu quero que vocês saibam que esse diploma que eu recebi não é um diploma do Lula presidente. É um diploma de uma parcela significativa do povo que reconquistou o direito de viver em democracia nesse país. Vocês ganharam esse diploma.

Em primeiro lugar, quero agradecer ao povo brasileiro, pela honra de presidir pela terceira vez o Brasil. Na minha primeira diplomação, em 2002, lembrei da ousadia do povo brasileiro em conceder – para alguém tantas vezes questionado por não ter diploma universitário - o diploma [se emociona].

Eu quero pedir desculpas a vocês pela emoção. Porque quem passou pelo que eu passei nesses últimos anos, estar aqui agora é a certeza que Deus existe, e de que o povo brasileiro é maior que qualquer pessoa que tentar o arbítrio neste país. Eu sei o quando custou, não apenas a mim, o quanto custou ao povo brasileiro essa espera para que a gente pudesse reconquistar a democracia nesse país.

Reafirmo hoje que farei todos os esforços para, juntamente com meu querido companheiro Geraldo Alckmin, cumprir o compromisso que assumi não apenas durante a campanha, mas ao longo de toda uma vida: fazer do Brasil um país mais desenvolvido e mais justo, com a garantia de dignidade e qualidade de vida para todos os brasileiros, sobretudo para as pessoas mais necessitadas.

Quero dizer que muito mais que a cerimônia de diplomação de um presidente eleito, esta é a celebração da verdadeira democracia.

Poucas vezes na história recente deste país a democracia esteve tão ameaçada. Poucas vezes na nossa história a vontade popular foi tão colocada à prova, e teve que vencer tantos obstáculos para enfim ser ouvida.

A democracia não nasce por geração espontânea. Ela precisa ser semeada, cultivada, cuidada com muito carinho por cada um, e a cada dia, para que a colheita seja generosa para todos.

Mas além de semeada, cultivada e cuidada com muito carinho, a democracia precisa ser todos os dias defendida daqueles que tentam, a qualquer custo, sujeitá-la a seus interesses financeiros e ambições de poder.

Felizmente, não faltou quem defendesse, neste momento tão grave, a nossa democracia.

Além da sabedoria do povo brasileiro, que escolheu o amor em vez do ódio, a verdade em vez da mentira e a democracia em vez do arbítrio, quero destacar a coragem do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral, que enfrentaram toda sorte de ofensas, ameaças e agressões para fazer valer a soberania do voto popular.

Cumprimento cada ministro e cada ministra do STF e do TSE pela firmeza na defesa da democracia e da lisura do processo eleitoral nesses tempos tão difíceis.

A história há de reconhecer sua coerência e fidelidade à Constituição.

Essa não foi uma eleição entre candidatos de partidos políticos com programas distintos. Foi a disputa entre duas visões de mundo e de governo.

De um lado, o projeto de reconstrução do país, com ampla participação popular. De outro lado, um projeto de destruição do país ancorado no poder econômico e numa indústria de mentiras e calúnias jamais vista ao longo de nossa história.

Não foram poucas as tentativas de sufocar a voz do povo e a democracia.

Os inimigos da democracia lançaram dúvidas sobre as urnas eletrônicas, cuja confiabilidade é reconhecida há muito tempo em todo o mundo.

Ameaçaram as instituições. Criaram obstáculos de última hora para que eleitores fossem impedidos de chegar a seus locais de votação. Tentaram comprar o voto dos eleitores, com falsas promessas e dinheiro farto, desviado do orçamento público.

Intimidaram os mais vulneráveis com ameaças de suspensão de benefícios, e os trabalhadores com o risco de demissão sumária, caso contrariassem os interesses de seus empregadores.

Quando se esperava um debate político democrático, a nação foi envenenada com mentiras produzidas no submundo das redes sociais.

Eles semearam a mentira e o ódio, e o país colheu uma violência política que só se viu nas páginas mais tristes da nossa história.

E no entanto, a democracia venceu.

O resultado destas eleições não foi apenas a vitória de um candidato ou de um partido. Tive o privilégio de ser apoiado por uma frente de 12 partidos no primeiro turno, aos quais se somaram mais dois partidos no segundo turno.

Uma verdadeira frente ampla contra o autoritarismo, que hoje, na transição de governo, se amplia para outras legendas, e fortalece o protagonismo de trabalhadores, empresários, artistas, intelectuais, cientistas e lideranças dos mais diversos e combativos movimentos populares deste país.

Tenho consciência de que essa frente se formou em torno de um firme compromisso: a defesa da democracia, que é a origem da minha luta e o destino desse país.

Nestas semanas em que o gabinete de transição vem escrutinando a realidade atual do país, tomamos conhecimento do deliberado processo de desmonte das políticas públicas e dos instrumentos de desenvolvimento, levado a cabo por um governo de destruição nacional.

Soma-se a este legado perverso, que recai principalmente sobre a população mais necessitada, o ataque sistemático às instituições democráticas.

Mas as ameaças à democracia que enfrentamos e ainda haveremos de enfrentar não são características exclusivas de nosso país.

A democracia enfrenta um imenso desafio ao redor do planeta, talvez maior do que no período da Segunda Guerra Mundial.

Na América Latina, na Europa e nos Estados Unidos, os inimigos da democracia se organizam e se movimentam. Usam e abusam dos mecanismos de manipulações e mentiras, disponibilizados por plataformas digitais que atuam de maneira gananciosa e absolutamente irresponsável.

A máquina de ataques à democracia não tem pátria nem fronteiras.

O combate, portanto, precisa se dar nas trincheiras da governança global, por meio de tecnologias avançadas e de uma legislação internacional mais dura e mais eficiente.

Que fique bem claro: jamais renunciaremos à defesa intransigente da liberdade de expressão, mas defenderemos até o fim o livre acesso à informação de qualidade, sem mentiras e sem manipulações que levam ao ódio e à violência política.

Nossa missão é fortalecer a democracia – entre nós, no Brasil, e em nossas relações multilaterais.

A importância do Brasil neste cenário global é inegável, e foi por esta razão que os olhos do mundo se voltaram para o nosso processo eleitoral.

Precisamos de instituições fortes e representativas. Precisamos de harmonia entre os Poderes, com um eficiente sistema de pesos e contrapesos que iniba qualquer aventura eleitoral ou autoritária.

Precisamos de coragem.

É necessário tirar uma lição deste período recente em nosso país e dos abusos cometidos no processo eleitoral. Para nunca mais esquecermos. Para que nunca mais isso aconteça.

Democracia, por definição, é o governo do povo, por meio da eleição de seus representantes. Mas precisamos ir além dos dicionários. O povo quer mais do que simplesmente eleger seus representantes, o povo quer participação ativa nas decisões de governo.

É preciso entender que democracia é muito mais do que o direito de se manifestar livremente contra a fome, o desemprego, a falta de saúde, educação, segurança, moradia. Democracia é ter alimentação de qualidade, é ter emprego, saúde, educação, segurança, moradia.

Quanto maior a participação popular, maior o entendimento da necessidade de defender a democracia daqueles que se valem dela como atalho para chegar ao poder e instaurar o autoritarismo.

A democracia só tem sentido, e será defendida pelo povo, na medida em que promover, de fato, a igualdade de direitos e oportunidades para todos e todas, independentemente de classe social, crença religiosa ou orientação sexual.

É com o compromisso de construir um verdadeiro Estado democrático, garantir a normalidade institucional e lutar contra todas as formas de injustiça, que recebo pela terceira vez o diploma de presidente eleito do Brasil – em nome da liberdade, da dignidade e da felicidade do povo brasileiro.

Muito obrigado.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Golpista não tem ideologia, nem raça, nem cor, nem pátria. Golpista é golpista. E merece a cadeia!

Pedro Castillo: de esquerda, de direita, de centro, seja lá de que ideologia for, golpista é golpista.
Como tal, é um criminoso e merece a cadeia. Saibam disso os golpistas daqui.
Peru, 7 de dezembro de 2022.
Castillo era o presidente do País.
Suas origens estão na extrema esquerda radical.
Elegeu-se presidente do Peru, em eleições renhidas, por um partido de esquerda.
No poder, ainda tentou negar suas origens, mas não conseguiu.
E fez pior: lambuzou-se na lodaçal da corrupção, mostrou-se inábil em articular a adesão de setores de centro-direita e acabou sendo alvo de três processos de impeachment.
Dos dois primeiros, escapou.
No terceiro, foi afastado do cargo por maioria avassaladora, logo após anunciar uma tentativa de golpe, ao dissolver o Congresso e implantar o estado de exceção.
Foi ignorado em ambas as decisões, inclusive pelas Forças Armadas.
Além de ignorado, foi preso como um golpista criminoso.
No momento, negocia sua extradição para o México.

Alemanha, 7 de dezembro de 2022.
Extremistas na cadeia.
Forças de segurança da Alemanha prenderam 25 membros e simpatizantes de um grupo de extrema direita que, segundo os promotores, estavam preparando uma derrubada violenta do Estado, com alguns integrantes suspeitos de planejar um ataque armado ao Parlamento.
Os promotores disseram que o grupo foi inspirado pelas teorias da conspiração do QAnon e o Reichsbuerger, que não reconhecem a legitimidade da Alemanha moderna, insistindo que o muito maior “Deutsche Reich” ainda existe, apesar da derrota dos nazistas na Segunda Guerra Mundial.

Golpistas não têm ideologia, nem cor, nem raça, nem credo, nem pátria, nem nada.
Não existe, pois, golpista de esquerda e golpista de direita.
Golpistas são apenas isto: golpistas.
Sendo golpistas, merecem a repulsa, o desprezo, o asco e o nojo de quem preza a democracia e o Estado de Direito.
Mais do que isso, merecem cadeia.
Cadeia para golpistas como Pedro Castillo.
Cadeia para golpistas como os extremistas alemães.
Cadeia para os golpistas que, no Brasil, concentram-se na frente de alguns quartéis, defendendo um golpe simplesmente por o candidato deles, Jair Bolsonaro, um golpista ora enrustido, ora declarado, não venceu as eleições de 30 de outubro.
Cadeia para todos.
Golpista é golpista.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

O que dirão os "morozetes" de Sérgio Moro, o medroso, o intimidado, o acuado?

Jair Bolsonaro e Sérgio Moro: dois gigantes da moralidade, da bravura e do patriotismo

Já me decidi.
Estou pensando em contratar um influencer para que eu possa virar herói.
Mas não vou mais contratar o ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil).
Há pouco, em seu blog no portal de O Globo, o jornalista Lauro Jardim informou que Moro recorreu ao derrotado e lacrimoso Jair Bolsonaro para tentar convencer Valdemar Costa Neto a retirar o pedido de cassação do mandato de senador eleito pelo Paraná.
Se a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) movida pelo diretório estadual do PL prosperar, lembra o jornalista, a legenda ganha mais um senador, passando a ter 17 parlamentares no Senado.
"Em reunião com Bolsonaro na quarta-feira, Moro então, pediu que o ex-chefe converse com o presidente do PL. Moro alegou, inclusive que toparia se filiar ao PL de Valdemar para que o mandato fique na legenda. Nenhum dos dois apelos, portanto, foram levados em consideração pelo presidente do PL, afirmam aliados", diz a nota.
Pois é.
Moro desperta frêmitos, arrepios de emoção em simpatizantes com os olhos rebrilhantes pela sedução que seu ídolo desperta. Eles, os morozetes, consideram o senador eleito o retrato da pureza ética, da integridade e da moralidade.
Moro, para os morozetes, é o herói que jamais se intimidou e nem se intimidará com nada e nem ninguém.
Mas não estou entendendo.
Se Moro é tudo isso aí, como é que os morozetes explicam o temor do senador eleito de responder à ação proposta pelo PL?
Não seria o caso de Moro, ao contrário, desejar ardentemente seguir como réu nesta ação, para demonstrar, por A + B, que ele é, sim, o puro, o másculo, o herói incontrastável, conforme festejam os morozetes que sonham com o ex-juiz dia e noite, noite e dia?
Já me decidi.
Estou pensando em contratar um influencer para que possa virar herói.
Mas não pretendo mais contratar o ex-juiz Sérgio Moro.

Associação avalia que presidente do Banpará foi afastada porque, entre outros fatores, investigou irregularidades que estavam prejudicando o banco

Ruth Mello: afastada da presidência do Banpará sem "chances de defesa", segundo a Afbepa

A presidente da Associação dos Funcionários do Banco do Pará (Afbepa), Kátia Furtado, fez comentários acerca de matéria postada aqui no Espaço Aberto, na última segunda-feira (05), sob o título Afastamento da presidente do Banpará deixa em ebulição os ânimos do funcionalismo do banco.
"Sobre a matéria acima, a Afbepa, como citada, vem manifestar que há equívocos, vez que a Presidente do Banpará não foi afastada pelo Deputado do MDB, presidente da Alepa, Francisco das Chagas Mello Júnior, mas pelo Consad do Banpará, em um procedimento que não lhe deram chances de defesa e com cometimento de certas ilegalidades", diz a dirigente da Associação.
Ela está enganada. Se Kátia Furtado leu que a presidente do Banpará foi afastada pelo governador em exercício, deputado Chicão, muito provavelmente ela deve ter lido em outro lugar, mas não aqui. Porque a matéria do blog diz claramente: A insatisfação do acionista majoritário resultou na destituição de Ruth Mello pelo Conselho de Administração, comunicada do afastasmento através de ofício que lhe foi endereçado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Francisco das Chagas Silva Mello Júnior, o Chicão, na condição de governador interino, uma vez que naquela ocasição, 18 de novembro, o titular, Helder Barbalho, participava da COP-27, no Egito.
Reforçando, portanto, o que está óbvio no texto: o Consad foi quem afastou Ruth Mello, que, por sua vez, foi apenas comunicada desse ato pelo deputado Chicão.
Feito esse esclarecimento, transcrevam-se a seguir, ipsis literis, os comentários da presidente da Afbepa:

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Sobre a matéria acima, a Afbepa, como citada vem manifestar que há equívocos, vez que a Presidente do Banpará não foi afastada pelo Deputado do MDB, presidente da ALEPA, Francisco das Chagas Mello Júnior, mas pelo CONSAD do Banpará, em um procedimento que não lhe deram chances de defesa e com cometimento de certas ilegalidades. O Deputado convocou uma assembleia de acionistas com a pauta de dissolução do CONSAD mais a substituição do seu presidente.
A Afbepa torce que a Justiça prevaleça, pois o que o funcionalismo viu foram várias medidas corretas de Ruth Méllo em sua gestão, como a investigação de certas irregularidades que prejudicavam o Banpará e avaliações de comportamentos em processos administrativos disciplinares-PADs, que consideraram outros elementos, além de fato e norma jurídica aplicável.
A Afbepa acredita que isso incomodou alguns protagonistas que atuaram para tirá-la do cargo. Também, muito do que foi publicado acerca da compra de suprimentos tecnológicos, a Afbepa verificou que o gestor desse contrato fez a compra de 11 milhões e meio e que o preço de mercado do que foi comprado é alto, que essa foi uma compra de baixo valor e que os produtos comprados foram todos entregues.
A irregularidade que escrevem que ela cometeu foi não passar por um sistema que finaliza essas compras, porém, segundo o que apuramos, que esse sistema não enquadra certos pagamentos, bastando a agência que paga o valor do que foi fornecido, encaminhar o documento de pagamento para fazer o cruzamento do débito com o crédito e assim regularizar o que foi feito.
Assim, a Afbepa tem a clareza que criaram um movimento para retirar a presidente do Banpará do cargo. O Funcionalismo, que tem visto a atuação dela, torce para que tudo seja esclarecido e ela tenha êxito em sua defesa.
Grata.

Kátia Furtado Presidenta da Afbepa

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Por que a lista dos piores da Copa na primeira fase inclui Cristiano Ronaldo, mas finge que não vê Neymar?

Casemiro e Neymar durante jogo da Copa (Foto: Odd Andersen/AFP via Getty Images)

Por Paulo Silber, no Portal Rede Pará

Se compararmos as performances dos dois craques, Cristiano Ronaldo e Neymar não cheiraram nem federam até aqui. Como diria o mestre Afonso Klautau, ambos foram anódinos. Antíteses de si mesmos. Ou do que deles se esperava.

CR-7 disputa a 5ª Copa do Mundo, tem cinco títulos de melhor do mundo e cultiva o reluzente verniz da vaidade. Já foi comparado ao eterno Eusébio, o maior goleador da seleção portuguesa em todos os tempos. Mas no Qatar...

Neymar joga a 3ª Copa, coleciona títulos no Brasil e na Europa, é pródigo em deslizes fora de campo e temperamental dentro das quatro linhas. É amado e odiado pelos torcedores. Sua qualidade técnica é tão inquestionável quanto a instabilidade emocional.

Neymar e CR-7 foram ao Qatar para brilhar. Mas acabaram ofuscados por coadjuvantes que mereceram o papel de protagonistas.

Na Seleção de Portugal, o jovem Gonçalo Ramos, de apenas 21 anos, chamou pra si a responsabilidade e deu conta, quando CR-7 foi esquentar o banco por peitar o técnico. Ninguém sentiu falta do galego. Na Seleção Brasileira, escolha você mesmo: Richarlison, Casemiro, Vinicius Jr & Cia.

O desfalque de CR-7 contra a Suíça e a falta de Neymar contra Suíça e Camarões foram ausências que preencheram lacunas. Fora dos jogos, não fizeram a menor diferença.

Neymar não permanece na seleção de Tite por mérito. Permanece por crédito. Ele é uma grife. O treinador aposta nele todas as fichas. Afinal, Neymar é craque. Isso é incontestável. Ele já mostrou ao mundo inteiro o que é capaz de fazer dentro de campo.

O problema é que, fora das quatro linhas, o mundo também o vê. Nem sempre com bons olhos, e ele sabe por quê. 

Mas e daí? O importante é que, na hora H, ele resolve, né não?

Não. Pelo menos, não na Seleção. 

Neymar disputa sua 3ª Copa. Na primeira, em 2014, sucumbiu à contusão e perdeu o leme que lhe era reservado. Na segunda, em 2018, frustrou a torcida e acabou virando meme.

Nesta Copa, apresentou um futebol opaco no primeiro jogo, ficou de fora do segundo, não mudaria a história do terceiro e, na quarta partida, só fez um gol porque Richarlison cavou o pênalti.

Cristiano Ronaldo também: só fez um gol de pênalti, saiu esbravejando ao ser substituído e foi esquentar o banco, de onde não tem a menor necessidade de sair.

Neymar voltou para as oitavas, fez apenas uma assistência importante, bateu direitinho o pênalti, dançou as dancinhas, mas nada mais fez além disso. Convenhamos: seu muito pra nós é pouco. Só Deus sabe se ele fará mais na quinta partida, nesta sexta, contra a Croácia. Tomara que a aposta de Tite dê certo.

O craque do PSG é para Tite, ao mesmo tempo, a melhor chance de glória e o grande risco de decepção.

Das duas, uma. Ou o Brasil vence a Copa, torna-se hexacampeão e consagra Tite e Neymar para sempre. Ou o Brasil fracassa, deprime a nação e condena Tite e Neymar ao abraço dos náufragos.

Aquele abraço imaginado pelo poeta russo Velimir Khlébnikov, em que o braço de um afoga o colo do outro.

O mar da Copa é agitaaaaado...

terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Bolsonaro deixa 14 mil médicos residentes sem pagamento. Ele também vai chorar por isso?

Espiem aí em cima.

Manchetes semelhantes estão bombando por aí, em todos os sites do País.

Eis um dos grandes legados do governo Bolsonaro - o mais nesfasto, o mais predatório, o mais daninho, incompetente, inoperante, irresponsável e criminoso da história do País.

Assim como desmontou estruturas de fiscalização do meio ambiente, assim como escancarou a Amazônia a ação de predadores, sobretudo em regiões de garimpo, assim acabou com a área cultural e com o setor de Saúde (estão aí mais de 690 mil mortes por Covid, 300 mil das quais poderiam ter sido evitadas se tivéssemos governo), da mesma forma que agiu dessa forma é que Bolsonaro tratou o setor educacional.

E agora?

Teremos choro em público de Bolsonaro?

Veremos esse ser humano sensível, amoroso e com o mais elevado espírito público derramando lágrimas para demonstrar compaixão pelas consequências de seus desmandos?

E agora?

Quando veremos Bolsonaro chorar por ter reconhecido que devastou o Brasil?

segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Afinal, por que chora Bolsonaro?


Bolsonaro, o Imbrochável, chorou na manhã desta segunda-feira (05), ao participar de uma solenidade das Forças Armadas, em Brasília.
Mas por que é mesmo que Bolsonaro chora?
Por que chora Bolsonaro?
Choro porque debochou de vítimas da Covid?
Chora porque disse que a pandemia não passaria de uma gripezinha?
Chora porque simulou pacientes desesperados, agonizantes, extenuados com falta de ar?
Chora porque disse que não era coveiro, quando se negou a responder à pergunta de jornalista sobre a quantidade mortos por covid-19 no Brasil?
Chora porque disse que o Brasil precisava deixar de ser um "país de maricas", ao considerar que o número de mortos por Covid estava superdimensionado?
Chora por causa de sua selvagem falta de empatia?
Chora porque jamais se dignou entrar num hospital para apertar a mão de um paciente que lutava contra a morte por Covid?
Chora porque estimulou deliberadamente, criminosamente e escandalosamente a descrença da população nas vacinas?
Chora porque mandou comprarem vacina "na casa da tua mãe", quando criticado pela política de vacinação desastrosa que seu desgoverno perpetrou?
Chora porque seu desgoverno, ao atrasar a compra de vacinas, contribuiu com pelo menos 300 mil mortes de brasileiros vítimas de Covid, um verdadeiro genocídio praticado por um genocida?
Chora porque jamais soube responder, de forma crível, objetiva e transparente, ao envolvimento dele próprio e de seus filhos às denúncias de desbragada corrupção, sobretudo através de rachadinhas?
Chora porque seu governo foi um dos mais corruptos da história do País, a ponto de o MEC transformar-se num ponto de referência para o tráfico de influencias que envolveu pastores?
Chora porque transformou o Brasil num pária no concerto das Nações?
Chora porque, em muitas ocasiões, deu demonstrações evidentes de acalentar propósitos golpistas, seja por meio de ameaças veladas, seja por meio do estímulo entusiasmado a ações de bolsonaristas fanáticos?
Chora porque tornou-se o presidente mais mentiroso, mais debochado, mais inepto e mais ocioso em 500 anos de história do Brasil?
Chora porque, derrotado nas urnas, sabe que ele e os filhos podem ser presos?
Chora porque, enfim, destruiu, desfigurou, devastou e apequenou o Brasil?
Afinal, por que chora mesmo Bolsonaro?

Afastamento da presidente do Banpará deixa em ebulição os ânimos do funcionalismo do banco

Ruth Mello: em dez meses de gestão, desgaste e suspeitas resultam no seu afastamento
da presidência do Banpará. Lance decisivo está marcado para o dia 12 de dezembro.
O afastamento da presidente do Banpará, Ruth Pimentel Mello, consumado no dia 18 de novembro, apenas dez meses após sua promoção ao posto máximo da instituição em que é funcionária de carreira, surpreendeu e ao mesmo tempo deixou em estado de ebulição os ânimos dos cerca de 2.500 empregados do banco.
A ascensão de Ruth Mello à presidência do Banpará foi saudada pelo próprio funcionalismo como um prêmio à sua performance como funcionária de carreira. Ela entrou para a história da instituição como a primeira mulher a dirigi-la e sua trajetória profissional despertou as melhores expectativas.
Isso porque, além de ter exercido funções no escalão médio e posteriormente na Diretoria Financeira e de Produtos e Serviços Comerciais, Mello notabilizou-se como grande conhecedora do sistema financeiro do Banpará, acumulando conhecimento minucioso sobre as oportunidades de negócios que interessam ao banco nos 144 municípios paraenses.
Mas sua atuação na presidência, nestes curtos dez meses, foi marcada por procedimentos ainda não inteiramente claros e delineados, mas que indicam ter consistido, basicamente, em deixar à margem de importantes deliberações administrativas ninguém menos que o governo do estado, o maior controlador acionário do banco.
A insatisfação do acionista majoritário resultou na destituição de Ruth Mello pelo Conselho de Administração, comunicada do afastasmento através de ofício que lhe foi endereçado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Francisco das Chagas Silva Mello Júnior, o Chicão, na condição de governador interino, uma vez que naquela ocasição, 18 de novembro, o titular, Helder Barbalho, participava da COP-27, no Egito. Quem preside interinamente o Banpará, desde então, é o diretor de Controle, Risco e Relação com Investidores, Bernardo Pereira Lima.
O próximo, e decisivo, lance após o afastamento de Ruth Mello será travado no âmbito de uma assembleia de acionistas do Banpará, a maior instância provisória do banco, que tem reunião marcada para o dia 12 de dezembro, portanto a próxima segunda-feira, a partir das 10h.
A assembleia vai deliberar sobre dois pontos específicos: a possibilidade de dissolução do Conselho de Administração e a indicação, como representante do acionista controlador, do procurador-geral do Estado, Ricardo Sefer.
Até que o próximo passo seja dado, os funcionários do Banpará, ao que parece, continuam fechados com Ruth Mello. A Associação dos Funcionários do Banco do Pará (Afbepa), alega que a então presidente não pôde se defender, de forma ampla, de certas acusações levantadas contra ela por auditoria do Banpará e revela que até mesmo o sigilo da conta bancária da presidente afastada teria sido violado sem autorização judicial.
A Afbepa ressalta ainda que, durante a gestão de Ruth Mello, o "funcionalismo teve o seu piso valorizado e mais, um reajuste maior que a inflação. Reconhecimento merecido por todo o trabalho realizado durante a pandemia e pelo engrandecimento do Banpará. Temos, também, uma presidente democrática e mais humana".

sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Compre a sua antena Haarp. E inunde de chuvas os acampamentos de bolsonaristas golpistas e idiotas.


Espiem esse vídeo.
Bolsonarista golpista e idiota que se preza é capaz até de perder um amigo comunista, mas nunca, jamais, em tempo algum, será capaz de perder a piada. Ou melhor, nunca perderá a chance de expor uma tese da mais alta relevência científica.
O que faz sucesso aí nas redes sociais - além daquela versão bolsonarista de golpista idiota, de que o Lula vivo é um clone do Lula original - é a nova tese, ou melhor, a nova certeza científica parida das mentes privilegiadas de golpistas idiotas.
Qual é a nova certeza científica?
Não é a mais a de que a Terra é plana, porque essa certeza, vocês sabem, está comprovada e já virou um dogma imutável para os próximos cinco milênios.
A nova certeza científica dos bolsonaristas golpistas e idiotas é de que as chuvaradas que têm desabado em cidades onde há concentrações golpistas de bolsonaristas idiotas não provêm, digamos assim, das forças incontroláveis da natureza.
E de onde, então, originam-se os temporais que põem os bolsonaristas pra correr?
Provêm das antenas Haarp.
Vocês sabem o que é isso? Nem eu.
Mas elas provocam chuvas, inundações, temporais e catástrofes.
Palavra de bolsonarista golpista e idiota.
Ah, só mais uma coisa: já estou indo ali ao Veropa comprar a minha antena Haarp.
Os golpistas que me aguardem.